Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto
10h32 - Bruxelas prepara plano de emergência para precaver corte total de gás russo
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, anunciou hoje perante o Parlamento Europeu que o seu executivo vai apresentar este mês um plano de emergência europeu para precaver um eventual corte total de fornecimento de gás russo.
“Precisamos de nos preparar para novas perturbações no fornecimento de gás, até mesmo para um corte total da Rússia. Atualmente, no total, 12 Estados-membros são diretamente afetados por reduções parciais ou totais do fornecimento de gás. É óbvio: Putin continua a utilizar a energia como uma arma”, afirmou, num debate no hemiciclo de Estrasburgo sobre a presidência semestral checa do Conselho da UE.
Von der Leyen anunciou então que “é por esta razão que a Comissão está a trabalhar num plano de emergência europeu”, que apresentará “em meados de julho”.
“Os Estados-membros já têm os seus planos nacionais de emergência em vigor. Isso é bom, mas precisamos de coordenação europeia e de ação comum. Precisamos de assegurar que, em caso de rutura total, o gás flui para onde é mais necessário. Temos de assegurar a solidariedade europeia. E precisamos de proteger o mercado único, bem como as cadeias de abastecimento da indústria”, disse.
A presidente do executivo comunitário sublinhou que os 27 não podem esquecer “a amarga lição” aprendida no início da pandemia da covid-19, em 2020, comentando que “o egoísmo e o protecionismo conduzem apenas à desunião e à fragmentação”.
(Agência Lusa)
10h21 - Kremlin diz que posição “hostil” do Japão não facilita o desenvolvimento de laços
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, considerou esta manhã que o Japão assumiu uma posição "hostil" em relação à Rússia e que isso não ajuda ao desenvolvimento de laços comerciais e económicos ou no setor da energia.
Questionado por jornalistas sobre os comentários do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, sobre limitar o preço do petróleo russo a cerca de metade do atual, Peskov afirmou que Tóquio está a assumir uma posição "muito hostil" em relação a Moscovo.
"Se os clientes não armazenam, a capacidade deve ser transferida para outros. É uma infraestrutura crítica. Precisamos dela num moento de crise como este", indicou a ministra austríaca da Energia e Ação Climática, Leonore Gewessler.
O primeiro-ministro da Irlanda, Micheál Martin, visita a Ucrânia esta quarta-feira. O líder político já esteve em Borodyanka, perto de Kiev, tendo reunido com o prefeito da cidade.
O líder irlandês passou também em Hostomel, onde a comitiva parou para observar uma ponte e edifícios destruídos.
8h30 - Continuam os combates à volta de Lysychansk, diz o governador de Lugansk
Sergei Haidai, governador de Lugansk, disse esta quarta-feira no Telegram que há mais de 15 mil civis em Lysychansk e oito mil em Severodonetsk.
Algumas zonas de Lysychansk continuam a ser palco de combates e já estiveram sob controlo de separatistas russos ou ucranianos de forma alternada.
"Os russos estão a avançar sobretudo devido ao facto de serem superiores na artilharia, com a qual destroem as cidades e as posições de defesa", acrescentou o governador.
8h19 - Televisão francesa divulgou conversa entre Macron e Putin. Moscovo critica violação de "etiqueta diplomática"
O chefe da diplomacia russa criticou a divulgação de uma conversa entre Macron e Putin pelo canal France 2. Sergei Lavrov salientou que a "etiqueta diplomática" não prevê a divulgação "unilateral" desse tipo de gravações.
A conversa em causa ocorreu quatro dias antes do início da ofensiva russa na Ucrânia e mostra os esforços de mediação por parte do presidente francês para evitar a eclosão de um conflito.
Sergei Lavrov considera, no entanto que a Rússia não se deve envergonhar do conteúdo da conversa entre os dois líderes.
"Conduzimos sempre as nossas negociações de forma a que nunca tenhamos de nos envergonhar. Dizemos sempre o que pensamos, estamos prontos para responder pelas nossas palavras e explicar a nossa posição", afirmou o MNE russo.
7h38 - China disposta a aprofundar cooperação com a Rússia
Foi o que o vice-ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Ma Zhaoxu, disse ao embaixador russo em Pequim, Andrey Denisov. O aprofundamento da cooperação visa um enquadramento multilateral, ainda de acordo com o governante chinês, inluindo o G20.Em Pequim, no Fórum Mundial de Paz, o embaixador norte-americano Nicholas Burns referiu-se à guerra na Ucrânia como a maior ameaça à ordem internacional.
7h23 - Ponto de situação
- O governador de Donetsk apela à retirada de 350 mil civis da região, num momento de recrudescimento da ofensiva russa. “O destino de todo o país vai ser decidido pela região de Donetsk”, estimou Pavlo Kyrylenko, para acrescentar: “Quando houver menos pessoas, seremos capazes de nos concentramos mais no inimigo e efetuar as principais tarefas”.
- As forças ucranianas posicionaram-se em novas linhas defensivas em Donetsk. O governador de Lugansk, a outra região do Donbass, afirmou que as semanas de combates por Lysychansk, entretanto tomada pelos russos, permitiram que as forças ucranianas robustecessem as linhas defensivas em Donetsk.
- Pelo menos duas pessoas morreram e outras sete ficaram feridas durante “bombardeamentos em massa” em Sloviansk, cidade do leste da Ucrânia. O presidente da câmara local, Vadim Lyakh, exortou os civis a abandonarem a cidade, depois de as tropas russas terem atingido um mercado e uma zona residencial.
- Separatistas pró-russos apreenderam dois navios com pavilhões estrangeiros no porto de Mariupol, no sul da Ucrânia, declarando-os “propriedade do Estado”.
- O chefe da Administração imposta pelos russos em Zaporizhia, Yevgeny Balitsky, afirma que a região quer vender cereais ucranianos a países do Médio Oriente, nomeadamente o Iraque, o Irão e a Arábia Saudita.
- A Rússia planeia construir uma ligação ferroviária entre a região de Rostov e as posições que ocupa em Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, segundo a comunicação social estatal de Moscovo.
- Os 30 países-membros da NATO assinaram os protocolos de adesão da Finlândia e da Suécia. Falta agora reunir as chancela dos parlamentos nacionais. O secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, apelou a uma rápida ratificação.
- A Letónia vai voltar a implementar o serviço militar obrigatório, anunciou o ministro letão da Defesa, Artis Pabriks.
- A ONU documentou 270 casos de “detenções arbitraries e desparecimentos forçados” de civis em território ucraniano ocupado pelas tropas russas ou pró-russas. O número foi avançado pela alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet. Na mesma sessão do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, a vice-ministra ucraniana dos Negócios Estrangeiros, Emine Dzhaparova, acusou a Rússia de perpetrar raptos “em larga escala”.
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