quarta-feira, 6 de julho de 2022

GUERRA NA UCRÂNIA - 132º DIA - ÚLTIMAS NOTICIAS - 6 DE JULHO DE 2022

 

Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

Joana Raposo Santos, Andreia Martins, Carlos Santos Neves - RTP - Há 2 horas
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Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
© Julien Warnand - EPAAcompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

10h32 - Bruxelas prepara plano de emergência para precaver corte total de gás russo

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, anunciou hoje perante o Parlamento Europeu que o seu executivo vai apresentar este mês um plano de emergência europeu para precaver um eventual corte total de fornecimento de gás russo.

“Precisamos de nos preparar para novas perturbações no fornecimento de gás, até mesmo para um corte total da Rússia. Atualmente, no total, 12 Estados-membros são diretamente afetados por reduções parciais ou totais do fornecimento de gás. É óbvio: Putin continua a utilizar a energia como uma arma”, afirmou, num debate no hemiciclo de Estrasburgo sobre a presidência semestral checa do Conselho da UE.

Von der Leyen anunciou então que “é por esta razão que a Comissão está a trabalhar num plano de emergência europeu”, que apresentará “em meados de julho”.

“Os Estados-membros já têm os seus planos nacionais de emergência em vigor. Isso é bom, mas precisamos de coordenação europeia e de ação comum. Precisamos de assegurar que, em caso de rutura total, o gás flui para onde é mais necessário. Temos de assegurar a solidariedade europeia. E precisamos de proteger o mercado único, bem como as cadeias de abastecimento da indústria”, disse.

A presidente do executivo comunitário sublinhou que os 27 não podem esquecer “a amarga lição” aprendida no início da pandemia da covid-19, em 2020, comentando que “o egoísmo e o protecionismo conduzem apenas à desunião e à fragmentação”.

(Agência Lusa)

10h21 - Kremlin diz que posição “hostil” do Japão não facilita o desenvolvimento de laços

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, considerou esta manhã que o Japão assumiu uma posição "hostil" em relação à Rússia e que isso não ajuda ao desenvolvimento de laços comerciais e económicos ou no setor da energia.

Questionado por jornalistas sobre os comentários do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, sobre limitar o preço do petróleo russo a cerca de metade do atual, Peskov afirmou que Tóquio está a assumir uma posição "muito hostil" em relação a Moscovo.

9h52 -Áustria retira Gazprom de instalações para armazenamento de gás
A Áustria, país que obtém cerca de 80 por cento do gás natural da Rússia, está a cumprir com as ameaças dos últimos meses. Com a Gazprom a falhar de forma sistemática o preenchimento em total capacidade das instalações de armazenamento de Haidach, perto de Salzburgo, Viena procura agora alternativas para garantir o abastecimento.
Nesse sentido, o governo austríaco aprovou a 1 de julho uma nova lei que permite a transferência das permissões de armazenamento para outras empresas de energia que não a Gazprom.

"Se os clientes não armazenam, a capacidade deve ser transferida para outros. É uma infraestrutura crítica. Precisamos dela num moento de crise como este", indicou a ministra austríaca da Energia e Ação Climática, Leonore Gewessler.

9h09 - Primeiro-ministro da Irlanda visita Kiev

O primeiro-ministro da Irlanda, Micheál Martin, visita a Ucrânia esta quarta-feira. O líder político já esteve em Borodyanka, perto de Kiev, tendo reunido com o prefeito da cidade.

O líder irlandês passou também em Hostomel, onde a comitiva parou para observar uma ponte e edifícios destruídos.

8h30 - Continuam os combates à volta de Lysychansk, diz o governador de Lugansk

Sergei Haidai, governador de Lugansk, disse esta quarta-feira no Telegram que há mais de 15 mil civis em Lysychansk e oito mil em Severodonetsk.

Algumas zonas de Lysychansk continuam a ser palco de combates e já estiveram sob controlo de separatistas russos ou ucranianos de forma alternada.

"Os russos estão a avançar sobretudo devido ao facto de serem superiores na artilharia, com a qual destroem as cidades e as posições de defesa", acrescentou o governador.

