sexta-feira, 11 de setembro de 2020

AMADORA _ FERIADO - 11 DE SETEMBRO DE 2020

 


Amadora

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Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Amadora (desambiguação).
Amadora
Brasão de AmadoraBandeira de Amadora
Amadora - Parque Aventura.jpg
Localização de Amadora
Mapa de Amadora
GentílicoAmadorense
Área23,79 km²
População175 136 hab. (2011)
Densidade populacional7 361,7  hab./km²
N.º de freguesias6
Presidente da
câmara municipal
Carla Tavares (PS)
Fundação do município
(ou foral)
1979
Região (NUTS II)Área Metropolitana de Lisboa
Sub-região (NUTS III)Área Metropolitana de Lisboa
DistritoLisboa
ProvínciaEstremadura
OragoNossa Senhora da Conceição
Feriado municipal11 de setembro (Criação do município)
Código postal2700, 2720, 2610 e 2650 Amadora
Sítio oficialwww.cm-amadora.pt
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg

Amadora é uma cidade portuguesa pertencente ao distrito e área metropolitana de Lisboa. É sede de um dos mais pequenos municípios de Portugal, com apenas 23,79 km², mas 175 136 habitantes (2011), sendo o mais densamente povoado do país e a quarta cidade mais populosa de Portugal[1], dividindo-se em seis freguesias. O município é limitado a nordeste pelo município de Odivelas, a sueste por Lisboa, a sul e oeste por Oeiras e a oeste e norte por Sintra.

O território concelhio é habitado desde tempos remotos, com diversos vestígios da ocupação pré-histórica da área.[2][3] No entanto, a cidade da Amadora constituiu-se em torno do lugar da Porcalhota, servida pela Capela de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, sede de irmandade própria que dispunha de avultados bens. Pertenceu, entre os séculos XIX e XX, ao concelho de Oeiras, sendo em 1936 que se desmembra de Carnaxide e passa a constituir freguesia, enquanto que é elevada a vila no ano seguinte.[2] Em 1979, é elevada a cidade e passa a dispor de município próprio pelo seu desenvolvimento demográfico. Inicialmente de cariz rural e pontilhado de aldeias e pequenos casais[3], o concelho foi-se desenvolvendo em virtude da melhoria das acessibilidades, especialmente após a construção da Linha de Sintra.[2] Entre as décadas de 1950 e 1970, sofreu uma explosão demográfica em virtude da sua posição dentro da primeira coroa envolvente à capital.[4]

Geografia[editar | editar código-fonte]

Relevo e hidrografia do concelho.

O concelho da Amadora situa-se no norte da Área Metropolitana de Lisboa, sendo um dos concelhos de primeira coroa da capital, com a qual limita a oeste (freguesias de Benfica e, em menor parte, Carnide). O concelho de Oeiras (Carnaxide e Queijas, a sul e Barcarena, a sudoeste) situa-se a sul, enquanto que toda a faixa oeste e parte do norte do concelho são limitados por Sintra (Queluz e Belas e Casal de Cambra, respetivamente). Por fim, o concelho de Odivelas (Pontinha e Famões) restringe a vertente norte-ocidental da Amadora.

O seu relevo, de altitudes moderadas, desenvolve-se maioritariamente entre os 50 e 200 metros de altitude, com um nível de rugosidade entre os 30 e 60%.[5] É possível identificar, em traços gerais, três áreas morfológicas distintas no concelho, duas delas correspondentes às áreas mais elevadas (a norte e sul) e a terceira, uma depressão que ocupa a zona central e é confinada por estas áreas. Uma classificação mais detalhada permite a divisão em cinco unidades morfológicas. A primeira corresponde à Serra da Mira, de forma elíptica, localizada no extremo norte do concelho (Mina de Água) e confinada pelo rio da Costa e pela ribeira de Carenque. Desenvolve-se de nordeste para sudoeste, num total de 4 km de comprimento por 2 km de largura, e é atravessada por falhas que apresentam esta mesma direção e também nor-noroeste–su-sudeste. Geologicamente, compõe-se de formações carbonatadas e detríticas do Cretácico Inferior. É aqui que se encontra o ponto de maior altitude do concelho, de 273 metros.[6]

Segue-se o Planalto da Mina de Água, imediatamente a sul. Apresenta uma altitude de 170 metros, estando inclinado para sul e sudeste. É constituído por formações cretácicas sedimentares e vulcânicas.[6]

A Depressão Central ocupa o espaço entre o Planalto da Mina de Água e a Serra de Carnaxide. É um vale aberto, que se assume como um prolongamento do vale de Benfica, desenvolvido entre os 50 a 160 metros, de leste para oeste. O seu setor ocidental é mais elevado e é drenado para oeste pelos afluentes da ribeira de Carenque e para leste pelos afluentes da ribeira de Alcântara. Tem a sua origem no Complexo Vulcânico do Cretácico Superior e nas formações sedimentares terciárias sobre as quais assentam em discordância as formações sedimentares quaternárias. O seu ponto de menor altitude, que é também o do concelho, situa-se no fundo do vale do rio da Costa (41 m).[6]

Remata este conjunto a Serra de Carnaxide, de 211 metros de altitude máxima no sul da Venteira. Também de forma elíptica, prolonga-se de este para oeste, entrando depois em Oeiras. Circunscrita pelo rio Jamor e pela ribeira de Algés, possui 3 km de comprimento por 2 km de largura.[6]

Por toda a área concelhia predominam os declives fracos a moderados, e cerca de metade do município (53%) apresenta inclinações inferiores a 10%. As áreas de maior declive correspondem também às áreas de maior altitude (nos flancos da Serra da Mira e Planalto da Mina de Água). Os declives de menor expressão localizam-se no planalto e entre o sopé deste e a base do flanco norte da Serra de Carnaxide. A Amadora é um concelho com boa exposição solar, já que as vertentes soalheiras representam 41% da área total. As vertentes não possuem uma exposição dominante, se bem que o conjunto dos octantes S, SE, E e NE ocupa a maior parte da área do município (58%). Isto deve-se à inclinação do Planalto da Mina de Água e do fundo do vale da ribeira de Alcântara (sudeste), aos flancos sul e leste do planalto e à vertente sul da Serra da Mina. As umbrias ocupam 34% e as exposições intermédias os restantes 25%.[6]

Divisão administrativa[editar | editar código-fonte]

Freguesias da Amadora a partir de 2013.

O município da Amadora está dividido, na sequência da reorganização administrativa de 2013, nas seguintes seis freguesias:

Hidrografia[editar | editar código-fonte]

A Amadora é considerada um município de montante, visto que o seu território abrange os troços iniciais das quatro bacias hidrográficas que o drenam. A rede de drenagem concelhia é de pequena dimensão e reduzidos afluentes (baixa densidade), com um padrão tipicamente dendrítico e ângulos de confluência agudos. Todas as bacias que atravessam o concelho pertencem à Região Hidrográfica do Tejo, sendo os cursos de água tributários desse rio e desaguando no seu estuário após atravessar solos geralmente pouco permeáveis. Os cursos de água apresentam vários sentidos de escoamento, sendo que na metade ocidental e sul-oriental o sentido dominante é norte–sul e nas restantes áreas é noroeste–sudeste.[6]

A bacia que drena a maior parte do município é a da ribeira de Alcântara (ou da Falagueira), com uma área de 8,6 km². A sua bacia abrange o setor central e oriental do concelho, originando-se no Planalto da Mina de Água (Moinhos da Funcheira) e atravessando depois a Depressão Central da Amadora em direção a Benfica. Segue-se a bacia do rio Jamor, representada pela ribeira de Carenque, que drena todo o terço ocidental do concelho (8 km²) e marca a fronteira em grande parte do seu percurso entre este município e Sintra. Após nascer na zona de Casal de Cambra, separa os dois concelhos até chegar a Carenque, localidade que atravessa para depois se juntar ao curso de água principal do Jamor em Queluz.[6]

rio da Costa, cuja bacia ocupa 4,7 km², nasce igualmente em Casal de Cambra e possui algumas nascentes no Planalto da Mina de Água. Dirige-se para o concelho de Odivelas, onde se junta à ribeira da Póvoa e continua em direção à Várzea de Loures. Por fim, a bacia da ribeira de Algés, de apenas 2,5 km², ocupa o setor sul-oriental do concelho. Nascendo na Depressão Central da Amadora, dirige-se do Zambujal para a Portela de Carnaxide, acabando por desaguar em Pedrouços.[6]

Muitos troços destes cursos de água encontram-se alterados pela ação humana, tendo sido artificializados e encanados. Tal é especialmente notório no caso das ribeiras de Alcântara, de Algés e do rio da Costa, cujas bacias apresentam um grau de urbanização superior a 50%.[6]

Clima[editar | editar código-fonte]

À escala da Peninsula Ibérica, e segundo a classificação climática de Köppen, o município da Amadora enquadra-se nos climas temperados de tipo mediterrâneo, encontrando-se numa área de transição entre dois subtipos climáticos mediterrâneos (Csa e Csb) com um pequeno ascendente de influências marítimas. A temperatura média anual situa-se nos 16.ºC e a precipitação média anual é de cerca de 740 mm. Deste modo, integra a Região Pluviométrica do Sul.[5]

História[editar | editar código-fonte]

Pré-história[editar | editar código-fonte]

A área que hoje integra o concelho da Amadora foi ocupada continuamente desde o Paleolítico[7], dada a diversidade dos recursos cinegéticos, da fertilidade dos seus solos e da abundância de água. Um dos expoentes máximos desta ocupação remonta ao Calcolítico, com a Necrópole de Carenque. Estas grutas artificiais representam um novo tipo de sepulcro destinado à inumação coletiva abertos em rocha calcária branda, tendo paralelismos com as Grutas da Quinta do Anjo, de Alapraia e de São Pedro do Estoril.[7] Entre os materiais encontrados no local encontram-se diversos objetos de cerâmica (como taças, copos canelados e taças campaniformes), artefactos elaborados em osso (agulhas e botões) e objetos líticos (lisos e decorados e elaborados em calcário[2], como enxós, cinchos; bem como placas de xisto e lúnulas) e metálicos (pontas de seta, lâminas e punhais).[7] Estes objetos acompanhavam os mortos, ao lado de quem eram colocavadas armas e utensílios da usados durante a vida, recipientes com alimentos e objetos de adorno e simbolismo religioso. Atualmente, as suas réplicas integram a Mala Didáctica Municipal, destinada às escolas primárias do concelho.[2] Alguns destes materiais permitem aferir que esta ocupação se tenha dado entre os IV e III milénios a. C.. [7]

Idade Antiga[editar | editar código-fonte]

A zona foi habitada continuamente e, pelos séculos II e III, os romanos já haviam deixado vestígios no concelho. O mais destacável é o Aqueduto Romano de Amadora, com origem na Barragem Romana de Belas. Também foram feitos outros achados, como a Vila Romana da Quinta da Bolacha, a Necrópole de Moinho do Castelinho e objetos de cerâmica (como púcaras).[2]

Idade Média[editar | editar código-fonte]

Após o domínio árabe, durante a Idade Média, a região da Amadora ter-se-à mantido como um território de cariz rural, produzindo alimentos que abasteciam a cidade de Lisboa. Foi também explorado pelos seus recursos geológicos.[2]

Idade Contemporânea[editar | editar código-fonte]

A região da Amadora serviu durante vários séculos de estância de veraneio para famílias abastadas de Lisboa. A salubridade do sítio, a proximidade da capital, as facilidades de comunicações e vasta área disponível para urbanização estão na base de um potencial desenvolvimento de construções e reabilitação da cidade que, em determinadas zonas, ainda tem habitações clandestinas.

O actual território da Amadora nasceu da divisão da antiga freguesia de Benfica, cortada pela Estrada da Circunvalação aquando da redefinição dos limites de Lisboa, em 1885-1886. A freguesia extramuros, chamada Benfica-Extra, ficou a pertencer ao concelho de Oeiras. O principal núcleo da freguesia era lugar da Porcalhota, então situado ao longo de um dos mais antigos e importantes eixos viários da região, a Estrada Real que ligava a capital a Sintra[8], e provido mais tarde de uma estação ferroviária. No entanto, o concelho possuía vários casais, entre eles os da Amadora, Venteira e Falagueira, próximos da Porcalhota. Em 1907, a população local pediu ao rei D. Carlos que permitisse a mudança de nome, situação a que o Ministério do Reino deu despacho, ordenando que todos estes núcleos urbanos tivessem a designação de Amadora em 28 de outubro de 1907.

Foi elevada a freguesia dentro do concelho de Oeiras em 17 de abril de 1916, e foi elevada a vila em 24 de junho de 1937. Em 1962, quando se comemoraram os 25 de vila, era considerada a localidade mais populosa da linha de Sintra, devido às migrações rurais, ao desenvolvimento industrial e à proximidade de Lisboa[9].

Aqueduto das Águas Livres, Amadora, Damaia

município da Amadora viria a ser criado em 11 de setembro de 1979, por secessão da freguesia da Amadora, no nordeste do concelho de Oeiras. Dias depois, a 17 de setembro de 1979, a vila da Amadora é elevada a cidade, e a freguesia homónima é dividida em oito freguesias: AlfragideBrandoaBuracaDamaiaFalagueira-Venda NovaMinaReboleira e Venteira. Na ocasião agregou a si partes das freguesias de Queluz e de Belas, pertencentes ao concelho de Sintra, e tendo cedido a localidade de Presa que passou a fazer parte da freguesia de Odivelas, atual concelho de Odivelas.

Em 1997, foram criadas as freguesias de Alfornelos (parte da freguesia de Brandoa), FalagueiraVenda Nova (divisão da freguesia de Falagueira-Venda Nova) e São Brás (parte da freguesia de Mina), sendo esta a divisão municipal até 2013, ano em que estas freguesias foram extintas (as alterações podem ser consultadas nos respectivos verbetes).

Entre os seus símbolos contam-se o Aqueduto das Águas Livres, bem como os campos de aviação que tiveram tanta importância na emergência da aviação em Portugal, sendo que ainda hoje o Estado-Maior da Força Aérea Portuguesa se situa no concelho, na freguesia de Alfragide. Ambos figuram nas armas da cidade.

À semelhança dos restantes concelhos da Área Metropolitana de Lisboa, a Amadora possuía muitos bairros de lata, habitados maioritariamente por população imigrante de Cabo Verde. Graças ao Programa Especial de Realojamento, até 2007 foram extintos no concelho da Amadora 15 bairros deste tipo, entre os quais os bairros da Ribeira da Falagueira, da Azinhaga dos Besouros e das Fontainhas. Os moradores foram realojados em quatro grandes bairros de habitação social: Bairro do Zambujal, Casal da Boba, Casal da Mira e Casal do Silva. Atualmente ainda persistem bairros de construção informal, como a Cova da Moura[10].

Demografia[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes[11]
1981199120012011
163 878181 774175 872175 136

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)

Número de habitantes por Grupo Etário[12]
1981199120012011
0-14 Anos42 84035 01826 23025 903
15-24 Anos23 54229 37625 19119 476
25-64 Anos87 549101 53999 84097 015
= ou > 65 Anos9 94715 84124 61132 742

Património[editar | editar código-fonte]

Política[editar | editar código-fonte]

O município da Amadora é administrado por uma câmara municipal (o órgão executivo do município) composta por um presidente e 10 vereadores, e por uma assembleia municipal (o órgão deliberativo do município), constituída por 39 deputados municipais (dos quais 33 eleitos diretamente).

O cargo de presidente da Câmara Municipal é atualmente ocupado por Carla Tavares, reeleita nas eleições autárquicas de 2017 pelo Partido Socialista, tendo maioria absoluta de vereadores na câmara (7). Existem ainda dois vereadores eleitos pela coligação Amadora Mais (PPD/PSD.CDS-PP), um pela CDU e um pelo Bloco de Esquerda (BE). Na Assembleia Municipal, o partido mais representado é novamente o PS, com 17 deputados eleitos e 6 presidentes de Juntas de Freguesia (maioria absoluta), seguindo-se a coligação Amadora Mais (7; 0), a CDU (4; 0), o Bloco de Esquerda (3; 0), o Pessoas–Animais–Natureza (PAN) (1; 0) e o MIPA - Movimento Independente Pela Amadora (1; 0). O Presidente da Assembleia Municipal é António Ramos Preto, do PS.

Eleições de 2017
ÓrgãoPSAmadora Mais (PPD/PSD.CDS-PP)PCP-PEVBEPANMIPA
Câmara Municipal721100
Assembleia Municipal2374311
dos quais: eleitos directamente1774311

Eleições autárquicas[editar | editar código-fonte]

Data%V%V%V%V%V%V%V
APU/CDUADPSCDS-PPPPD/PSDPSD-CDSB.E.
197937,61432,50425,013ADAD
198241,04526,93327,893
198547,65637,15410,621
198938,53527,1233,49-25,923
199336,96431,0144,25-22,443
199728,82433,7943,24-26,743
200121,33245,516PPD/PSDCDS-PP24,6731,88-
200519,16242,72622,5436,91-
200916,05246,51622,8735,91-
201319,15245,45718,0425,40-
201712,22147,97718,0926,941

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Data%
APU/CDUADPSUDPPSDCDSFRSPRDPSNB.E.PANPàF
197933,2531,7726,363,56ADAD
198030,0433,21FRS2,1429,87
198332,3937,061,5417,727,76
198525,3819,501,8320,875,6723,51
198721,1221,801,7340,692,498,05
199115,9531,5840,402,920,642,76
199515,5046,380,6924,858,000,14
199915,7844,1123,907,030,144,80
200211,4341,1030,767,904,77
200512,0946,7620,455,879,37
200911,7438,9320,8910,2511,43
201111,2031,5929,7212,185,951,38
201511,2337,49PàFPàF11,541,9728,41

Transportes e mobilidade[editar | editar código-fonte]

O município da Amadora é servido por diferentes modos de transporte, integrando a primeira coroa envolvente à cidade de Lisboa. Deste modo, é servido por diferentes tipologias de transporte ferroviário, contando com três interfaces da rede do Metropolitano de Lisboa e três interfaces ferroviários da rede de comboios urbanos de Lisboa da CP. No tocante ao transporte rodoviário, o seu território é servido por três operadores, sendo o principal deles a Vimeca/Lisboa Transportes, que assegura ligações intraconcelhias e aos concelhos de Sintra e Oeiras. A este operador juntam-se a Carris e a Rodoviária de Lisboa, que asseguram as ligações aos concelhos de LisboaOdivelas e Loures. Em termos de infraestruturas, as principais artérias rodoviárias consistem na A9A16A36 e A37; as infraestruturas ferroviárias que atravessam o concelho consistem na Linha Azul do Metropolitano de Lisboa e na Linha de Sintra.

Dos 101 254 habitantes que realizam deslocações pendulares, a maioria das deslocações intraconcelhias (41,8%) servem-se do automóvel, seguindo-se as deslocações a pé (36,9%) e de autocarro (15,2%). Nas deslocações interconcelhias, volta a ganhar protagonismo o automóvel (44,1%), seguido do autocarro (25,9%) e comboio (25,1%). A taxa de motorização na Amadora situa-se nos 498 veículos por habitante, e a maioria das deslocações pendulares demora até 15 minutos (36,8%).[13]

Economia[editar | editar código-fonte]

Apesar de ser uma cidade essencialmente residencial, a Amadora apresenta parques comerciais, indústrias e sedes de empresas relevantes e importantes a nível nacional. Como parques comerciais, tem o IKEA, Decathlon, Continente e o Dolce Vita Tejo (um dos maiores centros comerciais da Europa). A Amadora tem também as sedes de algumas empresas internacionais a operarem em Portugal como a Siemens e a Roche. Tem também a fábrica dos rebuçados Dr. Bayard na freguesia da Venteira.

Desporto[editar | editar código-fonte]

A Amadora tem várias forças desportivas de âmbito local, regional e até nacional. Entre as mais importantes contam-se o Estrela da Amadora, a Associação Académica da Amadora e o Clube Natação da Amadora.

Emblemas dos Clubes da Amadora, Estação da Reboleira

Educação[editar | editar código-fonte]

Na Amadora encontra-se a Escola Superior de Teatro e Cinema com várias Licenciaturas, Mestrados, Pós-Graduações e possibilidade de Doutoramentos. Possui ainda um dos campus da Academia Militar, onde se situa parte significativa do corpo de alunos, nomeadamente os alunos internos, os serviços académicos, e parte proporcional dos serviços de apoio e administração.

A Amadora tem as seguintes escolas do ensino básico e secundário:

  • Escola EB 1 Artur Bual
  • Escola Secundária da Amadora
  • Escola Secundária Mães d'Água
  • Escola EB 2/3 José Cardoso Pires
  • Escola Secundária Seomara da Costa Primo
  • Escola D. Francisco Manuel de Melo
  • Escola EB 1/JI da Venteira
  • Escola Secundária D. João V
  • Escola Secundária Dr. Azevedo Neves
  • Escola Secundária Fernando Namora
  • Escola EB 2/3 Roque Gameiro
  • Escola EB 2/3 de Alfornelos
  • Escola EB 2/3 Miguel Torga
  • Escola EB 2/3 Sophia de Mello Breyner
  • Escola EB 2/3 Professor Pedro d'Orey da Cunha

Cidades geminadas[editar | editar código-fonte]

[14]

Cidadãos ilustres[editar | editar código-fonte]


Referências

  1.  «INE Censos 2011». Consultado em 3 de Fevereiro de 2011
  2. ↑ Ir para:a b c d e f g «Amadora Também Tem História»Os Horizontes da Memória. Temporada IX. Episódio 23. RTP2
  3. ↑ Ir para:a b «Da Pré-História à Idade Média»www.cm-amadora.pt. Consultado em 12 de novembro de 2018
  4.  Relatório do Plano Director Municipal (PDF). Amadora: Câmara Municipal da Amadora. 1994
  5. ↑ Ir para:a b Ramos Pereira, Ana (2003). «1. O relevo da Área Metropolitana de Lisboa e área submersa adjacente». Atlas da Área Metropolitana de Lisboa (PDF). III. Geografia Física e Ambiente. Lisboa: Área Metropolitana de Lisboa
  6. ↑ Ir para:a b c d e f g h i Lopes Crucho, Emanuel Augusto (2013). Caracterização física do concelho da Amadora e susceptibilidade às inundações (PDF). [S.l.]: Instituto de Geografia e Ordenamento do Território. Universidade de Lisboa
  7. ↑ Ir para:a b c d «Grutas artificiais do Tojal de Vila Chã ou Carenque»www.patrimoniocultural.gov.pt. Direção Geral do Património Cultural. Consultado em 12 de novembro de 2018
  8.  «Fachada da Casa do Infantado/Palácio da Porcalhota»www.patrimoniocultural.gov.pt. Direção Geral do Património Cultural. Consultado em 12 de novembro de 2018
  9.  MIRANDA, Maria Madalena Túbal - Diário de turma [Em linha]. Lisboa: ISCTE, 2009. Tese de mestrado. [Consult. Dia Mês Ano] Disponível em www:<http://hdl.handle.net/10071/1690>.
  10.  Sampaio, Catarina (2014). Habitar o 6 de Maio : as casas, os homens, o bairro, Tese de Mestrado em Antropologia Social e Cultural, apresentada à Universidade de Lisboa, através do Instituto de Ciências Sociais.
  11.  Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  12.  INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros
  13.  Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável da Área Metropolitana de Lisboa (PDF). Volume I - Relatório. Lisboa: Área Metropolitana de Lisboa. 2016. pp. 35–36
  14.  http://www.anmp.pt/anmp/pro/mun1/gem101l0.php?cod_ent=M2700

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Amadora

DIA NACIONAL DO BOMBEIRO PROFISSIONAL - 11 DE SETEMBRO DE 2020

 

Bombeiro

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Bombeiro
US Navy 080730-N-5277R-003 A Commander, Naval Forces Japan firefighter douses a fire on a dummy aircraft during the annual off-station mishap drill at Naval Support Facility Kamiseya.jpg

Um bombeiro comandante das Forças Navais do Japão apagando um incêndio durante um treinamento
TipoProfissão ou voluntário
Setor de atividadeCombate a incêndiosresgateproteção contra incêndioproteção civilserviço públicosalvação pública
Empregos relacionadasResgatador, técnico de emergência médica
Códigos
CITP
IDEO (França)
ROME (França)

Bombeiros são entidades da Proteção Civil cujos membros são treinados para atuarem em caso de incêndios (florestais ou urbanos/industriais), para resgatar pessoas de acidentes de trânsito, desmoronamentos de edifícios, desastres naturais, salvamento em grande ângulo. Alguns possuem equipamentos de matérias perigosas e fornecem serviços de emergência médica e pré-hospitalar. O serviço de combate a incêndios e serviços de resgate é conhecido em alguns países como "brigada de incêndio". Os bombeiros tornaram-se presentes desde as áreas florestais para as áreas urbanas e a bordo de navios.

Em Portugal, o serviço de bombeiro pode ser voluntário ou profissional (sapadores).

Áreas de atuação[editar | editar código-fonte]

Apesar de terem sido inicialmente constituídos com a função de combate a incêndios, as funções dos bombeiros alargaram-se para quase todas as áreas da proteção civil.[1] Conforme o país e o corpo de bombeiros, as várias áreas de intervenção dos bombeiros são:

  • Combate a incêndios florestais;
  • Combate a incêndios urbanos;
  • Combate a incêndios industriais;
  • Combate a incêndio em aeródromos (SESCINC);
  • Resgate em grande ângulo;
  • Emergência médica pré-hospitalar;
  • Salvamento aquático ou afogamentos;
  • Desencarceramento em acidentes rodoviários e ferroviários;
  • Intervenção em incidentes eléctricos;
  • Intervenção em incidentes hidráulicos;
  • Intervenção em incidentes com matérias perigosas;
  • Intervenção em incidentes com redes de gás;
  • Corte de árvores em risco iminente de queda;
  • Captura de animais correndo ou oferecendo risco;
  • Resgate de corpos ou bens submersos;
  • Prevenção contra incêndio e pânico.

Ocupação[editar | editar código-fonte]

A atividade de Bombeiro pode ser exercida de quatro formas diferentes conforme a remuneração do bombeiro e a entidade que o remunera[2]:

  • Bombeiros Militares: São bombeiros profissionais, remunerados, ligados a uma instituição militar;
  • Bombeiros de Aeródromos (BA); São bombeiros remunerados ligados a instituições públicas, militar ou empresas privadas, sem contudo serem subordinados às normas militares;
  • Bombeiros Civis Profissionais: São bombeiros remunerados ligados a instituições públicas ou particulares, sem contudo serem subordinados às normas militares;
  • Bombeiro voluntário: são bombeiros que, embora treinados, não são remunerados pelo exercício de suas atividades

Sinalizadores de Emergência[editar | editar código-fonte]

O manuseio conveniente e preciso de alarmes ou chamadas de incêndio é um fator significativo no êxito de qualquer incidente. As comunicações do corpo de bombeiros desempenham um papel crítico nesse resultado bem-sucedido. As comunicações do corpo de bombeiros incluem os métodos pelos quais o público pode notificar o centro de comunicações de uma emergência, os métodos pelos quais o centro pode notificar as forças adequadas de combate a incêndio e os métodos pelos quais as informações são trocadas no local.

Quando as primeiras corporações de bombeiros foram instaladas no Brasil, por volta de 1856, os primeiros equipamentos utilizados pela população para avisar que havia um incêndio eram os Sinos das Igrejas. Em 1896, os Sinos das Igrejas foram substituídos pela Caixa Avisadora de Incêndio, que eram acopladas pelos Bombeiros nas calçadas, em locais estrategicamente localizados.[3] Quando havia um incêndio, o cidadão apertava o único botão que havia na caixa, e esta enviava uma mensagem de telégrafo aos bombeiros. Este equipamento foi utilizado até 1955, quando deu lugar ao telefone de emergência 193, que é o modelo utilizado pela população até os dias atuais.

Precedido por
1856-1896
Sinos das Igrejas
Equipamentos Sinalizadores de Incêndio
1896-1955
Caixa Avisadora de Incêndio
Sucedido por
1955-atualmente
Telefone de emergência 193

Equipamentos[editar | editar código-fonte]

Veículo Tanque Táctico Urbano dos Bombeiros Municipais de Santarém, em Portugal
Ver artigo principal: Carro de bombeiro
Veículos de socorro e luta contra incêndios
  • Veículos de combate a incêndios (ligeiros VLCI), (urbanos VUCI), (rurais VRCI), (florestais VFCI) e (especiais VECI);
  • Veículos tanque tácticos (urbanos VTTU), (rurais VTTR) e (florestais VTTF);
  • Veículos tanque de grande capacidade (VTGC);
  • Veículos com equipamento técnico de apoio (VETA);
  • Veículos de apoio alimentar (VAPA);
  • Veículos de apoio a mergulhadores (VAME);
  • Veículos com escada giratória (VE-X sendo x número de metros da escada);
  • Veículos com plataforma giratória (VP-X);
  • Veículos de socorro e assistência (tácticos e especiais VSAT;VSAE);
  • Veículos de proteção multirriscos (tácticos e especiais VPMT;VPME;);
  • Veículos de comando táctico (VCOT);
  • Veículos de comando e comunicações (VCOC);
  • Veículos de gestão estratégica e operações (VGEO);
  • Veículos de transporte de pessoal (táctico e geral VTPT;VTPG);
  • Veículos para operações específicas (VOPE).
Veículos de socorro e assistência a doentes
  • Veículo Dedicado ao Transporte de Doentes(VDTD)
  • Ambulâncias de transporte múltiplo(ABTM);
  • Ambulâncias de socorro (ABSC);
  • Ambulâncias de cuidados intensivos (ABCI);
  • Veículos de socorro e assistência médica (VSAM).
Veículos de intervenção aquática
  • Botes de reconhecimento e transporte (pneumáticos e semi-rígidos);
  • Botes de socorro e resgate (pneumáticos e semi-rígidos);
  • Lanchas de transporte geral;
  • Motos de reconhecimento e salvamento aquático.
Meios aéreos
  • Helicópteros de avaliação e coordenação;
  • Helicópteros bombardeiros (ligeiros, médios e pesados);
  • Aviões de reconhecimento e coordenação;
  • Aerotanques (ligeiros, médios e pesados).
  • Jatos privados de guerra

Galeria de fotos com dinâmica do corpo de bombeiros em efetivo serviço[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1.  «Bombeiro Civil - Terceirização de Serviços | BETALIMP»www.betalimp.com.br. Consultado em 28 de maio de 2020
  2.  «OS CORPOS DE BOMBEIROS MILITARES EMANCIPADOS DAS POLÍCIAS MILITARES: PROSPECÇÃO E ANÁLISE DOS PARÂMETROS NORTEADORES DO SEU "DESENHO" ORGANIZACIONAL» (PDF). Consultado em 28 de maio de 2020
  3.  memoria.bn.br/ Jornal "O Paíz" de 9 de setembro de 1934 (pág 10) - Casos de Polícia

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Bombeiro

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