quinta-feira, 2 de julho de 2020

SOPHIA DE MELO BREYNER ANDESEN - ESCRITORA - MORREU EM 2004 - 2 DE JULHO DE 2020



Sophia de Mello Breyner Andresen

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Sophia de Mello Breyner Andresen Gold Medal.svg
Nascimento6 de novembro de 1919
Porto
Morte2 de julho de 2004 (84 anos)
Lisboa
Nacionalidadeportuguesa
ProgenitoresMãe: Maria Amélia de Mello Breyner
Pai: João Henrique Andresen
CônjugeFrancisco Sousa Tavares (1947-1988, 5 filhos)
Filho(s)Miguel Sousa Tavares, Isabel Sofia Andresen Sousa Tavares, Maria Andresen Sousa Tavares, Sofia Andresen Sousa Tavares, Xavier Andresen Sousa Tavares
Alma materUniversidade de Coimbra
OcupaçãoEscritora, poetisa.
Período de atividade1944-2004
PrémiosGold Medal.svg Prémio Camões 1999,
Prémio Rainha Sofia (2003), etc..
ReligiãoCatólica
Estátua de Eugénio de Andrade - Parque dos Poetas - Oeiras - Portugal (22569733372).jpg

Sophia de Mello Breyner Andresen[1] GColSE • GCIH (Porto6 de novembro de 1919 — Lisboa2 de Julho de 2004) foi uma das mais importantes poetisas portuguesas do século XX. Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 1999. O seu corpo está no Panteão Nacional desde 2014 e tem uma biblioteca com o seu nome em Loulé.

Índice

Biografia

Sophia de Mello Breyner Andersen nasceu a 6 de novembro de 1919 no Porto.[2][3] Ela era filha de Joana Amélia de Mello Breyner e de João Henrique Andresen. Tem origem dinamarquesa pelo lado paterno. O seu avô, Jan Andresen, desembarcou um dia no Porto e nunca mais abandonou esta região, tendo o seu filho João Henrique, em 1895, comprado a Quinta do Campo Alegre, hoje Jardim Botânico do Porto.[4] Como afirmou em entrevista, em 1993,[5] essa quinta "foi um território fabuloso com uma grande e rica família servida por uma criadagem numerosa".[4] A mãe, Maria Amélia de Mello Breyner, é filha de Tomás de Mello Breyner, conde de Mafra, médico e amigo do rei D. Carlos. Maria Amélia é também neta do capitalista Henrique Burnay, de uma família belga radicada em Portugal, e futuro conde de Burnay.

Iniciou os estudos no Colégio Sagrado Coração de Jesus, no número 1354 da Avenida da Boavista, onde entrou no primeiro ano de funcionamento da escola.

Criada na velha aristocracia portuguesa, educada nos valores tradicionais da moral cristã, foi dirigente de movimentos universitários católicos quando frequentava Filologia Clássica na Universidade de Lisboa (1936-1939)[2][3] que nunca chegou a concluir. Colaborou na revista "Cadernos de Poesia", onde fez amizades com autores influentes e reconhecidos: Ruy Cinatti e Jorge de Sena.[2][3] Veio a tornar-se uma das figuras mais representativas de uma atitude política liberal, apoiando o movimento monárquico e denunciando o regime salazarista e os seus seguidores. Ficou célebre como canção de intervenção dos Católicos Progressistas a sua "Cantata da Paz", também conhecida e chamada pelo seu refrão: "Vemos, Ouvimos e Lemos. Não podemos ignorar!"

Casou-se, em 1947, com o jornalista, político e advogado Francisco Sousa Tavares[2][3] (separados em 1986 e divorciados em 1988), tendo sido pais de cinco filhos: uma professora universitária de Letras, um jornalista e escritor (Miguel Sousa Tavares), um pintor e ceramista e mais uma filha que é terapeuta ocupacional e herdou o nome da mãe. Os filhos motivaram-na a escrever contos infantis.

Em 1964 recebeu o Grande Prémio de Poesia pela Sociedade Portuguesa de Escritores pelo seu livro Livro sexto. Já depois da Revolução de 25 de Abril, foi eleita para a Assembleia Constituinte, em 1975, pelo círculo do Porto numa lista do Partido Socialista, enquanto o seu marido navegava rumo ao Partido Social Democrata.

Distinguiu-se também como contista (Contos Exemplares) e autora de livros infantis (A Menina do MarO Cavaleiro da DinamarcaA FlorestaO Rapaz de BronzeA Fada Oriana, etc.). Foi também tradutora de Dante Alighieri e de Shakespeare e membro da Academia das Ciências de Lisboa. Para além do Prémio Camões, foi agraciada com um Doutoramento Honoris Causa em 1998 pela Universidade de Aveiro[6] e também foi distinguida com o Prémio Rainha Sofia, em 2003.

Sophia de Mello Breyner Andresen faleceu, aos 84 anos, no dia 2 de Julho de 2004, em Lisboa,[2][3] no Hospital Pulido Valente.[7] O seu corpo foi sepultado no Cemitério de Carnide. Em 20 de fevereiro de 2014, a Assembleia da República decidiu homenagear por unanimidade a poetisa com honras de Panteão.[8][9] A cerimónia de trasladação teve lugar a 2 de julho de 2014.[10][11]

Desde 2005, no Oceanário de Lisboa, os seus poemas com ligação forte ao Mar foram colocados para leitura permanente nas zonas de descanso da exposição, permitindo aos visitantes absorverem a força da sua escrita enquanto estão imersos numa visão de fundo do mar.

Caracterização da obra

Da sua infância e juventude, a autora recorda sobretudo a importância das casas, lembrança que terá grande impacto na sua obra, ao descrever as casas e os objectos dentro delas, dos quais se lembra. Explica isso do seguinte modo: "Tenho muita memória visual e lembro-me sempre das casas, quarto por quarto, móvel por móvel e lembro-me de muitas casas que desapareceram da minha vida (…). Eu tento «representar», quer dizer, "voltar a tornar presentes» as coisas de que gostei e é isso o que se passa com as casas: quero que a memória delas não vá à deriva, não se perca".[12]

Está presente em Sophia também uma ideia da poesia como valor transformador fundamental. A sua produção corresponde a ciclos específicos, com a culminação da actividade da escrita durante a noite: "não consigo escrever de manhã, (…) preciso daquela concentração especial que se vai criando pela noite fora.".[12] A vivência nocturna da autora é sublinhada em vários poemas ("Noite", "O luar", "O jardim e a noite", "Noite de Abril", "Ó noite"). Aceitava a noção de poeta inspirado, afirmava que a sua poesia lhe acontecia, como a Fernando Pessoa: "Fernando Pessoa dizia: «Aconteceu-me um poema». A minha maneira de escrever fundamental é muito próxima deste «acontecer». (…) Encontrei a poesia antes de saber que havia literatura. Pensava mesmo que os poemas não eram escritos por ninguém, que existiam em si mesmos, por si mesmos, que eram como que um elemento do natural, que estavam suspensos imanentes (…). É difícil descrever o fazer de um poema. Há sempre uma parte que não consigo distinguir, uma parte que se passa na zona onde eu não vejo.".[13] A sua própria vida e as suas próprias lembranças são uma inspiração para a autora, pois, como refere Dulce Maria Quintela[14], ela "fala de si, através da sua poesia".

Sophia de Mello Breyner Andresen fez-se poeta já na sua infância, quando, tendo apenas três anos, foi ensinada "A Nau Catrineta" pela sua ama Laura[14]):

"Havia em minha casa uma criada, chamada Laura, de quem eu gostava muito. Era uma mulher jovem, loira, muito bonita. A Laura ensinou-me a "Nau Catrineta" porque havia um primo meu mais velho a quem tinham feito aprender um poema para dizer no Natal e ela não quis que eu ficasse atrás… Fui um fenómeno, a recitar a "Nau Catrineta", toda. Mas há mais encontros, encontros fundamentais com a poesia: a recitação da "Magnífica", nas noites de trovoada, por exemplo. Quando éramos um pouco mais velhos, tínhamos uma governanta que nessas noites queimava alecrim, acendia uma vela e rezava. Era um ambiente misto de religião e magia… E de certa forma nessas noites de temporal nasceram muitas coisas. Inclusivamente, uma certa preocupação social e humana ou a minha primeira consciência da dureza da vida dos outros, porque essa governanta dizia: «Agora andam os pescadores no mar, vamos rezar para que eles cheguem a terra» (…)."[15]

Baseando-nos nas observações de Luísa Pessoa[16], desenvolvamos alguns dos tópicos mais relevantes na sua criação literária:

A infância e juventude – constituem para a Autora um espaço de referência ("O jardim e a casa", Poesia, 1944; "Casa", Geografia, 1967; "Casa Branca", Poesia, 1944; "Jardim Perdido", Poesia, 1944; "Jardim e a Noite", Poesia, 1944).

O contacto com a Natureza também marcou profundamente a sua obra. Era para a Autora um exemplo de liberdade, beleza, perfeição e de mistério e é largamente citada da sua obra, quer citada pelas alusões à terra (árvores, pássaros, o luar), quer pelas referências ao mar (praia, conchas, ondas).

O Mar é um dos conceitos-chave na criação literária de 'Sophia de Mello Breyner Andresen: "Desde a orla do mar/ Onde tudo começou intacto no primeiro dia de mim".[17] O efeito literário da inspiração no Mar pode se observar em vários poemas, como, por exemplo, "Homens à beira-mar" ou "Mulheres à beira-mar". A autora comenta isso do seguinte modo:

"Esses poemas têm a ver com as manhãs da Granja, com as manhãs da praia. E também com um quadro de Picasso. Há um quadro de Picasso chamado Mulheres à beira-mar. Ninguém dirá que a pintura do Picasso e a poesia de Lorca tenham tido uma enorme influência na minha poesia, sobretudo na época do Coral… E uma das influências do Picasso em mim foi levar-me a deslocar as imagens."[17]

Outros exemplos em que claramente se percebe o motivo do mar são: "Mar" em Poesia, 1944; "Inicial" em Dual, 1972; "Praia" em No Tempo dividido; "Praia" em Coral, 1950; "Açores" em O Nome das Coisas, 1977. Neles exprime-se a obsessão do mar, da sua beleza, da sua serenidade e dos seus mitos. O Mar surge aqui como símbolo da dinâmica da vida. Tudo vem dele e tudo a ele regressa. É o espaço da vida, das transformações e da morte.

A cidade constitui outro motivo frequentemente repetido na obra de SMB ("Cidade" em Livro Sexto, 1962; "Há Cidades Acesas", Poesia, 1944; "Cidade" em Livro Sexto, 1962; "Fúrias", Ilhas, 1989). A cidade é aqui um espaço negativo. Representa o mundo frio, artificial, hostil e desumanizado, o contrário da natureza e da segurança.

Outro tópico acentuado com frequência na obra de Sophia é o tempo: o dividido e o absoluto que se opõem. O primeiro é o tempo da solidão, medo e mentira, enquanto o tempo absoluto é eterno, une a vida e é o tempo dos valores morais ("Este é o Tempo", Mar Novo, 1958; "O Tempo Dividido", No Tempo Dividido, 1954). Segundo Eduardo Prado Coelho,[18] o tempo dividido é o tempo do exílio da casa, associado com a cidade, porque a cidade é também feita pelo torcer de tempo, pela degradação.

'Sophia de Mello Breyner Andresen era admiradora da literatura clássica. Nos seus poemas aparecem frequentemente palavras de grafia antiga (EurydiceDelphosAmphora). O culto pela arte e tradição próprias da civilização grega são lhe próximos e transparecem pela sua obra ("O Rei de Itaca", O Nome das Coisas, 1977; "Os Gregos", Dual, 1972; "Exílio", O Nome das Coisas, 1977; "Soneto de Eurydice", No Tempo Dividido, "Crepúsculo dos Deuses", Geografia; "O Rei de Itaca", O Nome das Coisas, 1977; "Ressurgiremos", Livro Sexto, 1962).

Além dos aspectos temáticos referidos acima, vários autores [19][20][21][22] sublinham a enorme influência de Fernando Pessoa na obra de 'Sophia de Mello Breyner Andresen. O que os dois autores têm em comum é: a influência de Platão, o apelo ao infinito, a memória de infância, o sebastianismo e o messianismo, o tom formal que evoca Álvaro de Campos. A figura de Pessoa encontra-se evocada múltiplas vezes nos poemas de Sophia ("Homenagem a Ricardo Reis", Dual, 1972; "Cíclades (evocando Fernando Pessoa)", O Nome das Coisas, 1977).

De modo geral, o universo temático da Autora é abrangente e pode ser representado pelos seguintes pontos resumidos[23][24]:

Quanto ao estilo de linguagem de 'Sophia de Mello Breyner Andresen, podemos constatar[25] que Sophia de Mello Breyner tem um estilo característico, cujas marcas mais evidentes são: o valor hierático da palavra, a expressão rigorosa, o apelo à visão clarificadora, riqueza de símbolos e alegoriassinestesias e ritmo evocador de uma dimensão ritual. Nota-se uma "transparência da palavra na sua relação da linguagem com as coisas, a luminosidade de um mundo onde intelecto e ritmo se harmonizam na forma melódica, perfeita".[26]

A opinião sobre ela de alguns dos mais importantes críticos literários portugueses é a mesma: o talento da autora é unanimemente apreciado. Eduardo Lourenço afirma que a Sophia de Mello Breyner tem uma sabedoria "mais funda do que o simples saber", que o seu conhecimento íntimo é imenso e a sua reflexão, por mais profunda que seja, está exposta numa simplicidade original.[27] Seguem alguns exemplos de outros estudiosos a comprovar essa opinião:

"A sua sensibilidade de poeta oscila entre o modernismo de expressão e um classicismo de tom, caracterizado por uma sobriedade extremamente dominada e por uma lucidez dialéctica que coloca muitas das suas composições na linha dos nossos melhores clássicos." (Álvaro Manuel Machado, Quem é Quem na Literatura Portuguesa)

"'Sophia de Mello Breyner Andresen é, quanto a nós, um caso ímpar na poesia portuguesa, não só pela difusa sedução dos temas ou pelos rigores da expressão, mas sobretudo por qualquer coisa, anterior a isso tudo, em que tudo isso se reflecte: uma rara exigência de essencialidade". (David Mourão-Ferreira, Vinte Poetas Contemporâneos)

"A poesia de 'Sophia de Mello Breyner Andresen é (…) uma das vozes mais nobres da poesia portuguesa do nosso tempo. Entendamos, por sob a música dos seus versos, um apelo generoso, uma comunhão humana, um calor de vida, uma franqueza rude no amor, um clamor irredutível de liberdade – aos quais, como o poeta ensina, devemos erguer-nos sem compromissos nem vacilações." (Jorge de Sena, "Alguns Poetas de 1938" in Colóquio : Revista de Artes e Letras, nº 1, Janeiro de 1959)

Obras

Poesia

Busto de Sophia de Mello Breyner no Jardim Botânico do Porto.
  • Poesia (1944, Cadernos de Poesia, nº 1, Coimbra; 3.ª ed. 1975)
  • O Dia do Mar (1947, Lisboa, Edições Ática; 3.ª ed. 1974)
  • Coral (1950, Porto, Livraria Simões Lopes; 2.ª ed., ilustrada por Escada, Lisboa, Portugália, 1968)
  • No Tempo Dividido (1954, Lisboa, Guimarães Editores)
  • Mar Novo (1958, Lisboa, Guimarães Editores)
  • Livro Sexto (1962, Lisboa, Livraria Morais Editora; 7.ª ed. 1991)
  • O Cristo Cigano (1961, Lisboa, Minotauro, ilustrado por Júlio Pomar)
  • Geografia (1967, Lisboa, Ática)
  • Grades (1970)
  • 11 Poemas (1971)
  • Dual (1972, Coímbra Moraes Editores; 3.ª ed., Lisboa, Salamandra, 1986)
  • Antologia (1975)
  • O Nome das Coisas (1977, Lisboa, Moraes Editores)
  • Navegações (1983)
  • Ilhas (1989)
  • Musa (1994)
  • Signo (1994)
  • O Búzio de Cós (1997)
  • Mar (2001) - antologia organizada por Maria Andresen de Sousa Tavares
  • Primeiro Livro de Poesia (infanto-juvenil) (1999)
  • Orpheu e Eurydice (2001)
Mural dedicado a Sophia de Mello Breyner, em Lagos, Algarve.

Poemas não incluídos na Obra Poética

  • "Juro que venho para mentir"; "És como a Terra-Mãe que nos devora"; "O mar rolou sobre as suas ondas negras"; "História improvável"; "Gráfico", Távola Redonda - Folhas de Poesia, nº 7, Julho, 1950.
  • "Reza da manhã de Maio"; "Poema", A Serpente - Fascículos de Poesia, nº 1, Janeiro, 1951.
  • "Caminho da Índia", A Cidade Nova, suplemento dos nº 4-5, 3.ª série, Coimbra, 1958.
  • "A viagem" [Fragmento do poema inédito "Naufrágio"], Cidade Nova, 5.ª série, nº 6, Dezembro, 1958.
  • "Novembro"; "Na minha vida há sempre um silêncio morto"; "Inverno", Fevereiro - Textos de Poesia, 1972.
  • "Brasil 77", Loreto 13 - Revista Literária da Associação Portuguesa de Escritores, nº 8, Março, 1982.
  • "A veste dos fariseus", Jornal dos Poetas e Trovadores - Mensário de Divulgação Cultural, nº 5/6, 2.ª série, Março/Abril, 1983.
  • "Oblíquo Setembro de equinócio tarde", Portugal Socialista, Janeiro, 1984.
  • "Canção do Amor Primeiro", Sete Poemas para Júlio (Biblioteca Nacional, cota nº L39709), 1988.
  • "No meu Paiz", Escritor, nº 4, 1995.
  • "D. António Ferreira Gomes. Bispo do Porto"; "Naquele tempo" ["Dois poemas inéditos"], Jornal de Letras, 16 Jun., 1999.[28]

Ficção

Contos

Contos Infantis

Teatro

  • O Bojador (2000, Lisboa, Editorial Caminho)
  • O Colar (2001, Lisboa, Editorial Caminho)
  • O Azeiteiro (2000, Lisboa, Editorial Caminho)
  • Filho de Alma e Sangue (1998, Lisboa, Editorial Caminho)
  • Não chores minha Querida (1993, Lisboa, Editorial Caminho)

Ensaio

  • "A poesia de Cecíla Meyrelles" (1956), Cidade Nova, 4.ª série, nº 6, Novembro 1956
  • Cecília Meyrelles (1958), in Cidade Nova
  • Poesia e Realidade (1960), in Colóquio : Revista de Artes e Letras, nº 8
  • "Hölderlin ou o lugar do poeta" (1967), Jornal de Comércio, 30 de Dez. 1967.
  • O Nu na Antiguidade Clássica (1975), in O Nu e a Arte, Estúdios Cor, (2.ª ed., Lisboa, Portugália; 3.ª ed. [revista], Lisboa, Caminho, 1992)
  • "Torga, os homens e a terra" (1976), Boletim da Secretaria de Estado da Cultura, Dezembro 1976
  • "Luiz de Camões. Ensombramentos e Descobrimentos" (1980), Cadernos de Literatura, nº 5
  • "A escrita (poesia)" (1982/1984), Estudos Italianos em Portugal, nº 45/47

Traduções de Sophia de Mello Breyner Andresen

  • A Anunciação de Maria (Paul Claudel) – 1960, Lisboa, Editorial Aster
  • O Purgatório (Dante) – 1962, Lisboa, Minotauro
  • "A Hera", "A última noite faz-se estrela e noite" (Vasko Popa); "Às cinzas", "Canto LI", "Canto LXVI" (Pierre Emmanuel); "imagens morrendo no gesto da", "Gosto de te encontrar nas cidades estrangeiras" (Edouard Maunick), O Tempo e o Modo, nº 22 - 1964
  • Muito Barulho por Nada (William Shakespeare) - 1964
  • Medeia (Eurípedes) - 1964
  • Hamlet (William Shakespeare) – 1965
  • "Os Reis Magos", tradução de um poema do Eré Frene, Colóquio : Revista de Artes e Letras, nº 43, 1967.
  • Quatre Poètes Portugais (Camões, Cesário Verde, Mário de Sá-Carneiro, Fernando Pessoa) – 1970
  • A Vida Quotidiana no Tempo de Homero, de Émile Mireaux, Lisboa, Livros do Brasil, s.d. [1979]
  • Ser Feliz, de Leif Kristianson, Lisboa, Presença, 1980
  • Um Amigo, de Leif Kristianson, Lisboa, Presença, 1981
  • Medeia, de Eurípedes (inédito) [199-]

Traduções inglesas da poesia de Sophia

Existem três traduções inglesas da poesia de Sophia:

  • Marine Rose: Selected Poems tr. Ruth Fainlight (1987, Black Swan)
  • Log Book: Selected Poems, tr. Richard Zenith (1997, Carcanet)
  • The Perfect Hour, tr. Colin Rorrison with Margaret Jull Costa (2015, Cold Hub Press)

Prémios

Condecorações[32]

Homenagens

Ver também

Referências

  1.  Maria Andresen Sousa Tavares (Selecção, conteúdos e organização) (2011). «Sophia de Mello Breyner Andresen no seu tempo : Momentos e Documentos». Biblioteca Nacional de Portugal. Consultado em 24 de Abril de 2013
  2. ↑ Ir para:a b c d e Clara Rocha. «Figuras da Cultura Portuguesa : Sophia de Mello Breyner Andersen». Instituto Camões. Consultado em 8 de maio de 2009. Arquivado do originalem 12 de março de 2008 |urlmorta= e |datali=redundantes (ajuda)
  3. ↑ Ir para:a b c d e «Sophia de Mello Breyner Andersen : Biografia.» (pdf). baseado no texto de Clara Rocha publicado pelo Instituto Camões. Biblioteca de Alpiarça. Consultado em 8 de maio de 2009Cópia arquivada (PDF)em 3 de julho de 2014
  4. ↑ Ir para:a b Rita Roby Gonçalves (21 de julho de 2009). «O barco dos Andresen da Dinamarca ancorou em Portugal». Jornal "Diário de Notícias. Consultado em 3 de julho de 2014Cópia arquivada em 3 de julho de 2014
  5.  "Sophia e a Palavra", in revista Noesis, n.º 26, 1993
  6.  «Doutores honoris causa pela UA». Universidade de Aveiro. Consultado em 22 de Agosto de 2014Cópia arquivada em 28 de Julho de 2014
  7.  Sophia O poema a levará no tempoPúblico, 3 de Julho de 2004
  8.  «Resolução da Assembleia da República n.º 17/2014 : Honras de Panteão Nacional a Sophia de Mello Breyner Andresen.» (pdf). Diário da República, 1.ª série — N.º 46. 6 de março de 2014. p. 1752. Consultado em 3 de julho de 2014
  9.  «Resolução da Assembleia da República». legislacao.org. Consultado em 12 de Março de 2014.
  10.  Agência Lusa (12 de abril de 2014). «Sophia de Mello Breyner Andresen trasladada para o Panteão a 2 de julho»Jornal de Notícias. Consultado em 3 de julho de 2014Cópia arquivada em 3 de julho de 2014
  11.  Redacção / CLC (2 de julho de 2014). «10 anos depois Sophia de Mello Breyner chega ao Panteão Nacional». TVI. Consultado em 3 de julho de 2014
  12. ↑ Ir para:a b Entrevista concedida a Eduardo do Prado Coelho, inICALP REVISTA, nº 6, 1986, 60-62.
  13.  Sophia de Mello Breyner, in revista Crítica, 1972
  14. ↑ Ir para:a b Quintela 1981, p. 112.
  15.  Entrevista concedida a Maria Armanda Passos, "Sophia, um retrato", in Jornal de Letras, nº 26, Fevereiro de 1982
  16.  Pessoa 2006, p. ???.
  17. ↑ Ir para:a b Sophia de Mello Breyner Andersen, in livro Dual. p.???
  18.  "Sophia, a Lírica e a Lógica" in Colóquio : Revista de Artes e Letras, nº 57, 1981
  19.  Pessoa 2006, pp. 64-71.
  20.  Quintela 1981, pp. 112-114.
  21.  Sena 1988, p. 174.
  22.  Berrini 1985, p. ???.
  23.  Besse 1990, pp. 11,13.
  24.  Pessoa 2006, p. 15.
  25.  Besse 1990, p. 14.
  26.  Manuel da Costa Pinto (5 de julho de 2004). «Sophia de Mello Breyner deu vigor à poesia sobre o homem moderno». Jornal Folha de S. Paulo. Consultado em 5 de maio de 2009Cópia arquivada em 8 de dezembro de 2012
  27.  Eduardo Lourenço, prefácio à Antologia, Figueirinhas, Porto, 1985, pp. 7-8
  28.  Teresa Tudela (Coordenação). «Sophia de Mello Breyner Andresen»Mulheres Portuguesas do Século XX. Fundação do Instituto Politécnico do Porto / Instituto para o Desenvolvimento Tecnológico. Consultado em 5 de maio de 2009. Arquivado do original em 26 de maio de 2001|urlmorta= e |datali= redundantes (ajuda)
  29.  «Capa da 1.ª edição e ficha biliográfica de Noite de Natal»Sophia de Mello Breyner Andresen no seu tempo : Momentos e Documentos. Biblioteca Nacional de Portugal. 2011. Consultado em 3 de julho de 2014
  30.  http://porbase.bnportugal.pt/ipac20/ipac.jsp?session=T4J69G0134779.655504&menu=search&aspect=subtab15&npp=20&ipp=20&spp=20&profile=porbase&ri=&index=.GW&term=&oper=and&x=14&y=12&aspect=subtab15&index=.TW&term=a+%C3%A1rvore&oper=and&index=.AW&term=sophia+de+mello+breyner&oper=and&index=.SW&term=&limitbox_1=&limitbox_2=&limitbox_3=&limitbox_4=&limitbox_5=&limitbox_6=&ultype=&uloper=%3D&ullimit=&ultype=&uloper=%3D&ullimit=&sort=
  31.  «Prêmio Camões de Literatura». Brasil: Fundação Biblioteca Nacional. Cópia arquivada em 16 de Março de 2016
  32.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Sofia de Mello Breyner Andresen". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 22 de junho de 2014
  33.  «Parque dos Poetas». Câmara Municipal de Oeiras. Consultado em 7 de janeiro de 2013. Arquivado do original em 30 de outubro de 2012 |urlmorta= e |datali= redundantes (ajuda)
  34.  «Busto de Sophia de Mello Breyner Andresen»Marcas das Ciências e das Técnicas. Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. 11 de junho de 2010. Consultado em 7 de janeiro de 2013. Arquivado do original em 4 de maio de 2013
  35.  Agência Lusa (4 de novembro de 2011). «Sophia de Mello Breyner Andresen homenageada com busto no Jardim Botânico do Porto». Semanário Expresso. Consultado em 7 de janeiro de 2013Cópia arquivada em 4 de maio de 2013
Bibliografia
  • Besse, Maria Graciete (1990). Sophia de Mello Breyner :Contos exemplares. Mem Martins, Sintra: Publicações Europa-América. ISBN 9721031437
  • Pessoa, Luísa (2006). Sophia de Mello Breyner Andersen. Introdução ao Estudo da Obra. São João do Estoril: Edições Bonanza
  • Quintela, Dulce Maria; Silva, Maria Alda; Barroso, Maria Luísa (1981). Temas de Língua e Cultura Portuguesa. 12.º ano de escolaridade. Lisboa: Editorial Presença. pp. 112–122
  • Sena, Jorge de (1988). Estudos de Literatura PortuguesaIII. Lisboa: Edições 70. ISBN 9789724402581
  • Berrini, Beatriz (1985). Eça e Pessoa. "Referencia a Sophia". Lisboa: Regra de Jogo
  • Obra não citado no texto: Saraiva, António JoséLopes, Óscar (1996). História da Literatura Portuguesa 17.ª ed. Porto: Porto Editora. ISBN 972-0-30170-8 7
  • Malheiro, Helena (2008). O Enigma de Sophia: da Sombra à Claridade , Lisboa, Leya.

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quarta-feira, 1 de julho de 2020

https://youtu.be/szQFJ0oZ2yE

O JOGO - 1 DE JULHO DE 2020

JN - 1 DE JULHO DE 2020

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Aprovados voos para países da UE, Espaço Schengen e Reino Unido
 
 
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Novo vírus da gripe encontrado na China tem potencial para causar nova pandemia
 
 
 
 
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Pedro Ivo Carvalho
 
Um sapo em forma de avião
 
Por mais que nos agitem a bandeira do patriotismo e do interesse estratégico, o Estado só entrará verdadeiramente na aventura da nacionalização da TAP se não tiver outro remédio. Porque aos números da empresa, que já eram historicamente negros antes da pandemia, se somaram 395 milhões de euros de prejuízo no primeiro trimestre do ano (apesar de um janeiro e fevereiro razoáveis) e porque se espera que no segundo trimestre o descalabro seja ainda maior. De resto, o mais provável é que a transportadora aérea acabe 2020 com prejuízos que se aproximem ou suplantem os 1200 milhões de euros estimados para um salvamento musculado. Em suma: seja qual for a arquitetura do negócio, o Estado prepara-se para engolir um sapo em forma de avião a jato por ter sobre a cabeça uma espada afiada manejada por uma mão escorregadia. E porque nenhum privado está disposto a correr o risco num contexto económico de tão grande incerteza. À TAP, como a outras companhias aéreas obrigadas a ficar em terra durante meses, só resta o amparo público para sobreviver e evitar que a sua falência arraste largos milhares de almas para o abismo.
 
 
 
JN
 
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