8h19 - Televisão francesa divulgou conversa entre Macron e Putin. Moscovo critica violação de "etiqueta diplomática"

O chefe da diplomacia russa criticou a divulgação de uma conversa entre Macron e Putin pelo canal France 2. Sergei Lavrov salientou que a "etiqueta diplomática" não prevê a divulgação "unilateral" desse tipo de gravações.

A conversa em causa ocorreu quatro dias antes do início da ofensiva russa na Ucrânia e mostra os esforços de mediação por parte do presidente francês para evitar a eclosão de um conflito.

Sergei Lavrov considera, no entanto que a Rússia não se deve envergonhar do conteúdo da conversa entre os dois líderes.

"Conduzimos sempre as nossas negociações de forma a que nunca tenhamos de nos envergonhar. Dizemos sempre o que pensamos, estamos prontos para responder pelas nossas palavras e explicar a nossa posição", afirmou o MNE russo.

7h49 - RTP em Sloviansk, última cidade sob controlo ucraniano no Donbass
A ofensiva russa concentra-se agora no último reduto de defesa ucraniana do Donbass. O mercado da cidade de Sloviansk foi atingido pela artilharia russa, o que provocou dois mortos e sete feridos.###1417704###Os enviados especiais da RTP António Mateus e Cláudio Calhau foram à cidade mais próxima da linha da frente desta ofensiva.

7h38 - China disposta a aprofundar cooperação com a Rússia

Foi o que o vice-ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Ma Zhaoxu, disse ao embaixador russo em Pequim, Andrey Denisov. O aprofundamento da cooperação visa um enquadramento multilateral, ainda de acordo com o governante chinês, inluindo o G20.

Em Pequim, no Fórum Mundial de Paz, o embaixador norte-americano Nicholas Burns referiu-se à guerra na Ucrânia como a maior ameaça à ordem internacional.

7h23 - Ponto de situação

  • O governador de Donetsk apela à retirada de 350 mil civis da região, num momento de recrudescimento da ofensiva russa. “O destino de todo o país vai ser decidido pela região de Donetsk”, estimou Pavlo Kyrylenko, para acrescentar: “Quando houver menos pessoas, seremos capazes de nos concentramos mais no inimigo e efetuar as principais tarefas”.
  • As forças ucranianas posicionaram-se em novas linhas defensivas em Donetsk. O governador de Lugansk, a outra região do Donbass, afirmou que as semanas de combates por Lysychansk, entretanto tomada pelos russos, permitiram que as forças ucranianas robustecessem as linhas defensivas em Donetsk.
  • Pelo menos duas pessoas morreram e outras sete ficaram feridas durante “bombardeamentos em massa” em Sloviansk, cidade do leste da Ucrânia. O presidente da câmara local, Vadim Lyakh, exortou os civis a abandonarem a cidade, depois de as tropas russas terem atingido um mercado e uma zona residencial.
  • Separatistas pró-russos apreenderam dois navios com pavilhões estrangeiros no porto de Mariupol, no sul da Ucrânia, declarando-os “propriedade do Estado”.
  • O chefe da Administração imposta pelos russos em Zaporizhia, Yevgeny Balitsky, afirma que a região quer vender cereais ucranianos a países do Médio Oriente, nomeadamente o Iraque, o Irão e a Arábia Saudita.
  • A Rússia planeia construir uma ligação ferroviária entre a região de Rostov e as posições que ocupa em Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, segundo a comunicação social estatal de Moscovo.
  • Os 30 países-membros da NATO assinaram os protocolos de adesão da Finlândia e da Suécia. Falta agora reunir as chancela dos parlamentos nacionais. O secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, apelou a uma rápida ratificação.
  • A Letónia vai voltar a implementar o serviço militar obrigatório, anunciou o ministro letão da Defesa, Artis Pabriks.
  • A ONU documentou 270 casos de “detenções arbitraries e desparecimentos forçados” de civis em território ucraniano ocupado pelas tropas russas ou pró-russas. O número foi avançado pela alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet. Na mesma sessão do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, a vice-ministra ucraniana dos Negócios Estrangeiros, Emine Dzhaparova, acusou a Rússia de perpetrar raptos “em larga escala”.

DALAI LAMA - MONGE BUDISTA TIBETANO - NASCEU EM 1935 - 6 DE JULHO DE 2022

 

Dalai-lama

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Se procura o atual Dalai-lama, veja Tenzin Gyatso.
Dalai-lama
MONARQUIA
Lotus-buddha.svg

Dalai Lama 1430 Luca Galuzzi 2007crop.jpg
Titular:
Tenzin Gyatso, o 14º Dalai-lama
Título:Sua Santidade/Sua Majestade
Herdeiro aparente:
Primeiro Dalai-lama:Gedun Drub
Formação:1391

Dalai-lama é o chefe de estado, líder espiritual do Tibete.[1][2] É o título de uma linhagem de líderes religiosos da escola Gelug do budismo tibetano. Em se tratando de um monge e lama, é reconhecido por todas as escolas do budismo tibetano. Os dalai-lamas foram os líderes políticos do Tibete entre os século XVII até 1959, residindo em Lhasa. O atual dalai-lama, Sua Santidade Tenzin Gyatso (forma encurtada de Jetsun Jamphel Ngawang Lobsang Yeshe Tenzin Gyatso), é o líder oficial do governo tibetano no exílio ou Administração Central Tibetana. Em 2011, demonstrou interesse em renunciar a liderança do governo tibetano porém seus ministros negaram sua demissão alegando não ter alguém digno de o substituir.[3]

Dalai, em mongol, significa 'oceano', e lama é a palavra tibetana para 'mestre', 'guru', e várias vezes referido como "Oceano de Sabedoria", um título dado pelo regime mongoliano a Altan Khan (1507–1582) e agora aplicado a cada encarnação da sua linhagem. Os dalai-lamas são mostrados como sendo a manifestação de Avalokiteshvara, o Bodhisattva da compaixão, cujo nome, em tibetano, é Chenrezig. Após a morte de um dalai-lama, é iniciada uma pesquisa pelos seus discípulos para descobrir o seu renascimento ou tulku.

Lama é um termo geral aplicado aos mestres budistas tibetanos. O atual dalai-lama é muitas vezes chamado de "Sua Santidade" por ocidentais, embora este pronome de tratamento não exista na língua tibetana — não se tratando, portanto, de uma tradução. Tibetanos podem referir-se a ele usando epítetos tais como Gyawa Rinpoche, que significa "grande protetor", ou Yeshe Norbu, a "grande joia".

Acredita-se que os dalai-lamas sejam a reencarnação de uma longa linhagem de tulkus que optaram pela reencarnação, a fim de esclarecer a humanidade. O dalai-lama é muitas vezes considerado o chefe da Escola Gelug, mas essa posição pertence, oficialmente, ao Ganden Tripa, que é uma autoridade temporária nomeada pelo dalai-lama, o qual, na prática, exerce maior influência. Pode-se considerar que Sua Santidade é o "rei" do Tibete — um Estado governado por líderes religiosos que, no Ocidente, são chamados de teocratas, termo que não é exato, já que, no budismo, não existe a figura de qualquer deus criador.

Lista de dalai-lamas

Há 14 reencarnações reconhecidas como sendo do Dalai-lama:

