quarta-feira, 8 de setembro de 2021

DIA DA FISIOTERAPIA - 8 DE SETEMBRO DE 2021

 

Fisioterapia manipulativa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

fisioterapia manipulativa ortopédica (FMO) é uma área de especialização da fisioterapia que lida com o manejo de condições neuro-músculo-esqueléticas, embasada no raciocínio clínico, usando abordagens de tratamento altamente específicas, incluindo técnicas manuais e exercícios terapêuticos. A FMO também abrange e é conduzida pela evidência clínica e científica disponível e pelo quadro biopsicossocial de cada paciente.[1]

História da terapia manual

No ocidente, a primeira descrição documental de técnicas de terapia manual, remonta a Grécia antiga, sendo atribuída a Hipócrates (460 a.C). No manuscrito intitulado “Sobre as articulações”Hipócrates descreveu técnicas manipulativas utilizando tração axial para o tratamento da escoliose, além de manipulações ortopédicas para correções de luxações no ombro.[2]

Durante o século XVII e XVIII na Inglaterra, a prática da manipulação articular foi abandonada por uma grande parcela dos médicos sendo a sua prática relegada a leigos chamados “Bone-setters”, ou numa tradução literal “arrumadores de ossos”, os quais transmitiam os seus conhecimentos de pai para filho.[3]

A razão para o abandono da manipulação não está completamente clara, mas pode ter sido devido a ineficácia do uso indiscriminado ou o perigo envolvido no uso da manipulação vertebral em pacientes com o mal de pott, uma doença de proporções epidêmicas em certos locais nesta época.[4]

A prática dos Bone-setters influenciou a criação de diversas filosofias de tratamento e profissões que utilizam a terapia manual como parte do seu arsenal terapêutico, como a Osteopatia, a Quiropraxia e a Fisioterapia manipulativa, cada uma destas utilizando conceitos diferenciados.

A Fisioterapia cresceu de maneira substancial após a sua regulamentação em 1899, na Inglaterra. É evidente que os fisioterapeutas aprenderam e praticaram manipulação vertebral desde o início do século XX. O St.Thomas’ Hospital, instituição com uma longa tradição na instrução de fisioterapeutas, teve um papel fundamental neste processo. Os médicos James e John Mennell, pai e filho, e Edgar e James Cyriax, pai e filho, estiveram envolvidos no ensino da manipulação para fisioterapeutas neste hospital e influenciaram diretamente ou indiretamente vários profissionais.[5]

Foi a partir de 1974, que um grupo de Fisioterapeutas pioneiros fundou a IFOMPT (Federação Internacional de Fisioterapeutas Manipulativos Ortopédicos) o que impulsionou o desenvolvimento da especialidade. Entre estes expoentes estavam nomes como Maitland, Kaltenborn, Paris, Lamb, Muligan e McKenzie.[6]

Regulamentação no Brasil

No Brasil os Fisioterapeutas Manipulativos Ortopédicos são representados pela ABRAFITO (Associação Brasileira de Fisioterapia Traumato-Ortopédica), filiada a IFOMPT.[7]

Métodos e técnicas

Manipulação e mobilização articular

Segundo Maitland, a mobilização é um movimento passivo executado de maneira gentil, por meio de oscilações rítmicas, realizadas dentro ou no limite do arco de movimento. A manipulação por sua vez, consiste em forçar um movimento no limite do seu arco por meio de um impulso rápido. O paciente pode sempre resistir à mobilização, se ela se tornar muito dolorosa, enquanto a rapidez da manipulação vigorosa previne qualquer controle pelo paciente.[8]

A IFOMPT define a mobilização como um continuum de movimentos passivos especializados que são aplicados em diferentes velocidades e amplitudes destinados a articulações, músculos ou nervos, com a intenção de restaurar o movimento ideal, função e/ou reduzir a dor. A manipulação é definida como um impulso passivo, de alta velocidade e baixa amplitude aplicado ao complexo articular, dentro do seu limite anatômico*, com a intenção de restaurar o movimento ideal, função, e/ou reduzir a dor.[9] *Limite anatômico: O movimento ativo e passivo ocorrem dentro da amplitude de movimento do complexo articular e não além do seu limite anatômico.

Prática baseada em evidência

A profissão fisioterápica reconhece a importância da prática baseada em evidência e encoraja ativamente os praticantes a considerar as evidências científicas durante o desenvolvimento e aplicação dos tratamentos, sendo desenvolvido métodos e revisões bibliográfica e sistemática que reforçam essa diretriz..[10] Pode ser entendida também como uma metodologia atual que auxilia os fisioterapeutas a garantir uma boa prática profissional.[11]

Há um consenso de que o domínio linguístico, principalmente o inglês, que predomina nas publicações de melhor qualidade, é um dos principais entraves para que os profissionais se atualizem com as mais recentes referências, e com isso melhorando a sua conduta.[12]

Evidências científicas

Pesquisas têm mostrado que os fisioterapeutas manipulativos são hábeis no diagnóstico de articulações facetárias sintomáticas[13]discos interveterbrais sintomâticos[14] e instabilidade lombar.[15]

Existe evidência que a terapia manipulativa espinhal (tanto a mobilização quanto a manipulação) é eficaz no tratamento da dor lombar.[16][17]

Demonstra ser eficaz também no tratamento da Síndrome do túnel do carpo.[18]

Programas de exercícios elaborados e supervisionados pelos fisioterapeutas manipulativos resultam em menor incapacidade, menor absenteísmo e retorno ao trabalho mais rápido quando comparado a outros tratamentos[19],[20],[21],[22],[23].

Estes profissionais também são pioneiros na investigação dos mecanismos que contribuem para a cronificação e recorrência da dor lombar e dos efeitos de programas específicos de exercício para tal condição (estabilização). As evidências que suportam a eficácia destes exercícios têm aumentado[24]. Existem fortes evidências que estes tratamentos são mais eficazes do que o repouso, analgésicos e massagem, comprovação obtida por 6 de 8 estudos recentes[25]. Ainda mais, a combinação da terapia manipulativa espinhal e exercícios específicos têm se mostrado ter grande eficácia no tratamento das dores lombares.[26],[27]

Referências

  1.  «Standards Document IFOMPT». 2016. Consultado em 29 de abril de 2018
  2.  Pettman, Erland (2007). «A History of Manipulative Therapy»The Journal of Manual & Manipulative Therapy15 (3): 165–174. ISSN 1066-9817PMC PMC2565620Acessível livremente Verifique |pmc= (ajuda)PMID 19066664
  3.  Pettman, Erland (2007). «A History of Manipulative Therapy»The Journal of Manual & Manipulative Therapy15 (3): 165–174. ISSN 1066-9817PMC PMC2565620Acessível livremente Verifique |pmc= (ajuda)PMID 19066664
  4.  Pettman, Erland (2007). «A History of Manipulative Therapy»The Journal of Manual & Manipulative Therapy15 (3): 165–174. ISSN 1066-9817PMC PMC2565620Acessível livremente Verifique |pmc= (ajuda)PMID 19066664
  5.  Pettman, Erland (2007). «A History of Manipulative Therapy»The Journal of Manual & Manipulative Therapy15 (3): 165–174. ISSN 1066-9817PMC PMC2565620Acessível livremente Verifique |pmc= (ajuda)PMID 19066664
  6.  Pettman, Erland (2007). «A History of Manipulative Therapy»The Journal of Manual & Manipulative Therapy15 (3): 165–174. ISSN 1066-9817PMC PMC2565620Acessível livremente Verifique |pmc= (ajuda)PMID 19066664
  7.  «ABRAFITO recebe reconhecimento da IFOMPT» (PDF)
  8.  Elly., Hengeveld,; Kevin., Banks, (2013). Maitland's Vertebral Manipulation : Management of Neuromusculoskeletal Disorders - Volume 1. 8th ed. London: Elsevier Health Sciences UK. ISBN 9780702054587OCLC 884647428
  9.  «Standards Document IFOMPT». 2016. Consultado em 29 de abril de 2018
  10.  MARQUES, Amélia Pasqual; PECCIN, Maria Stella (2005). «Pesquisa em fisioterapia: a prática baseada em evidências e modelos de estudos.»Revista Fisioterapia e Pesquisa11 (1). ISSN 2316-9117. Consultado em 28 abril 2018
  11.  «PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS: UMA METODOLOGIA PARA A BOA PRÁTICA FISIOTERAPÊUTICA». Consultado em 28 de abril de 2018
  12.  Dias, Rosângela Corrêa; Dias, João Marcos Domingues (2006). «PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS: UMA METODOLOGIA PARA A BOA PRÁTICA FISIOTERAPÊUTICA». Revista Fisioterapia em Movimentov.19 (n.1)
  13.  Phillips and Twomey (1996): A comparison of manual diagnosis established by a uni-level lumbar spinal block procedure. Manual Therapy 2, 82-87.
  14.  Donelson, Aprill, Medcalf and Grant (1997): A prospective study of centralisation of lumbar and referred pain: A predictor of symptomatic discs and annular competence. Spine 22 (10) 115-122.
  15.  Avery (1997): The reliability of manual physiotherapy palpation techniques in the diagnosis of bilateral pars defects in subjects with chronic low back pin. MPAA proceedings, 10th Biennial Conference Melbourne November.
  16.  Van Tulder, Koes and Bouter (1997): Conservative treatment of acute and chronic nonspecific low back pain. A systematic review of randomised controlled trials of the most common interventions. Spine 22 (18) 2128-2156.
  17.  SHEKELLE, P (1992). «Spinal manipulation for low-back pain.». Annals of Internal Medicine. v.117 (n.7) line feed character character in |titulo= at position 33 (ajuda)
  18.  ARAÚJO, ANA PAULA SERRA; BORGES, REGIS ESTEFANO (2017). «EFICÁCIA DAS TÉCNICAS DE TERAPIA MANUAL APLICADAS NO TRATAMENTO DA SÍNDROME DO TUNEL DO CARPO: REVISÃO DE LITERATURA.»REVISTA UNINGÁv.25 (n.1). Consultado em 28 abril 2018
  19.  Frost, Moffett, Moser and Fairbank (1995): Randomised controlled trial for evaluation of fitness program for patients with chronic low back pain. British Medical Journal 310 (21): 151-154.
  20.  Gundewall, Liljeqvist and Hansson (1993): Primary prevention of back symptoms and absence from work. Spine 18(5) 587-594.
  21.  Kellett, Kellett and Nordholm (1991): Effects of an exercise program on sick leave due to back pain. Physical Therapy 71 (4) 283-293.
  22.  Mitchell and Carmen (1990): Results of a multicentre trial using an intensive active exercise program for the treatment of acute soft tissue and back injuries. Spine 15(6):514-521.
  23.  Moffet, Torgerson, Bell-Syer, Jackson, Llewlyn-Phillips, Farrin and Barber (1999): Randomised controlled trial of exercise for low back pain: clinical outcomes, costs and preferences. British Medical Journal 319: 279-283.
  24.  O'Sullivan, Twomey and Allison (1997): Evaluation of specific stabilising exercise in the treatment of chronic low back pain with radiologic diagnosis of spondylolysis or spondylolisthesis. Spine 22: 2959-2967.
  25.  Van Tulder, Koes and Bouter (1997): Conservative treatment of acute and chronic nonspecific low back pain. A systematic review of randomised controlled trials of the most common interventions. Spine 22 (18) 2128-2156.
  26.  Ottenbacher and Difabio (1994): Efficacy of Spinal Manipulation/Mobilisation Therapy. A meta-analysis. Spine 10 (9) 833-837.
  27.  Scheer, Radack and O'Brien (1995): randomized controlled trials in industrial low back pain relating to return to work. Part 1. Acute Interventions. Arch Phys Med. Rehab, Vol. 76, 966-973.

Ligações externas

AUGUST WILHELM SCHLEGEL - POETA - NASCEU EM 1767 - 8 DE SETEMBRO DE 2021

 

August Wilhelm Schlegel

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
August Wilhelm Schlegel
Nascimento8 de setembro de 1767
Hanôver
Morte12 de maio de 1845 (77 anos)
Bona
SepultamentoAlter Friedhof Bonn
CidadaniaAlemanha
Progenitores
  • Johann Adolf Schlegel
CônjugeCaroline Schelling
Irmão(s)Friedrich Schlegel, Henriette Ernst, Charlotte Ernst
Alma mater
Ocupaçãolinguista, tradutor, sanscritista, filósofopoeta, crítico literário, historiador literário, romanista, dramaturgo, professor universitário, indianista
Prêmios
  • Ordem do Mérito para as Artes e Ciência
EmpregadorUniversidade de BonnUniversidade de Jena
Movimento estéticoromantismoRomantismo na Alemanha
Assinatura
Signatur August Wilhelm Schlegel (cropped).jpg

August Wilhelm von Schlegel (Hanôver8 de setembro de 1767 — Bonn12 de maio de 1845) foi um poetatradutorcrítico e filólogo alemão. É considerado um dos mais importantes filósofos da linguagem da primeira fase do romantismo alemão e pioneiro nos estudos filológicos sobre o sânscrito. Também é bastante conhecido por suas traduções, para o alemão, de Shakespeare (17 peças), Calderón de la BarcaLope de VegaPetrarca e Camões . Foi educado no Hannover Gymnasium e na Universidade de Göttingen. Com seu irmão Friedrich, fundou a Athenaeum (1798-1800), considerada a principal revista desse primeiro período do romantismo alemão[1].  Em torno dos irmãos se reuniu um círculo de escritores, como NovalisLudwig Tieck e Schelling, que originou esse movimento literário no início do século XIX. Nos estudos linguísticos, August Schlegel é considerado um dos precursores da classificação tipológica das línguas.

Biografia[2]

August era o quarto filho de uma família de dez irmãos, oito homens e duas mulheres. Seu pai, Johann Adolf Schlegel (1721-1793), era pastor luterano. Sua mãe, Johanna Christiane Erdmuthe Hübsch (1735-1811), era filha de um professor de matemática. Na família havia um ambiente artística e intelectualmente aberto. Em 1786, August Schlegel foi estudar teologia na Universidade de Göttingen, mas terminou optando por filologia. Tornou-se aluno de Gottfried August Bürger, que lhe ensinou tradução de línguas clássicas e modernas. Seu irmão Friedrich mudou-se também para Göttingen em 1789. Os dois foram influenciados pelo pensamento de HerderKantTiberius HermsterhuisWinckelmann e Dalberg. Em 1791, August Schlegel concluiu seus estudos universitários, tendo iniciado um ano antes sua primeira tradução de Shakespeare, a da peça "Sonho de uma noite de verão", e também a da Divina Comédia de Dante.

Após alguns anos como tutor na casa de um banqueiro em Amsterdã, foi para Jena, onde, em 1796, casou-se com Caroline Michäelis. Em 1798 tornou-se professor visitante da Universidade de Jena. Lá continuou suas traduções da obra de Shakespeare, que foram terminadas, sob a supervisão de Ludwig Tieck, pela filha de Tieck, Dorothea, e por Graf Wolf von Baudissin. Esta é considerada uma das melhores traduções poéticas em alemão. Em Jena, Schlegel contribuiu para os periódicos de Schiller, o Hören e o Musenalmanach, e, juntamente com seu irmão Friedrich, dirigiu a revista Athenaeum. Publicou também um livro de poemas.

Em 1801, publicou um livro de críticas literárias, Charakteristiken und Kritiken. No ano seguinte, foi morar em Berlim, onde realizou uma série de palestras sobre literatura e artes plásticas. Dois anos depois, Schlegel publicou Ion, uma tragédia no estilo de Eurípides, que deu origem a um debate sobre os princípios da poesia dramática. A isso seguiu-se a obra Spanisches Theater (2 Vols., 1803/1809), na qual ele apresentou traduções de Calderón de la Barca, e Blumensträusse italienischer, spanischer und portugiesischer Poesie (1804), em que traduziu obras do espanhol, do português e do italiano.

Em 1807, August atraiu muita atenção na França por ter escrito o ensaio, originalmente em francês, Comparaison entre la Phèdre de Racine et celle d'Euripide, no qual ataca o classicismo francês do ponto de vista da escola romântica. Seus trabalhos no domínio da arte e da literatura dramáticas (Über dramatische Kunst und Literatur, 1809-1811), traduzidos na maioria das línguas europeias, foram publicados em Viena em 1808. Enquanto isso, após o divórcio de sua esposa, Caroline, em 1803, August viajou para FrançaAlemanhaItália e outros países com Madame de Staël, de quem foi consultor literário e secretário, além de tutor dos filhos, pelo que recebia um grande salário. Muitas das ideias incorporadas no livro De l'Allemagne, escrito por Staël, eram provenientes de Schlegel. Em 1808, os dois foram expulsos de todo o império francês por Napoleão, acusados de serem inimigos da França e da literatura francesa. Viajaram juntos para Viena, Kiev, Moscou, São Petersburgo e Estocolmo. N a Suécia, Schlegel atuou no jornalismo político contra Napolão. Ele e Madame de Staël retornaram a Paris com a queda de Napoleão em 1814.

Em 1818, após a morte de Staël, August Schlegel aceitou um lugar de professor de literatura na Universidade de Bonn, e durante o resto de sua vida ocupou-se principalmente com estudos orientais, embora continuasse o trabalho sobre arte e literatura. Em 1828 publicou dois volumes de escritos críticos (Kritische Schriften). Entre 1823 e 1830 publicou o jornal Indische Bibliothek, bem como a tradução para o alemão do Bhagavad Gita, a partir do latim, e do Ramayana (1829). Estes trabalhos marcam o começo do estudo do sânscrito na Alemanha.

Schlegel casou-se (1818) com Sophie Paul, filha do também filólogo Hermann Paul, mas essa união foi dissolvida em 1821. Morreu em Bonn em 12 de maio 1845. Embora a obra poética de Schlegel não seja considerada de importância no romantismo alemão, ele foi considerado um grande tradutor e crítico já em sua época, trazendo para a língua alemã obras que foram fundamentais para o movimento romântico. Na crítica, August Schlegel pôs em prática o princípio romântico que o primeiro dever de um crítico não é julgar de um ponto de vista superior, mas compreender e caracterizar um trabalho de arte.

Contribuições para a Linguística

August Schlegel é considerado um precursor na classificação tipológica das línguas[3]. Essa classificação procura descrever vários tipos linguísticos encontrados entre as línguas a partir de um único parâmetro gramatical. As primeiras manifestações dessa tipologia de línguas baseiam-se na classificação morfológica proposta por Adam Smith, em 1761, e retomada pelos irmãos Friedrich (1808) e August Schlegel (1818).

August destacou-se pelo fato de apresentar, sob o domínio das línguas flexivas, a distinção entre “línguas analíticas” e “línguas sintéticas”, traduções dos termos compounded e uncompounded de Smith. A partir do chinês, August Schlegel sugeriu um terceiro tipo de línguas, as “sem estrutura”. De acordo com Albano Dalla Pria, "Uma língua sintética, segundo essa perspectiva, possui maior complexidade da sua flexão, que expressa de forma amalgamada caso, gênero, número, tempo, aspecto etc., ao passo que uma língua analítica faz uso de construções perifrásticas (com verbos auxiliares, preposições etc). [...] Daí vêm as dicotomias 'línguas sintáticas' e 'línguas morfológicas', 'línguas paradigmáticas' e 'línguas sintagmáticas', etc., que, em última instância, não passam da distinção entre línguas antigas (como o grego, o latim e o sânscrito) e línguas modernas da Europa (francês, inglês, espanhol, italiano, português, etc), tendo na sua base a palavra como unidade básica da língua"[3].

Ainda segundo Pria, "A classificação tripartite de Schlegel dá origem à formulação da classificação morfológica “clássica” de tipos de línguas: isolantes (ou monossilábicas), aglutinantes e flexivas (ou fusionantes). O período em que foram realizados esses estudos, isto é, o século XIX, foi bastante influenciado pelas concepções 'naturalistas' de evolução. Para August Schlegel e seus antecessores, a justificativa para a evolução de uma língua sintética para analítica assentaria basicamente no contato com outras línguas"[3].

Obras

  • (Übers.): W. Shakespeare: Dramatische Werke 9 Bde. Berlin: Unger 1797–1810. (Ergänzt u. erläutert von Ludwig Tieck. Theil 1–9. Berlin: Reimer 1825–33)
  • Athenaeum 3 Bde. Berlin: Vieweg (1) bzw. Berlin: Frölich (2–3) 1798–1800
  • Ehrenpforte und Triumphbogen für den Theater-Präsidenten von Kotzebue bey seiner gehofften Rückkehr ins Vaterland [1800]
  • Gedichte Tübingen: Cotta 1800
  • Charakteristiken und Kritiken 2 Bde. Königsberg: Nicolovius 1801
  • Musen-Almanach für das Jahr 1802 Hg. A. W. Schl. u. L. Tieck. Tübingen: Cotta 1802
  • An das Publikum. Rüge einer in der Jenaischen Allgemeinen Literatur-Zeitung begangnen
  • Gedichtzyklus Die Sylbenmaaße. Erstmals abgedruckt in: Friedrich Schlegel (Hrsg.): Europa. Band 1,2 (1803), S. 117f. Google Books
  • Ion. Ein Schauspiel Hamburg: Perthes 1803
  • Blumensträuße italienischer, spanischer und portugiesischer Poesie Berlin 1803
  • Spanisches Theater 2 Bde. Berlin 1803–1809
  • Über dramatische Kunst und Litteratur. Vorlesungen 3 Bde. Heidelberg: Mohr & Zimmer 1809–11
  • Poetische Werke 2 Bde. Heidelberg: Mohr & Zimmer 1811
  • (Hrsg.): Indische Bibliothek 3 Bde. (von Band 3 nur Heft 1). Bonn: Weber 1820–30
  • Bhagavad-Gita Bonn: Weber 1823
  • Die Rheinfahrt des Königs von Preußen auf dem Cölnischen Dampfschiffe Friedrich Wilhelm zur Einweihung desselben am 14. September 1825. In lateinischer Sprache besungen. Nebst einer deutschen Übersetzung von Justizrath Bardua in Berlin. Für das abgebrannte Städtchen Friesac Berlin: Nauck 1825
  • Kritische Schriften 2 Bde. Berlin: Reimer 1828
  • Zu Goethe‘s Geburtsfeier am 28. August 1829
  • Réflexions sur l‘étude des Langues Asiatiques suivies d‘une lettre à M. Horace Hayman Wilson Bonn: Weber 1832
  • Essais littéraires et historiques Bonn: Weber 1842
  • Oeuvres 1846 (posthum)

Referências

Ligações externas

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FESTA DA NATIVIDADE DA VIRGEM SANTA MARIA - 8 DE SETEMBRO DE 2021

 

Natividade de Nossa Senhora

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Série de artigos sobre
Mariologia católica
Murillo immaculate conception.jpg

Maria, mãe de Jesus
Devoção

Hiperdulia • Imaculado Coração • Sete Alegrias • Sete Dores • Coroa das Lágrimas • Santo Rosário • Escapulário do Carmo

Orações marianas famosas

Ave Maria • Magnificat • Angelus • Infinitas graças vos damos • Lembrai-vos • Salve-rainha

Dogmas e Doutrinas

Mãe de Deus • Perpétua Virgindade • Imaculada Conceição • Assunção ao Céu • Mãe da Igreja • Medianeira e Advogada • Corredentora • Rainha do Céu

Aparições marianas

Crenças reconhecidas ou dignas de culto
Guadalupe • Medalha Milagrosa •
La Salette • Lourdes • Fátima • Campinas • Akita • Prouille


Títulos da Virgem Maria


Virgem Maria na arte

Natividade de Nossa Senhora ou Natividade da Virgem Maria é uma festa litúrgica das Igrejas Católica e Anglicana, celebrada no dia 8 de setembro, nove meses após a sua Imaculada Conceição, celebrada em 8 de dezembro. Também é celebrada pelos cristãos sírios em 8 de Setembro e pelos cristãos coptas em 1 Bashans (equivale a 9 de Maio). Na Igreja Ortodoxa, a Festa da Teótoco, é uma das doze grandes festas do ano litúrgico. Para aquelas igrejas que seguem o calendário juliano, acontece em 21 de Setembro; para as do calendário gregoriano, em 8 de Setembro.

Esta festa tem sua origem em Jerusalém. Começou a ser celebrada no século V como festa da Basílica Sanctae Mariae ubi nata est, atualmente conhecida como Basílica de Santa Ana. No século VII, já era celebrada pelas igrejas bizantinas e em Roma, como festa do nascimento da Bem-Aventurada Virgem Maria. A festa foi incluída no calendário tridentino em 8 de Setembro e permanece, até hoje, nesta data.

De acordo com a tradição, Maria nasceu de pais já velhos e estéreis, chamados Joaquim e Ana, como resposta às suas preces. A paciência e a resignação com que sofriam a esterilidade levaram-lhes ao prêmio de ter por filha aquela que havia de ser a Mãe de Jesus. Eram residentes em Jerusalém, ao lado da piscina de Betesda, onde hoje se ergue a Basílica de Santa Ana; e aí, num sábado, 8 de setembro do ano 20 a.C., nasceu-lhes uma filha que recebeu o nome de Miriam, que em hebraico significa "Senhora da Luz", passado para o latim como Maria. Maria foi oferecida ao Templo de Jerusalém aos três anos, tendo lá permanecido até os doze anos.

Visivelmente, nenhum acontecimento extraordinário acompanhou o nascimento de Maria e os Evangelhos nada dizem sobre sua natividade. Nenhum relato de profecia, nem aparições de anjos, nem sinais extraordinários são narrados pelos evangelistas. No entanto, São João Damasceno afirma que o nascimento a partir de uma mãe estéril já era um sinal das bençãos especiais que recaem sobre Maria. Ainda, em sua Homilia sobre a Natividade de Maria diz: "Hoje é o começo da salvação do mundo, porque na Santa Probática foi-nos gerada a Mãe de Deus através de quem o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo, nos foi gerado."

No século IV, e posteriormente, no século XV, surgiu a crença que Maria também teria sido concebida por uma virgem, pelo poder do Espírito Santo. Esta crença foi condenada como um erro pela Igreja Católica em 1677. A Igreja ensina que Maria foi concebida de maneira natural, mas foi miraculosamente preservada do pecado original para ser a mãe de Cristo. Esta concepção livre do pecado original é chamada de Imaculada Conceição.

Assim se exprimiu o Padre Antônio Vieira sobre essa celebração:

Artes

A cena é frequentemente representada na arte, como parte dos ciclos da Vida da Virgem. Duas delas são muito conhecidas:

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