sexta-feira, 22 de maio de 2020

LEIRIA - FERIADO - 22 DE MAIO DE 2020

Leiria

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Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Leiria (desambiguação).
Leiria
Brasão de LeiriaBandeira de Leiria
LEIRIA E CASTELO.jpg
Vista da cidade de Leiria
Localização de Leiria
Mapa de Leiria
GentílicoLeiriense /coliponense [1]
Área565,09 km²
População126 897 hab. (2011)
Densidade populacional224,6  hab./km²
N.º de freguesias18
Presidente da
câmara municipal
Gonçalo Nuno Bértolo Gordalina Lopes
Fundação do município
(ou foral)
1142, 1195
Região (NUTS II)Centro
Sub-região (NUTS III)Região de Leiria
DistritoLeiria
ProvínciaBeira Litoral
OragoNossa Senhora da Encarnação
Feriado municipal22 de maio (Criação da diocese e elevação a cidade)
Código postal2400 Leiria
Sítio oficialhttp://www.cm-leiria.pt
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg

Leiria é uma cidade portuguesa, capital do distrito de Leiria, na província da Beira Litoral, sede da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, no Centro de Portugal, com cerca de 63000 habitantes no seu perímetro urbano. Os habitantes desta cidade chamam-se leirienses ou coliponenses [2]

É sede de um município com 565,09 km² de área[3] e 126 897 habitantes (2011)[4][5] subdividido em 18 freguesias[6], o que faz dele o segundo concelho mais populoso das Beiras, só superado por Coimbra. É limitado a norte/nordeste pelo concelho de Pombal, a leste pelo de Ourém, a sul pelos municípios de Batalha e Porto de Mós, a sudoeste pelo de Alcobaça, a oeste pelo concelho da Marinha Grande e a noroeste pelo Oceano Atlântico.

Leiria é o principal centro urbano da unidade estatística Pinhal Litoral e da comunidade urbana de Leiria, assim como um importante centro de comércio, serviços e indústria.

O município tem uma faixa costeira a ocidente, que a liga ao Oceano Atlântico. O feriado municipal é a 22 de maio e celebra a criação da diocese de Leiria, em 1545.[7] A sua elevação a cidade ocorreu no dia 13 de Junho do mesmo ano.[8]

A cidade é banhada pelos rios Lis e o seu afluente, o Lena, sendo o castelo de Leiria o seu monumento mais notável.

O concelho recebeu o primeiro foral de D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, em 1142[9], sob o nome de Leirena.

Foi uma das cidades escolhidas para fazer parte do Euro 2004, e graças a isso o seu estádio municipal sofreu uma grande remodelação, que ainda hoje está a ser paga pelo município e o endividou profundamente (pelo menos durante duas décadas).[10][11][12]

Com uma gastronomia variada e com tradições reconhecidas, o concelho é historicamente rico, como o testemunham o castelo da cidade e o Santuário de Nossa Senhora da Encarnação. Leiria dispõe ainda, dentro do município, das Termas de Monte Real, de praias como a do Pedrógão, da Lagoa da Ervideira e da mata municipal de Marrazes. Ficam relativamente perto as históricas cidades de OurémFátimaPombal e Coimbra bem como a estância balnear da Figueira da Foz, uma das principais da região. Outros centros urbanos como o EntroncamentoTomarTorres Novas e Rio Maior, já no Ribatejo, estão bastante próximos. Os portos da Figueira da Foz e de Peniche distam cerca de 50 km e 80 km, respectivamente.Dista cerca de 170 km da cidade do Porto e à 136 km da cidade de Lisboa.

População[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes [13]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
32 25235 40241 60644 81148 44751 10155 23467 31377 56782 98880 24196 517102 762119 847126 897

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)

Número de habitantes por Grupo Etário [14]
190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos19 51220 82616 86420 38923 75726 19527 71925 38026 10021 89720 55819 317
15-24 Anos9 49610 9329 75510 28912 44714 24615 11013 69517 90917 20617 48014 558
25-64 Anos20 93922 74020 57222 45126 28031 04034 45533 85044 08552 08265 19570 986
= ou > 65 Anos3 4623 3612 9513 8773 8314 3425 7046 0258 42311 57716 61422 036
> Id. desconh247195204132267

(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

Nos censos de 1900 e 1911 incluía a freguesia da Marinha Grande. Pela lei nº 644, de 20 de janeiro de 1917, foi restaurado o concelho de Marinha Grande.

Freguesias[editar | editar código-fonte]

Freguesias do concelho de Leiria.

O concelho de Leiria está dividido em 18 freguesias:

História[editar | editar código-fonte]

A história precoce de Leiria é obscura. Mas mesmo assim, a bacia hidrográfica do Lis é das zonas com maior densidade de achados arqueológicos do país, atribuíveis ao Paleolítico Inferior. De momento estão inventariados mais de 70 sítios arqueológicos na região, entre os quais vários jazigos de sílex, inúmeros seixos talhados (em areeiros por arrastamento do rio, na Quinta do Cónego nas Cortes, na Mata dos Marrazes, atrás do Bairro Sá Carneiro), gravuras rupestres (na praia do Pedrógão), uma pintura rupestre (no vale-canhão do Lapedo) e muitas outras. De todos os achados destaca-se o menino do Lapedo, encontrado no vale do mesmo nome e que tem suscitado o interesse da comunidade científica internacional. Os primeiros habitantes que se sabe ao certo, foram os túrdulos (Turdulorum Oppidani), um povo indígena Celtibero (relacionado com os Lusitanos); que estabeleceu uma povoação perto (a cerca de 7 km) de Leiria. Esta foi posteriormente ocupada pelos romanos, período em que floresceu sob o nome de Collippo . As pedras da antiga cidade romana foram usadas na Idade Média para construir parte de Leiria, destacando-se o castelo onde ainda se podem ver pedras com inscrições romanas.

