quinta-feira, 10 de março de 2022

GUERRA NA UCRÂNIA - 15º DIA - NOTICIAS AO MINUTO - 10 DE MARÇO DE 2022

 

 
 
 
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Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.© EPA Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

10h55 - Comboio de ajuda humanitária para Mariupol recuou devido a bombardeamentos

Uma comboio de ajuda humanitária que se dirigia à cidade ucraniana de Mariupol teve de voltar trás, antes de entrar na região, devido a bombardeamentos. A informação foi avançada pela vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuck.

"Há bombas a atingir casas", afirmou num comunicado em vídeo divulgado nas redes sociais.

10h51 - Rússia quer abandonar dependência em relação ao Ocidente

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, adiantou esta quinta-feira, após a reunião com o homólogo ucraniano, que Moscovo "nunca mais quer depender novamente de estados ou empresas ocidentais".

Na conferência de imprensa, o chefe da diplomacia russa acusou ainda o Ocidente de estar a usar a Ucrânia para atingir a Rússia.

Sergei Lavrov sublinha que a Rússia nunca fez chantagem em relação ao seu gás e petróleo e que os recursos energéticos do país terão sempre mercados para os quais podem ser exportados, não obstante as sanções ocidentais. 
10h49 - EUA alegam que Rússia pode recorrer a "armas químicas" na Ucrânia. Leia aqui
Horas depois de a Rússia acusar os Estados Unidos de estarem a financiar o desenvolvimento de "armas biológicas" na Ucrânia, a Casa Branca alertou que as alegações de Moscovo poderiam ser pretexto para "usar armas químicas ou biológicas na Ucrânia".
“Tivemos conhecimento sobre as falsas alegações da Rússia sobre supostos laboratórios de armas biológicas dos Estados Unidos e da acusação de desenvolvimento de armas químicas na Ucrânia”, escreveu Jen Psaki no Twitter. “Tudo isto é um estratagema óbvio da Rússia para tentar justificar o seu ataque premeditado, não provocado e injustificado à Ucrânia”.

10h46 - Fluxos europeus de gás estão em risco, alerta responsável

Sergiy Makogon, o CEO da Operadora de Sistema de Transmissão de Gás da Ucrânia advertiu que os circuitos de transferência energética para a Europa estão em risco devido à presença de forças russas nas regiões ucranianas onde estão as estações de compressão.

"Existe um perigo real para o fluxo (do gás)", disse à Reuters, sem adiantar mais detalhes.

10h40 - Putin admite encontrar-se com Zelensky, diz Lavrov
O ministro russo dos Negócios Estrangeiros adiantou, na conferência de imprensa após a reunião na Turquia, que o presidente Vladimir Putin não recusaria uma reunião como o homólogo ucraniano, o presidente Volodymyr Zelensky, para a discussão de questões "específicas".
10h37 - Rússia quer prosseguir diálogo na Bielorrússia
Moscovo está disponível para continuar as negociações com a Ucrânia, mas apenas dentro da estrutura e do formato existente na Bielorrússia, afirmou Sergei Lavrov.

"A reunião de hoje confirmou que o formato russo-ucraniano na Bielorrússia não tem alternativa", reformou o ministro russo após o encontro com o homólogo ucraniano.

10h30 - Rússia nega ter atingido doentes em hospital pediátrico de Mariupol
O ministro Sergei Lavrov garante que o bombardeamento de um hospital pediátrico na quarta-feira, em Mariupol, ocorreu depois após as forças ucranianas terem tomado o local, onde já não havia pacientes, indica o MNE russo.
Em resposta às questões sobre o ataque de quarta-feira, Lavrov sublinhou que os media ocidentais estão a apresentar apenas o "ponto de vista" da Ucrânia.
10h25 - Lavrov alerta para "comportamento perigoso" do Ocidente
Na conferência de imprensa após a reunião entre as diplomacias russa e ucraniana, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, frisou que o Ocidente se está a comportar de forma "perigosa", ao fornecer armas e ao permitir o combate de mercenários neste conflito.
10h19 - "A Ucrânia não se vai render"

O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros frisou, no final das conversações na Turquia, que o país continua "aberto à diplomacia", mas garante que as autoridades vão "continuar a proteger o nosso país e o nosso povo".

"A Ucrânia não se vai render", vincou Dmytro Kuleba.
A Ucrânia partiu para estas negociações com o objetivo de assegurar um cessar-fogo de 24 horas e o estabelecimento de um corredor humanitário em Mariupol. "Mas Lavrov não quis garantir nada nesse sentido", adiantou. 

10h06 - Encontro na Turquia falha em alcançar progressos num acordo de cessar-fogo

No final da reunião entre as diplomacias russa e ucraniana, o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros lamentou a falta de progressos num cessar-fogo do conflito.

"Falámos sobre um cesssar-fogo, mas nenhum progresso foi alcançado nesse sentido", disse Dmytro Kuleba. ###1390286###

9h56 - Camiões dos CTT levam ajuda à Ucrânia

Camiões dos Correios estão a transportar bens essenciais até à fronteira no leste da Polónia. A RTP esteve na manhã desta quinta-feira em Famões, Odivelas, onde esta operação está a ser coordenada. ###1390278###
9h48 - Reino Unido congela ativos de sete oligarcas russos, incluindo Roman Abramovich

O Reino Unido anunciou esta quinta-feira que vai congelar os ativos de sete empresários russos, incluindo Roman Abramovich, Igor Sechin, Oleg Deripaska, Andrey Kostin, Alexei Miller, Nikolai Tokarev e Dmitri Lebedev.

Boris Johnson diz que "não pode haver refúgios seguros para aqueles que apoiaram o violento ataque de Putin à Ucrânia".
"As sanções de hoje são o último passo no apoio inabalável do Reino Unido ao povo ucraniano. Seremos implacáveis ​​na perseguição daqueles que permitem a morte de civis, a destruição de hospitais e a ocupação ilegal de aliados soberanos”, refere ainda o primeiro-ministro britânico.

9h40 - Economia russa em "choque" devido a guerra económica sem precedentes, diz o Kremlin

O Kremlin admitiu esta quinta-feira que a economia da Rússia está a passar por um "choque" e que Moscovo está a adotar medidas para amenizar o impacto de uma "guerra econômica absolutamente sem precedentes" travada contra a Rússia.

"A nossa economia está a viver um impacto de choque e há consequências negativas, mas serão minimizadas", adiantou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, durante uma conferência de imprensa.

O porta-voz descreveu a situação atual como "turbulenta", mas garantiu que o Kremlin já está a adotar medidas.

"Esta é uma situação absolutamente sem precedentes. Nunca aconteceu nenhuma guerra económica como a que começou contra o nosso país. Por isso, é muito difícil prever o que vai acontecer", referiu o porta-voz.

9h18 - Rússia vai inquirir exército sobre bombardeamento à maternidade de Mariupol
O Kremlin adiantou esta quinta-feira que vai inquirir o seu exército sobre o bombardeamento de uma maternidade na cidade ucraniana sitiada de Mariupol, que as autoridades locais dizem ter sido atingida por um ataque russo.
"Vamos investigar junto dos nossos soldados, porque nós, tal como vocês, não temos informações claras sobre o que aconteceu", indicou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, durante uma conferência de imprensa.

9h15 - Sony e Nintendo suspendem envio de videojogos e consolas para a Rússia

As companhias japonesas Sony e Nintendo confirmaram esta quinta-feira a suspensão do envio de videojogos e consolas para a Rússia, bem como os serviços das suas lojas online naquele país, após a invasão da Ucrânia pelas forças russas.

