quinta-feira, 27 de agosto de 2020

FURACÃO "IRENE" - (AGOSTO DE 2011) - 27 DE AGOSTO DE 2020

 


Furacão Irene

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Furacão Irene
Categoria 3 (EFSS)
Furacão Irene em intensidade máxima no sul das Bahamas em 24 de agosto
Formação21 de agosto de 2011
Dissipação30 de agosto de 2011
Vento mais forte (1 min)105 nós (194 km/h, 121 mph)
Pressão mais baixa942 hPa (mbar) ou 707 mmHg
Danos$14,2 bilhões de dólares
Fatalidades49
Áreas afetadasMédio Atlântico, Costa Leste dos EUA, Canadá
Parte da
Temporada de furacões no oceano Atlântico de 2011

Furacão Irene foi um furacão atlântico de categoria 3 (Escala de furacões de Saffir-Simpson) que provocou diversos danos a nações caribenhas antes de sua chegada em terra na Carolina do Norte e Sul. Rumou para o norte, atingindo diversos estados da costa oriental: VirgíniaNova JerseyNova YorkMassachusettsVermont e outros, além do Canadá.[1]

Rota do furacão[editar | editar código-fonte]

O Irene atingiu HaitiRepública Dominicana e em Porto Rico, deixando quatro vítimas. Em 25 de agosto, chegou às Bahamas com categoria três. Ao meio-dia do dia 27, o furacão chegou aos estados americanos da Carolina do Norte e Carolina do Sul. Depois rumou para o estado da Virgínia.

O presidente americano Barack Obama e o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, ordenaram evacuação imediata da cidade de Nova York e de Nova Jersey. Mais de 370 mil pessoas deixaram suas casas. Os aeroportos e o transporte da cidade foram fechados. Mais de 12 mil voos foram cancelados na Costa Leste dos EUA.

O Irene atingiu Nova Jersey. Em Fairfield, cerca de 20 casas perto do rio Passaic ficaram cobertas por até 1,5 metros de água. Vários moradores saíram de lá com água pelo peito ou por meio de botes.

Na manhã de 28 de agosto, o Irene chegou a Nova York com ventos de 104 km/h, alagando algumas ruas da Baixa Manhattan e derrubando a energia elétrica. O olho do furacão tocou a terra, próximo a Coney Island. Havia cerca de 30 centímetros de água na região. Os fortes ventos e chuvas forçaram o fechamento de três pontes que levam à península de Rockaways. Seis pessoas morreram na cidade. Apesar disso, Nova York escapou quase ilesa da tempestade.

Após a passagem pela cidade, o Irene, que foi rebaixado a tempestade tropical, rumou para Massachusetts a uma velocidade de 40 km/h. Atingiu o estado de Vermont, provocando inundações históricas, sendo a pior das últimas décadas. Logo depois, na madrugada de 29 de agosto, chegou à área de Quebec, no Canadá. Em Montreal, as chuvas foram intensas e os ventos chegaram a 65 km/h. Logo depois, a tempestade se dissipou.

Consequências[editar | editar código-fonte]

Na Flórida, um surfista morreu após ser derrubado de sua prancha em New Smyrna Beach. Na Carolina do Sul, duas pessoas morreram, uma após sofrer um acidente de carro por conta do mau tempo e outra em consequência de ataque cardíaco enquanto pregava tábuas para proteger sua casa da tempestade. No Condado de Nash, outra pessoa morreu quando um galho de uma árvore o atingiu. Na Virgínia, as autoridades confirmaram a morte de duas pessoas. Muitas outras mortes foram confirmadas.

Mortes por país
PaísMortosDesaparecidos
Porto Rico1[2]0
República Dominicana5[3]0
Haiti30
Estados Unidos40[4]8
Canadá01[5]
Total499

Cerca de 5,5 milhões de pessoas ficaram sem eletricidade em vários estados da Costa Leste. Em Nova York, por volta de 80 mil consumidores ficaram sem energia elétrica.

Barack Obama disse: “Vai demorar para que nos recuperemos de uma tempestade dessa magnitude”. “Os efeitos ainda estão sendo sentidos em grande parte do país, inclusive na Nova Inglaterra e em Estados como Vermont, onde houve enormes inundações. Vou assegurar que a Fema (Agência Federação de Gerenciamento de Emergências) e outras agências façam de tudo ao seu alcance para ajudar as pessoas no terreno.”

Obama ainda lembrou que, sem a evacuação em Nova York, teria sido pior, pois, quando o Furacão Katrina atingiu os Estados Unidos, o ex-presidente George W. Bush foi muito criticado pela demora ao socorro às vítimas. A pré-candidata na eleição presidencial de 2012, Michelle Bachmann, fez uma piada de gosto duvidoso. Disse que o terremoto e o furacão que atingiram a Costa Leste na mesma semana eram a maneira que Deus tinha encontrado para alertar os políticos de que é preciso cortar gastos e conter o aumento da dívida dos Estados Unidos. “Eu não sei o que Deus precisa fazer para chamar a atenção dos políticos”, disse Michelle. Ela tentou se desculpar posteriormente, mas não escapou dos ataques da imprensa americana.

As estimativas de danos nos Estados Unidos foram estimadas em cerca de 13,5 bilhões de dólares, tornando Irene um dos furacões mais caros já registrados no país. Além disso, as perdas monetárias no Caribe e no Canadá foram de 830 milhões de dólares e 130 milhões de dólares, respectivamente, totalizando um prejuízo de 14,2 bilhões de dólares. Devido ao impacto causado, o nome Irene foi aposentado.[6] Foi substituído por Irma na temporada de furacões no Atlântico de 2017.

Referências

  1.  Terra, Brasil (26 de agosto de 2011). «Nova York:250 mil pessoas foram evacuadas por furacão Irene». Terra. Consultado em 26 de agosto de 2011
  2.  Bloomberg (29 de agosto de 2011). «Irene: Deaths, Flooding, Power Losses State-by-State». Consultado em 30 de agosto de 2011
  3.  Avila, Lixion A (14 de dezembro de 2011). «Tropical Cyclone Report: Hurricane Irene: August 21 – 28, 2011» (PDF). National Hurricane Center
  4.  Avila, Lixion A (14 de dezembro de 2011). «Tropical Cyclone Report: Hurricane Irene: August 21 – 28, 2011» (PDF). National Hurricane Center
  5.  «Wayback Machine» (PDF)web.archive.org. 5 de novembro de 2012. Consultado em 3 de novembro de 2019
  6.  «Tropical Cyclone Naming History and Retired Names»www.nhc.noaa.gov. Consultado em 3 de novembro de 2019

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Furacão Irene

PRIMEIRO VOO DO HEINKEL HE 178 (27-8-1939) - 27 DE AGOSTO DE 2020

 

Heinkel He 178

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Heinkel He 178
Caça
He 178 V2
Descrição
Tipo / MissãoAeronave experimental/marco da tecnologia aeronáutica, com motor turbojatomonomotor monoplano
País de origem Alemanha
FabricanteHeinkel
Primeiro voo em27 de agosto de 1939 (81 anos)
Tripulação1
Especificações
Dimensões
Comprimento7,48 m (24,5 ft)
Envergadura7,20 m (23,6 ft)
Altura2,10 m (6,89 ft)
Área das asas9,1  (98,0 ft²)
Alongamento5.7
Peso(s)
Peso vazio1 620 kg (3 570 lb)
Peso máx. de decolagem1 998 kg (4 400 lb)
Propulsão
Motor(es)1 x motor turbojato HeS 3
Força de empuxo (por motor)449 kgf (4 400 N)
Performance
Velocidade máxima598 km/h (323 kn)
Alcance (MTOW)200 km (124 mi)

Heinkel He 178 — foi o primeiro avião turbojato a voar. Foi uma iniciativa privada da empresa alemã Heinkel. Voou pela primeira vez em 27 de agosto de 1939 pilotado por Erich Warsitz. Voo relizado 21 meses antes [1] do caça britânico Gloster E.28/39.[2]

Desenvolvimento[editar | editar código-fonte]

Vista posterior do
Heinkel He 178.
Três ângulos.
Réplica do He 178 no Rostock-Laage Airport de Rostock na Alemanha.

Em 1936, o jovem engenheiro Hans von Ohain havia obtido uma patente para usar a exaustão de uma turbina à gás como meio de propulsão. Ele mostrou sua ideia a Ernst Heinkel, que concordou em desenvolver o conceito. Von Ohain demonstrou seu primeiro motor em 1937. O He 178 foi desenhado sobre o terceiro projeto de motor de von Ohain, movido a diesel. O resultado foi uma aeronave pequena de construção e configuração convencional, com uma fuselagem metálica asas altas de madeira. A entrada de ar do motor era no nariz do avião e o trem de pouso convencional. O trem de pouso era retrátil, mas por razões de segurança, foi mantido travado para o primeiro voo.

O avião foi um grande sucesso, apesar de somente um protótipo era mais rápido que a aeronave mais rápida com motor à pistão existente, atingindo uma velocidade máxima de 650 km/h e velocidade de cruzeiro de 585 km/h. A velocidade projetada para as aeronaves de produção era de 700 km/h, uma velocidade não atingida em combate até 1944.

Os testes de taxiamento se iniciaram no dia 24 de agosto de 1939, então o grande dia chegou para Heinkel, Von Ohain e Warsitz: 27 de agosto de 1939,[1] ainda antes do alvorecer, o He 178 se preparava para decolar. O He 178 alça voo por sua própria força, se distancia, retorna e pousa, tudo de acordo com o programado. O Voo teve duração de seis minutos e se realizou a uma altitude de aproximadamente dois mil metros. Tudo correu bem, mas isso não impediu Heinkel de ter um pequeno desapontamento ainda neste dia. Logo em seguida à aterrissagem, (04:30 horas) Heinkel telefonou a Ernst Udet. O episódio aqui é narrado por Heinkel em sua autobiografia "Stürmische Leben" (Uma vida Tempestuosa):

Em 1 de novembro de 1939, Heinkel organizou uma demonstração do jato para o Ministério da Aeronáutica alemão Reichsluftfahrtministerium, onde tanto Ernst Udet e Erhard Milch testemunharam a performance da aeronave.

Entretanto devido à posição conservadora de ambos em relação ao projeto de aeronaves, não houve nenhum interesse oficial no projeto.[1]

Apesar disso Heinkel não se deteve e decidiu desenvolver um jato bimotor, o Heinkel He 280 [4][5][6] privadamente com o que tinha aprendido no desenvolvimento do He 178.

O He 178 foi enviado ao Deutsches Technikmuseum em Berlin, onde foi destruído em um ataque aéreo em 1943.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Aeronave de comparável missão, configuração e era

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c «Heinkel He 178». Luftwaffe39-45. Consultado em 3 de julho de 2020
  2.  «Gloster G-40 (E.28/39)». Aviastar (em inglês). Consultado em 3 de julho de 2020
  3.  «Neste dia na História da Aviação: o primeiro voo a jato». Aero. 27 de agosto de 2016. Consultado em 3 de julho de 2020
  4.  (em alemão)Luftarchiv
  5.  (em português)Luftwaffe39-45
  6.  (em português)Deadlybirds Arquivado em 27 de setembro de 2011, no Wayback Machine.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
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