quarta-feira, 14 de setembro de 2022

E AGORA PUTIN? QUAIS AS OPÇÕES FACE À RECONQUISTA UCRANIANA? - 14 DE SETEMBRO DE 2022

 

E agora, Putin? As opções da Rússia face à reconquista ucraniana

Carolina Botelho Pinto - Ontem às 20:02
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Soldados de Moscovo estão a ser forçados a recuar.

E agora, Putin? As opções da Rússia face à reconquista ucraniana
E agora, Putin? As opções da Rússia face à reconquista ucraniana© Adam Berry

O Exército ucraniano reconquistou quase 6.000 km2 de território controlado pelas forças russas na Ucrânia. Caso sejam consolidados, estes ganhos serão os maiores para a Ucrânia desde a retirada das forças russas dos arredores de Kiev no final de março.

O Presidente russo ainda não se pronunciou sobre a reconquista ucraniana no leste e no sul do país, mas, de acordo com a agência Reuters, Putin está a ser pressionado internamente para reforçar a ofensiva.

Quais são as suas opções?

Estabilizar, reagrupar, atacar

Os analistas de guerra russos e ocidentais concordam que, do ponto de vista de Moscovo, as tropas russas precisam “urgentemente” de estabilizar as linhas da frente, impedindo o avanço das forças ucranianas, de se reagrupar e, se possível, de lançar uma contraofensiva.

Ainda assim, lançam dúvidas sobre a capacidade dos russos para o fazer, dado o número de soldados mortos na guerra e dada a quantidade de material militar que foi destruído.

Mobilização de homens

Putin poderá virar-se para a força militar de reserva, que conta com cerca de dois milhões de homens, mas a sua mobilização deverá levar tempo. Na terça-feira, o Kremlin fez saber que não está a ser discutida uma mobilização nacional “neste momento”.

De acordo com os especialistas ouvidos pela Reuters, optar por esta estratégia significaria que o Kremlin teria que alterar a sua versão oficial sobre a guerra na Ucrânia, deixando de a classificar como uma “operação militar especial” cujos objetivos eram limitados.

Além disso, a Rússia poderia ver-se obrigada a admitir que a guerra não está a correr bem para o seu lado.

A chegada do inverno

Segundo a Reuters, duas fontes russas ligadas ao Kremlin terão informado que Vladimir Putin poderá estar a jogar com o inverno e os preços da energia a seu favor. O Presidente russo estará esperançoso de que a subida dos preços da energia e possíveis falhas de energia neste inverno influenciarão a Europa a persuadir a Ucrânia a aceitar uma trégua sob os termos de Moscovo.

Recorde-se que a União Europeia acabou com as importações de carvão russo e aprovou a proibição parcial das importações de petróleo. A Rússia, por sua vez, cortou drasticamente as exportações de gás para a Europa e deixou claro que poderá cortar totalmente o fornecimento.

Mais mísseis

No fim de semana, a Rússia atingiu com mísseis várias infraestruturas de energia ucranianas, causando apagões em várias regiões do leste. Para além da eletricidade, também o fornecimento de água e as telecomunicações foram afetadas.

A ofensiva foi elogiada por alguns nacionalistas russos, que apoiam que Moscovo use mísseis cruzeiro para incapacitar infraestruturas ucranianas de forma permanente.

Os mesmos nacionalistas também pedem que Moscovo ataque o que chamam de centros de "tomada de decisão" em Kiev e noutros lugares do país.

Acabar com o acordo dos cereais

Vladimir Putin já fez saber que considera o acordo de exportação de cereais da Ucrânia “injusto” para a Rússia e para os países mais pobres. Esta semana, o Presidente russo deverá reunir com Erdogan para discutir uma possível revisão do acordo e poderá mesmo suspendê-lo, cancelá-lo ou rejeitar a sua renovação em novembro.

Chegar a um acordo de paz

O Kremlin diz que ditará a Kiev os termos de qualquer acordo de paz “quando chegar o momento”. Já o Presidente ucraniano garante que usará a força para libertar o país, incluindo a Crimeia, região que a Rússia anexou em 2014.

Partir para uma guerra nuclear

Funcionários do Governo russo desvalorizaram as alegações ocidentais de que Moscovo está a ponderar utilizar armas nucleares na Ucrânia, mas essa possibilidade continua a preocupar o Ocidente.

Em março, a Rússia admitiu usar armas nucleares se a sua existência for ameaçada.

Tony Brenton, antigo embaixador britânico na Rússia, avisou que se Putin se sentir encurralado poderá recorrer às armas nucleares, sobretudo se enfrentar uma derrota humilhante.

MAU TEMPO - MAIS DE 94 OCORRÊNCIAS EM PORTUGAL - 14 DE SETEMBRO DE 2022

 

Mau tempo. Registadas pelo menos 94 ocorrências em Portugal continental

Lusa - Há 2 horas
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A Proteção Civil registou entre as 00:00 e as 07:00 de hoje 94 ocorrências relacionadas com o mau tempo no continente, sobretudo inundações e queda de árvores, disse à Lusa o comandante Rodrigo Bertelo.

A Proteção Civil registou entre as 00:00 e as 07:00 de hoje 94 ocorrências relacionadas com o mau tempo no continente, sobretudo inundações e queda de árvores, disse à Lusa o comandante Rodrigo Bertelo.
A Proteção Civil registou entre as 00:00 e as 07:00 de hoje 94 ocorrências relacionadas com o mau tempo no continente, sobretudo inundações e queda de árvores, disse à Lusa o comandante Rodrigo Bertelo.© Getty

O comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) referiu, cerca das 08:20, que naquele período os distritos de Lisboa, Viseu, Coimbra, Braga, Setúbal, Santarém e Porto foram os mais afetados.

"Quanto à ocorrência registada na terça-feira em Sameiro, no concelho de Manteigas, os trabalhos de limpeza, que foram interrompidos às 00:20, serão retomados às 08:30", adiantou.

A chuva que caiu na terça-feira na localidade de Sameiro, distrito da Guarda, arrastou terras e detritos das áreas ardidas da serra da Estrela.

Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) da Guarda disse à Lusa que às 03:48 foi dado o alerta para um movimento de massa (deslizamento de terras) na localidade de Sameiro.

A fonte referiu que ocorreu um movimento de terras e os detritos "foram para o leito do rio [Zêzere], que ficou alagado".

O presidente da Câmara Municipal de Manteigas, Flávio Massano, disse que "os danos são enormes, várias viaturas foram arrastadas pela força da água, há casas e negócios afetados, estradas, iluminação pública, infraestruturas de água e saneamento, equipamentos desportivos e lúdicos, entre outros".

Por causa do mau tempo, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emitiu aviso amarelo para 14 distritos de Portugal continental devido à previsão de chuva por vezes forte e ocasionalmente acompanhada de trovoada e rajadas.

De acordo com o IPMA, os distritos de Viana do Castelo, Porto, Braga, Aveiro, Vila Real, Bragança, Coimbra, Viseu, Guarda, Leiria e Castelo Branco vão estar sob aviso amarelo até às 18:00 de hoje, e Portalegre, Évora e Beja até às 12:00 de hoje.

O aviso amarelo é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

Leia Também: Catorze distritos do continente sob aviso amarelo devido à chuva

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