segunda-feira, 14 de setembro de 2020

ORAGO DA ORDEM DE CRISTO - 14 DE SETEMBRO DE 2020

 


Ordem de Cristo

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Disambig grey.svg Nota: Não confundir com Ordem Militar de Cristo, ordem restablecida em 1918.
Ordem de Cristo
OrderOfCristCross.svg

Santa Sé
Emblem of the Papacy SE.svg
Status:Extinta como ordem eclesiástica. Ativa como ordem honorífica
Chefe:Grão-Mestre Marcelo Rebelo de Sousa
Instituição:Portugal15 de março de 1319
Fundador:Papa João XXII
Lema:Ordo Militiae Jesu Christo
Classes:Grã-Cruz (GCC), Grande-Oficial (GOC), Comendador (ComC), Oficial (OC) e Cavaleiro (CvC) / Dama (DmC)

Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo originalmente era uma ordem religiosa e militar, criada a 14 de março de 1319 pela bula pontifícia Ad ea ex quibus cultus augeatur do Papa João XXII, que, deste modo, atendia aos pedidos do rei Dom Dinis. Recebeu o nome de Ordem dos Cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo[1] ou Ordem da Milícia de Nosso Senhor Jesus Cristo[2] e foi herdeira das propriedades e privilégios da Ordem do Templo.

Em Maio desse mesmo ano, numa cerimónia solene que contou com a participação do Arcebispo de Évora, do Alferes-Mor do Reino D. Afonso de Albuquerque e de outros membros da cúria régia, o rei Dom Dinis ratificou, em Santarém, a criação da nova Ordem.

Foi-lhe concedida como sede o castelo de Castro Marim; mas em 1357 já a sede tinha sido instalada em Tomar, anterior sede templária.[3]

Em 1789 a Ordem de Cristo foi secularizada, tornando-se uma ordem honorífica até sua extinção, em 1910, com a implantação da República Portuguesa. A ordem foi refundada em 1917 como a Ordem Militar de Cristo e é presidida pelo seu grão-mestre, o Presidente da República Portuguesa.

Antecedentes e criação[editar | editar código-fonte]

Planta do Templo de Salomão e algumas de suas linhas de construção que podem ter servido de inspiração para a arquitectura dos Templários
Grafismo da geração da Cruz da Ordem de Cristo

Nos séculos XII e XIII, a Ordem dos Templários ajudou os portugueses nas batalhas contra os muçulmanos, recebendo como recompensa extensos domínios e poder político. Os castelosigrejas e povoados prosperaram sob a sua protecção. Em 1314, o papa Clemente V de origem francesa e Felipe IV de França, tentaram destruir completamente esta rica e poderosa ordem, tendo D. Dinis logrado transferir para a Ordem de Cristo as propriedades e privilégios dos Templários.

A Ordem de Cristo foi assim criada em Portugal como Ordo Militiae Jesu Christo pela bula Ad ae exquibus de 15 de março de 1319 pelo papa João XXII, sendo rei D. Dinis, pouco depois da extinção da Ordem do Templo. «Tratava-se de refundar a Ordem do Templo que anterior bula papal de Clemente V havia condenado à extinção».[3]

Diz a mesma obra[3]: «Em Portugal, os bens dos Templários ficaram «reservados» por iniciativa do rei, transitando para a coroa entre 1309 e 1310, enquanto decorria o «processo», não sem que o monarca rejeitasse o administrador nomeado por Clemente V - Estêvão de Lisboa. Esses mesmos bens passaram indemnes para a nova congregação em 26 de novembro de 1319, sendo que o papa concedera a excepção aos reis de Castela e Leão, Aragão e Portugal, que se coligaram para contrariar a execução da medida que ordenava a sua transferência para a Ordem do Hospital.» «Por Carta Régia feita em Santarém, a 26 de Novembro da era de 1357 (15 de Novembro de 1319), se mandou fazer a entrega a D. Gil Martins, 1º Mestre da Ordem de Cristo, de todos os bens, rendas e direitos que foram da Ordem do Templo, tanto Espirituais, Temporais, e dívidas.» [4]

A nova Ordem surgia, assim como uma reforma dos Templários. Tudo mudou, para ficar mais ou menos na mesma. O hábito era o mesmo, a insígnia também, com uma ligeira alteração, e os bens, transmitidos pelo monarca, correspondiam aos bens templários. «Foi-lhe dada a regra cisterciense», continua a mesma Enciclopédia, «e nomeado mestre D. Gil Martins, igualmente mestre da Ordem de Avis, que adoptara a regra cisterciense, com a determinação de que os novos monges elegessem seu próprio mestre, depois da morte daquele. O superior espiritual da Ordem de Cristo era o abade de Alcobaça

11 de junho de 1421, um capítulo reunido em Tomar adoptou como regra da Ordem de Cristo a da Ordem de Calatrava, o que resolvia quaisquer pendências de natureza espiritual e de obediência, mantendo-se na esfera da cavalaria.

As viagens marítimas[editar | editar código-fonte]

Mapa onde mostra Macau e a sua posição nas rotas comerciais portuguesas e espanholas, no seu período mais próspero (finais do século XVI e princípios do século XVII).
Cruz da Ordem de Cristo marcava as velas das caravelas que exploravam os mares desconhecidos.
A vila de Olinda e o porto do Recife no fim do século XVI.Do códice da Biblioteca da Ajuda: Roteiro de todos os sinais, conhecimentos, fundos, baixos, alturas que há na costa do Brasil.

O cargo de mestre passara após 1417 a ser exercido por membros da Casa Real, que se passaram a nomear administradores e governadores por nomeação papal.

O primeiro foi o infante D. Henrique, «que a encaminhou para o que parecia ser sua «missão» inicial, a de conquista da Ásia, através das viagens marítimas, que a própria ordem financiou[5]

Os ideais da expansão cristã reacenderam-se no século XV quando seu Grão-Mestre, Infante D. Henrique, investiu os rendimentos da Ordem na exploração marítima. O emblema da ordem, a Cruz da Ordem de Cristo, adornava as velas das caravelas que exploravam os mares desconhecidos.

O resultado disso é que em 1454 e 1456, através de bulas do Papa Nicolau V e do Papa Calisto III respectivamente, é concedido ou dada obrigação à Ordem de Cristo de estabelecer o direito espiritual sobre todas as terras descobertas, como territórios nullius diocesis, sendo sua sede diocesana a Igreja de Santa Maria do Olival, em Tomar.

A Companhia de Jesus[editar | editar código-fonte]

Companhia de Jesus (em latimSocietas IesuS. J.), cujos membros são conhecidos como jesuítas, é uma ordem religiosa fundada em 1534 por um grupo de estudantes da Universidade de Paris, liderados pelo basco Íñigo López de Loyola, conhecido posteriormente como Inácio de Loyola.

A Congregação foi reconhecida por bula papal em 1540.[6] É hoje conhecida principalmente por seu trabalho missionário e educacional durante as viagens marítimas.

O formato da Cruz da Ordem de Cristo está presente no simbolo usado pela Companhia de Jesus.

Reforma sob D. João III[editar | editar código-fonte]

A organização interna consagrada desde os tempos de D. Dinis (a de freires cavaleiros ou milites Christi) foi reformada sob D. João III em 1529, passando a Ordem à estrita clausura.

Em 1531, pela Bula «Exposcit debitum», dada em Roma, a 30 de Junho, o Papa Clemente VII, confirmou a reforma realizada no Convento de Tomar por Frei António de Lisboa, concedendo-lhe poder para elaborar regras e estatutos (de parceria com outros padres jerónimos a quem o rei desse o seu consentimento) a serem aprovados pela Sé Apostólica[2].

Mantiveram-se porém associadas à Ordem de Cristo «uma relação privilegiada com o mundo dos símbolos e ligações à produção poética dos chamados bucolistas, que reencenariam «uma relação que já se intuira existir entre os Templários e a poesia trovadoresca».

Finalmente, em 1551, pela bula "Praeclara clarissimi" do papa Júlio III, no reinado de D. João III, os Mestrados das Ordens Militares foram unidos Coroa, anexando-os "in perpertuum", passando a ser administrados pela Mesa da Consciência e Ordens que tinha sido criada em 1533[2].

Reforma sob D. Maria I[editar | editar código-fonte]

Em 1789, a rainha D. Maria I, reformou de novo a ordem, mas esta continuou como ordem monástico-militar.

Controvérsia[editar | editar código-fonte]

Fala-se que desde D. Maria I, foi criado um Grupo Secreto da Ordem de Cristo com Militares.

Que até hoje ainda existem nas Forças Armadas Portuguesas, com sede da Capela da Nossa Senhora da Saúde e da Igreja da Memória[carece de fontes].

Extinção[editar | editar código-fonte]

Com a extinção das ordens religiosas em 1834, também a Ordem de Cristo foi extinta. A maior parte dos seus bens foram expropriados e vendidos em praça pública.

D. Maria II constituiu-a em ordem honorífica.

Em 1910, com a implantação da República, foi extinta, sendo reformulada em 1918.

Esta ordem tem apenas cinco graus: cavaleiro ou dama, oficial, comendador, grande-oficial e grã-cruz.

Actualidade[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Ordem Militar de Cristo

Apesar de extinta pelo Decreto de 15 de Outubro de 1910, juntamente com as “antigas ordens nobiliárquicas”, a mesma foi restabelecida pelo Decreto de 1 de Dezembro de 1918, ficando então “destinada a premiar os serviços relevantes de nacionais ou estrangeiros prestados ao país ou à humanidade, tanto militares como civis”.

De acordo com a legislação portuguesa de 1962 e na de 1986, a Ordem Militar de Cristo continuou associada ao exercício de funções de soberania e, em especial, à diplomacia, à magistratura e à Administração Pública.

Na legislação de 2011, voltou-se à referência mais genérica ao “exercício das funções de soberania”.

Ao longo do século XX foram agraciados com a Ordem Militar de Cristo os titulares dos mais altos cargos da nação portuguesa.

Em Visitas de Estado é frequentemente concedida aos cônjuges dos Chefes de Estado e, ocasionalmente, aos próprios Chefes de Estado, como a Presidente Michelle Bachelet, agraciada pelo Presidente Cavaco Silva em 2009.[7]

Mestres da Ordem de Cristo[editar | editar código-fonte]

Mestres da Ordem de Cristo
(Nascimento–Morte)
RetratoEleitoTempo em funçõesNotas
Mestres com sede da ordem em Castro Marim (1319–1356)
1Gil Martins
(–1321)
OrderOfCristCross.svg(1319)(13 de novembro de 1321)Primeiro mestre da ordem
2João Lourenço
(–)
OrderOfCristCross.svg(1321)(1327)Segundo mestre da ordem
3Martim Gonçalves Leitão
(–)
OrderOfCristCross.svg(1327)(1335)
4Estêvão Gonçalves Leitão
(–)
OrderOfCristCross.svg(1335)(1344)4º mestre da ordem
5Rodrigo Anes
(–)
OrderOfCristCross.svg(1344)(1356)5º mestre da ordem
Mestres com sede da ordem em Tomar (1356–????)
6Nuno Rodrigues Freire de Andrade
(–)
OrderOfCristCross.svg(1356)(1372)6º mestre da ordem
7Lopo Dias de Sousa
(1359–1417)
OrderOfCristCross.svg(1373)(1417)7º e último Mestre religioso, canónico, da Ordem de Cristo.
  1. D. Gil Martins (1319–?)
  2. D. João Lourenço (?–?)
  3. D. Martim Gonçalves Leitão (?–?)
  4. D. Estevão Gonçalves Leitão (?–?)
  5. D. Rodrigo Anes (?–?)
  6. D. Nuno Rodrigues Freire de Andrade (?–1373)
  7. D. Lopo Dias de Sousa (13731417) (último Mestre religioso e canónico))
  8. Infante D. Henrique (25 de Maio de 1420 – 13 de Novembro de 1460)
  9. Infante D. Fernando, Duque de Viseu (11 de Novembro de 1461 - 18 de Setembro de 1470)
  10. D. João, 3.º Duque de Viseu, 3.º Senhor da Covilhã, 2.º Duque de Beja e 2.º Senhor de Moura (14601472)
  11. D. Afonso V (1472 – 28 de Agosto de 1481)
  12. D. Diogo, 4º Duque de Viseu, 3º Duque de Beja (1481 - 1484)
  13. D. Manuel I (1484 - 13 de Dezembro de 1521, 5º Duque de Viseu, 4º Duque de Beja e Rei de Portugal a partir de 1495)

Desde 1420, com a nomeação do Infante D. Henrique como Governador da Ordem de Cristo, a administração desta não mais sairá das mãos de infantes da família real ou do próprio Rei. A partir de 1495, o mestrado da Ordem será sempre desempenhado pelo Rei e depois pelos Presidente da República.

Património sob tutela da Ordem[editar | editar código-fonte]

Bandeira da Região Autónoma da Madeira, que ostenta a Cruz da Ordem de Cristo, em lembrança dos seus descobridores, membros da dita Ordem.
Bandeira do Leal Senado.

Características da cruz da Ordem de Cristo[editar | editar código-fonte]

Desenho esquemático do octógono originando o logotipo da Ordem de Cristo. É possível observar que a serifa da haste da cruz forma um ângulo de 45° com a base. As linhas que compõem o formato do desenho do logotipo da Ordem de Cristo podem ser obtidas a partir da ligação com retas dos vértices no interior do polígono octógono, associado a linhas paralelas aos lados.

As serifas das extremidades das hastes da cruz da Ordem de Cristo formavam ângulo de 45 graus com a sua base, não importando o comprimento das hastes.

Este símbolo encontra-se também presente em inúmeras bandeiras de municípios brasileiros e concelhos e freguesias portuguesas.

Utilização[editar | editar código-fonte]

Província Cisplatina
  • Existem inúmeros municípios brasileiros que possuem a imagem da Cruz da Ordem de Cristo na sua Bandeira ou em seu Brasão. Algumas vezes a imagem é estilizada e modificada, não correspondendo ao formato original da Cruz da Ordem de Cristo. Exemplos:

Alcântara (Maranhão)Angra dos ReisArujáBarra MansaBarueriBatataisBarra (Bahia)Bragança_(Pará)CajamarCametáCampo GrandeCananeiaCanasCaraguatatubaCordeirópolisFlorianópolisGuarapuavaIguapeItuJoinvilleLinsMaruim (Sergipe)Mogi das Cruzes (SP)Nova Granada (São Paulo)OlindaParanaguáPelotasPiracicabaPorto AlegrePorto SeguroPraia GrandeSanta Bárbara d'OesteSanta MarianaSão PauloSão SebastiãoSão Vicente (SP)Várzea PaulistaVera Cruz (Rio Grande do Sul)Vera Cruz (São Paulo)Vila Velha (ES);

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1.  Ordem de Cristo, in Infopédia (em linha), Porto: Porto Editora, 2003-2014. (Consult. 2014-07-18).
  2. ↑ Ir para:a b c Instituição da Ordem de Cristo, Arquivo Nacional Torre do Tombo, Direcção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, 18.03.2019
  3. ↑ Ir para:a b c Enciclopédia dos Lugares Mágicos de Portugal, volume 11, página 79
  4.  Pinho Leal, Augusto Soares d’Azevedo Barbosa de (1875). Portugal Antigo e Moderno - Diccionario - "Mogadouro". [S.l.]: Livraria Editora de Mattos Moreira & Companhia. p. 355
  5.  Enciclopédia dos Lugares Mágicos de Portugal, volume 11, página 81
  6.  «Companhia de Jesus - Infopédia». www.infopedia.pt. Consultado em 23 de janeiro de 2011
  7.  «Ordens Honoríficas Portuguesas». Página da Presidência da República (Portugal)
  8.  «Evolução da bandeira do Brasil»Wikipédia, a enciclopédia livre. 23 de abril de 2018
  9.  daniel@loverde.com.br, Daniel Arantes Loverde -. «Bandeira Imperial do Brasil - significado, história, cores»www.historiadobrasil.net. Consultado em 12 de junho de 2018

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Olival, Fernanda "As Ordens Militares e o Estado Moderno - Honra, Mercê e Venalidade em Portugal (1641-1789)". Dissertação de doutoramento em História. Estar Editora: Lisboa, 2001.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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FESTA DA EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ - 14 DE SETEMBRO DE 2020

 


Exaltação da Santa Cruz

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Ícone russo da Festa da Exaltação da Santa Cruz por Gury Nikitin, 1680. Galeria Tretyakov, Moscou,Rússia.

Esta festa é chamada em Grego de Ὕψωσις τοῦ Τιμίου Σταυροῦ e em Latim de Exaltatio Sanctae Crucis (literalmente, "Exaltação da Santa Cruz"[a]). Em algumas partes da Comunhão Anglicana a festa é chamada Santo Dia da Cruz, um nome também utilizado por Luteranos. A celebração é às vezes chamada Festa da Cruz Gloriosa.[1]

No calendário litúrgico cristão há várias Festas relacionadas à Cruz, todas com a intenção de relembrar a crucificação de Jesus Cristo, evento central da fé, como diz o apóstolo São Paulo: "nós pregamos a Cristo crucificado, que é para os judeus, na verdade, uma pedra de tropeço, e para os gentios uma estultícia; mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus."[2] Enquanto a Sexta-Feira Santa é dedicada à paixão e Crucificação, a Festa da Exaltação da Santa Cruz, em 14 de Setembro, celebra a cruz como instrumento de salvação, fonte de santidade e símbolo revelador da vitória de Jesus sobre o pecado, a morte e o demônio.

Santo André de Creta diz: "Celebramos a festa da cruz; por ela as trevas são repelidas e volta a luz. Celebramos a festa da cruz e junto com o Crucificado somos levados para o alto para que, abandonando a terra com o pecado, obtenhamos os céus. A posse da cruz é tão grande e de tão imenso valor que seu possuidor possui um tesouro."

Segundo a tradição, a Vera Cruz foi descoberta em 326 por Helena de Constantinopla, mãe do Imperador Constantino I, durante peregrinação à cidade de Jerusalém. A Igreja do Santo Sepulcro foi construída no local da descoberta, por ordem de Helena e Constantino. A igreja foi dedicada nove anos após, em 335, com uma parte da cruz em exposição. Em 13 de Setembro ocorreu a dedicação da igreja e a cruz foi posta em exposição no dia 14, para que os fiéis pudessem orar e venerá-la. Em 614 os persas invadiram a cidade e tomaram a cruz, que foi recuperada pelo Imperador Bizantino Heráclio em 628. Após um ano em Constantinopla, a cruz retornou ao Santo Sepulcro.

A Exaltação da Santa Cruz é a festa principal dos Cônegos Regulares da Ordem da Santa Cruz.[3]

Igreja Católica Apostólica Romana[editar | editar código-fonte]

De acordo com as regras litúrgicas da Igreja Católica Romana, o presbítero deve utilizar vestimentas vermelhas neste dia. Se a celebração ocorrer num domingo, a Festa tem precedência sobre a liturgia do tempo comum.[4] Até 1969, a quarta-feira, sexta e sábado após 14 de Setembro eram considerados como um dos quatro conjuntos de dias de têmporas. A organização destas celebrações específicas, agora, estão sob discernimento das conferências episcopais, que devem considerar usos e costumes de suas localidades. Esta data também marca o início do tempo de jejum pela Regra de Santo Alberto.

Igreja Ortodoxa[editar | editar código-fonte]

Na Igreja Ortodoxa Oriental, a festa da Exaltação Universal da Honorável e Vivificante Cruz é considerada uma das doze grandes festas do calendário litúrgico. É sempre um dia de jejum, mesmo que ocorra num Sábado ou Domingo, sendo proibida a ingestão de carne ou peixes. Ela é precedida por um dia de vigília e se conclui em 21 de setembro. Durante a Vigília, que se estende por toda noite, a cruz é colocada na Mesa Sagrada (altar), no local normalmente utilizado para a Bíblia, onde repousa durante a celebração sobre uma almofada, decorada com flores e uma vela. Parte da celebração é realizada em frente à Cruz.[5]

Ícone da Festa[editar | editar código-fonte]

A tradição ortodoxa, com efeito, narra que quando foram descobertas nas escavações três cruzes, para distinguir a de Jesus Cristo das dos ladrões, foi colocado o cadáver de um homem e, ao simples contato com o madeiro que sustentou o Salvador do mundo, ele foi milagrosamente ressuscitado. O ícone da festa evoca tal acontecimento: no meio está a Cruz sustentada pelo bispo de Jerusalém, à esquerda (de quem olha) estão duas figuras coroadas, protagonistas da busca e do achado da preciosa relíquia, à direita aparece a figura do miraculado e do povo. Na tradição cristã, uma mulher moribunda foi trazida ao local das cruzes, tendo sido curada pela verdadeira cruz.[6]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas e referências

Notas

  1.  A palavra "Exaltatio" é às vezes traduzido como "Exaltação", em outros tempos, como em 1973, a tradução era como "Triunfo".

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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Wikisource-logo.svg "The True Cross" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.

domingo, 13 de setembro de 2020

OS SAMS E OS BANCÁRIOS - E SE HÁ 45 ANOS EU NÃO TIVESSE TELEFONADO PARA O SBC E PARA O SBSI ??? - 13 DE SETEMBRO DE 2020

É  Verdade.

E se eu não tivesse telefonado para os Chefes dos Serviços Médicos do Sindicato dos Bancários do Centro e do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, no dia 13 de Setembro de 1975 ?

Será que os Bancários de Portugal teriam tido oportunidade para fundar os SAMS - SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA MÉDICO-SOCIAL, 

da forma como ficou a funcionar ?

Se calhar, não ou possivelmente, talvez sim: 

talvez um Serviço de Saúde - paupérrimo  ou MELHOR do que existe?

São tudo meras hipóteses, mas de certeza que não seria o que existe presentemente com todas as suas dificuldades, com todos os seus méritos e com todos os seus defeitos.

Só se pode afirmar que foi uma experiência que os Bancários fizeram e deu bons frutos, apesar de vários tropeções que têm acontecido ao longo dos anos e apesar do COVID-19.

Mas vamos ao que interessa.

De facto, não tivesse eu tomado a iniciativa de contactar telefonicamente os chefes dos Serviços Médicos do SBC e do SBSI, (na qualidade de Chefe interino (ou oficioso) dos Serviços Médicos do SBN), já que o seu verdadeiro Chefe se encontrava de baixa prolongada há algum tempo  - tendo voltado ao serviço apenas em Maio de 1976 - e eu havia sido indicado pelos Corpos Gerentes do Sindicato para o substituir "em regime provisório".

Eu soube através da leitura de um Protocolo existente no ACTV dos Bancários (assinado pelos 3 Sindicatos e pela APB) que deveria ser nomeado um Grupo de Trabalho composto por representantes dos Sindicatos (Direcções, Chefias e Técnicos) para aprovar um Regulamento e um Estatuto para a Entidade que a partir de Janeiro de 1976 deveria dirigir os serviços de Assistência Médica e Medicamentosa e a partir de 3 Postos centrais em Coimbra, Porto e Lisboa, com o maior número de validades possíveis para serem utilizados pelos Bancários e suas Famílias (que ainda não tinham qualquer Serviço de saúde oficial, nem estavam incluídos na rede da Previdência então existente a nível nacional para as outras profissões).

Tendo perguntado à Direcção do SBN se já existia projecto para o referido Grupo de Trabalho, foi-me dito que de facto nada havia sobre o assunto, pois as Negociações em curso com a APB visavam apenas os assuntos contratuais de trabalho e nada mais. 

Surpreendido com a resposta, resolvi então contactar os Chefes dos Serviços Médicos do Sindicato dos Bancários do Centro e do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, para quer fosse chamada a atenção das suas Direcções para a necessidade de efectuarem com a máxima brevidade reuniões tripartidas nos 3 meses que restavam (Outubro, Novembro e Dezembro) para se fazerem os respectivos estudos e planejarem o Regulamento e Estatutos (e tudo o mais necessário) para que em Janeiro de 1976, os Serviços de Assistência começassem a funcionar.

A minha proposta foi aceite de imediato (e sem discussão) e concretizada com a realização de reuniões em Coimbra (15 de Outubro), no Porto, em 25 de Novembro e em Lisboa (13 de Dezembro). Em todas as reuniões compareceram os representantes dos Corpos Gerentes, acompanhados do seu staff técnico e das respectivas Chefias. Nestes três meses foi possível planificar tudo ao milímetro para que os serviços começassem a funcionar em pleno, em Janeiro de 1976. Apenas na última reunião é que foi necessário apresentar o nome do Serviço: várias propostas foram lançadas, mas eram complicadas demais e não chegavam a acordo. Entretanto eu que estava numa Secretária a coligir os dados referentes ao SBN, de repente, escrevi numa folha que estava a meu lado a frase  SAMS - Serviços de Assistência Médico-Social dos Bancários 

Apresentei-a a um dos Directores e ao colega Advogado Dr. José Faria, que a leram aos colegas em voz alta e este aprovaram-na de imediato. Apenas foi retirada a palavra  - dos Bancários - porque lhes parecia redundante.

E foi assim, que por unanimidade foi aceite o nome SAMS-Serviços de Assistência Médico-social 

Volto a perguntar:



E SE EU NÃO TIVESSE TELEFONADO 


AOS COLEGAS DO SBC E DO SBSI 


EM 13 DE SETEMBRO DE 1975  ???


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ANTÓNIO FONSECA





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