quarta-feira, 21 de abril de 2021

DIA MUNDIAL DO BOMBEIRO - 21 DE ABRIL DE 2021

 

Bombeiro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Bombeiro (desambiguação).
Bombeiro
US Navy 080730-N-5277R-003 A Commander, Naval Forces Japan firefighter douses a fire on a dummy aircraft during the annual off-station mishap drill at Naval Support Facility Kamiseya.jpg

Um bombeiro comandante das Forças Navais do Japão apagando um incêndio durante um treinamento
TipoProfissão ou voluntário
Setor de atividadeCombate a incêndiosresgateproteção contra incêndioproteção civilserviço públicosalvação pública
Empregos relacionadasResgatador, técnico de emergência médica
Códigos
CITP
IDEO (França)
ROME (França)

Bombeiros são entidades da Proteção Civil cujos membros são treinados para atuarem em caso de incêndios (florestais ou urbanos/industriais), para resgatar pessoas de acidentes de trânsito, desmoronamentos de edifícios, desastres naturais, salvamento em grande ângulo. Alguns possuem equipamentos de matérias perigosas e fornecem serviços de emergência médica e pré-hospitalar. O serviço de combate a incêndios e serviços de resgate é conhecido em alguns países como "brigada de incêndio". Os bombeiros tornaram-se presentes desde as áreas florestais para as áreas urbanas e a bordo de navios.

Em Portugal, o serviço de bombeiro pode ser voluntário ou profissional (sapadores).

Áreas de atuação

Apesar de terem sido inicialmente constituídos com a função de combate a incêndios, as funções dos bombeiros alargaram-se para quase todas as áreas da proteção civil.[1] Conforme o país e o corpo de bombeiros, as várias áreas de intervenção dos bombeiros são:

  • Combate a incêndios florestais;
  • Combate a incêndios urbanos;
  • Combate a incêndios industriais;
  • Combate a incêndio em aeródromos (SESCINC);
  • Resgate em grande ângulo;
  • Emergência médica pré-hospitalar;
  • Salvamento aquático ou afogamentos;
  • Desencarceramento em acidentes rodoviários e ferroviários;
  • Intervenção em incidentes eléctricos;
  • Intervenção em incidentes hidráulicos;
  • Intervenção em incidentes com matérias perigosas;
  • Intervenção em incidentes com redes de gás;
  • Corte de árvores em risco iminente de queda;
  • Captura de animais correndo ou oferecendo risco;
  • Resgate de corpos ou bens submersos;
  • Prevenção contra incêndio e pânico.

Ocupação

A atividade de Bombeiro pode ser exercida de quatro formas diferentes conforme a remuneração do bombeiro e a entidade que o remunera[2]:

  • Bombeiros Militares: São bombeiros profissionais, remunerados, ligados a uma instituição militar;
  • Bombeiros de Aeródromos (BA); São bombeiros remunerados ligados a instituições públicas, militar ou empresas privadas, sem contudo serem subordinados às normas militares;
  • Bombeiros Civis Profissionais: São bombeiros remunerados ligados a instituições públicas ou particulares, sem contudo serem subordinados às normas militares;
  • Bombeiro voluntário: São bombeiros que, embora treinados, não são remunerados pelo exercício de suas atividades

Sinalizadores de Emergência

O manuseio conveniente e preciso de alarmes ou chamadas de incêndio é um fator significativo no êxito de qualquer incidente. As comunicações do corpo de bombeiros desempenham um papel crítico nesse resultado bem-sucedido. As comunicações do corpo de bombeiros incluem os métodos pelos quais o público pode notificar o centro de comunicações de uma emergência, os métodos pelos quais o centro pode notificar as forças adequadas de combate a incêndio e os métodos pelos quais as informações são trocadas no local.

Quando as primeiras corporações de bombeiros foram instaladas no Brasil, por volta de 1856, os primeiros equipamentos utilizados pela população para avisar que havia um incêndio eram os Sinos das Igrejas. Em 1896, os Sinos das Igrejas foram substituídos pela Caixa Avisadora de Incêndio, que eram acopladas pelos Bombeiros nas calçadas, em locais estrategicamente localizados.[3] Quando havia um incêndio, o cidadão apertava o único botão que havia na caixa, e esta enviava uma mensagem de telégrafo aos bombeiros. Este equipamento foi utilizado até 1955, quando deu lugar ao telefone de emergência 193, que é o modelo utilizado pela população até os dias atuais.

