quarta-feira, 21 de abril de 2021

SANTO ANSELMO - 21 DE ABRIL DE 2021

 

Anselmo de Cantuária

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para outro santo de mesmo nome, veja Anselmo de Lucca.
Anselmo de Cantuária
Vitral do século XIX
retratando Santo Anselmo
Arcebispo de CantuáriaDoutor da Igreja (Doctor Magnificus)
Nascimentoca. 1033 em AostaReino da Borgonha
Morte21 de abril de 1109 (76 anos) em CantuáriaKentInglaterra
Veneração porIgreja Católica
Comunhão Anglicana
Igreja Luterana
Canonização1720 por Papa Clemente XI
Principal temploCatedral de Cantuária
Festa litúrgica21 de abril
AtribuiçõesUm navio, representando a independência espiritual da Igreja
Gloriole.svg Portal dos Santos

Anselmo de Cantuária, conhecido também como Anselmo de Aosta por conta de sua cidade natal e Anselmo de Bec por causa da localização de seu mosteiro, foi um monge beneditino, filósofo e prelado da Igreja que foi arcebispo de Cantuária entre 1093 e 1109. Chamado de fundador do escolasticismo, Anselmo exerceu enorme influência sobre a teologia ocidental e é famoso principalmente por ter criado o argumento ontológico para a existência de Deus e a visão da satisfação sobre a teoria da expiação.

Entrou para a Ordem de São Bento na Abadia de Bec aos vinte e sete anos e tornou-se abade em 1079. Tornou-se arcebispo de Cantuária durante o reinado de Guilherme II da Inglaterra. Foi exilado por duas vezes, entre 1097 e 1100 e novamente entre 1105 e 1107 por Henrique I por causa da controvérsia das investiduras, o mais importante conflito entre a Igreja Católica e os estados medievais durante a Idade Média. Anselmo foi proclamado Doutor da Igreja numa bula papal de Clemente XI em 1720. Ele é venerado como santo e comemorado em 21 de abril.

Biografia

Primeiros anos

Anselmo nasceu em Aosta, parte do Reino de Arles, por volta de 1033.[1] Sua família tinha fortes relações com a poderosa Casa de Saboia[2] e era muito rica. Seu pai, Gundulfo, era lombardo de nascimento. Sua mãe, Ermemberga, que foi descrita como prudente e virtuosa, veio duma antiga família burgúndia.[3][4]

Aos quinze anos, Anselmo desejava entrar para um mosteiro, mas não conseguiu o consentimento do pai e acabou sendo recusado pelo abade.[1] O desapontamento aparentemente provocou-lhe uma doença psicossomática. Depois de se recuperar, Anselmo desistiu de estudar e passou a viver despreocupadamente; neste período, sua mãe morreu. Aos vinte e três, Anselmo saiu de casa, cruzou os Alpes e viajou por toda a Borgonha e a França.[5]

Atraído pela fama de seu conterrâneo Lanfranco (que era o prior da beneditina Abadia de Bec), chegou à Normandia em 1059. No ano seguinte, depois de algum tempo em Avranches, Anselmo finalmente entrou para a abadia como noviço aos vinte e sete. Ao fazê-lo, submeteu-se à "Regra de São Bento", um evento que reformularia todo o seu pensamento na década seguinte.[6]

Abade de Bec

Abadia de Bec, o mosteiro onde Anselmo passou a vida antes de assumir o posto de arcebispo de Cantuária.
Anselmo descrito em seu próprio selo

Em 1063, Lanfranco foi nomeado abade de Caen e Anselmo foi eleito prior em Bec,[7] um cargo que manteve por quinze anos antes de tornar-se abade depois da morte de Herluin, o fundador da abadia, em 1078. Foi consagrado abade em 22 de fevereiro de 1079 pelo bispo de Évreux,[8] o que foi acelerado por que, na época, a Arquidiocese de Ruão (a quem se subordinava Bec) estava vaga. Se Anselmo tivesse que ser consagrado pelo arcebispo de Ruão, teria sido pressionado a jurar obediência, o que comprometeria a independência de Bec.[carece de fontes]

Sob o comando de Anselmo, Bec tornou-se o principal centro de ensino na Europa, atraindo estudantes de toda a França, Itália e outras regiões.[9] Foi durante esta época que escreveu suas primeiras obras filosóficas, o "Monológio" (1076) e o "Proslógio" (1077–8). A elas se seguiram "Os Diálogos sobre a Verdade", "Livre Arbítrio" e "A Queda do Diabo". Neste período, Anselmo também lutou para manter a independência da abadia tanto dos poderes seculares quanto do arcebispo.[10] Posteriormente, Anselmo teve que lutar ainda contra Roberto de Beaumont, conde (earl) de Leicester.[11]

Anselmo ocasionalmente visitava a Inglaterra para supervisionar as propriedades da abadia lá e também para visitar Lanfranco que, a partir de 1070, havia sido nomeado arcebispo de Cantuária,[12] de quem era considerado o sucessor natural. Com a morte dele em 1089, porém, Guilherme II da Inglaterra tomou as propriedades e as rendas da sé e não nomeou um novo arcebispo. Em 1092, a convite de Hugo de Avranches, 1º conde (earl) de Chester, Anselmo cruzou o Canal da Mancha. Na Inglaterra, permaneceu envolvido em assuntos da abadia por quase quatro meses e então foi proibido de voltar a Bec pelo rei. Guilherme ficou seriamente doente de forma súbita em Alveston no ano seguinte e, movido por um desejo de compensar por seus atos pecaminosos que acreditava serem a causa de sua doença,[13] permitiu que Anselmo fosse nomeado para a sé de Cantuária em 6 de março de 1093.[14]


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