quarta-feira, 23 de março de 2022

GUERRA NA UCRÂNIA - 28º DIA - REAÇÕES NEGATIVAS SOBRE MÁRIO MACHADO. 23 DE MARÇO DE 2022

 

Não queremos indivíduos deste género no nosso país”: Ucrânia contra entrada de Mário Machado na guerra

Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa autorizou o neonaz a ir combater sem ter de cumprir as apresentações quinzenais.
Correio da Manhã10:52
Mário Machado
Mário MachadoFOTO: Direitos Reservados

Não basta apenas querer ir para a Ucrânia combater. É preciso cumprir com alguns critérios de aceitação para integrar a Legião Internacional de Defesa Territorial das Forças Armadas do país.

O esclarecimento é do coronel Sergii Malyk, adido militar da Embaixada da Ucrânia em França, a propósito do caso do cadastrado Mário Machado, o português que decidiu ir lutar para a frente de combate na Ucrânia.

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"Se sabem de pessoas deste tipo que queiram ir para a Ucrânia digam. Não queremos indivíduos deste género no nosso país", afirmou o coronel em declarações ao jornal Diário de Notícias.

Mário Machado, 44 anos, esteve ligado a diversas organizações de extrema-direita, como o Movimento de Ação Nacional, a Irmandade Ariana e o Portugal Hammerskins, a ramificação portuguesa da Hammerskin Nation, um dos principais grupos neonazis e supremacistas brancos dos Estados Unidos da América. Fundou também os movimentos Frente Nacional e Nova Ordem Social (NOS), que liderou de 2014 até 2019.

O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa autorizou o neonazi Mário Machado a ir combater para a Ucrânia sem ter de cumprir as apresentações quinzenais numa esquadra. 

Mário Machado é arguido num processo de incitamento ao ódio racial e violência nas redes sociais, estando indiciado pelo crime de posse de arma proibida. Desde 12 de novembro do ano passado que é obrigado a apresentações quinzenais numa esquadra.

O juiz teve em consideração "a situação humanitária vivida na Ucrânia e as finalidades invocadas pelo arguido para a sua pretensão", permitindo o levantamento temporário das medidas cautelares enquanto está ausente do país.

CALOUSTE GULBENKIAN - MECENAS, FILANTROPO, MILIONÁRIO, ENGENHEIRO, - NASCEU EM 1869 na Antiga ARMÉNIA hoje Turquia - 23 de março de 20222

Calouste Gulbenkian

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Calouste Sarkis Gulbenkian
Calouste Gulbenkian
NascimentoԳալուստ Սարգիս Կիւլպէնկեան
23 de março de 1869
Üsküdar[1], Império Otomano
Morte20 de julho de 1955 (86 anos)
Lisboa, Portugal
SepultamentoSt Sarkis, Kensington
CidadaniaImpério OtomanoReino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda
Etniaarmênios
Estatura1,72 m
CônjugeNevarte Essayan (1892)
Filho(s)Nubar Gulbenkian, Rita Sirvante Gulbenkian
Alma mater
OcupaçãoEngenheiro do petróleo e empresário,
Prêmios
  • Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo
Assinatura
Signature Calouste Gulbenkian.jpg

Calouste Sarkis Gulbenkian, em arménioԳալուստ Սարգիս Կիւլպէնկեան GCC (Üsküdar23 de março de 1869 — Lisboa20 de julho de 1955), foi um engenheiro do petróleo e empresário arménio otomano naturalizado britânico (1902), activo no sector do petróleo e um dos pioneiros no desenvolvimento desse sector no Médio Oriente.[2][3] Foi também um mecenas, tendo dado um grande contributo para o fomento da cultura em Portugal. A sua herança esteve na origem da constituição da Fundação Calouste Gulbenkian.

Biografia

Nasceu numa família de abastados comerciantes arménios de Istambul. O seu pai importava petróleo da Rússia.

Estudou em Marselha e em Londres, no King's College, onde obteve o diploma de engenharia do petróleo (1887).

Fez uma viagem à Transcaucásia em 1891, visitando os campos petrolíferos de Baku. Aos 22 anos de idade, publicou o livro La Transcaucasie et la Péninsule d'Apchéron - Souvernirs de Voyage, do qual alguns capítulos foram publicados numa revista que chegou às mãos do ministro das Minas do governo otomano.[4] Gulbenkian foi por este encarregado de elaborar um relatório sobre os campos de petróleo do Império Otomano, em especial na Mesopotâmia.

Negociador hábil e esclarecido, perito financeiro de grande categoria, Gulbenkian negociou contratos de exploração petrolífera com os grandes financistas internacionais e as autoridades otomanas, fomentando a exploração racional e organizada desta fonte de energia emergente. A indústria internacional dos petróleos começava a tomar forma no fim do século XIX. Gulbenkian organizou o grupo Royal Dutch, serviu de ligação entre as indústrias americanas e russas e deu o primeiro impulso à indústria na região do Golfo Pérsico.

Durante a Primeira Guerra Mundial sugeriu em França a criação de um gabinete para controlo do petróleo, o Comité Général du Pétrole, chefiado por Henri Bérenger.[5] Ao serviço deste comité, obteve êxito para um seu plano: pelo Tratado de San Remo (1920), a França ganhou à Grã-Bretanha o direito a administrar os interesses do Deutsche Bank na companhia de petróleo turca (os ingleses faziam-no desde 1915).

Em 1928, desempenhou papel fulcral nas negociações multipartidas entre grandes empresas internacionais para a divisão da então Turkish Petroleum Co., Ltd. (hoje a Iraq Petroleum Co., Ltd.) entre a Anglo-Persian Oil Co. (hoje a BP), a Royal Dutch Shell Group, a Companhia Francesa de Petróleos e a Near East Development Corp. (metade da Standard Oil e metade da Socony Mobil Oil). A cada uma coube 23,75% do capital e, a Calouste Gulbenkian, 5%. Este facto originou que Gulbenkian ficasse conhecido na indústria do petróleo como "o Senhor Cinco por Cento". A riqueza que acumulou permitiu-lhe satisfazer a paixão pelas obras de arte.

Durante a II Guerra Mundial, passou a viver em Lisboa, no Hotel Aviz (hoje desaparecido), em Abril de 1942. Vivia no hotel, juntamente com a mulher, a secretária privada Isabelle Theis e o genro Kevork, ocupando 5 das 33 suites do hotel.

Em 17 de Dezembro de 1942, depois de recusar vagar uma das suites por ordem do governo, Calouste e Kevork foram levados à força para uma esquadra de polícia. O passaporte diplomático de Calouste foi apreendido, ele foi separado de Kevork e informado de que se encontrava na situação de prisioneiro, não obstante não ter havido detenção formal. Calouste nunca aprendeu português e quando pediu alguém que falasse francês foi-lhe dito com rudeza que se sentasse e esperasse. Foi interrogado e mandaram-no assinar uma declaração em português que, mais uma vez, ele não sabia o que tinha escrito. Embora de começo recusasse assinar, acabou por fazê-lo sob ameaça. Não havia embaixada iraniana em Portugal, por isso Kevork apelou ao embaixador egípcio, Fakhry Paxá que negociou a libertação de Gulbenkian.[6]

A 28 de fevereiro de 1950 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo.[7]

Vida pessoal e familiar

Em 1892 casou em Londres com Nevarte Essayan, tal como ele natural de Cesareia e descendente de família arménia nobre e abastada. Do casamento nascem dois filhos: Nubar Sarkis (1896-1972) e Rita Sirvarte (1900-1977).

O filho de Rita Sirvarte, Mikhael Essayan (1927-2012), foi Presidente honorário da Fundação e seu filho, Martin Essayan – bisneto de Calouste Gulbenkian – é atualmente administrador da Fundação, responsável pelas atividades na Grã-Bretanha e na República da Irlanda, e também pelo Serviço das Comunidades arménias.

Colecionador de arte

Calouste Gulbenkian foi um amante de arte e homem de raro e sensível gosto, além de reunir uma extraordinária coleção de arte, principalmente europeia e asiática, de mais de seis milhares de peças.

Na arte europeia, reuniu obras que vão desde os mestres primitivos à pintura impressionista. Uma parte dessa coleção esteve exposta por empréstimo, entre 1930 e 1950, na National Gallery (Londres) em Londres, e na Galeria Nacional de Arte em Washington, D.C.[8] Figuram na colecção obras de CarpaccioRubensVan DyckRembrandtGainsboroughRomneyLawrenceFragonardCorotRenoirBoucherManetDegasMonet e muitos outros.