O Castelo de Leiria, com as suas características galerias.

O nome Leiria em si, deriva de leira (do galaico-português medieval laria : a partir do proto-celta * ɸlār-yo-, semelhante ao lar em Irlandês antigo 'chão', em Bretão leur 'chão', em Galês llawr ' andar ') que em Português significa área de lotes agrícolas.

Leiria foi habitada pelos suevos em 414 dC e incorporada por Leovigildo no reino dos visigodos em 585 dC. Mais tarde os mouros ocuparam esta a área, até à tomada por D. Afonso Henriques em 1135, durante a chamada Reconquista. A região foi alvo de ataques mouros até 1140. Durante esse período entre Leiria e regiões mais a Sul como Santarém e Lisboa, existiu uma faixa territorial conhecida como "terra de ninguém", até esta ser repovoada por cristãos. Em 1142 Afonso Henriques atribuiu o primeiro foral (carta de direitos feudais) para estimular a colonização da região [15]. A maioria da população vivia dentro das muralhas protectoras da cidade inicialmente, mas já no século XII parte da população vivia na sua parte exterior. A mais antiga igreja de Leiria, a Igreja de São Pedro, construída em estilo românico no século XII, servia a freguesia exterior às muralhas.

De facto a região de Leiria é ideal para a fixação do Homem: com as várias vias de comunicação existentes, que atribuíam àquele local a fronteira entre o Norte e o Sul da fachada ocidental da península e entre o litoral e o interior, e com as características favoráveis do rio Lis que passa no local, seria inevitável a exploração e desenvolvimento agrícola e comercial no local, tornando-se na Idade Média no local de controlo do tráfego económico da região.

Durante a Idade Média, a importância da vila aumentou, e foi sede de diversas cortes, reuniões políticas entre o rei e a nobreza (para uma lista com as diversas cortes realizadas na cidade, ver Cortes de Leiria). As primeiras cortes realizadas em Leiria foram em 1254[15], durante o reinado de D. Afonso III. No início do século XIV (1324), D. Dinis mandou erguer a torre de menagem do castelo, como pode ser visto numa inscrição na torre.

Fotografia panorâmica com a torre de menagem do castelo de Leiria.

Esse rei construiu também uma residência real em Leiria (actualmente perdida), e viveu por longos períodos na cidade, que ele doou como feudo à sua esposa, a rainha Santa Isabel. O rei também expandiu a plantação do famoso Pinhal de Leiria, próximo da costa atlântica. Mais tarde, a madeira deste pinhal seria usada para construir as naus que serviram aos Descobrimentos portugueses, nos séculos XV e XVI. Durante o século XV houve vários moinhos de cereais na cidade, que foram fonte de riqueza para a região. Em 1411, D. João I autorizou a instalação de um moinho de papel (atualmente um museu) para a fabricação deste material. Na mesma época é documentado que os judeus desenvolveram nesse concelho uma das mais notáveis comunidades, ao ponto de empreenderem uma florescente actividade industrial. Abraão Zacuto, erudito judeu, publicou sua obra Almanach perpetuum em Leiria em 1496.

Palácio do rei D. João I no Castelo de Leiria.

No fim do século XV, o rei D. João I construiu um palácio real dentro das muralhas do castelo. Este palácio, com elegantes galerias góticas que possibilitam vistas maravilhosas da cidade e da meio envolvente, ficou totalmente em ruínas, mas foi parcialmente reconstruído no século XX. D. João I foi também o responsável pela reconstrução da Igreja de Nossa Senhora da Pena, localizada dentro do perímetro do castelo, num estilo gótico tardio.

Por volta do fim do século XV, a cidade continuou a crescer, ocupando a área que se estende desde a colina do castelo até ao rio Lis. O rei D. Manuel I deu à localidade um novo foral em 1510, e em 1545 foi elevada à categoria de cidade, tornando-se sede da diocese de Leiria. A Sé Catedral de Leiria foi construída na segunda metade do século XVI, numa mistura dos estilos renascentista (gótico tardio) e maneirista (renascimento tardio).

Comparando com a Idade Média, a história subsequente de Leiria é de relativa decadência. A cidade foi duramente atingida pelas Invasões Francesas, especialmente em 1808 (o massacre da Portela, pelas tropas Napoleónicas do Gen. Margaron)[16], e o Grande Incêndio de 1811, causado pelos franceses que retiravam das Linhas de Torres.[17] No entanto, no século XX, a sua posição estratégica no território português favoreceu o desenvolvimento de indústrias diversas, levando a um grande desenvolvimento da cidade e da sua região.