"A Sony Interactive Entertainment (SIE) une-se à comunidade global para pedir paz na Ucrânia. Suspendemos todos os nossos envios de software hardware, o lançamento do [videojogo] Gran Turismo 7 e as operações da PlayStation Store na Rússia", escreveu a divisão de videojogos da empresa na rede social Twitter.

Por seu lado, um porta-voz da Nintendo confirmou à agência de notícias Efe que, embora “os stocks que estão atualmente armazenados estejam a ser vendidos, as exportações serão suspensas”.

(agência Lusa)
8h50 - Moscovo acusa Pentágono de financiar programa de armas biológicas na Ucrânia
O Ministério da Defesa da Rússia acusou esta quinta-feira os Estados Unidos de financiarem um programa de armas biológicas na Ucrânia. O Kremlin diz ter encontrado evidências nesse sentido em laboratórios ucranianos.
"O objetivo desta investigação, financiada pelo Pentágono na Ucrânia, era criar um mecanismo para a disseminação furtiva de agentes patogénicos mortais", disse o porta-voz do ministério, Igor Konashenkov.
Moscovo diz ter apreendido documentos "apresentados por funcionários de laboratórios ucranianos" que planeiam "a transferência de biomateriais humanos da Ucrânia para países estrangeiros, a pedido de representantes norte-americanos".
O porta-voz fala ainda de um “projeto norte-americano para a transferência de agentes patogénicos através de aves selvagens migratórias, entre a Ucrânia e a Rússia e outros países vizinhos”.
Segundo o Kremlin, os EUA planeavam "realizar trabalhos de agentes patogénicos em aves, morcegos e répteis na Ucrânia em 2022", bem como sobre a "possibilidade de propagação da peste suína africana e do antraz".
“Nos laboratórios estabelecidos e financiados [pelos EUA] na Ucrânia, os documentos mostram que as experiências foram realizadas com amostras de coronavírus de morcego”, adiantou o porta-voz russo, citado pela agência France Presse.

Tanto os Estados Unidos como a Ucrânia negam a existência de laboratórios destinados à produção de armas biológicas no país. As acusações da Rússia neste sentido remontam ao ano de 2018 e estendem-se também à Geórgia. 

8h44 - Especialistas bielorrussos devem garantir fornecimento de energia da central nuclear de Chernobyl, diz Lukashenko

O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, instruiu especialistas bielorrussos a garantirem o fornecimento de energia para a central nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, adianta a agência de notícias Belta.
A Ucrânia disse na quarta-feira que havia o perigo de uma fuga de radiação em Chernobyl após o corte de eletricidade, mas a Agência Internacional de Energia Atómica não vê nesta situação "nenhum impacto crítico na segurança".

8h29 - Começou na Turquia a reunião entre os chefes das diplomacias russa e ucraniana

"A reunião começou", adiantou aos jornalistas a porta-voz do MNE russo, Maria Zakharova.
O encontro começou em Antália, na Turquia, pouco depois das 11h00 locais (8h00 em Lisboa). É a primeira negociação de alto nível desde o início da guerra.

8h21 - Petrolífera italiana Eni suspende compra de petróleo bruto da Rússia

O grupo petrolífero italiano Eni anunciou hoje que suspendeu os contratos de compra de petróleo bruto da Rússia, uma semana depois de revelar que venderia a sua participação no gasoduto que liga a Rússia a Turquia.

"A Eni suspendeu novos contratos para o fornecimento de petróleo bruto ou derivados de petróleo da Rússia", disse um porta-voz do grupo, citado pelos órgãos de comunicação social italianos.

"Em todo o caso, a Eni vai operar em total conformidade com o que for estabelecido pelas instituições europeias e nacionais", acrescentou.

A Eni segue o exemplo de grandes petrolíferas como as britânicas Shell e BP, que anunciaram a retirada de projetos na Rússia devido à invasão militar russa na Ucrânia.
(agência Lusa)

8h16 - Rússia diz ter destruído mais de 2.900 instalações de infraestrutura militar da Ucrânia

Moscovo indica esta quinta-feira que foram destruídas 2.911 instalações militares ucranianas até ao momento, adiantou o porta-voz do Ministério russo da Defesa, Igor Konashenkov, citado por agências de notícias russas.

