domingo, 5 de julho de 2020

JUNO (SONDA ESPACIAL) - LANÇADA EM 2011 E CHEGADA A JÚPITER EM 2016 - 5 DE JULHO DE 2020

JUNO - PIA13746.jpg


Juno (sonda espacial)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Disambig grey.svg Nota: Para outros significados de Juno, veja Juno (desambiguação).
Juno
JUNO - PIA13746.jpg
Representação artística da Juno em Júpiter.
Descrição
Duração da missão6 anos
Propriedades
Massa3.625 Kg
Missão
DestinoJúpiter
Fim da missãofevereiro de 2018 (previsão)

Juno é uma sonda espacial da NASA atualmente orbitando o planeta Júpiter. Foi lançada do Cabo Canaveral, na Flórida, em 5 de agosto de 2011, sobre um foguete Atlas V, e entrou em uma órbita polar ao redor do planeta em 5 de julho de 2016.[1][2][3] Esta é a primeira vez que Júpiter será visto abaixo da cobertura densa de nuvens. Por isso o nome Juno, uma homenagem à deusa romana que era esposa de Júpiter.[4] No dia 30 de abril de 2016, deu-se a ela o retroacrônimo de "JUpiter Near-polar Orbiter", que foi incluso na lista de acrônimos da NASA.[5] Seu objetivo primário será investigar a origem e evolução de Júpiter, e, por extensão, do Sistema Solar. Para isso, possui nove instrumentos científicos, que vão estudar a composição do planeta, sua distribuição de massa, atmosfera, campos gravitacionais e magnéticos e as regiões polares da magnetosfera jupiteriana.[3]

A Juno é a segunda missão do Programa New Frontiers da NASA a ser lançada, tendo sido precedido pela sonda New Horizons,[6] e a segunda sonda a orbitar Júpiter, seguindo a Galileo que orbitou o planeta entre 1995 e 2003. A nave irá orbitar o planeta por um período de 20 meses, realizando 37 voltas completas e desenvolvendo diversos estudos e medições.[6] Após o fim deste período, a sonda mergulhará na atmosfera do planeta até ser completamente destruída pela pressão dos gases ali existentes.

Juno tem 3,5 metros de altura e 3,5 metros de diâmetro e, ao contrário da maioria das missões com destino ao Sistema Solar exterior, que utilizam geradores termoelétricos de radioisótopos como fonte de energia, a sonda Juno é movida a energia solar através de três painéis solares, os maiores já utilizados em uma sonda planetária.[7]

A Juno foi a primeira missão que levou uma nave movida a energia solar comandada a partir da Terra, além de orbitar de polo a polo de um planeta. Em janeiro de 2016, Juno se tornou a nave espacial movida a energia solar que chegou mais longe.[4] Ela passou a marca de 791 milhões de quilômetros, antes feita pela sonda Rosetta, da Agência Espacial Europeia, em outubro de 2012. Outras sondas foram mais longe, mas eram alimentadas por geradores nucleares.[4] Além disso, ela detém outro recorde: conforme o Guinness World Records, ela é o objeto mais rápido já criado pelo ser humano. Ao se aproximar do planeta, era previsto que a gravidade começasse a puxar Juno cada vez mais rápido até a espaçonave atingir uma velocidade de mais de 250 000 km/h, quebrando um recorde de 40 anos.[4]

Objetivos da missão[editar | editar código-fonte]

Lançamento do foguete Atlas V contendo a sonda Juno em 5 de agosto de 2011.

Os principais objetivos da missão Juno são:

  • Determinar a quantidade de água existente na atmosfera de Júpiter, que ajudará a perceber se as teorias de formação do planeta estão corretas, ou se novas teorias serão necessárias;
  • Ver o interior da atmosfera de Júpiter e medir sua composição, temperatura, movimento das nuvens e outras propriedades;
  • Mapear os campos magnéticos e de gravidade, revelando a estrutura do interior do planeta.
  • Explorar e estudar a magnetosfera próxima dos polos de Júpiter, especialmente as auroras – adquirindo novos conhecimentos sobre como a enorme força do campo magnético afeta a sua atmosfera;[8]

Abordagem da órbita de Júpiter[editar | editar código-fonte]

Ficheiro:Juno spacecraft trajectory animation.webm
Animação da trajetória da nave espacial

Em 4 de julho, a sonda chegou com segurança em Júpiter. Durante a sua abordagem, Juno esteve a 76 000 quilômetros do topo das nuvens de Júpiter, aproximadamente, cerca de um quinto da distância entre a Terra e nossa lua. As 23:05, a sonda completou um disparo de 35 minutos do seu motor principal. Isso ajudou Juno a diminuir a velocidade para cerca de 209 000 quilómetros por hora[9].

Durante inserção em órbita, todos os instrumentos científicos de Juno foram desligados enquanto a nave fez o seu primeiro mergulho através dos cinturões de alta radiação que circundam o planeta. A diminuição da velocidade permitiu que a sonda a fosse capturada pela gravidade de Júpiter e entrar em órbita ao redor do planeta.[10]

Cronograma[editar | editar código-fonte]

Data (UTC)Evento
Agosto de 2011Lançamento
Agosto de 2012Correções de trajetória[11]
Setembro de 2012
Outubro 2013Sobrevoo da Terra para aumentar a velocidade (de 78 000 a 93 000 mph (130 000 a 150 000 km/h))[12]
Galeria
5 de julho de 2016, 02:50Chegada a Júpiter e inserção da órbita polar (1ª órbita)[2][13]
27 de agosto de 2016, 13:44Perijove 1[14]
Galeria
19 de outubro de 2016Perijove 2: Manobra de Redução de Período Planejado, mas o motor principal não funcionou como esperado[15]
11 de dezembro de 2016, 17:04Perijove 3 - O sul de Júpiter está a 37 mil quilômetros de distância. [16][17]
2 de fevereiro de 2017Perijove 4 - Juno mergulha ao longo do topo das nuvens de Júpiter com o motor principal ainda offline. [18]
1 de setembro de 2017Falha esperada da JunoCam
2018–2019Disposição da nave espacial na forma de entrada em órbita controlada para encontro a Júpiter[19]

Referências

  1.  Dunn, Marcia. «NASA probe blasts off for Jupiter after launch-pad snags». MSN
  2. ↑ Ir para:a b Chang, Kenneth (5 de julho de 2016). «NASA's Juno Spacecraft Enters Jupiter's Orbit»New York Times. Consultado em 5 de julho de 2016 Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "NYT-20160705" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  3. ↑ Ir para:a b Beutel, Allard (5 de julho de 2016). «NASA's Juno Spacecraft in Orbit Around Mighty Jupiter»NASA. Consultado em 5 de julho de 2016
  4. ↑ Ir para:a b c d g1.globo.com/ Sonda Juno é objeto mais rápido criado pelo homem, diz Guinness
  5.  «Mission Acronyms & Definitions» (PDF)NASA. Consultado em 30 de abril de 2016
  6. ↑ Ir para:a b «Juno Overview»NASA. 13 de março de 2015. Consultado em 20 de junho de 2016
  7.  «NASA – Juno's Solar Cells Ready to Light Up Jupiter Mission»www.nasa.gov. Consultado em 4 de outubro de 2015
  8.  «Juno Overview»NASA. 13 de março de 2015. Consultado em 20 de junho de 2016
  9.  Success! The Juno spacecraft is now orbiting Jupiter After a five-year journey, the Juno probe has begun to orbit the giant planet por CHRISTOPHER CROCKETT, publicado pela "Society for Science" (2016)
  10.  Juno snaps its first pic of Jupiter por CHRISTOPHER CROCKETT publicado por "science News" (2016)
  11.  «Juno's Two Deep Space Maneuvers are 'Back-To-Back Home Runs'». NASA. 17 de setembro de 2012. Consultado em 12 de outubro de 2015
  12.  «Juno Earth Flyby - 9 de outubro de 2013». NASA. Consultado em 4 de julho de 2016
  13.  Greicius, Tony (21 de setembro de 2015). «Juno – Mission Overview»NASA. Consultado em 2 de outubro de 2015
  14.  Agle, D. C.; Brown, Dwayne; Cantillo, Laurie (27 de agosto de 2016). «NASA's Juno Successfully Completes Jupiter Flyby». NASA. Consultado em 1 de outubro de 2016
  15.  «Mission Prepares for Next Jupiter Pass»Mission Juno. Southwest Research Institute. 14 de outubro de 2016. Consultado em 15 de outubro de 2016
  16.  Agle, D. C.; Brown, Dwayne; Cantillo, Laurie (12 de dezembro de 2016). «NASA Juno Mission Completes Latest Jupiter Flyby». NASA / Jet Propulsion Laboratory. Consultado em 12 de dezembro de 2016
  17.  Thompson, Amy (10 de dezembro de 2016). «NASA's Juno Spacecraft Preps for Third Science Orbit»Inverse. Consultado em 12 de dezembro de 2016
  18.  Juno dives over Jupiter’s cloud tops with main engine still offline. por Stephen Clark em "Astronomy Now" (2017)
  19.  Grush, Loren (7 de novembro de 2016). «Why NASA's Juno mission could last a lot longer than it was supposed to»The Verge. Consultado em 12 de dezembro de 2016

OVELHA DOLLY - PRIMEIRA A SER CLONADA - (1996) - 5 DE JULHO DE 2020


Ovelha Dolly

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Ovelha Dolly
Informações
Embalsamada no Museu Real da Escócia, em Edimburgo

ovelha Dolly (5 de julho de 1996 — 14 de fevereiro de 2003) foi o primeiro mamífero a ser clonado com sucesso a partir de uma célula adulta.

Os cientistas tornaram pública a experiência somente em 22 de fevereiro de 1997, quando Dolly já estava com sete meses de vida.[1]

Dolly foi criada por investigadores do Instituto Roslin, na Escócia, onde viveu toda a sua vida.[2] Os créditos pela clonagem foram dados ao biólogo Ian Wilmut, mas este admitiu, em 2006, que Keith Campbell seria na verdade o maior responsável pela clonagem.[3]

O nome Dolly é uma referência ao nome da atriz e cantora Dolly Parton. Dolly foi clonada a partir das células da glândula mamária de uma ovelha adulta com cerca de seis anos, através de uma técnica conhecida como transferência somática de núcleo.[4]

Apesar das suas origens, Dolly teve uma vida comum de ovelha e deu à luz a seis filhotes, sendo cuidadosamente observada em todas as fases. Em 1999 foi divulgado na revista Nature que Dolly poderia tender a desenvolver formas de envelhecimento precoce, uma vez que os seus telómeros eram mais curtos que os das ovelhas normais. Esta questão iniciou uma acesa disputa na comunidade científica sobre a influência da clonagem nos processos de envelhecimento, que está ainda hoje por resolver.

Em 2002 foi anunciado que Dolly sofria de um tipo de doença pulmonar progressiva, o que foi interpretado por alguns setores como sinal de envelhecimento. Dolly foi abatida em fevereiro de 2003, aos 7 anos, para evitar uma morte dolorosa por infecção pulmonar incurável. O seu corpo empalhado está exposto no Museu Real da Escócia, em EdimburgoEscócia.

Referências

  1.  BBC. «Dolly the sheep is cloned» (em inglês). 22 de fevereiro de 2014
  2.  Kolata, Gina (14 de fevereiro de 2003). «Dolly, the First Cloned Mammal, Is Dead»The New York TimesISSN 0362-4331. Consultado em 24 de fevereiro de 2017
  3.  Cramb, Auslan (8 de março de 2006). «I didn't clone Dolly the sheep, says prof»The Telegraph (em inglês). Consultado em 24 de fevereiro de 2017
  4.  Terra. «Morre a ovelha Dolly, o primeiro animal clonado». Consultado em 22 de maio de 2014
Ícone de esboçoEste artigo sobre Genética é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue