domingo, 18 de setembro de 2022

FERIADO NA SEGUNDA-FEIRA VAI ENCERRAR SUPERMERCADOS EM INGLATERRA - 18 DE SETEMBRO DE 2022

 

Feriado encerra supermercados e lojas para o da rainha Isabel II

Bruno J. A. Manteigas - Há 3 horas
Reagir|

Londres, 18 set 2022 (Lusa) - As principais cadeias retalhistas, supermercados e diversões do Reino Unido vão encerrar na segunda-feira por ocasião do funeral da rainha Isabel II, declarado feriado nacional, o que poderá empurrar o país para a recessão, dizem economistas. 

London prepares for late Queen Elizabeth II's funeral
London prepares for late Queen Elizabeth II's funeral© Fornecido por Lusa

Embora o Rei Carlos III tenha declarado o dia feriado nacional, cada empresa pode decidir se abre normalmente, dado que a maioria dos estabelecimentos tendem a funcionar no Reino Unido na maioria dos dias do ano.

No entanto, o encerramento oficial de escolas e infantários deixa crianças sem aulas e cria problemas aos pais, pelo que muitas empresas optaram por encerrar o dia inteiro para permitir aos empregados acompanhar as cerimónias fúnebres. 

Segundo o economista Samuel Tombs, da consultora Pantheon Macroeconomics, o resultado desta paralisação poderá resultar numa redução de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em Setembro, e Simon French, do banco de investimento Panmure Gordon, disse à revista Economista que o feriado poderá custar 2.000 milhões de libras (2.300 milhões de euros) em receitas perdidas. 

Este impacto pode levar o Reino Unido à recessão técnica mais cedo do que estava previsto, numa economia que já está a dar sinais de crise pois só cresceu 0,2% em julho. 

O PIB já tinha caído 0,6% em junho, um desempenho atribuído ao feriado adicional declarado para celebrar o Jubileu de Platina da rainha. 

As cadeias de supermercados Sainsbury's, Morrisons, Aldi, Waitrose, Lidl, Asda, Iceland e Tesco confirmaram que vão fechar as grandes superfícies, mas vão abrir algumas lojas de conveniência nos centros das cidades a partir das 17:00 horas, após o final das cerimónias.

Entre os principais retalhistas, as lojas de mobiliário Ikea, informática Currys, artigos de casa Argos e B&Q e cadeias de vestuário Primark e Sports Direct, entre muitos outros comércios, também vão fechar portas.

Os cinemas Odeon e Cineworld não vão abrir, enquanto os Cinemas Vue, em vez de filmes, vão oferecer projeções do funeral gratuitamente, mas sem acompanhamento com pipocas.

Restaurantes e Greggs e como McDonald’s também vão encerrar ou operar com horários reduzidos, mas, pelo contrário, espera-se que a maioria dos ‘pubs' esteja aberta. 

O grupo Fullers planeia abrir a maioria dos cerca de 400 bares em todo o país para “providenciar um local onde as pessoas possam juntar-se e mostrar respeito” pela rainha, enquanto o Wetherspoons vai esperar pelas 13:00, exceto em Londres, onde vai funcionar normalmente. 

O feriado também vai afetar a distribuição do correio e consultas e operações em centros médicos e hospitais, resultando no cancelamento de operações de rotina.

O PIB já tinha caído 0,6% em junho, porém nem todos os setores estão a perder, pois os transportes na área de Londres recuperaram algum do movimento perdido durante a pandemia covid-19 e a venda de flores também disparou graças às milhares de pessoas que se têm deslocado ao Palácio de Buckingham para prestar homenagem. 

Isabel II morreu a 08 de setembro aos 96 anos no Castelo de Balmoral, na Escócia, após mais de 70 anos no trono, o mais longo reinado da história do Reino Unido, e o corpo encontra-se em câmara ardente no edifício do parlamento britânico, em Londres, até segunda-feira.

Um funeral de Estado com a presença de dezenas de chefes de Estado e de governo internacionais terá lugar na segunda-feira na Abadia de Westminster, em Londres.

A urna com o corpo da Rainha será finalmente sepultada durante um evento privado reservado à família, num jazigo no Castelo de Windsor onde se encontram os restos mortais dos pais e da irmã, e para onde será transferido o caixão do marido, príncipe Filipe, que morreu aos 99 anos em 2021.  

BM // CC

Lusa/fim 

TROFA VAI TER EM NOVEMBRO PAÇOS DE CONCELHO. ERA O ÚNICO MUNICIPIO NESTAS CONDIÇÕES - 18 DE SETEMBRO DE 2022

 

Trofa deixa em novembro de ser o único município sem paços do concelho

Jorge Fonseca - Há 5 horas
Reagir|

Trofa, Porto, 18 set 2022 (Lusa) – O município da Trofa deixa a 05 de novembro de ser o único a não ter paços do concelho, inaugurando um edifício que custou 10,4 milhões de euros e carregado de simbolismo pela associação à indústria e à ferrovia.

Manifestação contra a reativação e ampliação do aterro sanitário na freguesia de Covelas, Trofa
Manifestação contra a reativação e ampliação do aterro sanitário na freguesia de Covelas, Trofa© Fornecido por Lusa

A poucos metros do Parque Nossa Senhora das Dores, no centro do município nascido quase há 24 anos, bem perto da linha férrea e situado numa antiga fábrica de moagem, o cinza escuro do exterior dos futuros paços do concelho impõem-se na paisagem, emergindo a imagem de um comboio prestes a arrancar.

Quase três anos depois de lançada a obra, o presidente da autarquia Sérgio Humberto contou à Lusa que finalmente acaba a distribuição dos serviços da autarquia por 17 espaços.

“Todos os serviços que hoje funcionam em instalações arrendadas passam a funcionar aqui. Obviamente que serviços como os transportes, Polícia Municipal e Proteção Civil, que têm instalações próprias, vão continuar a funcionar fora”, bem como “os serviços de Desporto, Cultura, Juventude e Turismo que estão na Casa da Cultura continuarão a funcionar lá”, disse.

E prosseguiu: “vamos agregar tudo aquilo que estava distribuído por 17 espaços para funcionar num edifício único. Deixamos de pagar rendas e conseguimos ter mais rentabilidade no serviço e também agilizar para os munícipes que passam a poder tratar de tudo num só edifício”.

Contas feitas, o autarca, regressando às rendas, garantiu que a poupança será de “cerca de 300 mil euros por ano”.

Com uma estimativa inicial de 8,9 milhões de euros de custos e um prazo de execução de 22 meses, cedo a autarquia percebeu que a água seria o primeiro dos seus problemas, recordou Sérgio Humberto.

“Descobrimos umas minas que não haviam sido detetadas nos estudos técnicos. Isso obrigou a trabalhos a mais, compensatórios, pois não estava previsto no projeto de execução, mas isso também nos trouxe uma coisa boa, garantiu-nos água que vamos tratar e este vai passar a ser um edifício autossustentável do ponto de vista energético e de consumo de água, estando preparado para que as águas que são utilizadas nos lavatórios sejam reutilizadas nas sanitas”, contou.

Associado a isto, continuou, o “aumento brutal dos preços” elevou o custo da construção para “os 10,4 milhões de euros”. Ainda assim, disse, se a empreitada tivesse sido lançada “há seis meses ou agora” o preço seria “mais caro 40%”, num processo em que os “atrasos na chegada dos materiais e os efeitos da covid-19 na ausência dos trabalhadores também pesaram”.

“Fisicamente o edifício deveria estar pronto em agosto, mas só ficará em novembro e depois será equipar com móveis e computadores”, acrescentou o autarca social-democrata que mantém a convicção de que o “projeto será candidato a prémios internacionais de arquitetura”.

Flávio Sousa, profissional da indústria automóvel e residente da Trofa, elogiou a arquitetura dos futuros paços do concelho, considerando tratar-se de “um edifício moderno e até imponente”.

Neste contexto, concordou que “recuperar um edifício que estava ligado à indústria e fazer ali a câmara tem o seu simbolismo” e assinalou que a “zona envolvente [ao novo edifício] está muito diferente do que era”.

Beatriz Campos, reformada e também residente na cidade, assinalou as “dificuldades sentidas” sempre que tinha de tratar de assuntos na autarquia.

“Para construir aquilo botaram muita casa abaixo, mas vai ficar bonita”, notou a antiga emigrante na Alemanha, para quem “não tinha jeito nenhum estar tudo separado”.

Rosa Rodrigues, reformada e a morar na Trofa, destacou a centralidade da nova câmara: “está bem situada, para os de longe e para os de perto. Não tinha jeito estar tudo espalhado. Acho que está certo o que ele [presidente da câmara] está a fazer”.

Ainda assim, deixou uma crítica ao projeto: “se me tivessem perguntado, e dado que aquilo era uma fábrica, eu teria mantido o canudo para cima [chaminé], nunca o deitava abaixo”.

JFO // MSP

Lusa/Fim

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue