segunda-feira, 2 de novembro de 2020

CRISE DE SUEZ - 1956 - 2 DE NOVEMBRO DE 2020

 

Crise de Suez

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Crise de Suez
Parte da(o) Conflito israelo-árabe
Canal de Suez.jpg
Estreito de Suez
Data29 de outubro – 7 de novembro de 1956
LocalPenínsula do Sinai e Egito oriental
DesfechoConsolidação da nacionalização Egípcia do Canal do Suez; adiamento da invasão Egípcia a Israel; catalisador da formação da República Árabe Unida; catalisador da Conferência de Bandung
Combatentes
 Israel
 Reino Unido
França França
Flag of the Egyptian Revolution (1952).svg Egipto
Líderes e comandantes
Israel David Ben-Gurion
Israel Moshe Dayan
Israel Asaf Simhoni
Israel Haim Bar-Lev
Israel Avraham Yoffe
Israel Israel Tal
Israel Ariel Sharon
Israel Uri Ben-Ari
Reino Unido Anthony Eden
Reino Unido Clarissa Eden
Reino Unido Gerald Templer
Reino Unido Charles Keightley
Reino Unido Hugh Stockwell
Reino Unido Manley Power
França René Coty
França Guy Mollet
França Pierre Barjot
França André Beaufre
França Jacques Massu
Flag of the Egyptian Revolution (1952).svg Gamal Abdel Nasser
Flag of the Egyptian Revolution (1952).svg Abdel Hakim Amer
Flag of the Egyptian Revolution (1952).svg Saadedden Mutawally
Flag of the Egyptian Revolution (1952).svg Sami Yassa
Flag of the Egyptian Revolution (1952).svg Jaafar al-Abd
Flag of the Egyptian Revolution (1952).svg Salahedin Moguy
Flag of the Egyptian Revolution (1952).svg Raouf Mahfouz Zaki
Forças
Israel 175 000
Reino Unido 45 000
França 34 000
300 000
Vítimas
Israel: 231 mortos, 899 feridos, 4 feitos prisioneiros
França: 10 mortos, 33 feridos
Reino Unido: 16 mortos, 96 feridos
1 650 - 3 000 soldados mortos
4 900 feridos
5 000 - 30 000 capturados
1 000 civis mortos

Crise de Suez, também conhecida como Guerra de Suez (ou ainda Guerra do Sinai), foi uma crise política que teve início em 29 de outubro de 1956, quando Israel, com o apoio da França e Reino Unido, que utilizavam o canal para ter acesso ao comércio oriental, declarou guerra ao Egito. O presidente do Egito, Gamal Abdel Nasser havia nacionalizado o canal de Suez, cujo controle ainda pertencia à Inglaterra. Em consequência, o porto israelense de Eilat ficaria bloqueado, assim como o acesso de Israel ao mar Vermelho, através do estreito de Tiran, no golfo de Acaba.

Veículos militares egípcios destruídos durante o conflito.
Ficheiro:1956-07-30 Suez Canal Seized.ogv
Nasser anuncia a nacionalização do canal, em 30 de julho de 1956.

Em 1956, o nacionalismo, a guerra fria e o conflito árabe-israelense estiveram reunidos como fatores de um curto e violento conflito nas regiões egípcias do Canal de Suez e da Península do Sinai. O Egito e outras nações árabes ganharam há pouco tempo a independência completa dos impérios controlados por potências europeias como Grã-Bretanha e França. Estas nações jovens com culturas e histórias antigas se esforçaram para ganhar suficiência econômica e militar e para valer os seus direitos políticos como povos livres. A luta da Guerra Fria entre o Ocidente na sua maioria democrática e capitalista contra o Oriente comunista dominado pela União Soviética e na China tanto ajudou e impediu os objetivos nacionalistas de muitos países africanos e asiáticos. Por exemplo, o Egito procurou ajuda externa na construção do projeto da Barragem de Assuão, que passaria a controlar o selvagem rio Nilo. Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, os principais intervenientes no Ocidente, se recusaram a ajudar o Egito por causa de seus laços políticos e militares para a União Soviética. Os soviéticos apressaram em ansiosamente para ajudar o Egito. Após isso, o Egito passou a ser considerado um amigo dos soviéticos, e uma nação não muito amigável para o Ocidente. Desta forma, a Guerra Fria afetou a jovem nação do Egito e suas relações com o resto do mundo. O conflito árabe-israelense começou em 1948 e levou Egito e Israel a serem inimigos até 1979. A segunda guerra entre esses vizinhos do Oriente Médio teve lugar em 1956.

Como parte da agenda nacionalista, o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser tomou controle do Canal de Suez tomando-o das empresas britânicas e francesas, que o possuíam. Ao mesmo tempo, como parte de sua luta permanente com Israel, forças egípcias bloquearam o Estreito de Tiran, a hidrovia estreita que é a única saída de Israel ao Mar Vermelho. Israel e Egito se enfrentaram várias vezes desde a guerra de 1948, tendo o Egito permitido e incentivado grupos de Fedayin combatentes para atacar Israel a partir de território egípcio. Em resposta, as forças israelenses constantemente atacavam a fronteira, em retaliação. Grã-Bretanha e França, ambos em processo de perder os seus seculares impérios, decidiram, em uma estratégia conjunta, a ocupação do Canal de Suez. Isto teve como objetivo reafirmar o controle dessa hidrovia vital para as empresas britânicas e francesas expulsas pela nacionalização realizada por Nasser. Por sugestão da França, o planejamento foi coordenado com Israel, um fato que todas as três nações negaram por anos depois.

Em 29 de outubro de 1956, tropas israelenses invadiram a Península do Sinai e rapidamente superaram a oposição das tropas egípcias. No dia seguinte, a Grã-Bretanha e França, se ofereceram para ocupar temporariamente a Zona do Canal e sugeriu uma zona de 10 milhas em cada lado que iria separar as forças egípcias dos israelenses. Nasser, é claro, recusou, e em 31 de outubro, o Egito foi atacado e invadido por forças militares da Grã-Bretanha e da França. Em resposta a estes desenvolvimentos, a União Soviética, que na época estava a impiedosamente suprimir uma revolta anti-comunista na Hungria, ameaçou intervir em nome do Egito. O presidente Eisenhower dos Estados Unidos pressionou a Grã-Bretanha, França e Israel a concordar com um cessar-fogo e eventual retirada do Egito. Os Estados Unidos, pegos de surpresa pelas duas invasões, estavam mais preocupados com a guerra soviética na Hungria e na Guerra Fria do que com a Grã-Bretanha e a França envolvendo relações de Suez. A última coisa que o presidente Eisenhower queria era uma guerra mais ampla sobre Suez. A guerra em si durou apenas uma semana, e as forças invasoras foram retiradas em um mês, sob a supervisão das tropas das Nações Unidas. Como resultado, o Egito alinhou-se firmemente com a União Soviética, que armou o próprio Egito e outras nações árabes para a luta contínua contra Israel.

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Crise de Suez
Bandeira de Israel
Bandeira de Israel
Guerras de Israel
Independência
1947-49
Suez
1956
Seis Dias
1967
Desgaste
1969-70
Yom Kipur
1973
Líbano
1982
Líbano
2006
Ícone de esboçoEste artigo sobre História do Egito é um esboço relacionado ao Projeto África. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.
Ícone de esboçoEste artigo sobre história israelense e judaica é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.

DECLARAÇÃO BALFOUR (1917) - 2 DE NOVEMBRO DE 2020

 

Declaração Balfour (1917)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Disambig grey.svg Nota: Para documento da conferência imperial britânica presidida por Arthur Balfour, veja Declaração Balfour de 1926.

Declaração Balfour é uma carta de 2 de novembro de 1917 do então secretário britânico dos Assuntos Estrangeiros, Arthur James Balfour, dirigida ao Barão Rothschild, líder da comunidade judaica do Reino Unido, para ser transmitida à Federação Sionista da Grã-Bretanha. A carta se refere à intenção do governo britânico de facilitar o estabelecimento do Lar Nacional Judeu na Palestina, caso a Inglaterra conseguisse derrotar o Império Otomano, que, até então, dominava aquela região.

A carta foi escrita usando-se nos seguintes termos:[1]

"Caro Lord Rothschild,
"Tenho o grande prazer de endereçar a V. Sa., em nome do governo de Sua Majestade, a seguinte declaração de simpatia quanto às aspirações sionistas, declaração submetida ao gabinete e por ele aprovada:
`O governo de Sua Majestade encara favoravelmente o estabelecimento, na Palestina, de um Lar Nacional para o Povo Judeu, e empregará todos os seus esforços no sentido de facilitar a realização desse objetivo, entendendo-se claramente que nada será feito que possa atentar contra os direitos civis e religiosos das coletividades não-judaicas existentes na Palestina, nem contra os direitos e o estatuto político de que gozam os judeus em qualquer outro país.´
"Desde já, declaro-me extremamente grato a V. Sa. pela gentileza de encaminhar esta declaração ao conhecimento da Federação Sionista.
"Arthur James Balfour."

O texto da carta foi publicado na imprensa duas semanas depois, em 9 de novembro de 1917.[2] A Declaração Balfour foi posteriormente incorporada ao Tratado de Sèvres, que selou a paz com o Império Otomano, e também ao documento que instituiu o Mandato Britânico da Palestina. O documento original encontra-se na British Library.

França e a Itália, aliadas de Londres na Primeira Guerra Mundial ratificam espontaneamente a Declaração Balfour, prevenindo-se de deixar o Oriente sob administração exclusiva do Império Britânico. Os Estados Unidos ratificaram a Declaração em agosto de 1918.

Referências

  1.  «The Balfour Declaration 1917». Consultado em 23 de abril de 2013. Arquivado do original em 3 de março de 2016
  2.  The Balfour Declaration: The Origins of the Arab-Israeli Conflict, Jonathan Schneer, page 342

DIRECTÓRIO FRANCÊS - (REVOLUÇÃO FRANCESA) - (1795) - 2 DE NOVEMBRO DE 2020

 


Diretório (Revolução Francesa)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Paul Barras, presidente do diretório de 1795 a 1799.

Diretório foi o regime político adotado pela Primeira República Francesa entre 26 de outubro de 1795 (no calendário revolucionário, 4 de termidor do ano IV) e o golpe de Estado do 18 de brumário do ano VIII (9 de novembro de 1799). Foi assim chamado porque o poder executivo era exercido por cinco membros, denominados Diretores.

De inspiração burguesa, o Diretório foi instaurado por republicanos moderados, após a Reação Termidoriana, como é chamado o terceiro período (27 de julho de 1794 a 25 de outubro de 1795) da Convenção Nacional [1] A Reação Termidoriana foi, de fato, um golpe de Estado engendrado pela alta burguesia financeira e marca o fim da participação popular no processo revolucionário iniciado em 1789.

O governo do Diretório, autoritário é fundamentado numa aliança com o exército (restabelecido, após vitórias realizadas em campanhas externas), foi o responsável por elaborar a nova Constituição, a Constituição do ano III (1795), que protegeria os interesses da próspera burguesia comercial de duas grandes ameaças: a república democrática jacobina e o Antigo Regime, com suas instituições feudais que tantos empecilhos criavam para a expansão dos negócios.[2]

O Diretório foi marcado pelo restabelecimento do sufrágio censitário, que elegia as duas câmaras legislativas - o Conselho dos Quinhentos e o Conselho dos Anciãos. Os membros do Diretório (Diretores) eram eleitos por cinco anos. Anualmente ocorria a renovação de um terço do corpo legislativo e a substituição de um diretor.

Durante seus quatro anos de existência, o regime enfrentou levantes e complôs dos realistas, mas também dos jacobinos, tais como a chamada Conjuração dos Iguais, de 1796, um movimento de jacobinos e radicais igualitaristas que propunha a "comunidade dos bens e do trabalho" e que pretendia estabelecer a igualdade efetiva entre os homens - o que, segundo seu líder, Babeuf, só poderia ser alcançado mediante a abolição da propriedade privada. A conjuração foi duramente esmagada pelo Diretório, que decretou a pena de morte para todos os participantes do movimento, inclusive Babeuf, que foi enforcado.

O período do Diretório, frequentemente considerado pela historiografia como um curto período de transição, é também uma época de agitação militar, quando a França enfrentou a Áustria na campanha da Itália e depois, novamente, quando foi formada a Segunda Coalizão. Uma outra empresa audaciosa realizada na época foi a campanha do Egito, que muito contribuiu para a celebridade de Napoleão Bonaparte, um jovem e talentoso oficial do exército que viria a se tornar uma das principais figuras da história da França.

O Diretório também criou um denso aparato de administração, além de instrumentos econômicos que permanecerão durante os regimes seguintes. Culturalmente, o período é marcado pela recuperação da popularidade da religião, a despeito das medidas tomadas pelo regime, que tentava criar, sem grande sucesso, uma cultura republicana.

Mas a insatisfação com o Diretório não se limitava a determinados grupos. As eleições anuais também mostravam a desaprovação geral em relação ao executivo. Este, para defender o regime, muitas vezes recorreu a golpes de Estado, tais como o do 18 brumario do ano V (4 de setembro de 1797), contra a maioria realista recentemente eleita. Gradativamente, o Diretório perdia apoio, e muitos já propunham rever a Constituição do ano III. Em 1799, um dos revisionistas, Sieyès, torna-se Diretor, vindo posteriormente a fomentar o golpe de Estado do 18 brumário (no calendário gregoriano, 9 de novembro de 1799), que colocaria um fim no regime do Diretório - e segundo alguns historiadores, um fim na própria Revolução Francesa [3]- abrindo caminho para a formação do Consulado, cuja personalidade central seria Napoleão Bonaparte.

Referências

  1.  (em francês) La Convention - La réaction thermidorienne du juillet 1794 - novembre 1795 (Thermidor an II - Brumaire an IV)
  2.  Church, Clive H. "The Social Basis of the French Central Bureaucracy under the Directory 1795-1799," Past & Present No. 36 (April, 1967)
  3.  Brown, Howard G. Ending the French Revolution: Violence, Justice, and Repression from the Terror to Napoleon. University of Virginia Press, 2007, p. 2

MORRIS WORM - (1988) - 2 DE NOVEMBRO DE 2020

 


Morris worm

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa

Morris worm ou Internet worm foi um dos primeiros worms distribuídos pela Internet; trata-se também do primeiro worm a receber atenção da mídia.[1]

Ele foi escrito por Robert Tappan Morris, estudante da Cornell University e para despistar sua origem, foi disseminado a partir do MIT em 2 de Novembro de 1988.[1] Hoje, Robert Morris é professor do MIT.[2]

Referências

  1. ↑ Ir para:a b «Malware dos anos 80: o vírus de computador Brain e o worm Morris»WeLiveSecurity. 5 de novembro de 2018. Consultado em 27 de julho de 2019
  2.  Sack, Harald (2 de novembro de 2018). «The Story of the Morris Worm – First Malware hits the Internet»SciHi Blog (em inglês). Consultado em 27 de julho de 2019

Ver também

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue