quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

LUNA 9 - NAVE ESPACIAL SO VIÉTICA - 1966 - 3 DE FEVEREIRO DE 2021

 

Luna 9

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Luna 9
Uma réplica da Luna 9 em exibição no Museu do Ar e do Espaço Paris, Le Bourget
Descrição
TipoAlunissador
Operador(es) União Soviética
Identificação NSSDC1966-006A
Website7.13°N 64.37°W
Duração da missão6 dias, 11 horas, 13 minutos e 23 segundos.
Propriedades
Massa1 583 kg
Missão
Contratante(s)Lavochkin
Data de lançamento31 de janeiro de 1966 11:41:37 UTC
Veículo de lançamentoMolniya (Relâmpago)
Local de lançamentoCazaquistãoCosmódromo de BaikonurCazaquistão
Fim da missão06 de fevereiro de 1966 às 22:55 UTC


Luna 9, também conhecida como Luna E-6M No.1, foi a designação de uma sonda soviética do Programa Luna usando a plataforma E-6M, com o objetivo de efetuar um pouso suave na Lua.

Depois de um lançamento bem sucedido em 31 de Janeiro de 1966, ela efetuou as correções de curso necessárias, acionou os retrofoguetes conforme o planejado e se tornou a primeira espaçonave a efetuar um pouso suave na superfície da Lua em em 06 de Fevereiro de 1966.

A espaçonave

A espaçonave era baseada na plataforma E-6M uma versão melhorada e reforçada (desenvolvida pelo escritório Lavochkin), em relação à anterior. Pesando 1.583 kg no total, o módulo aterrissador possuía uma esfera de aço no topo pesando 99 kg. Essa esfera era recoberta por bolsas infláveis pouco antes do pouso e liberada a cerca de cinco metros de altura, momentos antes de o módulo aterrissador tocar o solo. Essa esfera, hermeticamente fechada, possuía em seu interior: equipamento de rádio comunicação, dispositivos temporizadores, sistema de controle de temperatura, alimentação, instrumentos científicos e um sistema de transmissão de imagens de televisão.[1]

Lançamento e percurso

Luna 9 foi lançada por um foguete Molniya-M (8K78M) as 11:45:00 UTC[1] de 31 de Janeiro de 1966, a partir da plataforma 31/6 do Cosmódromo de Baikonur.[1] Depois de um lançamento bem sucedido e de ter atingido uma órbita de espera de 168 por 219 km e 51,8° de inclinação,[2] o estágio superior do foguete, um Bloco-L, reiniciou e ela foi colocada em trajetória de injeção translunar (uma órbita elíptica alta com 500.000 km de apogeu).[2]

Depois disso, a espaçonave iniciou um processo de rotação sobre o próprio eixo a 0.67 rpm, usando jatos de nitrogênio. Em 1 de Fevereiro, as 19:29:00 UTC, uma correção de curso foi efetuada, envolvendo o acionamento de um dos motores durante 48 segundos, resultando em um delta-V de 71,2 m/s.[1]

Descida e pouso

A uma distância de 8.300 km da Lua, a espaçonave foi orientada a acionar seus retrofoguetes e a sua rotação parou em preparação para o pouso. A 25 km da superfície lunar, o radioaltímetro comandou o descarte dos módulos laterais, o enchimento das bolsas de ar, e um novo acionamento dos retrofoguetes. A 250 m da superfície, o retrofoguete principal foi desligado e os quatro retrofoguetes auxiliares foram usados para diminuir a velocidade. A aproximadamente 5 m acima da superfície lunar, um sensor de contato tocou o solo e comandou o desligamento dos motores e a ejeção da capsula de pouso. A espaçonave "pousou" a 22 km/h de velocidade.[1]

A esfera de pouso, bateu e rolou algumas vezes antes de parar a Oeste das crateras Reiner e Marius nas coordenadas aproximadas 7.08 N, 64.37 W da região conhecida como Oceanus Procellarum (Oceano das Tormentas, em português), as 18:45:30 UTC do dia 3 de Fevereiro de 1966, 3 dias, 8 horas, 3 minutos e 15 segundos após o seu lançamento.[1]

Luna 9, foi o primeiro objeto feito pelo homem a pousar num outro corpo celeste. Foi a décima segunda tentativa da União Soviética em efetuar um pouso suave na Lua; também foi a primeira sonda espacial bem sucedida produzida pelo escritório de projetos Lavochkin, que passou a ser o responsável por praticamente todas as sondas lunares e interplanetárias soviéticas (depois russas). Todas as operações antes do pouso, transcorreram sem falhas. Aproximadamente cinco minutos depois do pouso, a Luna 9 começou a transmitir dados para a Terra, mas somente depois de 7 horas, quando o Sol atingiu 7° de elevação, a sonda começou a enviar a primeira de nove imagens (incluindo cinco panorâmicas) da superfície da Lua. Essas foram as primeiras imagens transmitidas da superfície de um outro corpo celeste.

Operação na superfície

Aproximadamente 250 segundos depois do pouso, as quatro "pétalas" que cobriam a parte superior da sonda esférica se abriram e a estabilizaram na superfície lunar. As antenas assumiram sua posições operacionais e o sistema de espelhos rotativos da câmara de televisão iniciaram a varredura do ambiente lunar. Sete sessões de rádio, totalizando 8 horas e 5 minutos, foram transmitidas, assim como três séries de imagens de TV. Depois de editadas, as fotografias forneceram uma visão panorâmica da superfície lunar nas vizinhanças do local de pouso, incluindo rochas e o horizonte, a cerca de 1,4 km.

As imagens da Luna 9, não foram liberadas imediatamente pelas autoridades soviéticas. Nesse meio tempo, o pessoal do observatório Jodrell Bank na Inglaterra, que estava monitorando a espaçonave, notou que o formato dos sinais utilizados por ela era o mesmo usado internacionalmente pelos jornais da época para transmitir fotografias. O Daily Express se apressou em obter um receptor para o observatório, e as fotografias da Luna 9 foram decodificadas e publicadas ao redor do Mundo. A BBC News especulou que os projetistas da espaçonave deliberadamente equiparam a sonda com equipamentos de acordo com o padrão comercial da época para permitir a recepção das imagens pelo observatório Jodrell Bank.[3]

O detector de radiação, o único instrumento a bordo, mediu uma dosagem de 30 milirads (0,3 miligrays), por dia.[4] A missão também constatou que uma espaçonave não iria afundar no solo lunar; que o solo podia suportar um módulo aterrissador pesado. A última transmissão da espaçonave foi recebida no dia 6 de fevereiro de 1966, às 22:55 UTC, quando então se perdeu contato com a superfície lunar.[1]

Ver também

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d e f g «Luna 9 (NSSDC ID 1966-006A)» (em inglês). National Space Science Data Center. Consultado em 19 de janeiro de 2014
  2. ↑ Ir para:a b McDowell, Jonathan. «Satellite Catalog». Jonathan's Space Page. Consultado em 19 de janeiro de 2014
  3.  «BBC ON THIS DAY | 3 | 1966: Soviets land probe on Moon». news.bbc.co.uk. Consultado em 19 de janeiro de 2014
  4.  «Solar System Exploration: Missions: By Target: Moon: Past: Luna 9». NASA. Consultado em 19 de janeiro de 2014. Arquivado do original em 18 de janeiro de 2015

Ligações externas

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Luna 9

BATALHA DE DIU - ÍNDIA - 1509 - 3 DE FEVEREIRO DE 2021

 


Batalha de Diu

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Batalha de Diu
Descobrimentos portugueses
Diu1.jpg
Fortaleza de Diu, construído em 1535
Data3 de Fevereiro de 1509
LocalDiu, Índia
DesfechoVitória portuguesa decisiva
Beligerantes
 Império PortuguêsFlag of the Gujarat Sultanate.svg Sultanato de Guzarate
 Sultanato Mameluco
Reino de Calecute
Apoiado por:
 República de Veneza
Comandantes
Dom Francisco de AlmeidaAmir Husain Al-Kurdi,
Malik Ayyaz
Kunjali Marakkar
Forças
9 naus
caravelas
2 galés e 1 brigantim
800 soldados portugueses
400 hindu-nairs
10 naus
6 galés
30 galés pequenas
70-150 navios-guerra
450 mamelucos
4000 a 5000 guzarates
Baixas
32 mortos, 300 desaparecidosCerca de 4000, centenas de desaparecidos

batalha naval de Diu teve lugar a 3 de fevereiro de 1509[1], nas águas próximas a Diu, na Índia. Nela se confrontaram forças navais do Império Português e uma frota conjunta do Sultanato Burji do Egipto (de natureza mameluco), do Império Otomano, do Samorim de Calecute, e do Sultão de Guzerate. A batalha revestiu-se de um caráter de vingança pessoal para D. Francisco de Almeida, que perdera o seu filho D. Lourenço no desastre de Chaul, em 1508. O efeito psicológico desta batalha foi aniquilador, segundo o historiador Oliveira Martins, a vitória nesta batalha era muito importante, pois mostrava aos indianos que a marinha portuguesa não era só invencível para eles, indianos, mas também para os muçulmanos e venezianos.[2]

Esta batalha assinalou o início do domínio europeu no oceano Índico, de maneira semelhante às batalha de Lepanto (1571), do Nilo (1798), de Trafalgar (1805) e de Tsushima (1905) em termos de impacto[2]. Como consequência, o poder dos Turcos Otomanos na Índia foi seriamente abalado, permitindo as que as forças Portuguesas, após esta batalha conquistassem rapidamente os portos e localidades costeiras às margens do Índico, como por exemplo MombaçaMascateOrmuzGoaColombo e Malaca.

O monopólio português no Índico duraria até à chegada dos Ingleses (Companhia Britânica das Índias Orientais) afirmada na batalha de Swally, perto de Surate, em 1612.

Ao aproximar-se do inevitável confronto, D. Francisco de Almeida enviou uma carta a Meliqueaz, que dizia:

"Eu o visorei digo a ti honrado Meliqueaz, capitão de Diu, e te faço saber que vou com meus cavaleiros a essa tua cidade, lançar a gente que se aí acolheram, depois que em Chaul pelejaram com minha gente, e mataram um homem que se chamava meu filho; e venho com esperança em Deus do Céu tomar deles vingança e de quem os ajudar; e se a eles não achar não me fugirá essa tua cidade, que me tudo pagará, e tu, pela boa ajuda que foste fazer a Chaul; o que tudo te faço saber porque estejas bem apercebido para quando eu chegar, que vou de caminho, e fico nesta ilha de Bombaim, como te dirá este que te esta carta leva."

Sabe-se que um dos feridos na batalha foi Fernão de Magalhães.

Diagrama da Batalha de Diu . Verde - coligação Egípcia, Turca e Indiana. Vermelho - armada portuguesa

Dos destroços da batalha constavam três bandeiras reais do Sultão Mameluco do Cairo, que foram transladadas para o Convento de Cristo, em TomarPortugal, sede espiritual dos Cavaleiros Templários, onde constam até aos dias de hoje.

Navios

Portugueses

  • Cinco grandes nausFrol de la mar (Navio do vice-rei), Espírito Santo (capitão Nuno Vaz Pereira), Belém (Jorge de Melo Pereira), Grande Rei (Francisco de Távora), e Grande Taforea (Fernão de Magalhães)
  • Quatro naus mais pequenas: Pequena Taforea (Garcia de Sousa), São António (Martim Coelho), Pequeno King (Manuel Teles Barreto) e Andorinho (D. António de Noronha)
  • Quatro caravelas redondas: (capitães António do Campo, Pêro Cão, Filipe Rodrigues e Rui Soares)
  • Duas caravelas Latinas: (Capitães Alvaro Paçanha e Luís Preto)
  • Duas galés: (capitães Paio Rodrigues de Sousa e Diogo Pires de Miranda)
  • Uma bergantim: (capitão Simão Martins)

Frota adversária

  • Quatro naus;
  • Duas caravelas;
  • Quatro galeotas;
  • Duas galés;
  • Duzentas Fustas

Referências

  1.  Malabar manual by William Logan p.316, Books.Google.com
  2. ↑ Ir para:a b Jorge Nascimento Rodrigues e Tessaleno Devezas (2009). «Portugal: O pioneiro da globalização: a Herança das Descobertas. Pag. 171-172». Centro Atlântico (ISBN: 978-989-615-077-8)). Consultado em 17 de agosto de 2013

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