De facto, durante vários anos, Leiria foi das poucas capitais distritais que não era a cidade mais populosa do próprio distrito, sendo suplantada pela cidade de Caldas da Rainha. Contudo, nos últimos anos a cidade tem-se desenvolvido de forma extraordinária, e é já um dos 25 principais centros urbanos de maiores dimensões do país.

Fotografia panorâmica da cidade de Leiria.

Heráldica[editar | editar código-fonte]

Armas – De ouro, um castelo de vermelho, aberto e iluminado de prata, acompanhado de dois pinheiros de verde, frutados de ouro e sustidos de negro, tudo sainte de um terrado de verde realçado de negro. Os pinheiros rematados cada um por um corvo de negro, voltados para o centro. A torre central acompanhada em chefe de duas estrelas de oito raios de vermelho. Em contra-chefe, três faixetas ondadas de prata e azul. Coroa mural de cinco torres de prata. Listel branco com os dizeres “Cidade de Leiria” a negro.[18]

Bandeira – Gironada de branco e vermelho, cordões e borlas de prata e vermelho. Haste e lança de ouro.[18]

Selo branco – Circular, tendo ao centro as peças das armas sem indicação dos esmaltes, tudo envolvido por dois círculos concêntricos onde corre a legenda “Câmara Municipal de Leiria”.[18]

Cultura[editar | editar código-fonte]

Além de ser um local de interesse histórico, o Castelo de Leiria oferece um local para eventos culturais. Situado perto do castelo, a Igreja de São Pedro é usada como um dos locais do Festival Anual de Música. Leiria é também a casa do m|i|mo, o Museu da Imagem em Movimento e do Museu do Moinho do Papel, primeira fábrica de papel em Portugal. O Teatro Miguel Franco no mercado de Sant'Ana e o Teatro José Lúcio da Silva são espaços para o teatro, apresentações de música e dança, bem como de cinema. O Museu de Leiria, desde a construção do edifício que o alberga, tornou-se um dos espaços culturais mais relevantes do concelho e tem recebido alguns prémios nacionais e internacionais.[19]

A cidade é o berço de dois importantes poetas portugueses, Francisco Rodrigues Lobo (do período do Renascimento), cujo nome foi dado à praça central da cidade, e Afonso Lopes Vieira (ligado à corrente da chamada Renascença Portuguesa e um dos primeiros representantes do Neogarretismo). Hoje a Praça Rodrigues Lobo é lugar de uma cultura próspera de cafés, bem como regularmente utilizada para eventos culturais. Outros escritores que andaram por Leiria foram o rei D. Dinis (Dinis I de Portugal) e Eça de Queirós, que escreveu em Leiria — era então administrador da cidade — a sua primeira novela realista, O Crime do Padre Amaro, publicada em 1875. Existe ainda hoje em Leiria a casa onde Eça viveu, à Travessa da Tipografia.

A cidade tem várias entidades culturais que fazem apresentações de projetos culturais e artísticos, com destaque para a Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira, a Livraria Arquivo, o Ateneu, os grupos de teatro Leirena e O Nariz, a Associação Asteriscos, a FADE IN, a Célula & Membrana , a ECO, os Corvos do Lis e alguns outros, oferecendo o mais movimentado calendário de eventos. O Festival A Porta tem, igualmente, dado a conhecer centenas de artistas e agentes culturais de Leiria.

Vários edifícios de interesse, restaurados ou projetados pelo arquiteto Ernesto Korrodi no início do século XX, deram um aspecto interessante a Leiria e fazem parte da cultura visual da cidade dos quais se destaca o Castelo de Leiria.

Nos últimos anos, Leiria viu o seu desenvolvimento orientar-se para as margens do rio Liz que abraça a cidade. Este desenvolvimento criou vários parques novos, espaços públicos, parques infantis e uma série de pontes temáticas. Além disso, um longo passeio foi criado, que é popular entre os caminhantes e corredores.

Existem vários festivais de Verão realizados na região. O mais conhecido de todos é o Festival Gótico ENTREMURALHAS, organizado pela FADE IN - Associação de Acção Cultural. A cidade abriga um mercado de antiguidades mensal.

Geografia e Localização[editar | editar código-fonte]

Leiria vista do seu castelo.

Leiria, cujas coordenadas geográficas são 39° 46' Norte 08° 53' Oeste, está situada entre as duas principais cidades portuguesas, Lisboa e Porto, junto ao litoral do país. Dista cerca de 140 km de Lisboa, 179 km do Porto e 55 km de Coimbra. A cidade é o centro de uma área de influência de cerca de 350 000 habitantes, que abrange outros aglomerados populacionais, como as cidades de Marinha GrandePombalOurémFátima e Alcobaça.

Leiria está também próxima de praias como a Praia da Vieira, a praia do PedrógãoSão Pedro de MoelParedes da Vitória e Nazaré (Portugal). Localizam-se relativamente próximos da cidade vários monumentos de interesse: o Mosteiro de Alcobaça, o Mosteiro da Batalha, o Castelo de Porto de Mós e o Castelo de Ourém. A vila histórica de Aljubarrota situa-se a cerca de 25 km de Leiria, e é também próxima a cidade de Fátima, conhecida pelo seu Santuário e pelo seu valor religioso.

Leiria situa-se na veiga por onde corre o rio Lis, na Beira Litoral. A cidade histórica estende-se entre a colina do castelo e o rio Lis.

Clima[editar | editar código-fonte]

A cidade de Leiria localiza-se próxima da costa ocidental, na região centro de Portugal Continental, apresentando um clima Mediterrânico (Csa) com influência oceânica.

Assim, apresenta invernos frescos e húmidos, contando em média com 40 dias de chuva (330mm) contra 50 dias secos e 5 horas de sol por dia. As temperaturas médias variam entre 15°C e 7 °C, podendo as mínimas baixar aos 0 °C em dias mais frios, favorecendo o aparecimento de gelo ou geada. A temperatura mais baixa registada em Leiria (desde o início dos registos em 2008) foi de -5°C na manhã do dia 19 de Janeiro de 2017.[20]

As primaveras são bastante agradáveis, sendo o mês de abril bastante chuvoso. Esta estação conta em média com 43 dias de chuva (273mm) contra 47 dias secos e 7 horas de sol por dia. As temperaturas médias variam entre 20 °C e 11 °C.

Os verões trazem consigo temperaturas altas e sol, contando em média com 18 dias de chuva (77mm) contra 82 dias secos e 9 horas de sol por dia. As temperaturas médias variam entre 27 °C e 15 °C, podendo as máximas alcançar os 35 °C nos dias mais quentes. A temperatura mais alta registada em Leiria (desde o início dos registos em 2008) foi de 42°C, na tarde do dia 7 de Agosto de 2016.[21]

Já os outonos, embora sejam amenos, assolam por vezes a cidade com chuva e vento e contam em média com 39 dias de chuva (339 mm) contra 51 dias secos e 6 horas de sol por dia. As temperaturas médias variam entre 21 °C e 12 °C.

A queda de neve na cidade de Leiria ocorre com intervalos de décadas, sendo mais frequente nos arredores da cidade. A última vez que nevou na zona urbana de Leiria foi a 29 de Janeiro de 2006, numa manhã fria e húmida de domingo entre as 10h e as 12h, em que a temperatura caiu para os 2 °C[22]. Houve acumulação apenas nas zonas rurais[23]. Nos anos 80 há relatos de um manto de neve sobre a cidade, em 1983 e/ou 87[23]. No dia 27 de Fevereiro de 2016 nevou em vários pontos do concelho[24].

Política[editar | editar código-fonte]

Eleições autárquicas[editar | editar código-fonte]

Câmara Municipal

Data%V%V%V%V
PPD/PSDCDS-PPPSIND
197637,42425,43324,432
197939,86430,65317,702
198230,98337,23420,612
198530,90345,00510,591
198945,24517,42129,183
199339,11417,90233,333
199743,3558,58-38,354
200152,0059,72120,9129,881
200542,5949,35135,474
200937,6157,68144,865
201327,8544,67-46,317
201726,9635,03-54,468

Assembleia Municipal

Exclui os presidentes de junta de freguesia.

Data%D%D%D%D%D%DParticipação
PSPPD/PSD - MPTCDS-PPB.E.PANCDU
201747,141728,81116,9423,9813,2013,02
54,61 / 100,00

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Data%
CDSPSDPSPCPUDPADAPU/CDUFRSPRDPSNB.E.PANPàF
197630,9229,4025,754,000,80
1979ADAD18,51APU1,4064,957,16
1980FRS0,8268,756,1418,44
198324,2135,3629,070,445,75
198518,2440,1017,460,804,5913,14
19878,4065,9015,29CDU0,373,282,51
19916,2565,3320,052,300,601,45
199514,2047,0232,570,392,50
199912,5146,1132,922,800,281,95
200212,2254,2625,262,072,47
200511,7843,0730,722,525,68
200915,1735,8228,732,839,46
201114,4649,0618,553,005,501,22
2015PàFPàF21,963,119,571,2453,11

Economia[editar | editar código-fonte]

A região vive do comércio, da agropecuária e da indústria, destacando-se o fabrico de objectos de cerâmica, plásticos, moldes e cimentos. A construção civil tem também um peso importante, assim como o turismo. O principal sector económico é o sector terciário, dos serviços. Também tem grande influências as fábricas de vidro, na Marinha Grande.

Entre 1930 e 1980 as empresas de plásticos de Leiria e Marinha Grande ocuparam posição cimeira na produção de brinquedos em Portugal, como a Bota Botilde, o Cubo Mágico e o Subbuteo[25].

Infra-estruturas[editar | editar código-fonte]

Transportes[editar | editar código-fonte]

Leiria tem uma rodoviária de autocarros na qual recebe carreiras regulares interurbanas da Rodoviária do TejoTransdev e expressos da Rede Nacional de Expressos para vários centros urbanos, incluindo autocarros de hora a hora para Lisboa e mais de 10 para o Porto. Tem também os seus transportes urbanos, a Mobilis, assegurada pela Câmara Municipal, com conexões regulares a toda a cidade. Ainda conta com uma empresa de táxis.

Ferroviários[editar | editar código-fonte]

Na Estação Ferroviária de Leiria, situada a cerca de 3 km a noroeste do centro da cidade, é possível aceder aos caminho-de-ferro da Linha do Oeste (Lisboa - Figueira da Foz - Coimbra).
Também é possível aceder à principal linha ferroviária do país, a linha do norte, na Estação Ferroviária de Albergaria dos Doze no concelho vizinho de Pombal a cerca de 24 km a nordeste da cidade ou até mesmo na estação de Pombal para comboios de longo curso, 29 km a norte.

Auto-estrada & Vias principais[editar | editar código-fonte]

Quatro autoestradas servem a cidade de Leiria :

Aeródromo[editar | editar código-fonte]

Leiria dispõem do Aeródromo José Ferrinho (também conhecido por Aeródromo do Falcão e por Aeródromo de Leiria) situado na freguesia dos Marrazes na localidade de Gândara dos Olivais com uma pista de 600m x 9m asfaltada.[26][27] Situa-se a cerca de 5 km a norte-noroeste do centro da cidade.
Existe ainda um Aeródromo militar [28] na freguesia de Monte Real.

Militares[editar | editar código-fonte]

Em Leiria encontra-se o Regimento de Artilharia n.º 4 do Exército Português e, na freguesia de Monte Real, a Base nº 5 da Força Aérea Portuguesa.

Saúde[editar | editar código-fonte]

Leiria possui várias unidades hospitalares e centros de saúde.

O Hospital de Santo André , que em 2011 agregou o Hospital de Pombal (passando a designar-se Centro Hospitalar de Leiria-Pombal) e em 2013 juntou-se o Hospital de Alcobaça, assumindo a actual designação Centro Hospitalar de Leiria[29], é o maior hospital da região e localiza-se a 1 km do centro da cidade; possui urgências ginecológicas-obstetrícias, pediátricas e gerais, bem como uma entrada para doenças súbitas, todas a funcionar tanto de dia como de noite. Possui um imenso leque de especialidades médicas e está no ranking das cinco melhores unidades cardíacas e vasculares, neurológicas e respiratórias[30].

A mais antiga unidade de saúde particular existente em Leiria é o Hospital D. Manuel de Aguiar, propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Leiria, que presta cuidados de saúde na cidade desde 1544[31]. O Hospital D. Manuel de Aguiar, situado na Rua de Tomar foi inaugurado em 1800.

Em Leiria situa-se também a unidade principal do Centro Hospitalar de São Francisco, hospital particular, do Grupo Sanfil.

Jornais de Leiria[editar | editar código-fonte]

Educação[editar | editar código-fonte]

Ensino Básico[editar | editar código-fonte]

Para além das escolas básicas de 1º ciclo, o concelho de Leiria engloba as seguintes escolas básicas de 2º e 3º ciclos:

  • Escola Básica nº2 de Marrazes
  • Agrupamento de Escolas de Caranguejeira- Santa Catarina da Serra
  • Escola Básica Integrada de Colmeias
  • Escola Básica 2,3 D. Dinis
  • Escola Básica 2,3 Dr. Correia Mateus
  • Escola Básica e Secundária Henrique Sommer (Maceira)
  • Escola Básica 2,3 Dr. José Saraiva
  • Escola Básica 2,3 Rainha Santa Isabel (Carreira)
  • Semi-privada: Colégio Dinis de Melo (Amor)

Existem também instituições de ensino privadas:

  • Colégio Conciliar Maria Imaculada
  • Colégio Dr. Luís Pereira da Costa (Monte Redondo)
  • Colégio Nossa Senhora de Fátima

Ensino Secundário[editar | editar código-fonte]

Ensino Profissional[editar | editar código-fonte]

O ensino profissional na cidade é assegurado pela Escola Profissional de Leiria e pela Escola Profissional e Artística da Marinha Grande.[34]

Ensino Superior[editar | editar código-fonte]

A cidade é sede do Instituto Politécnico de Leiria, uma instituição politécnica de ensino superior que foi fundada em 1987. Em Leiria localizam-se três das cinco escolas deste instituto politécnico: a Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria, a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria e a Escola Superior de Saúde de Leiria. O instituto também tem escolas nas cidades de Caldas da Rainha e Peniche, respetivamente a Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha e a Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche. A única instituição de ensino superior privada atualmente presente na cidade de Leiria é o Instituto Superior de Línguas e Administração (ISLA), depois de ter sido encerrado, em 2005, o Pólo de Leiria da Universidade Católica Portuguesa[35], que havia sido criado em 1991[36].

Desporto[editar | editar código-fonte]

A cidade tem a sua própria equipa de futebol, a União Desportiva de Leiria, habitualmente chamada somente de União de Leiria. Esta equipa jogou atá á época 2011/2012 no primeiro escalão do futebol português, a Liga ZON Sagres, estando atualmente, por dificuldades financeiras, nos escalões distritais. O clube jogou no estádio municipal, o Estádio Dr. Magalhães Pessoa, até à época 2010/2011 passando a jogar no Estádio Municipal da Marinha Grande na época seguinte, a partir de um protocolo celebrado entre o clube e a Câmara Municipal da referida cidade.[37]

Este foi um dos estádios onde decorreu o Euro2004. Para receber alguns dos jogos desta competição, o estádio foi reformulado passando a ter uma capacidade para 25 mil espectadores. Em Leiria jogaram-se duas partidas do Grupo B, o Suíça-Croácia, e o Croácia-França. Curiosamente, os dois jogos terminaram empatados.

O estádio também foi palco da Taça da Europa de Atletismo em 2008 e do seu sucessor, o Campeonato Europeu de Atletismo por Equipas SPAR, em 2009.

Na cidade existe também uma equipa de hóquei em patins - o Hóquei Clube de Leiria - que promove também as modalidades de patinagem artística e de velocidade; um clube de karaté - o CSKL; e uma das equipas de atletismo com melhor e maior palmarés em Portugal, a Juventude Vidigalense, de onde já saíram vários campeões nacionais. Este clube organiza o Meeting Cidade de Leiria.

O Clube Bairro dos Anjos (BA) é também uma das principais equipas de atletismo e de natação da cidade, tendo nos seus quadros vários campeões nacionais e distritais.

No Basquetebol o destaque vai para o Núcleo Sportinguista de Leiria (NSL), Campeão Nacional da 1ª Divisão em Seniores Masculinos na época de 1999/2000. Em 2011/2012, o NSL criou uma escola de minibasquete e desde essa época que vem sendo distinguido pela Federação Portuguesa de Basquetebol, consecutivamente, com o Certificado de Qualidade de Escola Portuguesa de Minibasquete, o que aconteceu pela primeira vez na cidade de Leiria, sendo a maior escola de minibasquete do distrito. Em 2012/2013, foi constituída no NSL a primeira Academia de Basquetebol do Sporting Clube de Portugal fora de Lisboa, sendo este clube de expressão mundial pioneiro neste capítulo no panorama basquetebolistico português. Nas primeiras três épocas de Escola de Minibasquete, o NSL recebeu mais de 100 crianças entre os 6 e os 11 anos de idade.

Leiria também oferece parques onde é possível praticar desportos radicais como BMX, skate ou patins, nomeadamente o Parque Radical de São Romão.

Património[editar | editar código-fonte]

Torre dos sinos do Castelo de Leiria.
  • Castelo de Leiria – Depois de conquistar Leiria aos mouros, D. Afonso Henriques mandou, em 1135, construir um castelo nesta localidade. Foi amuralhado em 1195, a mando de D. Sancho I, e, em 1324, D. Dinis mandou construir a torre de menagem, e transformou a fortaleza em palácio. As Invasões Francesas provocaram danos elevados, mas o Castelo de Leiria conseguiu preservar a sua beleza. O castelo, tal como hoje se apresenta, é fruto de uma recriação recente. No século XIX, estando a fortificação medieval em ruínas, o arquitecto de origem suíça Ernesto Korrodi elaborou, a partir de 1898, um plano de reconstrução. Este plano baseava-se, não num levantamento arqueológico, mas na visão romântica da arquitectura medieval do arquitecto, uma corrente representada em França por Eugène Viollet-le-Duc. As obras duraram de 1915 a 1950, tendo a intervenção dos Monumentos Nacionais. Do alto do castelo, avista-se o tecido urbano da cidade, assim como a sua periferia rural.
Interior da Sé de Leiria (século XVI).
  • Sé Catedral de Leiria – O início da sua construção data de 1559, em pleno século XVI, sendo a sua edificação concluída apenas na segunda metade do século XVII. Embora apresente a verticalidade das catedrais góticas, nela transparece o sentido de proporção das suas partes dado pelo cálculo matemático, dentro de um espírito tipicamente renascentista e classizante em que a ideia de projecto arquitectónico ganha uma dimensão moderna. É desprovida de torre sineira. Um adro alto dos inícios do século XVII, corrido por uma balaustrada de pedraria, envolve o edifício.
  • Santuário do Senhor Jesus dos Milagres - Construído entre 1732 e 1750 — coincidindo com a constituição da Paróquia dos Milagres —, em honra a um milagre de Jesus que terá acontecido no lugar, este santuário apresenta um estilo barroco, sendo o mármore o material mais utilizado, a que se alia uma decoração com telas, painéis de azulejos e uma rica estatuária, com destaque para o relógio da igreja, talvez a maior peça patrimonial do santuário[38]. Recebeu obras de restauração, sob a direção do arquiteto suíço Ernesto Korrodi (Ernst Korrodi), em finais do século XX. Em tempos foi um dos principais locais de romaria do país, suplantado posteriormente pelo Santuário de Fátima. Persiste atualmente a celebração pública da devoção ao Senhor Jesus dos Milagres, que ocorre anualmente em setembro. A sua procissão de procissão de andores, atrai ainda a este Santuário centenas de pessoas, originárias de todos os pontos do país. Existe atualmente no local um posto de acolhimento, para esclarecimentos e informações aos visitantes, aberto diariamente, com condições especiais para visitas organizadas[39].
Nossa Senhora da Encarnação.
  • Capela de São Pedro – De origens românicas (finais do século XII), foi alvo de profundas transformações, tendo chegado a ser utilizada como celeiro e teatro até 1880. Foi restaurada e foi retomado o culto religioso em 1940. Subsistem ainda diversos elementos românicos como arcos, colunas e capitéis.
  • Igreja e Convento de São Francisco – Remodelado ao longo dos séculos, apresenta pormenores renascentistas e barrocos. No século XX, esteve prevista a sua demolição mas sobreviveu como cadeia e, a partir de 1920, foi cedido à Companhia Leiriense de Moagens. Iniciada a recuperação em 1992, foram descobertas pinturas murais quatrocentistas.
  • Igreja da Misericórdia – a igreja foi construída na sequência da fundação da Misericórdia em Leiria (1544). Entre 1627 e 1636, o então bispo D. Dinis de Melo e Castro mandou anexar um hospital, que esteve em funcionamento até 1800. No século XVIII a igreja foi reconstruída; é esse templo maneirista, de exterior sóbrio e com estrutura simples, de uma só nave coberta por teto de esteira, que encontramos atualmente. A igreja é propriedade da Santa Casa da Misericórdia e está cedida à Câmara Municipal de Leiria, que a recuperou e transformou num Centro de Diálogo Intercultural.[40]
  • Santuário de Nossa Senhora da Encarnação – Construído no século XVI, tem a sua base nas ruínas do templo de São Gabriel. No século XVIII, foi acrescentada uma grande escadaria barroca, que possibilita o acesso à capela, de alpendre arqueado, onde figura uma imagem quinhentista de São Gabriel.
  • Convento de Santo Agostinho – Iniciada a sua construção no último quartel do século XVI, só viria a concluir-se no século XVIII. Salientam-se o claustro do Convento e a fachada barroca ladeada por duas torres. No edifício do convento anexo são dignos de referência alguns painéis de azulejos dos séculos XVII e XVIII.
  • Convento da Portela (Franciscanos) – é o conjunto religioso mais recente da cidade de Leiria e inclui uma igreja imponente; o seminário encontra-se desativado. A construção iniciou-se em 1902 com projeto de Nicola Bigaglia.[41][42]

Museus[editar | editar código-fonte]

  • Agromuseu Municipal D. Julinha - De caráter etnográfico, as coleções deste museu provêm maioritariamente do acervo existente na antiga Casa Agrícola Pereira e Alves Matos - Carreira, iniciada no Século XIX, e ligada à produção vitivinícola, cerealífera e de azeite[43]. Destacam-se as seguintes categorias: alfaias agrícolas, os transportes, a vitivinicultura, utensílios e equipamentos. A exposição permanente integra, ainda, bens vivos, como os animais de capoeira, espécies hortícolas nas antigas hortas da casa, e arborícolas, como um carvalho cerquinho centenário, e outras espécies[44]. Tem entre os seus objetivos representar a vida da lavoura na Estremadura e, em especial, da região de Leiria. Além de visitas guiadas e exposições temporárias, oferece um serviço educativo com oficinas anuais, orientadas, nomeadamente, para a sensibilização ambiental e valorização de tradições culturais (danças e cantares tradicionais, contos e outras tradições orais)[44].
  • Casa-Museu - Centro Cultural João Soares - Edifício situado na freguesia de Cortes, doado pela família de Mário Soares à Fundação Mário Soares e por esta completamente remodelado, sob a direção da arquiteta Daniela Ermano. Foi criada uma biblioteca e existem espaços destinados a exposições temporárias das ofertas recebidas por Mário Soares durante a sua vida pública, como Primeiro-Ministro e depois como Presidente da República. Simultaneamente, foi concebida uma exposição permanente, dotada de meios audiovisuais, que apresenta uma visão sintética do século XX português. O espaço circundante da casa contempla um jardim da autoria de Gonçalo Ribeiro Teles, onde está exposto um painel de azulejos intitulado O Cristo dos Pescadores, de Hein Semke, um busto de João Lopes Soares, da autoria de Fernando Marques, e o Citroën CX em que Mário Soares percorreu o país em muitas das campanhas eleitorais que se seguiram ao 25 de abril[45].
  • Casa dos Pintores - A Casa dos Pintores, assim designada devido à grande quantidade de artistas que retrataram a sua fachada, é uma peça de arquitetura histórica relevante no conjunto edificado do centro histórico de Leiria, apresentando uma tipologia singular na malha urbana medieval, na qual ressalta a varanda com uma balaustrada em madeira, com dois sobrados, num topo de um quarteirão de reduzidas dimensões. A recuperação deste edifício municipal pretendeu atribuir-lhe uma função que se coadunasse, por um lado, com a valência histórica do local, e por outro, que impulsionasse a dinâmica turística, ajudando à criação de uma rede de núcleos museológicos e culturais, que dignificassem a qualidade cultural e turística da zona histórica da cidade. A equipa de arqueologia municipal acompanhou o desenvolvimento do processo desde a sua génese, que manteve a sua traça original, tendo-se promovido uma investigação histórica e arqueológica no quadro deste projeto piloto, que permite que os objetivos de gestão e divulgação do património arqueológico concelhio se atinjam. O edifício acolhe atualmente os serviços técnicos de Arqueologia e Património e o laboratório de Conservação e Restauro, potenciando o cumprimento da sua missão social, cultural e educativa e a aproximação deste serviço aos munícipes. A Oficina de Arqueologia tem como missão garantir uma eficiente e sistemática gestão, investigação, salvaguarda, divulgação, científica e pedagógica, bem como de valorização do património arqueológico do concelho de Leiria[46].
  • Moinho de Papel - Antigo moinho do século XV dedicado à produção de papel, convertido em museu com projecto arquitectónico de Siza Vieira. Foi inaugurado em 2009.
  • Museu da Imagem em Movimento – Este museu resultou de uma exposição comemorativa dos 100 Anos do Cinema em Portugal (1995), tendo surgido face à necessidade reconhecida de encontrar um espaço onde os elementos ligados à arte cinematográfica então reunidos pudessem ser devidamente expostos e divulgados. Contempla ainda a instalação de uma biblioteca especializada e videoteca vocacionada para o cinema português.
  • Museu da Fábrica de Cimentos Maceira-Lis – Tendo sido inaugurado no ano de 1991, nele se preserva o património da respectiva fábrica, cuja história se encontra ligada à evolução desta indústria em Portugal. Integra ainda, fora do perímetro fabril, a primeira locomotiva a vapor da fábrica, a Central Turbo-Geradora, a primitiva casa da direcção e o moinho de vento.
  • Museu Escolar - Inaugurado em 1997, teve origem num projecto iniciado em 1993, por um grupo professores da Escola do 1º Ciclo do Ensino Básico de Marrazes, freguesia onde está situado. Conserva livros, documentos da instrução primária, material didáctico e mobiliário escolar, usado no país ao longo do século XX.
  • Museu de Leiria - Situado no Convento de Santo Agostinho, é herdeiro do projeto do Museu Regional de Obras de Arte, Arqueologia e Numismática de Leiria, criado em 1917[47]. Destacam-se, além de uma importante coleção de arte etnográfica africana, peças de mobiliário, cerâmica, vidro, numismática e pintura antiga e contemporânea[48].
  • Museu do Sporting Clube de Portugal - Um museu situado perto do Castelo de Leiria, mesmo em frente da Escola Secundária Domingos Sequeira e até há pouco tempo ao lado do Café do Núcleo Sportinguista de Leiria. Situado numa espécie de cave contém peças únicas, doadas por sócios, simpatizantes, dirigentes e atletas do Sporting e réplicas e taças e outros objectos do clube de Alvalade.
  • Núcleo Museológico da Torre de Menagem do Castelo de Leiria - Neste espaço museológico podemos observar várias peças e outros objectos que mostram a cidade como ela era na antiguidade, durante o seu tempo medieval.
  • Núcleo Museológico dos Bombeiros Municipais de Leiria - Neste espaço museológico podemos observar vários artigos pertencentes aos Bombeiros Municipais de Leiria, a maior parte com vários anos de existência e que já apenas servem para estarem expostas.

