quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

BATALHA DE DIU - ÍNDIA - 1509 - 3 DE FEVEREIRO DE 2021

 


Batalha de Diu

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Batalha de Diu
Descobrimentos portugueses
Diu1.jpg
Fortaleza de Diu, construído em 1535
Data3 de Fevereiro de 1509
LocalDiu, Índia
DesfechoVitória portuguesa decisiva
Beligerantes
 Império PortuguêsFlag of the Gujarat Sultanate.svg Sultanato de Guzarate
 Sultanato Mameluco
Reino de Calecute
Apoiado por:
 República de Veneza
Comandantes
Dom Francisco de AlmeidaAmir Husain Al-Kurdi,
Malik Ayyaz
Kunjali Marakkar
Forças
9 naus
caravelas
2 galés e 1 brigantim
800 soldados portugueses
400 hindu-nairs
10 naus
6 galés
30 galés pequenas
70-150 navios-guerra
450 mamelucos
4000 a 5000 guzarates
Baixas
32 mortos, 300 desaparecidosCerca de 4000, centenas de desaparecidos

batalha naval de Diu teve lugar a 3 de fevereiro de 1509[1], nas águas próximas a Diu, na Índia. Nela se confrontaram forças navais do Império Português e uma frota conjunta do Sultanato Burji do Egipto (de natureza mameluco), do Império Otomano, do Samorim de Calecute, e do Sultão de Guzerate. A batalha revestiu-se de um caráter de vingança pessoal para D. Francisco de Almeida, que perdera o seu filho D. Lourenço no desastre de Chaul, em 1508. O efeito psicológico desta batalha foi aniquilador, segundo o historiador Oliveira Martins, a vitória nesta batalha era muito importante, pois mostrava aos indianos que a marinha portuguesa não era só invencível para eles, indianos, mas também para os muçulmanos e venezianos.[2]

Esta batalha assinalou o início do domínio europeu no oceano Índico, de maneira semelhante às batalha de Lepanto (1571), do Nilo (1798), de Trafalgar (1805) e de Tsushima (1905) em termos de impacto[2]. Como consequência, o poder dos Turcos Otomanos na Índia foi seriamente abalado, permitindo as que as forças Portuguesas, após esta batalha conquistassem rapidamente os portos e localidades costeiras às margens do Índico, como por exemplo MombaçaMascateOrmuzGoaColombo e Malaca.

O monopólio português no Índico duraria até à chegada dos Ingleses (Companhia Britânica das Índias Orientais) afirmada na batalha de Swally, perto de Surate, em 1612.

Ao aproximar-se do inevitável confronto, D. Francisco de Almeida enviou uma carta a Meliqueaz, que dizia:

"Eu o visorei digo a ti honrado Meliqueaz, capitão de Diu, e te faço saber que vou com meus cavaleiros a essa tua cidade, lançar a gente que se aí acolheram, depois que em Chaul pelejaram com minha gente, e mataram um homem que se chamava meu filho; e venho com esperança em Deus do Céu tomar deles vingança e de quem os ajudar; e se a eles não achar não me fugirá essa tua cidade, que me tudo pagará, e tu, pela boa ajuda que foste fazer a Chaul; o que tudo te faço saber porque estejas bem apercebido para quando eu chegar, que vou de caminho, e fico nesta ilha de Bombaim, como te dirá este que te esta carta leva."

Sabe-se que um dos feridos na batalha foi Fernão de Magalhães.

Diagrama da Batalha de Diu . Verde - coligação Egípcia, Turca e Indiana. Vermelho - armada portuguesa

Dos destroços da batalha constavam três bandeiras reais do Sultão Mameluco do Cairo, que foram transladadas para o Convento de Cristo, em TomarPortugal, sede espiritual dos Cavaleiros Templários, onde constam até aos dias de hoje.

Navios

Portugueses

  • Cinco grandes nausFrol de la mar (Navio do vice-rei), Espírito Santo (capitão Nuno Vaz Pereira), Belém (Jorge de Melo Pereira), Grande Rei (Francisco de Távora), e Grande Taforea (Fernão de Magalhães)
  • Quatro naus mais pequenas: Pequena Taforea (Garcia de Sousa), São António (Martim Coelho), Pequeno King (Manuel Teles Barreto) e Andorinho (D. António de Noronha)
  • Quatro caravelas redondas: (capitães António do Campo, Pêro Cão, Filipe Rodrigues e Rui Soares)
  • Duas caravelas Latinas: (Capitães Alvaro Paçanha e Luís Preto)
  • Duas galés: (capitães Paio Rodrigues de Sousa e Diogo Pires de Miranda)
  • Uma bergantim: (capitão Simão Martins)

Frota adversária

  • Quatro naus;
  • Duas caravelas;
  • Quatro galeotas;
  • Duas galés;
  • Duzentas Fustas

Referências

  1.  Malabar manual by William Logan p.316, Books.Google.com
  2. ↑ Ir para:a b Jorge Nascimento Rodrigues e Tessaleno Devezas (2009). «Portugal: O pioneiro da globalização: a Herança das Descobertas. Pag. 171-172». Centro Atlântico (ISBN: 978-989-615-077-8)). Consultado em 17 de agosto de 2013

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