terça-feira, 13 de abril de 2021

DIA DO BEIJO - 13 DE ABRIL DE 2021

 


Beijo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Beijo (desambiguação).
Um Pouco de Persuasão, de William Bouguereau (1890)

Um beijo (do latim basium) é o toque dos lábios em outra pessoa ou objeto. Na cultura ocidental é considerado um gesto de afeição. Entre amigos, é utilizado como cumprimento ou despedida. O beijo nos lábios de outra pessoa é um símbolo de afeição romântica ou de desejo sexual - neste último caso, o beijo pode ser também noutras partes do corpo. Ainda há o chamado beijo de língua, em que as pessoas que se beijam mantêm a boca aberta enquanto trocam carícias com as línguas.

História

Romeu e Julieta numa obra de Sir Frank Dicksee

Os mais antigos relatos sobre o beijo remontam a 2500 a.C., nas paredes dos templos de Khajuraho, na Índia. Diz-se que na Suméria, antiga Mesopotâmia, as pessoas costumavam enviar beijos aos deuses. Na Antiguidade também era comum, para gregos e romanos, o beijo entre guerreiros no retorno dos combates.

Era uma espécie de prova de reconhecimento. Aliás, os gregos adoravam beijar. Mas foram os romanos que difundiram a prática. Os imperadores permitiam que os nobres mais influentes beijassem seus lábios, e os menos importantes as mãos. Os súditos podiam beijar apenas os pés. Eles tinham três tipos de beijos: o basium, entre conhecidos; o osculum, entre amigos; e o suavium, ou beijo dos amantes.

Na Escócia, era costume o padre beijar os lábios da noiva ao final da cerimônia. Acreditava-se que a felicidade conjugal dependia dessa benção. Já na festa, a noiva deveria beijar todos os homens na boca, em troca de dinheiro. Na Rússia, uma das mais altas formas de reconhecimento oficial era o beijo do czar.

No século XV, os nobres franceses podiam beijar qualquer mulher. Na Itália, entretanto, se um homem beijasse uma donzela em público, era obrigado a casar imediatamente. No latim, beijo significa toque dos lábios. Na cultura ocidental, ele é considerado gesto de afeição. Entre amigos, é utilizado como cumprimento ou despedida; entre amantes e apaixonados, como prova da paixão.

Mas é também um sinal de reverência, ao se beijar, por exemplo, o anel do Papa ou de membros da alta hierarquia da Igreja. No BrasilD. João VI introduziu a cerimônia do beija-mão: em determinados dias o acesso ao Paço Imperial era liberado a todos que desejassem apresentar alguma reivindicação ao monarca. Em sinal de respeito, tanto os nobres, como as pessoas mais simples, até mesmo os escravos, beijavam-lhe a mão direita antes de fazer seu pedido. Esse hábito foi mantido por D. Pedro I e por D. Pedro II.

Tipos

Kristoffer Nyrop identificou uma série de tipos de beijos, como beijos de amor, carinho, paz, respeito e amizade. Ele observa, porém, que as categorias são um tanto artificiais e sobrepostas e que algumas culturas têm outros tipos de gestos desse tipo.[1]

Expressão de carinho e amor

Um beijo romântico entre um homem e uma mulher
Dois homens se beijam; os beijos homossexuais não possuem aspectos que os diferenciem dos beijos heterossexuais.

Beijar os lábios de outra pessoa tornou-se uma expressão comum de afeto em muitas culturas ao redor do mundo. No entanto, em certas sociedades, o beijo só foi introduzido através da colonização europeia, sendo que antes não era uma ocorrência rotineira. Tais culturas incluem certos povos nativos da Austrália, os taitianos e muitas tribos na África.[2]

Beijar na boca é uma expressão física de afeição, amor ou desejo sexual entre duas pessoas em que as sensações de tatopaladar e olfato estão envolvidas.[3] De acordo com o psicólogo Menachem Brayer, embora muitos "mamíferos, pássaros e insetos troquem carícias", parece que os beijos de afeto não são beijos no sentido humano. O psicólogo William Cane observa que beijar na sociedade ocidental é mais frequentemente visto como um ato romântico e descreve alguns de seus atributos:

Não é difícil dizer quando duas pessoas se amam. Talvez elas tentem esconder isso do mundo, ainda que não possam esconder sua excitação interior. Os homens se entregam por um certo tremor animado nos músculos da mandíbula ao verem suas amadas. As mulheres, muitas vezes, ficam pálidas imediatamente ao ver seu amante e depois ficam com o rosto avermelhado quando seu amado se aproxima. ... Este é o efeito da proximidade física de duas pessoas que estão apaixonadas.[4]:9

O beijo romântico em culturas ocidentais é um desenvolvimento relativamente recente e raramente é mencionado, até mesmo na literatura grega antiga. Durante a Idade Média, tornou-se um gesto social e era considerado um sinal de refinamento das classes superiores.[3]:150–151 Outras culturas têm diferentes definições e usos do ato de beijar, observa Brayer. Na China, por exemplo, uma expressão similar de afeto consiste em esfregar o nariz contra o rosto de outra pessoa. Em outras culturas orientais se beijar não é comum. Nos países do Sudeste Asiático o beijo "entre narizes" é a forma mais comum de afeto e o costume ocidental de beijar na boca é frequentemente reservado para as preliminares sexuais.

Pesquisas indicam que o beijo é a segunda forma mais comum de intimidade física entre os adolescentes dos Estados Unidos (depois do ato de andar de mãos dadas) e que cerca de 85% dos adolescentes entre 15 e 16 anos de idade no país já fizeram isso.[5] Em muitas culturas, considera-se um costume inofensivo que adolescentes se beijem ou se envolvam em jogos de beijar com os amigos. Estes jogos servem como quebra-gelos em festas e podem ser a primeira exposição de alguns dos participantes com a sexualidade. Há muitos tipos desses jogos, como, por exemplo, verdade ou desafio.

Beijo de afeto

Uma mulher beijando um bebê na bochecha

Um beijo também pode ser usado para expressar sentimentos, sem um elemento erótico, mas pode ser, no entanto, "muito mais profundo e duradouro", escreve Nyrop. Ele acrescenta que esses beijos podem ser expressões de amor "no sentido mais amplo e abrangente da palavra, trazendo uma mensagem de afeto, fidelidade, gratidão, compaixão, simpatia, alegria intensa ou profunda tristeza."[1] :79

O exemplo mais comum é o "sentimento intenso que une pais e sua prole", escreve Nyrop, mas acrescenta que os beijos de afeto não são apenas comum entre pais e filhos, mas também entre os outros membros da mesma família, o que pode incluir os que estão fora o círculo familiar imediato, "em todos os lugares onde um profundo afeto une as pessoas."[1] :82 Essa tradição está escrita na Bíblia, como quando Orfa beijou a sua sogra e quando Moisés foi ao encontro de seu sogro, ele "fez reverência e beijou-o; e perguntaram um ao outro de seu bem-estar; e entraram na tenda" (Êxodo 18:07); e quando Jacó lutou com o Senhor e se encontrou com Esaú, correu em direção a ele, caiu em seu pescoço e o beijou. O beijo de família era tradicional entre os romanos e beijos de afeto são frequentemente mencionados pelos antigos gregos, como quando Ulisses, ao chegar a sua casa, encontra seus pastores fiéis.[1] :82–83

O afeto pode ser um motivo para se beijar "em todas as idades, em momentos grave e solenes", observa Nyrop, "não só entre aqueles que se amam, mas também como uma expressão de profunda gratidão." Quando o apóstolo Paulo despediu-se dos anciãos da congregação em Éfeso, "todos choraram muito e caíram sobre o pescoço de Paulo e o beijaram" (Atos 20:37). Os beijos também podem ser trocados entre completos estranhos, como quando há uma profunda simpatia ou algum interesse com outra pessoa.[1] :85

Um marinheiro estadunidense beijando seu filho

A poesia folclórica tem sido uma fonte de beijos carinhosos, onde, por vezes, eles desempenham um papel importante, como quando têm o poder de lançar feitiços ou de quebrar laços de bruxaria e feitiçaria, muitas vezes, causando a restauração de um homem à sua forma original. Nyrop observa que histórias poéticas sobre o "poder redentor do beijo podem ser encontradas na literatura de muitos países, especialmente, por exemplo, nos antigos romances arturianos franceses (LancelotGuiglainTirant Le Blanc), em que a princesa é transformada, através de feitiçarias do mal, em um dragão terrível e só pode retomar sua forma humana quando um cavaleiro for corajoso o suficiente para beijá-la." Na situação inversa, no conto A Bela e a Fera, um príncipe é transformado em uma fera por um feitiço aplicado por uma fada má e não poderia voltar a ser humano a menos que uma plebeia se apaixonasse por ele e o beijasse, apesar de sua feiura.[1] :95–96

Um beijo de afeto também pode ter lugar após a morte. Em Gênesis está escrito que quando Jacó estava morto, "José se lançou sobre o rosto de seu pai e chorou sobre ele e o beijou." Abacar, sogro, sucessor e primeiro discípulo de Maomé, entrou na tenda onde estava o corpo do profeta quando ele foi morto, descobriu seu rosto e beijou-o. Nyrop escreve que "o beijo é a última prova afetuosa de amor que agraciamos a quem amamos, e era acreditado, nos tempos antigos, para acompanhar a humanidade ao mundo inferior."[1] :97

Religião

Ver artigo principal: Ósculo santo
Homem beija um crucifixo cristão.

