Juno (sonda espacial)
Este artigo ou se(c)ção é sobre uma missão espacial atualmente em curso. |
Juno | |
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Representação artística da Juno em Júpiter. | |
Descrição | |
Duração da missão | 6 anos |
Propriedades | |
Massa | 3.625 Kg |
Missão | |
Destino | Júpiter |
Fim da missão | fevereiro de 2018 (previsão) |
Juno é uma sonda espacial da NASA atualmente orbitando o planeta Júpiter. Foi lançada do Cabo Canaveral, na Flórida, em 5 de agosto de 2011, sobre um foguete Atlas V, e entrou em uma órbita polar ao redor do planeta em 5 de julho de 2016.[1][2][3] Esta é a primeira vez que Júpiter será visto abaixo da cobertura densa de nuvens. Por isso o nome Juno, uma homenagem à deusa romana que era esposa de Júpiter.[4] No dia 30 de abril de 2016, deu-se a ela o retroacrônimo de "JUpiter Near-polar Orbiter", que foi incluso na lista de acrônimos da NASA.[5] Seu objetivo primário será investigar a origem e evolução de Júpiter, e, por extensão, do Sistema Solar. Para isso, possui nove instrumentos científicos, que vão estudar a composição do planeta, sua distribuição de massa, atmosfera, campos gravitacionais e magnéticos e as regiões polares da magnetosfera jupiteriana.[3]
A Juno é a segunda missão do Programa New Frontiers da NASA a ser lançada, tendo sido precedido pela sonda New Horizons,[6] e a segunda sonda a orbitar Júpiter, seguindo a Galileo que orbitou o planeta entre 1995 e 2003. A nave irá orbitar o planeta por um período de 20 meses, realizando 37 voltas completas e desenvolvendo diversos estudos e medições.[6] Após o fim deste período, a sonda mergulhará na atmosfera do planeta até ser completamente destruída pela pressão dos gases ali existentes.
Juno tem 3,5 metros de altura e 3,5 metros de diâmetro e, ao contrário da maioria das missões com destino ao Sistema Solar exterior, que utilizam geradores termoelétricos de radioisótopos como fonte de energia, a sonda Juno é movida a energia solar através de três painéis solares, os maiores já utilizados em uma sonda planetária.[7]
A Juno foi a primeira missão que levou uma nave movida a energia solar comandada a partir da Terra, além de orbitar de polo a polo de um planeta. Em janeiro de 2016, Juno se tornou a nave espacial movida a energia solar que chegou mais longe.[4] Ela passou a marca de 791 milhões de quilômetros, antes feita pela sonda Rosetta, da Agência Espacial Europeia, em outubro de 2012. Outras sondas foram mais longe, mas eram alimentadas por geradores nucleares.[4] Além disso, ela detém outro recorde: conforme o Guinness World Records, ela é o objeto mais rápido já criado pelo ser humano. Ao se aproximar do planeta, era previsto que a gravidade começasse a puxar Juno cada vez mais rápido até a espaçonave atingir uma velocidade de mais de 250 000 km/h, quebrando um recorde de 40 anos.[4]
Objetivos da missão[editar | editar código-fonte]
Os principais objetivos da missão Juno são:
- Determinar a quantidade de água existente na atmosfera de Júpiter, que ajudará a perceber se as teorias de formação do planeta estão corretas, ou se novas teorias serão necessárias;
- Ver o interior da atmosfera de Júpiter e medir sua composição, temperatura, movimento das nuvens e outras propriedades;
- Mapear os campos magnéticos e de gravidade, revelando a estrutura do interior do planeta.
- Explorar e estudar a magnetosfera próxima dos polos de Júpiter, especialmente as auroras – adquirindo novos conhecimentos sobre como a enorme força do campo magnético afeta a sua atmosfera;[8]
Abordagem da órbita de Júpiter[editar | editar código-fonte]
Em 4 de julho, a sonda chegou com segurança em Júpiter. Durante a sua abordagem, Juno esteve a 76 000 quilômetros do topo das nuvens de Júpiter, aproximadamente, cerca de um quinto da distância entre a Terra e nossa lua. As 23:05, a sonda completou um disparo de 35 minutos do seu motor principal. Isso ajudou Juno a diminuir a velocidade para cerca de 209 000 quilómetros por hora[9].
Durante inserção em órbita, todos os instrumentos científicos de Juno foram desligados enquanto a nave fez o seu primeiro mergulho através dos cinturões de alta radiação que circundam o planeta. A diminuição da velocidade permitiu que a sonda a fosse capturada pela gravidade de Júpiter e entrar em órbita ao redor do planeta.[10]
Cronograma[editar | editar código-fonte]
Data (UTC) | Evento |
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Agosto de 2011 | Lançamento |
Agosto de 2012 | Correções de trajetória[11] |
Setembro de 2012 | |
Outubro 2013 | Sobrevoo da Terra para aumentar a velocidade (de 78 000 a 93 000 mph (130 000 a 150 000 km/h))[12] Galeria |
5 de julho de 2016, 02:50 | Chegada a Júpiter e inserção da órbita polar (1ª órbita)[2][13] |
27 de agosto de 2016, 13:44 | Perijove 1[14] Galeria |
19 de outubro de 2016 | Perijove 2: Manobra de Redução de Período Planejado, mas o motor principal não funcionou como esperado[15] |
11 de dezembro de 2016, 17:04 | Perijove 3 - O sul de Júpiter está a 37 mil quilômetros de distância. [16][17] |
2 de fevereiro de 2017 | Perijove 4 - Juno mergulha ao longo do topo das nuvens de Júpiter com o motor principal ainda offline. [18] |
1 de setembro de 2017 | Falha esperada da JunoCam |
2018–2019 | Disposição da nave espacial na forma de entrada em órbita controlada para encontro a Júpiter[19] |
Referências
- ↑ Dunn, Marcia. «NASA probe blasts off for Jupiter after launch-pad snags». MSN
- ↑ ab Chang, Kenneth (5 de julho de 2016). «NASA's Juno Spacecraft Enters Jupiter's Orbit». New York Times. Consultado em 5 de julho de 2016 Erro de citação: Código
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inválido; o nome "NYT-20160705" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes - ↑ ab Beutel, Allard (5 de julho de 2016). «NASA's Juno Spacecraft in Orbit Around Mighty Jupiter». NASA. Consultado em 5 de julho de 2016
- ↑ ab c d g1.globo.com/ Sonda Juno é objeto mais rápido criado pelo homem, diz Guinness
- ↑ «Mission Acronyms & Definitions» (PDF). NASA. Consultado em 30 de abril de 2016
- ↑ ab «Juno Overview». NASA. 13 de março de 2015. Consultado em 20 de junho de 2016
- ↑ «NASA – Juno's Solar Cells Ready to Light Up Jupiter Mission». www.nasa.gov. Consultado em 4 de outubro de 2015
- ↑ «Juno Overview». NASA. 13 de março de 2015. Consultado em 20 de junho de 2016
- ↑ Success! The Juno spacecraft is now orbiting Jupiter After a five-year journey, the Juno probe has begun to orbit the giant planet por CHRISTOPHER CROCKETT, publicado pela "Society for Science" (2016)
- ↑ Juno snaps its first pic of Jupiter por CHRISTOPHER CROCKETT publicado por "science News" (2016)
- ↑ «Juno's Two Deep Space Maneuvers are 'Back-To-Back Home Runs'». NASA. 17 de setembro de 2012. Consultado em 12 de outubro de 2015
- ↑ «Juno Earth Flyby - 9 de outubro de 2013». NASA. Consultado em 4 de julho de 2016
- ↑ Greicius, Tony (21 de setembro de 2015). «Juno – Mission Overview». NASA. Consultado em 2 de outubro de 2015
- ↑ Agle, D. C.; Brown, Dwayne; Cantillo, Laurie (27 de agosto de 2016). «NASA's Juno Successfully Completes Jupiter Flyby». NASA. Consultado em 1 de outubro de 2016
- ↑ «Mission Prepares for Next Jupiter Pass». Mission Juno. Southwest Research Institute. 14 de outubro de 2016. Consultado em 15 de outubro de 2016
- ↑ Agle, D. C.; Brown, Dwayne; Cantillo, Laurie (12 de dezembro de 2016). «NASA Juno Mission Completes Latest Jupiter Flyby». NASA / Jet Propulsion Laboratory. Consultado em 12 de dezembro de 2016
- ↑ Thompson, Amy (10 de dezembro de 2016). «NASA's Juno Spacecraft Preps for Third Science Orbit». Inverse. Consultado em 12 de dezembro de 2016
- ↑ Juno dives over Jupiter’s cloud tops with main engine still offline. por Stephen Clark em "Astronomy Now" (2017)
- ↑ Grush, Loren (7 de novembro de 2016). «Why NASA's Juno mission could last a lot longer than it was supposed to». The Verge. Consultado em 12 de dezembro de 2016
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