quinta-feira, 10 de março de 2022

DIA MUNDIAL DO RIM - 10 DE MARÇO DE 2022

 

Rim

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Rim
Gray1122.png
Os dois rins vistos através de uma secção dorsal
Latimren
Grayassunto #253 1215
Vascularizaçãoartéria renal
Drenagem venosaveia renal
Inervaçãoplexo renal
MeSHKidney

rim (lat. rengrc. νεφρός) é cada um dos dois órgãos excretores, em forma de feijão, tendo no ser humano, aproximadamente 11 cm de comprimento, 5 cm de largura e 3 cm de espessura. É o principal órgão do sistema excretor e osmoregulador dos vertebrados. Os rins filtram produtos do metabolismo presentes na corrente sanguínea, e os excretam, com água, na urina; a urina sai dos rins através dos ureteres, para a bexiga.[1]

Anatomia

Localização

Em humanos, os rins estão localizados na região posterior do abdómen, atrás do peritónio, motivo pelo qual são chamados de órgãos retroperitoneais. Existe um rim em cada lado da coluna; o direito encontra-se logo abaixo do fígado e o esquerdo abaixo do baço. Em cima de cada rim encontramos a glândula suprarrenal.

Os rins estão, aproximadamente no mesmo nível que as vértebras T12 a L4, sendo que o rim direito localiza-se um pouco mais inferiormente que o esquerdo. O polo superior de cada rim está encostado na décima primeira e décima segunda costelas e ambos encontram-se envoltos por um coxim de gordura, com finalidade de proteção mecânica.

Os rins são duas glândulas da cor vermelha escura colocadas simetricamente ao lado da coluna vertebral, na região lombar. Medem 10 cm de largura e pesam cerca de 150 g cada um. O peritónio, membrana serosa que cobre a superfície superior do abdómen, prende-os fortemente contra a parede abdominal. A extremidade superior de cada rim é coberta por uma glândula edócrina, a glândula suprarrenal.

Anatomia macroscópica

No adulto o rim tem cerca de 11 a 13 cm de comprimento, 5 a 7,5 cm de largura, 2,5 a 3 cm de espessura, com aproximadamente 125 a 170 gramas no homem e 115 a 155 gramas na mulher.

Cada rim possui a forma de um grão de feijão com duas faces (anterior e posterior), duas bordas (medial e lateral) e dois polos ou extremidades (superior e inferior). Na borda medial encontra-se o hilo, por onde passam o ureter, artéria e veia renal, linfáticos e nervos. Os rins estão envolvidos em toda sua superfície por um tecido fibroso fino chamado cápsula renal. Ao redor do rim existe um acúmulo de tecido adiposo chamado gordura perirrenal, que por sua vez está envolvida por uma condensação de tecido conjuntivo, representando a fáscia de Gerota ou fáscia renal.

Ao corte frontal, que divide o rim em duas partes, é possível reconhecer o córtex renal, uma camada mais externa e pálida, e a medula renal, uma camada mais interna e escura. O córtex emite projeções para a medula denominadas colunas renais, que separam porções cônicas da medula chamadas pirâmides.

As pirâmides têm bases voltadas para o córtex e ápices voltados para a medula, sendo que seus ápices são denominados papilas renais. É na papila que desembocam os ductos coletores pelos quais a urina escoa atingindo a pelve renal e o ureter. A pelve é a extremidade dilatada do ureter e está dividida em dois ou três tubos chamados cálices maiores, os quais subdividem-se em um número variado de cálices menores. Cada cálice menor apresenta um encaixe em forma de taça com a papila renal.

Vascularização

Os rins são supridos pela artéria renal, que se origina da aorta. A artéria renal divide-se no hilo em um ramo anterior e um ramo posterior. Estes, dividem-se em várias artérias segmentares que irão irrigar vários segmentos do rim. Essas artérias, por sua vez, dão origem às artérias interlobares, que na junção cortico-medular dividem-se para formar as artérias arqueadas e posteriormente as artérias interlobulares. Dessas artérias surgem as arteríolas aferentes, as quais sofrem divisão formando os capilares dos glomérulos, que em seguida, confluem-se para formar a arteríola eferente. A arteríola eferente dá origem aos capilares peritubulares a às arteríolas retas, responsáveis pelo suprimento arterial da medula renal.

A drenagem venosa costuma seguir paralelamente o trajeto do sistema arterial. O sangue do córtex drena para as veias arqueadas e destas para as veias interlobares, segmentares, veia renal e finalmente veia cava inferior.

No córtex há numerosos linfáticos que drenam para a cápsula ou junção córtico-medular. Na medula, os linfáticos correm do ápice das pirâmides para a junção córtico-medular, onde formam linfáticos arqueados que acompanham os vasos sanguíneos até o hilo para drenar em linfonodos para-aórticos.

Inervação

As fibras simpáticas alcançam o rim através do plexo celíaco. Essas fibras envolvem e seguem os vasos arteriais através do córtex e medula. As fibras para a sensibilidade dolorosa alcançam a medula espinhal pelos nervos esplânicos ou pelas raízes dorsais dos nervos espinhais de T12 a L2.

Anatomia microscópica

Cada rim é formado por cerca de 1 milhão de pequenas estruturas chamadas néfron. Cada néfron é capaz de eliminar resíduos do metabolismo do sangue, manter o equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico do corpo humano, controlar a quantidade de líquidos no organismo, regular a pressão arterial e secretar hormônios, além de produzir a urina.[1] Por esse motivo dizemos que o néfron é a unidade funcional do rim, pois apenas um néfron é capaz de realizar todas as funções renais.

O néfron é formado pela cápsula de Bowman, pelo glomérulotúbulo contorcido proximalalça de Henletúbulo contorcido distal e túbulo coletorarteríolas aferente e eferentecapilares peritubulares.[1]

Funções dos rins

Além de excretar substâncias tóxicas, os rins também desempenham muitas outras funções. Abaixo estão listadas as principais funções renais:

Fisiologia

Rins de um mamífero após a técnica de vinilite e corrosão. Em exposição no MAV/USP.
Ver artigo principal: Fisiologia renal

Inicialmente o sangue vem por um vaso chamado arteríola aferente passa pelo glomérulo e sai pela arteríola eferente. O sangue é filtrado ao passar pelo glomérulo num processo chamado filtração glomerular.[1] A quantidade de líquido que passa do glomérulo para a cápsula de Bowman (conhecido como filtrado glomerular) é muito grande, cerca de 170 litros por dia, sendo 99% desse total reabsorvidos pelos túbulos renais, resultando em aproximadamente 1,7 a 2 litros de urina por dia.

O mecanismo de passagem do líquido e sua composição é devido ao equilíbrio entre as forças que tendem a manter o líquido nos vasos e as que tendem a expulsá-lo (Forças de Starling). Os dois principais fatores são a pressão hidrostática, que favorece a passagem de líquido do sangue para a cápsula de Bowman, e a pressão osmótica, que impede a saída de líquidos do sangue.

Após ser produzido pelo glomérulo, o filtrado glomerular segue para os túbulos renais onde será processado para dar origem à urina. Em cada segmento dos túbulos renais, ocorrem movimentos ativos (com gasto de energia) e passivos (sem gasto de energia) para a reabsorção de água e eletrólitos. Algumas substâncias, como eletrólitos e medicamentos, são secretadas do sangue para o filtrado glomerular pelos túbulos renais. O líquido final resultante do processamento tubular é a urina.

Os rins atuam na manutenção do equilíbrio ácido-básico, regulam a concentração de bicarbonato (HCO3), o qual possui a função de tamponamento, excretando íons de hidrogênio e regulam a produção de eritrócitos, através da secreção de eritropoetina, um hormônio que estimula a síntese de eritrócitos, na regulação do volume sanguíneo, na regulação da pressão arterial, no PH do sangue e no nível de glicose do sangue.[1]

Patologia endócrina renal

Deficiência Eritropoetina (EPO)

Os rins são os principais produtores de eritropoetina (juntamente com o fígado). Uma insuficiência renal crônica leva, geralmente, a uma deficiência de EPO. Esta citocinina controla a eritropoiese, produção de eritrócitos. Quando a sua concentração é baixa, a produção é comprometida e há uma anemia hipoplásica porque há uma diminuição do número de eritrócitos.

Hiperaldosteronismo

Hiperaldosteronismo primário é caracterizado pelo excesso de produção de aldosterona pela suprarrenal. Leva a hipertensão arterial associada a hipocaliémia, esta é normalmente uma pista para o diagnóstico. A síndrome de Conn é um exemplo desta patologia, em que há um processo neoplásico (adenoma) produtor de aldosterona, localizado na suprarrenal.

Hiperaldosteronismo secundário é caracterizado pela grande actividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona e que leva à produção de grande quantidade de aldostero.

A consequência mais grave do hiperaldosteronismo é a hipertensão arterial, que embora possa passar despercebida ocasionalmente, noutros casos é evidenciada por sintomas característicos: dor de cabeça, palpitações, náuseas e tonturas. Caso a hipertensão seja muito intensa e não seja corrigida com o tratamento adequado, pode provocar, a longo prazo, insuficiência cardíaca e acidentes vasculares cerebrais. Como a aldosterona promove a eliminação de potássio através da urina, é igualmente frequente o aparecimento de sintomas que indicam uma redução da concentração de potássio no sangue, sobretudo alterações neurológicas, bem como parestesia (formigamentos), debilidade muscular e paralisia.

Dependendo da causa e outros factores, o hiperaldosteronismo pode ser tratado cirurgicamente e/ou medicamente por antagonistas de aldosterona.

Hipoaldosteronismo

Consiste na diminuição na concentração de aldosterona. Esta pode ser devida a diversas causas, nomeadamente à diminuição da sua produção. O tratamento depende da sua etiologia, sendo prescritos substituintes diretos das hormonas em défice.

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d e f g h i j Koeppen, Bruce M.; Stanton, Bruce A. (2009). Be

GUERRA NA UCRÂNIA - 15º DIA - NOTICIAS AO MINUTO - 10 DE MARÇO DE 2022

 

 
 
 
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Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.© EPA Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

10h55 - Comboio de ajuda humanitária para Mariupol recuou devido a bombardeamentos

Uma comboio de ajuda humanitária que se dirigia à cidade ucraniana de Mariupol teve de voltar trás, antes de entrar na região, devido a bombardeamentos. A informação foi avançada pela vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuck.

"Há bombas a atingir casas", afirmou num comunicado em vídeo divulgado nas redes sociais.

10h51 - Rússia quer abandonar dependência em relação ao Ocidente

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, adiantou esta quinta-feira, após a reunião com o homólogo ucraniano, que Moscovo "nunca mais quer depender novamente de estados ou empresas ocidentais".

Na conferência de imprensa, o chefe da diplomacia russa acusou ainda o Ocidente de estar a usar a Ucrânia para atingir a Rússia.

Sergei Lavrov sublinha que a Rússia nunca fez chantagem em relação ao seu gás e petróleo e que os recursos energéticos do país terão sempre mercados para os quais podem ser exportados, não obstante as sanções ocidentais. 
10h49 - EUA alegam que Rússia pode recorrer a "armas químicas" na Ucrânia. Leia aqui
Horas depois de a Rússia acusar os Estados Unidos de estarem a financiar o desenvolvimento de "armas biológicas" na Ucrânia, a Casa Branca alertou que as alegações de Moscovo poderiam ser pretexto para "usar armas químicas ou biológicas na Ucrânia".
“Tivemos conhecimento sobre as falsas alegações da Rússia sobre supostos laboratórios de armas biológicas dos Estados Unidos e da acusação de desenvolvimento de armas químicas na Ucrânia”, escreveu Jen Psaki no Twitter. “Tudo isto é um estratagema óbvio da Rússia para tentar justificar o seu ataque premeditado, não provocado e injustificado à Ucrânia”.

10h46 - Fluxos europeus de gás estão em risco, alerta responsável

Sergiy Makogon, o CEO da Operadora de Sistema de Transmissão de Gás da Ucrânia advertiu que os circuitos de transferência energética para a Europa estão em risco devido à presença de forças russas nas regiões ucranianas onde estão as estações de compressão.

"Existe um perigo real para o fluxo (do gás)", disse à Reuters, sem adiantar mais detalhes.

10h40 - Putin admite encontrar-se com Zelensky, diz Lavrov
O ministro russo dos Negócios Estrangeiros adiantou, na conferência de imprensa após a reunião na Turquia, que o presidente Vladimir Putin não recusaria uma reunião como o homólogo ucraniano, o presidente Volodymyr Zelensky, para a discussão de questões "específicas".
10h37 - Rússia quer prosseguir diálogo na Bielorrússia
Moscovo está disponível para continuar as negociações com a Ucrânia, mas apenas dentro da estrutura e do formato existente na Bielorrússia, afirmou Sergei Lavrov.

"A reunião de hoje confirmou que o formato russo-ucraniano na Bielorrússia não tem alternativa", reformou o ministro russo após o encontro com o homólogo ucraniano.

10h30 - Rússia nega ter atingido doentes em hospital pediátrico de Mariupol
O ministro Sergei Lavrov garante que o bombardeamento de um hospital pediátrico na quarta-feira, em Mariupol, ocorreu depois após as forças ucranianas terem tomado o local, onde já não havia pacientes, indica o MNE russo.
Em resposta às questões sobre o ataque de quarta-feira, Lavrov sublinhou que os media ocidentais estão a apresentar apenas o "ponto de vista" da Ucrânia.
10h25 - Lavrov alerta para "comportamento perigoso" do Ocidente
Na conferência de imprensa após a reunião entre as diplomacias russa e ucraniana, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, frisou que o Ocidente se está a comportar de forma "perigosa", ao fornecer armas e ao permitir o combate de mercenários neste conflito.
10h19 - "A Ucrânia não se vai render"

O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros frisou, no final das conversações na Turquia, que o país continua "aberto à diplomacia", mas garante que as autoridades vão "continuar a proteger o nosso país e o nosso povo".

"A Ucrânia não se vai render", vincou Dmytro Kuleba.
A Ucrânia partiu para estas negociações com o objetivo de assegurar um cessar-fogo de 24 horas e o estabelecimento de um corredor humanitário em Mariupol. "Mas Lavrov não quis garantir nada nesse sentido", adiantou. 

10h06 - Encontro na Turquia falha em alcançar progressos num acordo de cessar-fogo

No final da reunião entre as diplomacias russa e ucraniana, o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros lamentou a falta de progressos num cessar-fogo do conflito.

"Falámos sobre um cesssar-fogo, mas nenhum progresso foi alcançado nesse sentido", disse Dmytro Kuleba. ###1390286###

9h56 - Camiões dos CTT levam ajuda à Ucrânia

Camiões dos Correios estão a transportar bens essenciais até à fronteira no leste da Polónia. A RTP esteve na manhã desta quinta-feira em Famões, Odivelas, onde esta operação está a ser coordenada. ###1390278###
9h48 - Reino Unido congela ativos de sete oligarcas russos, incluindo Roman Abramovich

O Reino Unido anunciou esta quinta-feira que vai congelar os ativos de sete empresários russos, incluindo Roman Abramovich, Igor Sechin, Oleg Deripaska, Andrey Kostin, Alexei Miller, Nikolai Tokarev e Dmitri Lebedev.

Boris Johnson diz que "não pode haver refúgios seguros para aqueles que apoiaram o violento ataque de Putin à Ucrânia".
"As sanções de hoje são o último passo no apoio inabalável do Reino Unido ao povo ucraniano. Seremos implacáveis ​​na perseguição daqueles que permitem a morte de civis, a destruição de hospitais e a ocupação ilegal de aliados soberanos”, refere ainda o primeiro-ministro britânico.

9h40 - Economia russa em "choque" devido a guerra económica sem precedentes, diz o Kremlin

O Kremlin admitiu esta quinta-feira que a economia da Rússia está a passar por um "choque" e que Moscovo está a adotar medidas para amenizar o impacto de uma "guerra econômica absolutamente sem precedentes" travada contra a Rússia.

"A nossa economia está a viver um impacto de choque e há consequências negativas, mas serão minimizadas", adiantou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, durante uma conferência de imprensa.

O porta-voz descreveu a situação atual como "turbulenta", mas garantiu que o Kremlin já está a adotar medidas.

"Esta é uma situação absolutamente sem precedentes. Nunca aconteceu nenhuma guerra económica como a que começou contra o nosso país. Por isso, é muito difícil prever o que vai acontecer", referiu o porta-voz.

9h18 - Rússia vai inquirir exército sobre bombardeamento à maternidade de Mariupol
O Kremlin adiantou esta quinta-feira que vai inquirir o seu exército sobre o bombardeamento de uma maternidade na cidade ucraniana sitiada de Mariupol, que as autoridades locais dizem ter sido atingida por um ataque russo.
"Vamos investigar junto dos nossos soldados, porque nós, tal como vocês, não temos informações claras sobre o que aconteceu", indicou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, durante uma conferência de imprensa.

9h15 - Sony e Nintendo suspendem envio de videojogos e consolas para a Rússia

As companhias japonesas Sony e Nintendo confirmaram esta quinta-feira a suspensão do envio de videojogos e consolas para a Rússia, bem como os serviços das suas lojas online naquele país, após a invasão da Ucrânia pelas forças russas.

"A Sony Interactive Entertainment (SIE) une-se à comunidade global para pedir paz na Ucrânia. Suspendemos todos os nossos envios de software hardware, o lançamento do [videojogo] Gran Turismo 7 e as operações da PlayStation Store na Rússia", escreveu a divisão de videojogos da empresa na rede social Twitter.

Por seu lado, um porta-voz da Nintendo confirmou à agência de notícias Efe que, embora “os stocks que estão atualmente armazenados estejam a ser vendidos, as exportações serão suspensas”.

(agência Lusa)
8h50 - Moscovo acusa Pentágono de financiar programa de armas biológicas na Ucrânia
O Ministério da Defesa da Rússia acusou esta quinta-feira os Estados Unidos de financiarem um programa de armas biológicas na Ucrânia. O Kremlin diz ter encontrado evidências nesse sentido em laboratórios ucranianos.
"O objetivo desta investigação, financiada pelo Pentágono na Ucrânia, era criar um mecanismo para a disseminação furtiva de agentes patogénicos mortais", disse o porta-voz do ministério, Igor Konashenkov.
Moscovo diz ter apreendido documentos "apresentados por funcionários de laboratórios ucranianos" que planeiam "a transferência de biomateriais humanos da Ucrânia para países estrangeiros, a pedido de representantes norte-americanos".
O porta-voz fala ainda de um “projeto norte-americano para a transferência de agentes patogénicos através de aves selvagens migratórias, entre a Ucrânia e a Rússia e outros países vizinhos”.
Segundo o Kremlin, os EUA planeavam "realizar trabalhos de agentes patogénicos em aves, morcegos e répteis na Ucrânia em 2022", bem como sobre a "possibilidade de propagação da peste suína africana e do antraz".
“Nos laboratórios estabelecidos e financiados [pelos EUA] na Ucrânia, os documentos mostram que as experiências foram realizadas com amostras de coronavírus de morcego”, adiantou o porta-voz russo, citado pela agência France Presse.

Tanto os Estados Unidos como a Ucrânia negam a existência de laboratórios destinados à produção de armas biológicas no país. As acusações da Rússia neste sentido remontam ao ano de 2018 e estendem-se também à Geórgia. 

8h44 - Especialistas bielorrussos devem garantir fornecimento de energia da central nuclear de Chernobyl, diz Lukashenko

O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, instruiu especialistas bielorrussos a garantirem o fornecimento de energia para a central nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, adianta a agência de notícias Belta.
A Ucrânia disse na quarta-feira que havia o perigo de uma fuga de radiação em Chernobyl após o corte de eletricidade, mas a Agência Internacional de Energia Atómica não vê nesta situação "nenhum impacto crítico na segurança".

8h29 - Começou na Turquia a reunião entre os chefes das diplomacias russa e ucraniana

"A reunião começou", adiantou aos jornalistas a porta-voz do MNE russo, Maria Zakharova.
O encontro começou em Antália, na Turquia, pouco depois das 11h00 locais (8h00 em Lisboa). É a primeira negociação de alto nível desde o início da guerra.

8h21 - Petrolífera italiana Eni suspende compra de petróleo bruto da Rússia

O grupo petrolífero italiano Eni anunciou hoje que suspendeu os contratos de compra de petróleo bruto da Rússia, uma semana depois de revelar que venderia a sua participação no gasoduto que liga a Rússia a Turquia.

"A Eni suspendeu novos contratos para o fornecimento de petróleo bruto ou derivados de petróleo da Rússia", disse um porta-voz do grupo, citado pelos órgãos de comunicação social italianos.

"Em todo o caso, a Eni vai operar em total conformidade com o que for estabelecido pelas instituições europeias e nacionais", acrescentou.

A Eni segue o exemplo de grandes petrolíferas como as britânicas Shell e BP, que anunciaram a retirada de projetos na Rússia devido à invasão militar russa na Ucrânia.
(agência Lusa)

8h16 - Rússia diz ter destruído mais de 2.900 instalações de infraestrutura militar da Ucrânia

Moscovo indica esta quinta-feira que foram destruídas 2.911 instalações militares ucranianas até ao momento, adiantou o porta-voz do Ministério russo da Defesa, Igor Konashenkov, citado por agências de notícias russas.

Adiantou ainda que o exército russo assumiu o controlo de vários bairros na cidade sitiada de Mariupol, no sul da Ucrânia.

8h03 - Os animais de estimação dos refugiados
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7h45 - Três mortos no ataque a hospital pediátrico de Mariupol

O ataque contra um hospital pediátrico de Mariupol, na quarta-feira, provocou três mortes, "incluindo uma menina", confirmam as autoridades locais.

O balanço anterior era de 17 feridos.
7h42 - Civis começam a deixar a cidade de Sumy pelo terceiro dia

Em Sumy, os civis começaram a deixar a cidade pelo terceiro dia, após um acordo de cessar-fogo local para o estabelecimento de um corredor humanitário, adiantou o governador regional.

Milhares de pessosas já deixaram a cidade de Sumy, assim como localidades próximas de Krasnopillya e Trostyanets.
7h30 - Rússia deixa de participar no Conselho da Europa

Moscovo confirmou esta quinta-feira que irá deixar de participar no Conselho da Europa. A informação é avançada pela agência TASS, que cita o Ministério russo dos Negócios Estrangeiros.

O MNE russo considera, em comunicado, que os países da NATO e da União Europeia estão a minar o órgão europeu, denunciando a "linha de destruição do espaço comum do Conselho da Europa a nível humanitário e jurídico".

Por outro lado, afirmou que Moscovo "não participará" nos esforços para "transformar" o Conselho da Europa "noutra plataforma para exaltar a superioridade e o narcisismo ocidentais".

7h18 - MNE ucraniano já chegou à Turquia

O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, chegou à Turquia para negociações com o homólogo russo, Sergei Lavrov, a decorrer esta quinta-feira.

Kuleba "iniciou a visita à Turquia, onde irá participar das negociações sobre o cessar de hostilidades da Rússia e o fim da sua guerra contra a Ucrânia", adianta o Ministério ucraniano dos Negócios Estrangeiros no Twitter.

Ponto da situação

- À entrada para a terceira semana da guerra, está marcada para hoje primeira negociação de alto nível, desde o início da guerra, vai ter lugar esta quinta-feira, na Turquia, entre os ministros dos Negócios Estrangeiros russo e ucraniano, Dmytro Kuleba e Sergei Lavrov. 

Esta é a primeira vez que a Rússia envia um ministro para as conversações em contexto de conflito com a Ucrânia. Nesta reunião irá também estar presente o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlut Cavusoglu.

Enquanto membro da NATO e país vizinho da Rússia e Ucrânia, a Turquia procura manter boas relações com os dois países.

- O presidente ucraniano afirma que, sozinha, a Ucrânia não vai conseguir travar a Rússia e assinou uma lei que permite que civis usem armas contra militares russos, durante o período da lei marcial.

Volodymyr Zelensky divulgou também imagens de um ataque aéreo contra um hospital pediátrico da cidade de Mariupol, que fez 17 feridos. Acusa Moscovo de cometer um "crime de guerra".

- A Organização Mundial de Saúde disse na quarta-feira à noite que foi possível confirmar 18 ataques a instalações médicas desde que a invasão russa, que começou há duas semanas.

- O ministro ucraniano acusa a Rússia de continuar a travar a evacuação de Mariupol, cercada pelo exército russo há mais de uma semana e onde já morreram 1.207 civis.

- Na quarta-feira foram retiradas cerca de 48 mil pessoas, através dos corredores humanitários de várias cidades ucranianas.

- A Agência Internacional de Energia Atómica faz saber que perdeu o acesso a dados dos sistemas de monitorização da maior central nuclear da Europa, situada em Zaporizhzhia, na Ucrânia, a central incendiada, na semana passada, por forças russas.

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