O beijo é comum no contexto religioso. Em períodos anteriores ao cristianismo ou ao islamismo o beijo tornou-se um gesto ritual e ainda é tratado como tal em certos costumes, como quando se "beija o pé do Papa, relíquias, ou o anel de um bispo."[3] No judaísmo, o beijo de livros de oração, como a Torá, juntamente com o beijo em xales de oração, também é comum.[6] Crawley observa que foi "muito significativo o elemento carinhoso na religião" ao dar uma parcela tão importante ao beijo como parte de seu ritual. No cristianismo primitivo, aquele que havia sido batizado era beijado pelo celebrante após a cerimônia e o uso do gesto foi estendido até mesmo como uma saudação aos santos e heróis religiosos, com Crawley, acrescenta: "Assim José beijou Jacó e os seus discípulos beijaram Paulo. José beijou seu pai morto e o costume foi mantido em nossa civilização", sendo o beijo um gesto de despedida para parentes mortos, apesar de certas seitas proibirem isso atualmente.[7]:126

Um elemento distintivo no ritual cristão foi notado por Justino no século II, agora referido como o "beijo da paz", e que foi parte do rito nas missas primitivas. Frederick Cornwallis Conybeare afirma que este ato se originou dentro de antigas sinagogas hebraicas e Fílon de Alexandria, o antigo filósofo judeu, chamou-o de "beijo da harmonia", onde, como explica Crawley, "a Palavra de Deus traz coisas hostis juntas em concórdia e beijo de amor."[7] :128 São Cirilo também escreve: "este beijo é o sinal de que nossas almas estão unidas e que nós banimos toda a recordação de injúria.[7] :128

Uma das primeiras referências ao beijo está contida no segundo verso familiar do livro do Antigo TestamentoCântico dos Cânticos, um antigo poema de amor em hebraico:

Beije-me ele com os beijos da sua boca:
Porque teu amor é melhor do que o vinho
— [8][9]:41

Sinal de respeito

Denis Thatcher, o marido de Margaret Thatcherbeija a mão de Nancy Reagan, a esposa do então presidente estadunidense, em 1988.

O beijo de respeito é de origem antiga, observa Nyrop. Ele escreve que "desde os tempos mais remotos que encontramos ele foi aplicado a tudo o que é santo, nobre e de adoração a deuses, suas estátuas, templos e altares, bem como a reis e imperadores; fora da reverência, as pessoas ainda beijavam o chão e tanto sol quanto a lua eram recebidos com beijos."[1] :114

Ele observa alguns exemplos, como "quando o profeta Oseias lamenta sobre a idolatria dos filhos de Israel, ele diz que eles fazem imagens de fundição de bezerros e as beija." Em tempos clássicos homenagem semelhante foi muitas vezes paga aos deuses e as pessoas eram conhecidas por beijar as mãos, joelhos, pés e bocas de seus ídolos. Cícero escreve que os lábios e a barba da famosa estátua de Hércules em Agrigento foram desgastados pelos beijos dos devotos.[1] :115

As pessoas beijavam a cruz com a imagem do Crucificado e tal beijo na cruz é sempre considerado um ato sagrado. Em muitos países, é exigido beijar a cruz durante um juramento, como a mais alta afirmação de que a testemunha estaria falando a verdade. Nyrop observa que "como um último ato de caridade, a imagem do Redentor é entregue à morte ou o condenado a morte é beijado." Acredita-se que beijar a cruz traz bênção e felicidade. As pessoas beijam a imagem de Nossa Senhora e as imagens e estátuas de santos — não só as suas imagens, "mas até mesmo as suas relíquias são beijadas", observa Nyrop. "Elas fazem a alma e o corpo inteiro." Há várias lendas de pessoas doentes que recuperaram a sua saúde por terem beijado relíquias sagradas, ressalta.[1] :121

O beijo de respeito também representa uma marca de lealdadehumildade e reverência. Seu uso em tempos antigos foi generalizado e Nyrop fornece exemplos: "Pessoas se jogavam no chão diante de seus governantes, beijavam as suas pegadas, literalmente "lambiam o pó", como é denominado."[1] :124 "Quase em toda parte, onde quer que um inferior encontrasse um superior, observamos o beijo de respeito, como quando os escravos romanos beijavam as mãos de seus mestres; alunos e soldados os seus respectivos professores e capitães e assim por diante.[1] :124 Pessoas também beijam o chão pela alegria de retornar à sua terra natal depois de uma ausência prolongada, como quando Agamenon voltou da Guerra de Troia. Nyrop aponta, no entanto, que nos tempos modernos o beijo cerimonioso de respeito "ficou fora de moda nos países mais civilizados" e é só manteve na Igreja e que, em muitos casos, "a prática seria ofensiva ou ridícula."[1] :130

Cultura popular

Cinema

  • 1927: O primeiro filme vencedor do Oscar de melhor filme, Wings (Asas), também foi o primeiro filme (de que se tem registro) a mostrar dois homens beijando-se. Trata-se de um beijo na face, entre dois grandes amigos, os personagens Jack Powell e David Armstrong, no momento em que esse último estava à morte, ferido em batalha aérea. O beijo foi apresentado de forma fraternal, absolutamente não-sexual e não-erótica.
Rock Hudson e Julie Andrews se beijam em uma cena do filme Darling Lili (1968)

Literatura

O beijo, por Francesco Hayez.

Televisão

  • 1968: No papel da Tenente Uhura, Nichelle Nichols participou do primeiro beijo interracial da televisão norte-americana, no seriado Star Trek com o ator canadense William Shatner (atuando como o capitão James T. Kirk) no episódio "Plato's Stepchildren".[10]
  • 1991: Um episódio do aclamado seriado dramático norte-americano L.A. Law causou enorme controvérsia ao mostrar um beijo entre as personagens Abby (Michele Greene) e C.J. (Amanda Donohoe). Tal cena foi reconhecida como o primeiro beijo homossexual (neste caso mulher-mulher) da história dos seriados norte-americanos, e foi responsável por quebrar um enorme tabu televisivo.
  • 2000: No episódio "Acting Out" da famosa série cômica norte-americana Will & Grace, os personagens Will (Eric McCormack) e Jack (Sean Hayes) se beijam ao protestarem por causa de uma cena de beijo de um seriado fictício da NBC que não foi ao ar (semelhante ao beijo de América).
  • 2005: No último episódio da telenovela brasileira América causou muito furor quando um prometido beijo homossexual masculino - que seria o primeiro em telenovela brasileira - dos personagens Júnior (Bruno Gagliasso) e Zeca (Erom Cordeiro) não ocorreu. A cena foi escrita pela autora e gravada, mas a Rede Globo optou por não exibi-la, frustrando os telespectadores.
  • 2007: A propaganda de trinta segundos da linha de relógios Time da companhia italiana Dolce & Gabbana mostra dois rapazes se beijando e causa furor no mundo inteiro.

Em animais

Dois membros da espécie Cynomys ludovicianus, um tipo de cão-da-pradaria, se "beijam"

Dentro do mundo natural dos animais, existem inúmeras analogias ao beijo, observa Crawley, como "o raspar de bicos dos pássaros [...] e o jogo de antenas de alguns insetos." Mesmo entre os animais superiores, como o cão, o gato e o urso, comportamento semelhante é observado.[7] :114

Os antropólogos não chegaram a uma conclusão sobre se o beijo é aprendido ou se é comportamento do instinto. Ele pode estar relacionado a um comportamento de preparação também visto entre os outros animais, ou que surja como resultado da pré-mastigação da comida feita pelas mães para seus filhotes. Os primatas não-humanos também apresentam um comportamento que pode ser considerado um beijo.[11] Cães, gatos, pássaros e outros animais exibem gestos com lambidas e carícias entre si, mas também fazem isso com seres humanos ou outras espécies. Isso às vezes é interpretado por observadores como um tipo de beijo.

O ato de beijar em humanos é postulado como uma evolução que surgiu a partir da regurgitação direta boca-a-boca de alimentos dos pais para seus filhos (beijo de alimentação) ou entre machos e fêmeas e tem sido observado em vários tipos de mamíferos.[12] As semelhanças entre os métodos usados no beijo de alimentação e nos beijos de língua humanos são bastante acentuadas; no primeiro caso, a língua é usada para empurrar o alimento da boca da mãe para a da criança, que recebe os alimentos da mãe através dos movimentos de sucção da língua; e o último é basicamente o mesmo movimento, mas sem a presença de comida pré-mastigada. Na verdade, através de observações de várias espécies e culturas, pode ser confirmado que o beijo e a pré-mastigação provavelmente evoluíram a partir de comportamentos semelhantes de alimentação com base no relacionamento.[12][13]

Ver também

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d e f g h i j k l m Nyrop, Christoper. The Kiss and its History, Sands & Co., London (1901) Read full text
  2.  Dyer, Tristeleton T.F. "The History of Kissing", The American Magazine, vol. 14 1882, pp. 611–614
  3. ↑ Ir para:a b c Brayer, Menachem M. The Jewish Woman in Rabbinic Literature, KTAV Publishing House (1986)
  4.  Cane, William. The Art of Kissing, Macmillan (1991)
  5.  12,015 Add Health surveys (1995) considered: Halpern, Carolyn Tucker; Joyner, Kara; Udry, Richard; Suchindran, Chirayath (março de 2000). «Smart teens don't have sex (or kiss much either)» (PDF)Journal of Adolescent Health26 (3). New York: Society for Adolescent Medicine, Elsevier Science. pp. 213–225. ISSN 1054-139Xdoi:10.1016/S1054-139X(99)00061-0. PII S1054-139X(99)00061-0. Consultado em 7 de novembro de 2009
  6.  Kuraweil, Arthur.The Torah for Dummies, Wiley Publishing (2008) p. 218
  7. ↑ Ir para:a b c d Crawley, Ernest. Studies of Savages and Sex, Kessinger Publishing (revised and reprinted) (2006)
  8.  Song. 1:2
  9.  Magonet, Jonathan. Jewish Explorations of Sexuality, Berghahn Books (1995)
  10.  Shatner, Willian. Star Trek Memories. Ed. Harpercollins, 1993.
  11.  «How animals kiss and make up»BBC News. 13 de outubro de 2003
  12. ↑ Ir para:a b Eibl-Eibesfeldt, Irenäus (1971). «Love and hate: the natural history of behavior patterns». Aldine Transaction
  13.  Eibl-Eibesfeldt, Irenäus (1983). «Chapter 3: A comparative approach to human ethology». In: Rajecki, D. W. Comparing behavior: studying man studying animals. [S.l.]: Routledge

Ligações externas

DIA MUNDIAL DA IMPRENSA - 13 DE ABRIL DE 2021

 

Imprensa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Este artigo é sobre mídia. Para tecnologia de impressão tipográfica desenvolvida por Gutenberg, veja Prensa móvel.

Imprensa é a designação coletiva dos veículos de comunicação que exercem o Jornalismo e outras funções de comunicação informativa - em contraste com a comunicação puramente propagandística ou de entretenimento.

O termo imprensa deriva da prensa móvel, processo gráfico aperfeiçoado por Johannes Gutenberg no século XV e que, a partir do século XVIII, foi usado para imprimir jornais, então os únicos veículos jornalísticos existentes. De meados do século XX em diante, os jornais passaram a ser também radiodifundidos e teledifundidos (radiojornal e telejornal) e, com o advento da World Wide Web, vieram também os jornais online, ou ciberjornais, ou webjornais. O termo "imprensa", contudo, foi mantido. Deve-se evitar as impróprias expressões imprensa eletrônica, imprensa falada e imprensa televisionada. Quando a linguagem abranger rádio, televisão, internet, cinema e outros meios, deve-se usar meios de comunicação ou mídia.

História da imprensa

Já foi dito que, se o termo "Jornalismo" é relativamente moderno, a sua história é muito antiga e se confunde, inevitavelmente, com a da imprensa, desde quando Johannes Guttenberg aperfeiçoou a técnica de reprodução de textos por meio do uso dos tipos móveis. A invenção da imprensa é considerada uma das primeiras revoluções tecnológicas que tiveram lugar no mundo moderno.

Primórdios

Desde séculos passados, publicações tinham sido criadas e distribuídas regularmente pelos governos. As primeiras reproduções da escrita foram, sem dúvida, obtidas sob um suporte de (cera) ou de (argila) com os selos cilíndricos e cunhas, encontrados nas mais antigas cidades da Suméria e da Mesopotâmia do século XVII a. C.

A primeira publicação regular de que se tem notícia foi a Acta Diurna, que o imperador Augusto mandava colocar no Fórum Romano no século I de nossa era. Esta publicação, gravada em tábuas de pedra, havia sido fundada em 59 a.C. por ordem de Júlio César, trazendo a listagem de eventos ordenados pelo Ditador (conceito romano do termo). Na Roma Antiga e no Império Romano, a Acta Diurna era afixada nos espaços públicos, e trazia fatos diversos, notícias militares, obituários, crônicas esportivas, entre outros assuntos.

O primeiro jornal em papel, Notícias Diversas, foi publicado como um panfleto manuscrito a partir de 713 d.C., em Kaiyuan, em Pequim, na ChinaKaiyuan era o nome dado ao ano em que o jornal foi publicado. Em 1041, também na China, foi inventado o tipo móvel. O alfabeto chinês, entretanto, por ser ideográfico e não fonético, utiliza um número de caracteres muito maior que o alfabeto latino europeu. No ano de 1908, os chineses comemoraram o milenário do jornal Ta King Pao (Gazeta de Pequim), apesar de a informação não ter comprovação absoluta.

Uma tipografia do século XV, Xilogravura de Jost Amman1568

Em 1440Johannes Guttenberg desenvolve a tecnologia da prensa móvel, utilizando os tipos móveis: caracteres avulsos gravados em blocos de madeira ou chumbo, que eram rearrumados numa tábua para formar palavras e frases do texto.

Na Baixa Idade Média, as folhas escritas com notícias comerciais e econômicas eram muito comuns nas ruidosas ruas das cidades burguesas. Em Veneza, as folhas eram vendidas pelo preço de uma gazeta, moeda local, de onde surgiu o nome de muitos jornais publicados na Idade Moderna e na Idade Contemporânea.

Esta arte propagou-se com uma rapidez impressionante pelo vale do Rio Reno e por toda a Europa. Entre 1452 e 1470, a imprensa conquistou nove cidades germânicas e várias localidades italianas, bem como Paris e Sevilha. Dez anos depois, registava-se a existência de oficinas de impressão em 108 cidades; em 1500, o seu número era de 226.

Durante o século XVI os centros mais produtivos eram as cidades universitárias e as cidades comerciais. Veneza continuou a ser a capital da imprensa, seguida de perto por Paris, LeonFrankfurt e Antuérpia. A Europa tipográfica começava a deslocar-se de Itália para os países do Norte da Europa, onde funcionava como elemento difusor do humanismo e da Reforma oriunda das cidades italianas.

A imprensa pré-industrial

Jornal La Gazette.

A primeira publicação impressa periódica regular (semanal), o Nieuwe Tijdinghen, aparece em 1602, na Antuérpia. Os primeiros periódicos em alemão são fundados em 1609: o Relation aller fürnemmen und gedenckwürdigen Historien (Relação de todas as notícias notáveis e rejubilantes), em Estrasburgo, e o Avisa Relation oder Zeitung. Em 1615, surge o Frankfurter Journal, primeiro periódico jornalístico, também semanal e em alemão.

Em 1621, surgiu em Londres o primeiro jornal particular de língua inglesa, The CoranteNo ano seguinte, um pacto entre 12 oficinas de impressão inglesas, holandesas e alemãs determinou intercâmbio sistemático de notícias entre elas. No mesmo ano, Nathaniel Butler fundou também em Londres o primeiro hebdomadário: o Weekly News, que, a partir de 1638, seria o primeiro jornal a publicar noticiário internacional. Foi seguido na França por La Gazette, de Théophraste Renaudot cujo primeiro número foi publicado em 30 de maio de 1631, e na Holanda pelo Courante uyt Italien ende Duytschlandt, em 1632.

Jornal The Daily Courant.

O primeiro jornal em português foi fundado em 1641, em Portugal: era A Gazeta da Restauração, de Lisboa.

O jornal mais antigo do mundo ainda em circulação foi o sueco Post-och Inrikes Tidningar, que teve início em 1645. Até então, estas publicações tinham periodicidade semanal, quinzenal, mensal ou irregular. Foi só a partir de 1650 que surgiu o primeiro jornal impresso diário do mundo, o Einkommende Zeitungen (Notícias Recebidas) fundado na cidade alemã de Leipzig.

A primeira revista, em estilo almanaque, foi o Journal des Savants (Diário dos Sábios), fundado na França em 1665.

No Novo Mundo, o primeiro jornal apareceu nas colónias britânicas da América do Norte (futuros Estados Unidos), publicado em Boston: o Publick Occurrences, Both Forreign and Domestick, que no entanto só teve uma edição. De 1702 a 1735 circulou o primeiro jornal diário em inglês, o Daily Courant, de Samuel Buckley, também nas colônias britânicas. Em 1729, nasceu o Pennsylvania Gazette, de Benjamin Franklin, primeiro jornal a se manter com renda publicitária. No mesmo ano eram fundados a Gaceta de Guatemala e Las Primicias de la Cultura de Quito, primeiros jornais latino-americanos. O primeiro jornal diário da América foi a Gaceta de Lima, circulando diariamente a partir de 1743.

Em 1728, é criado o St. Peterburgo Vedomosti, o jornal mais antigo da Rússia, ainda em circulação.

A Imprensa de Massas e a Industrialização

Imprensa Oficial, em Belo Horizonte.

Nos séculos XVIII e XIX, os líderes políticos tomaram consciência do grande poder que os jornais poderiam ter para influenciar a população e proliferaram os jornais de facções e partidos políticos. O The Times, de Londres, começa a circular em 1785, com o nome de The Daily Universal Register. Seria rebatizado para The Times três anos depois.

No século XIX, os empresários descobriram o potencial comercial do jornalismo como negócio lucrativo e surgiram as primeiras publicações parecidas com os diários atuais. Nos Estados Unidos, Joseph Pulitzer e William Randolph Hearst criaram grandes jornais destinados à venda em massa. Em 1833, foi fundado o New York Sun, primeiro jornal “popular”, vendido a um centavo de dólar. Já The Guardian, um dos jornais mais vendidos do Reino Unido até hoje, surge em 1821.

Brasil demora a conhecer a imprensa, por causa da censura e da proibição de tipografias na colônia, impostas pela Coroa Portuguesa. Somente em 1808 é que surgem, quase simultaneamente, os dois primeiros jornais brasileiros: o Correio Braziliense, editado e impresso em Londres pelo exilado Hipólito da Costa; e a Gazeta do Rio de Janeiro, publicação oficial editada pela Imprensa Régia instalada no Rio de Janeiro com a transferência da Corte portuguesa.

Acompanhando a industrialização ocidental, o Japão ganha seu primeiro jornal em 1871, com o Yokohama Shimbun (Notícias Diárias de Yokohama). Atualmente, o Japão é o país com maior índice de circulação per-capita no mundo.

Surgiram, ainda no século XIX, empresas dedicadas à coleta de informações sobre a atualidade que eram vendidas aos jornais. Estas empresas foram conhecidas como agências de notícias ou agências de imprensa. A primeira delas foi fundada em 22 de outubro de 1835 pelo francês Charles-Louis Havas: a Agence des Feuilles Politiques, Correspondance Générale, que viria a se tornar a atual Agence France-Presse.

Em 1848, jornais de Nova York se juntam para formar a agência Associated Press, durante a guerra dos EUA contra o México. O principal motivo da associação, na época, era contenção de custos entre os periódicos.

Em 1851 o alemão Paul Julius Reuter funda a agência Reuters. No mesmo ano é fundado o The New York Times, o principal jornal de Nova Iorque e atualmente um dos mais importantes nos Estados Unidos e no mundo.

United Press International é criada em 1892. A agência alemã Transocean é fundada em 1915 para cobrir a I Guerra Mundial na Europa, com a visão da Tríplice Aliança. Em 1949, três agências alemãs se unem para formar a Deutsche Presse-Agentur (DPA).

Novas tecnologias de comunicação

O início da Guerra Civil dos Estados Unidos, em 1861, é um marco para a imprensa, pelas inovações técnicas e novas condições de trabalho. Repórteres e fotógrafos recebem credenciais para cobrir o conflito. De lá, desenvolvem o lead para assegurar que a parte principal da notícia chegará à redação pelo telégrafo. Os jornais inventam as manchetes, títulos em letras grandes na primeira página, para destacar as novidades da guerra. O primeiro jornal a enviar correspondentes para dois lados de uma guerra foi o The Guardian, de Manchester, na Guerra Franco-Prussiana, em 1871.

Em 1844, a invenção do telégrafo por Samuel Morse revoluciona a transmissão de informações, e permite o envio de notícias a longas distâncias. Mas o telégrafo só ganharia um aumento exponencial da sua capacidade a partir da instalação dos cabos submarinos, na segunda metade do século XIX, que unem os continentes. O primeiro despacho transatlântico por telégrafo, por exemplo, foi enviado pela AP em 1858. A comunicação por telégrafo liga o Brasil à Europa a partir de 1874; começam a chegar ao país despachos de agências internacionais.

Também aparecem novidades nas técnicas de impressão. A primeira rotativa começa a funcionar em 1847, nos EUA. No ano seguinteThe Times de Londres cria rotativa que imprime 10 mil exemplares por hora. O linótipo foi inventado em 1889, por Otto Merganthaler, revolucionando as técnicas de composição de página com o uso de tipos de chumbo fundidos para gerar linhas inteiras de texto.

fotografia começou a ser usada na imprensa diária em 1880. A Alemanha foi o primeiro país a produzir revistas ilustradas graficamente com fotografias.

Em 1919, surge o New York Daily News, primeiro jornal em formato tablóide.

A primeira transmissão de rádio transatlântica foi feita em 1903, por Marconi. As primeiras emissoras de rádio, sugidas na década de 1920, tomaram grande parte do protagonismo dos jornais no acompanhamento passo-a-passo dos fatos da atualidade. Ao mesmo tempo, apareceram os cinejornais, filmetes de atualidades cinematográficas. O primeiro deles, o Fox Movietone News, surgiu em 1927, com o uso do som no cinema.

As primeiras transmissões de televisão foram feitas nos Estados Unidos nos anos 1930, e já nos anos 1950 a televisão competia com o rádio pela possibilidade de transmitir informação instantaneamente, com o adicional sedutor da imagem. O videotape foi inventado em 1951, mas só começou a ser usado em larga escala a partir dos anos 1970.

Jornalismo e seu alcance global

O final do século XX assistiu a uma revolução nas tecnologias de comunicação e informação, levando à formação de uma meios de comunicação como instituições (privadas) de alcance global, tanto para o jornalismo quanto para o entretenimento (cultura e diversões).

Em 1962, o jornal norte-americano Los Angeles Times utiliza fitas perfuradas para agilizar a composição em linotipos. Naquele mesmo ano, entrou no ar o Telstar 1, primeiro satélite de telecomunicações específico para os mídia. Sete anos depois, realizou-se a transmissão da chegada da missão Apollo 11, dos EUA, à Lua.

Desde a segunda metade do século XX, várias empresas editorais publicam jornais semanais que se assemelham a revistas, tratando de conteúdo generalista ou temático. Muitas revistas, então, deixam de existir. A revista Life deixou de ser publicada em 1972. No Brasil, desaparecem O Cruzeiro e Realidade.

Em 1973, apareceram os primeiros terminais computadorizados para edição jornalística. A fotocomposição começava a substituir a linotipia. No jornal Minneapolis Star, começou a ser testado um sistema que possibilitava a diagramação eletrônica e o envio das páginas direto para a impressão, eliminando o processo de composição manual.

Em 1980, começam as transmissões da rede CNN, que em pouco mais de 10 anos tornar-se-ia a referência em jornalismo televisivo internacional. Ela ganha notoriedade mundial com a cobertura da Guerra do Golfo em 1991.