Precedido por
1856-1896
Sinos das Igrejas
Equipamentos Sinalizadores de Incêndio
1896-1955
Caixa Avisadora de Incêndio
Sucedido por
1955-atualmente
Telefone de emergência 193

Equipamentos

Veículo Tanque Táctico Urbano dos Bombeiros Municipais de Santarém, em Portugal
Ver artigo principal: Carro de bombeiro
Veículos de socorro e luta contra incêndios
  • Veículos de combate a incêndios (ligeiros VLCI), (urbanos VUCI), (rurais VRCI), (florestais VFCI) e (especiais VECI);
  • Veículos tanque tácticos (urbanos VTTU), (rurais VTTR) e (florestais VTTF);
  • Veículos tanque de grande capacidade (VTGC);
  • Veículos com equipamento técnico de apoio (VETA);
  • Veículos de apoio alimentar (VAPA);
  • Veículos de apoio a mergulhadores (VAME);
  • Veículos com escada giratória (VE-X sendo x número de metros da escada);
  • Veículos com plataforma giratória (VP-X);
  • Veículos de socorro e assistência (tácticos e especiais VSAT;VSAE);
  • Veículos de proteção multirriscos (tácticos e especiais VPMT;VPME;);
  • Veículos de comando táctico (VCOT);
  • Veículos de comando e comunicações (VCOC);
  • Veículos de gestão estratégica e operações (VGEO);
  • Veículos de transporte de pessoal (táctico e geral VTPT;VTPG);
  • Veículos para operações específicas (VOPE).
Veículos de socorro e assistência a doentes
  • Veículo Dedicado ao Transporte de Doentes(VDTD)
  • Ambulâncias de transporte múltiplo(ABTM);
  • Ambulâncias de socorro (ABSC);
  • Ambulâncias de cuidados intensivos (ABCI);
  • Veículos de socorro e assistência médica (VSAM).
Veículos de intervenção aquática
  • Botes de reconhecimento e transporte (pneumáticos e semi-rígidos);
  • Botes de socorro e resgate (pneumáticos e semi-rígidos);
  • Lanchas de transporte geral;
  • Motos de reconhecimento e salvamento aquático.
Meios aéreos
  • Helicópteros de avaliação e coordenação;
  • Helicópteros bombardeiros (ligeiros, médios e pesados);
  • Aviões de reconhecimento e coordenação;
  • Aerotanques (ligeiros, médios e pesados).
  • Jatos privados de guerra

Galeria de fotos com dinâmica do corpo de bombeiros em efetivo serviço

Ver também

Referências

SANTO ANSELMO - 21 DE ABRIL DE 2021

 

Anselmo de Cantuária

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para outro santo de mesmo nome, veja Anselmo de Lucca.
Anselmo de Cantuária
Vitral do século XIX
retratando Santo Anselmo
Arcebispo de CantuáriaDoutor da Igreja (Doctor Magnificus)
Nascimentoca. 1033 em AostaReino da Borgonha
Morte21 de abril de 1109 (76 anos) em CantuáriaKentInglaterra
Veneração porIgreja Católica
Comunhão Anglicana
Igreja Luterana
Canonização1720 por Papa Clemente XI
Principal temploCatedral de Cantuária
Festa litúrgica21 de abril
AtribuiçõesUm navio, representando a independência espiritual da Igreja
Gloriole.svg Portal dos Santos

Anselmo de Cantuária, conhecido também como Anselmo de Aosta por conta de sua cidade natal e Anselmo de Bec por causa da localização de seu mosteiro, foi um monge beneditino, filósofo e prelado da Igreja que foi arcebispo de Cantuária entre 1093 e 1109. Chamado de fundador do escolasticismo, Anselmo exerceu enorme influência sobre a teologia ocidental e é famoso principalmente por ter criado o argumento ontológico para a existência de Deus e a visão da satisfação sobre a teoria da expiação.

Entrou para a Ordem de São Bento na Abadia de Bec aos vinte e sete anos e tornou-se abade em 1079. Tornou-se arcebispo de Cantuária durante o reinado de Guilherme II da Inglaterra. Foi exilado por duas vezes, entre 1097 e 1100 e novamente entre 1105 e 1107 por Henrique I por causa da controvérsia das investiduras, o mais importante conflito entre a Igreja Católica e os estados medievais durante a Idade Média. Anselmo foi proclamado Doutor da Igreja numa bula papal de Clemente XI em 1720. Ele é venerado como santo e comemorado em 21 de abril.

Biografia

Primeiros anos

Anselmo nasceu em Aosta, parte do Reino de Arles, por volta de 1033.[1] Sua família tinha fortes relações com a poderosa Casa de Saboia[2] e era muito rica. Seu pai, Gundulfo, era lombardo de nascimento. Sua mãe, Ermemberga, que foi descrita como prudente e virtuosa, veio duma antiga família burgúndia.[3][4]

Aos quinze anos, Anselmo desejava entrar para um mosteiro, mas não conseguiu o consentimento do pai e acabou sendo recusado pelo abade.[1] O desapontamento aparentemente provocou-lhe uma doença psicossomática. Depois de se recuperar, Anselmo desistiu de estudar e passou a viver despreocupadamente; neste período, sua mãe morreu. Aos vinte e três, Anselmo saiu de casa, cruzou os Alpes e viajou por toda a Borgonha e a França.[5]

Atraído pela fama de seu conterrâneo Lanfranco (que era o prior da beneditina Abadia de Bec), chegou à Normandia em 1059. No ano seguinte, depois de algum tempo em Avranches, Anselmo finalmente entrou para a abadia como noviço aos vinte e sete. Ao fazê-lo, submeteu-se à "Regra de São Bento", um evento que reformularia todo o seu pensamento na década seguinte.[6]

Abade de Bec

Abadia de Bec, o mosteiro onde Anselmo passou a vida antes de assumir o posto de arcebispo de Cantuária.
Anselmo descrito em seu próprio selo

Em 1063, Lanfranco foi nomeado abade de Caen e Anselmo foi eleito prior em Bec,[7] um cargo que manteve por quinze anos antes de tornar-se abade depois da morte de Herluin, o fundador da abadia, em 1078. Foi consagrado abade em 22 de fevereiro de 1079 pelo bispo de Évreux,[8] o que foi acelerado por que, na época, a Arquidiocese de Ruão (a quem se subordinava Bec) estava vaga. Se Anselmo tivesse que ser consagrado pelo arcebispo de Ruão, teria sido pressionado a jurar obediência, o que comprometeria a independência de Bec.[carece de fontes]

Sob o comando de Anselmo, Bec tornou-se o principal centro de ensino na Europa, atraindo estudantes de toda a França, Itália e outras regiões.[9] Foi durante esta época que escreveu suas primeiras obras filosóficas, o "Monológio" (1076) e o "Proslógio" (1077–8). A elas se seguiram "Os Diálogos sobre a Verdade", "Livre Arbítrio" e "A Queda do Diabo". Neste período, Anselmo também lutou para manter a independência da abadia tanto dos poderes seculares quanto do arcebispo.[10] Posteriormente, Anselmo teve que lutar ainda contra Roberto de Beaumont, conde (earl) de Leicester.[11]

Anselmo ocasionalmente visitava a Inglaterra para supervisionar as propriedades da abadia lá e também para visitar Lanfranco que, a partir de 1070, havia sido nomeado arcebispo de Cantuária,[12] de quem era considerado o sucessor natural. Com a morte dele em 1089, porém, Guilherme II da Inglaterra tomou as propriedades e as rendas da sé e não nomeou um novo arcebispo. Em 1092, a convite de Hugo de Avranches, 1º conde (earl) de Chester, Anselmo cruzou o Canal da Mancha. Na Inglaterra, permaneceu envolvido em assuntos da abadia por quase quatro meses e então foi proibido de voltar a Bec pelo rei. Guilherme ficou seriamente doente de forma súbita em Alveston no ano seguinte e, movido por um desejo de compensar por seus atos pecaminosos que acreditava serem a causa de sua doença,[13] permitiu que Anselmo fosse nomeado para a sé de Cantuária em 6 de março de 1093.[14]


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