NomeImagemTempo de vidaReconhecidoReinadoTibetano/WylieTranscrição em PRC (transcrição chinesa)Grafias alternativas
1.Gedun Truppa1st Dalai Lama.jpg1391–1474Desconhecido[4]དགེ་འདུན་འགྲུབ་
dge ‘dun ‘grub
Gêdün Chub (根敦朱巴)Gedun Drub
Gedün Drup
Gendun Drup
2.Gendun GyatsoSecond Dalai Lama.jpg1475–15411492–1541[4]དགེ་འདུན་རྒྱ་མཚོ་
dge ‘dun rgya mtsho
Gêdün Gyaco (根敦嘉措)Gedün Gyatso
Gendün Gyatso
3.Sonam GyatsoЦыбиков Далай-лама III.png1543–1588?1578–1588བསོད་ནམས་རྒྱ་མཚོ་
bsod nams rgya mtsho
Soinam Gyaco (索南嘉措)Sönam Gyatso
4.Yonten Gyatso4DalaiLama.jpg1589–1616?1591–1626ཡོན་ཏན་རྒྱ་མཚོ་
yon tan rgya mtsho
Yoindain Gyaco (雲丹嘉措)Yontan Gyatso
5.Lobsang GyatsoNgawangLozangGyatso.jpg1617–168216181642–1682བློ་བཟང་རྒྱ་མཚོ་
blo bzang rgya mtsho
Lobsang Gyaco (羅桑嘉措)Lobzang Gyatso
Lopsang Gyatso
6.Tsangyang Gyatso6DalaiLama.jpg1683–170616811697–1706ཚངས་དབྱངས་རྒྱ་མཚོ་
tshang dbyangs rgya mtsho
Cangyang Gyaco (倉央嘉措)Cangyang Gyatso
7.Kelzang Gyatso7DalaiLama.jpg1708–1757?1720–1757བསྐལ་བཟང་རྒྱ་མཚོ་
bskal bzang rgya mtsho
Gaisang Gyaco (格桑嘉措)Kelsang Gyatso
Kalsang Gyatso
8.Jamphel GyatsoJamphel Gyatso, 8th Dalai Lama - AMNH - DSC06244.JPG1758–180417601762–1804བྱམས་སྤེལ་རྒྱ་མཚོ་
byams spel rgya mtsho
Qambê Gyaco (強白嘉措)Jampel Gyatso
Jampal Gyatso
9.Lungtok GyatsoLungtok Gyatso.jpg1806–181518071808–1815ལུང་རྟོགས་རྒྱ་མཚོ་
lung rtogs rgya mtsho
Lungdog Gyaco (隆朵嘉措)Lungtog Gyatso
10.Tsultrim Gyatso1816–183718201822–1837ཚུལ་ཁྲིམས་རྒྱ་མཚོ་
tshul khrim rgya mtsho
Cüchim Gyaco (楚臣嘉措)Tshültrim Gyatso
11.Khendrup Gyatso1838–185618401844–1856མཁས་གྲུབ་རྒྱ་མཚོ་
mkhas grub rgya mtsho
Kaichub Gyaco (凱珠嘉措)Kedrub Gyatso
12.Trinley Gyatso1857–187518601875-1895འཕྲིན་ལས་རྒྱ་མཚོ་
‘phrin las rgya mtsho
Chinlai Gyaco (成烈嘉措)Trinle Gyatso
13.Thubten GyatsoThirteenth Dalai Lama Thubten Gyatso.jpg1876–193318781885–1933ཐུབ་བསྟན་རྒྱ་མཚོ་
thub bstan rgya mtsho
Tubdain Gyaco (土登嘉措)Thubtan Gyatso
Thupten Gyatso
14.Tenzin GyatsoDalai Lama 1430 Luca Galuzzi 2007crop.jpgnascido em 19351937desde 1950
(atualmente em exercício)
བསྟན་འཛིན་རྒྱ་མཚོ་
bstan ‘dzin rgya mtsho
Dainzin Gyaco (丹增嘉措)Tenzing Gyatso

Residências

Entre a era de Lobsang Gyatso e o exílio de Tenzin Gyatso, os dalai-lamas passavam o inverno no Palácio de Potala e, nos meses de verão, deslocavam-se para Norbulingka, ambos em Lhassa. Em 1959, durante a ocupação chinesa do Tibete, o 14º Dalai-lama foi levado para a Índia por motivos de segurança, graças aos esforços diplomáticos de Jawaharlal Nehru, então primeiro-ministro indiano. Desde então, o Dalai-lama tem residido em Dharamsala, no estado de Himachal Pradesh, onde Gyatso pôde estabelecer a Administração Central Tibetana.

Referências

  1.  Infopédiadalai-lama, dalai-lamas
  2.  Dicionário Houaiss: dalai-lama
  3.  «Dalai Lama anuncia oficialmente renúncia à liderança política do Tibete»Extra Online. Consultado em 31 de dezembro de 2019
  4. ↑ Ir para:a b O título de dalai-lama foi um nome póstumo para o primeiro e segundo dalai-lamas.

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