Os canais internacionais de televisão por assinatura, televisão a cabo e a Internet comercial só chegaram ao Brasil em 1992. Em 11 de setembro de 2001, isso possibilita a transmissão ao vivo do maior atentado terrorista da História.

Falta de liberdade de expressão e censura

Um dos maiores problemas da imprensa mundial é a falta de liberdade de expressão e a censura do jornalismo em alguns países. Geralmente, a falta de Liberdade de Expressão pode ser encontrada em países onde há uma ditadura, onde a imprensa local deve obedecer sempre as ordens do Governo, ou então, é censurada por tempo indeterminado. Em nações onde há ditadura, são poucas as organizações que sempre obedecem os ditadores.

Censura no Brasil durante a ditadura militar

Durante a ditadura militar de 1964, vários veículos de imprensa - rádio, TV e jornais - foram submetidos a censura.

Imprensa no Brasil

Ver artigo principal: Imprensa no Brasil

Ver também

Referências bibliográficas

  • ABREU, Alzira Alves de. A Modernização da Imprensa (1970-2000). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.
  • BALZAC, Honoré de. Os Jornalistas. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999.
  • BELLANGER, Claude (org.). Histoire Générale de la Presse Française. Paris: PUF, 1969.
  • DARNTON, R. e ROCHE, D. (org.). Revolução Impressa – a imprensa na França 1775-1800. São Paulo: Edusp, 1996.
  • GARGUREVICH, Juan. Historia de la Prensa Peruana (1594-1990). Lima: La Voz, 1991.
  • MATTELART, Armand. Comunicação-Mundo: história das técnicas e das estratgias. Petrópolis: Vozes, 1994.
  • PALLARES-BURKE, Maria Lucia Garcia. A imprensa periódica como uma empresa educativa no século XIX. In: Caderno de Pesquisa, n.104 p.144-161, jul. 1998

Ligações externas

SÃO MARTINHO I - Papa - 13 de ABRIL DE 2021

 


Papa Martinho I

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Martinho I)
Martinho I
Santo da Igreja Católica
74° Papa da Igreja Católica
Atividade eclesiástica
DioceseDiocese de Roma
Eleição27 de julho de 649
Fim do pontificado16 de setembro de 655 (6 anos)
PredecessorTeodoro I
SucessorEugênio I
Ordenação e nomeação
Cardinalato
Criação649
por Papa Teodoro I
OrdemCardeal-diácono
Dados pessoais
NascimentoTodiItália
21 de junho de 590
MorteRomaItália
16 de setembro de 655 (65 anos)
SepulturaBasílica de São Pedro
dados em catholic-hierarchy.org
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo
Lista de Papas

Martinho I foi um papa italiano natural de Todi, onde nasceu em 590.

Eleito em 21 de julho de 649,[1] foi durante o seu papado que se celebrou pela primeira vez a festa da "Virgem Imaculada", em 25 de Março. Passou mais de três anos, dos seus seis anos de pontificado, no exílio e na prisão.

Em 649, convocou um concílio em Latrão, no qual definiu a doutrina católica sobre a vontade e a natureza de Cristo, condenando os monotelistas que só admitiam em Cristo a existência da vontade divina.

Condenou e afastou os escritos dos imperadores bizantinos Heráclio (a Ecthesis) e Constante II, que enviou o exarca Olímpio para aprisioná-lo e levá-lo a Constantinopla. Porém, Olímpio morreu antes de executar a ordem imperial. O imperador nomeou novo exarca, Teodoro Calíope, que aprisionou o papa, levando-o a Constantinopla, onde sofreu juízo infame, sendo condenado à morte. Após ser forçado a renunciar, teve a pena capital suspensa, sendo encarcerado e submetido a maus-tratos. Ele foi desterrado para a ilha de Naxos e declarado herege, inimigo da Igreja e do Estado.

Martinho saiu de Roma aprisionado em 18 de junho de 653 e foi mantido no exílio até a sua morte em setembro de 655. O que aconteceu com o comando da Santa Sé depois de sua partida, até a eleição do seu sucessor, não é bem conhecido. Segundo os estudiosos, era usual naquela época, quando da vacância do cargo ou ausência do papa, que a Igreja fosse governada pelo Arcipreste, ou pelo Arcediago, ou ainda pelo primicério dos notários. Depois de cerca de um ano e dois meses, em 10 de agosto de 654, foi eleito o seu sucessor Eugênio I.[2] Apesar da eleição do Papa Eugênio I, as fontes consideram o fim do pontificado do Papa Martinho I como sendo a data de sua morte, 16 de setembro de 655, cerca de um ano e um mês depois da eleição de seu sucessor.

Martinho faleceu em Quersoneso (atual Kherson, cidade portuária pertencente à Crimeia, ao sul da Ucrânia), a 16 de setembro de 655.[1]

A maior parte das suas relíquias foram transferidas para Roma, onde repousam na basílica de San Martino ai Monti.[1]

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