quarta-feira, 14 de setembro de 2022

A PARTIR DE OUTUBRO - 9 HORAS ENTRE LISBOA E MADRID - 14 DE SETEMBRO DE 2022

 

Lisboa-Madrid a nove horas de comboio a partir de outubro

Diogo Ferreira Nunes - Há 4 horas
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Lisboa e Madrid vão ficar a nove horas de comboio a partir de 9 de outubro. À segunda tentativa, conseguiu-se arranjar forma de encurtar a viagem sobre carris entre as duas capitais ibéricas. Os horários já foram autorizados pela gestora da rede ferroviária nacional (IP) e estão publicados na página da CP. As mudanças chegam com mais de dois meses de atraso face à data original.

A partir de 9 de outubro passarão a ser necessários três, em vez de quatro, comboios para a viagem entre Lisboa e Madrid, num tempo total de oito horas e 48 minutos; no percurso inverso, a deslocação demorará nove horas e 30 minutos. No mesmo dia, a Linha do Leste passará a contar com dois comboios por dia e por sentido – até agora, tem sido apenas um.

Lisboa-Madrid a nove horas de comboio a partir de outubro
Lisboa-Madrid a nove horas de comboio a partir de outubro© Swipe News, SA

De Lisboa para Madrid é preciso apanhar o Intercidades a partir de Santa Apolónia, pelas 12h30, com chegada ao Entroncamento pelas 13h29. É do Entroncamento que, sete minutos depois, sai o comboio regional até Badajoz, com chegada pelas 17h26 (hora espanhola). Em território espanhol, pelas 17h36, parte o comboio Intercity da Renfe, com chegada às 22h18 à estação de Madrid-Chamartín.

Da capital espanhola para a portuguesa, o comboio Intercity parte de Chamartín pelas 8h30 (hora espanhola), chegando às 13h24 a Badajoz. Pelas 14h09 segue o comboio regional da CP, com chegada ao Entroncamento pelas 15h52 (hora portuguesa). Oito minutos depois, o Intercidades sai do Entroncamento e termina viagem em Santa Apolónia pelas 17h00.

A ligação ibérica, contudo, não é assegurada ao fim de semana: aos sábados, não há Intercity entre Badajoz e Madrid; aos domingos, não há Intercity entre a capital espanhola e Badajoz.

Se apenas precisar do comboio para a Linha do Leste, os comboios saem do Entroncamento pelas 9h28 e 13h36, com chegada a Badajoz pelas 13h13 e 17h26, respetivamente e na hora espanhola. No sentido inverso, as composições partem de Badajoz pelas 14h09 e 19h41 (hora espanhola), com fim no Entroncamento pela 15h52 e 21h37, respetivamente.

O serviço regional na Linha do Leste mantém-se por conta de uma automotora diesel Allan, originalmente fabricada na década de 1950 nos Países Baixos e que foi remodelada nos anos 1990. A velocidade máxima é de 100 km/h.

Novos horários mais de dois meses depois

Os novos horários deveriam ter entrado em vigor em 31 de julho. Contudo, a falta de entendimento entre a IP e a homóloga espanhola (Adif) atrasou a situação. A Adif teve de ajustar os horários para que os comboios de mercadorias que seguem para o interior de Espanha sejam compatíveis com a disponibilidade para os serviços de passageiros.

Desde 17 de março de 2020 que está suspenso o comboio noturno que ligava as duas capitais ibéricas. O Lusitânia deixou de circular por decisão unilateral da Renfe, congénere espanhola da CP e parceira da transportadora nacional neste serviço. A ligação entre Lisboa e Madrid gerava prejuízos anuais de dois milhões de euros e está fora do contrato de serviço público.

Lisboa e Madrid, no entanto, poderiam estar a sete horas de distância, se CP e Renfe se entendessem com a realização de um comboio diurno pronto para circular em bitola ibérica e europeia e ainda sob tensão elétrica dos dois lados da fronteira (25 mil volts em Portugal e 3 mil volts em Espanha).

Mesmo depois das cimeiras ibéricas de 2020 e de 2021, os governos de Portugal e de Espanha não chegaram a acordo em relação às ligações ferroviárias entre Lisboa e Madrid. Em 2022 há novo encontro.

A viagem entre as duas capitais ibéricas poderá ser mais rápida a partir do final de 2023, quando estiver concluído o troço entre Évora e Elvas, que permitirá comboios a 250 km/h. Em condições normais, serão necessárias cinco horas de comboio entre Lisboa e Madrid.

Apesar de demorar menos hora e meia a partir de 9 de outubro, a viagem ferroviária entre as capitais ibéricas vai levar mais tempo do que em 1989. Na altura, o comboio direto Talgo Luís de Camões demorava sete horas e 58 minutos no Lisboa – Madrid e sete horas e 50 minutos no sentido inverso.

100 SOLDADOS MORTOS NA FRONTEIRA ENTRE ARMÉNIA E AZERBEIJÃO - 14 DE SETEMBRO DE 2022

 

Cem soldados mortos em combates na fronteira entre Arménia e Azerbaijão

Agência Lusa - Há 4 horas
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Pelo menos uma centena de soldados morreu nos combates, na terça-feira, na fronteira entre a Arménia e o Azerbaijão, disseram Ministérios dos dois países.

Arménia e Azerbaijão (Associated Press)
Arménia e Azerbaijão (Associated Press)© CNN Portugal

A Arménia disse que pelo menos 49 soldados foram mortos, enquanto o Azerbaijão indicou ter perdido 50.

Os combates irromperam minutos depois da meia-noite (21:00 de segunda-feira em Lisboa), com as forças azeris a desencadear uma barragem de artilharia e ataques com drones em muitas secções do território arménio, de acordo com o Ministério da Defesa da Arménia.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Azerbaijão disse que estava a responder a uma "provocação em grande escala" por parte da Arménia, no final de segunda-feira e início de terça-feira, acrescentando que as tropas arménias colocaram minas e dispararam contra posições militares azeris.

Os dois países disputam várias zonas de fronteira, incluindo o território de Nagorno-Karabakh, um enclave no Azerbaijão ocupado pela Arménia, que provocou um violento conflito armado entre 1993 e 1994, com milhares de vítimas, antes de um cessar-fogo que tem sido violado diversas vezes.

Enclave separatista arménio em território do Azerbaijão, país vizinho do Irão, Nagorno-Karabakh voltou a ser palco de violentos combates entre forças arménias e azeris em setembro e outubro de 2020, durante os quais morreram cerca de 6.500 pessoas.

O Nagorno-Karabakh, habitado na época soviética por uma maioria arménia cristã e uma minoria azeri muçulmana xiita, efetuou a secessão do Azerbaijão, na sequência do fim da União Soviética, motivando uma guerra com 30.000 mortos e centenas de milhares de deslocados. 

O conflito de 2020 terminou com um acordo de paz mediado pela Rússia, que enviou cerca de duas mil tropas para a região para servirem como forças de manutenção da paz ao abrigo do acordo, procurou manter laços amigáveis com ambas as nações.

O governo russo mantém fortes laços económicos e de segurança com a Arménia, que acolhe uma base militar russa, e ao mesmo tempo, desenvolve uma estreita cooperação com o Azerbaijão, rico em petróleo.

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