Além da pintura, reuniu um importante espólio de escultura do Antigo Egitocerâmicas orientais, manuscritos, encadernações e livros antigos, artigos de vidro da Síriamobiliário francês, tapeçarias, têxteis, peças de joalharia de René Laliquemoedas gregas, medalhas italianas do Renascimento, etc. Quando de sua morte, em 1955, a sua coleção de obras de arte estava avaliada em mais de 15 milhões de dólares.

Foi desejo de Gulbenkian que a coleção que reuniu ao longo da vida ficasse exposta num único local. Assim é que está em Lisboa, desde Junho de 1960. Em 1969 foi inaugurado o edifício-sede da Fundação Calouste Gulbenkian (que acolhe os serviços centrais da Fundação, dois auditórios, salas de conferências e 2 espaços expositivos) e o Museu, onde se encontra esta coleção permanente. Em 1983 foi inaugurado o Centro de Arte Moderna, no mesmo parque junto à Praça de Espanha onde se localizam todos esses edifícios.

Filantropia

Tal como soube reunir uma enorme fortuna ao longo da vida, Gulbenkian soube distribuí-la em testamento com generosidade. Na caridade, deixou verbas para especial proteção das comunidades arménias, que à altura não tinham asseguradas as necessidades básicas pelas organizações internacionais. Foi benfeitor do Patriarcado Arménio de Jerusalém. Como era devoto da Igreja Arménia, fez construir em Londres a Igreja de São Sarkis, dedicado à memória dos seus pais e onde se encontram as suas cinzas.

Em Abril de 1942, entrou em Portugal pela primeira vez, convidado pelo embaixador de Portugal em França. Inicialmente, Lisboa seria apenas uma escala numa viagem a Nova Iorque, mas o empresário adoeceu e acabou por ficar mais tempo do que planeara, agradado com a paz que em Portugal se vivia durante o conflito que devastava o resto da Europa. Sentindo-se bem acolhido, estabeleceu residência permanente em Lisboa, no Hotel Aviz, onde acabou por se instalar definitivamente até à sua morte, em 1955.

O testamento, datado de 18 de junho de 1953, criou a fundação com o seu nome que ficou herdeira do remanescente da sua fortuna, e que tem fins artísticos, caritativos, científicos e educativos, elegendo Portugal para a sua fixação - agradecendo, postumamente, o acolhimento que teve num momento crítico da história da Europa e sabendo o respeito que em Portugal haveria pelo escrupuloso cumprimento da sua vontade.

Referências

  1.  Mystery Billionaire, Robert Coughlan, Life, 27 de Novembro de 1950, 82
  2.  «Calouste Gulbenkian Dies at 86. One of the Richest Men in the World. Oil Financier, Art Collector Lived in Obscurity, Drove in Rented Automobile.» (em inglês). The New York Times. 11 de julho de 1955. Consultado em 19 de julho de 2012
  3.  «Solid Gold Scrooge» (em inglês). TIME. 23 de julho de 1958. Consultado em 19 de julho de 2012
  4.  Colin John Campbell (2005). Oil Crisis (em inglês). [S.l.]: Multi-Science Publishing. 75 páginas. ISBN 0-906522-39-0
  5.  Norwich, J. J., & Henson, B. (1987). Mr. Five Percent: The Story of Calouste Gulbenkian. [S.l.]: Home Vision. ISBN 978-0-7800-0755-0OCLC 31611185
  6.  «Jonathan Conlin: "Gulbenkian deixou o negócio da família ir à falência. Ele era muito rico, mas não salvou ninguém"»
  7.  «Ordens Honoríficas Portuguesas»Presidência da República Portuguesa. Ordens.presidencia.pt
  8.  «St sarkis» (em inglês). Accc.org.uk. Consultado em 19 de julho de 2012

Bibliografia

  • Black, EdwinBanking on Baghdad: Inside Iraq's 7,000-Year History of War, Profit, and Conflict. New York: John Wiley and Sons, 2004. ISBN 0-471-67186-X.

For general background concerning the development of the petroleum industry in the Middle East see

For Gulbenkian as a collector see

  • Azeredo Perdigão, José de, and Ana Lowndes Marques. Calouste Gulbenkian, Collector. Lisbon: Calouste Gulbenkian Foundation, 1979. OCLC 8196712

Ver também

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Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Calouste Gulbenkian

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