Adiantou ainda que o exército russo assumiu o controlo de vários bairros na cidade sitiada de Mariupol, no sul da Ucrânia.

8h03 - Os animais de estimação dos refugiados
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7h45 - Três mortos no ataque a hospital pediátrico de Mariupol

O ataque contra um hospital pediátrico de Mariupol, na quarta-feira, provocou três mortes, "incluindo uma menina", confirmam as autoridades locais.

O balanço anterior era de 17 feridos.
7h42 - Civis começam a deixar a cidade de Sumy pelo terceiro dia

Em Sumy, os civis começaram a deixar a cidade pelo terceiro dia, após um acordo de cessar-fogo local para o estabelecimento de um corredor humanitário, adiantou o governador regional.

Milhares de pessosas já deixaram a cidade de Sumy, assim como localidades próximas de Krasnopillya e Trostyanets.
7h30 - Rússia deixa de participar no Conselho da Europa

Moscovo confirmou esta quinta-feira que irá deixar de participar no Conselho da Europa. A informação é avançada pela agência TASS, que cita o Ministério russo dos Negócios Estrangeiros.

O MNE russo considera, em comunicado, que os países da NATO e da União Europeia estão a minar o órgão europeu, denunciando a "linha de destruição do espaço comum do Conselho da Europa a nível humanitário e jurídico".

Por outro lado, afirmou que Moscovo "não participará" nos esforços para "transformar" o Conselho da Europa "noutra plataforma para exaltar a superioridade e o narcisismo ocidentais".

7h18 - MNE ucraniano já chegou à Turquia

O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, chegou à Turquia para negociações com o homólogo russo, Sergei Lavrov, a decorrer esta quinta-feira.

Kuleba "iniciou a visita à Turquia, onde irá participar das negociações sobre o cessar de hostilidades da Rússia e o fim da sua guerra contra a Ucrânia", adianta o Ministério ucraniano dos Negócios Estrangeiros no Twitter.

Ponto da situação

- À entrada para a terceira semana da guerra, está marcada para hoje primeira negociação de alto nível, desde o início da guerra, vai ter lugar esta quinta-feira, na Turquia, entre os ministros dos Negócios Estrangeiros russo e ucraniano, Dmytro Kuleba e Sergei Lavrov. 

Esta é a primeira vez que a Rússia envia um ministro para as conversações em contexto de conflito com a Ucrânia. Nesta reunião irá também estar presente o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlut Cavusoglu.

Enquanto membro da NATO e país vizinho da Rússia e Ucrânia, a Turquia procura manter boas relações com os dois países.

- O presidente ucraniano afirma que, sozinha, a Ucrânia não vai conseguir travar a Rússia e assinou uma lei que permite que civis usem armas contra militares russos, durante o período da lei marcial.

Volodymyr Zelensky divulgou também imagens de um ataque aéreo contra um hospital pediátrico da cidade de Mariupol, que fez 17 feridos. Acusa Moscovo de cometer um "crime de guerra".

- A Organização Mundial de Saúde disse na quarta-feira à noite que foi possível confirmar 18 ataques a instalações médicas desde que a invasão russa, que começou há duas semanas.

- O ministro ucraniano acusa a Rússia de continuar a travar a evacuação de Mariupol, cercada pelo exército russo há mais de uma semana e onde já morreram 1.207 civis.

- Na quarta-feira foram retiradas cerca de 48 mil pessoas, através dos corredores humanitários de várias cidades ucranianas.

- A Agência Internacional de Energia Atómica faz saber que perdeu o acesso a dados dos sistemas de monitorização da maior central nuclear da Europa, situada em Zaporizhzhia, na Ucrânia, a central incendiada, na semana passada, por forças russas.

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