Artesanato[editar | editar código-fonte]

  • Louça de Bajouca – A localidade de Bajouca tem uma tradição de olaria muito antiga. Nesta localidade, a louça é muito clara. Assim, os oleiros aproveitam esta característica para fazerem uma decoração com lambugem vermelha, essencialmente nos mealheiros, com riscas avermelhadas e brancas. As peças produzidas são utilitárias e decorativas.
  • Rodilhas (Sogras) de Leiria – As "Rodilhas" ou "Sogras" são pequenas almofadas de forma circular, abertas no centro. Eram utilizadas pelas mulheres, que sobre eles transportavam, à cabeça, os cântaros de água ou as cestas. Os materiais utilizados na sua confecção são tiras de trapos, lãs e linhas de bordar, entrançadas e bordadas. Hoje em dia, este tipo de peça é também utilizado como decoração.

Gastronomia[editar | editar código-fonte]

A gastronomia de Leiria oferece uma boa variedade de pratos portugueses, incluindo pratos de peixe fresco e o famoso ' Leitão ' da Boavista (leitão assado). A freguesia das Cortes é conhecida pelas "Migas", uma mistura de broa com espinafre, alho e azeite que é comido como um acompanhamento de peixe ou carne.

Pratos Típicos – Morcela de ArrozNegritosLentriscasBacalhoada com migasBacalhau com feijão fradeOssinhos; Fritada; CabritoFeijoadaLeitãoChanfanaFritada dos peixinhosChanfana (Chainça)Bacalhau com Chícharos (Santa Catarina da Serra).

Doces Regionais – Brisas do LisLampreia de OvosOvos FolhadosBolinhos de PinhãoCastanhas queimadasTarte de Chícharos (Alvaiázere)Canudos de LeiriaDoce de amêndoaBroas Doces de BatataMerendeiras dos SantosFilhós de abóbora.

Vinhos – Caves Vidigal, S.A.; Paço das Côrtes, Cortes; Vale da Mata, Cortes; Quinta da Serrinha (Vinho Bio), Barreira; Quinta da Sapeira, Serra d'Aire; Santos & Santos, Torres Vedras; IGP Lisboa, Sub-região Alta Estremadura. Leiria faz parte da Região Demarcada do Vinho das Encostas de Aire DOC - Denominação de Origem Controlada.

Entretenimento[editar | editar código-fonte]

Cinemas[editar | editar código-fonte]

Existem diversos cinemas na cidade e no concelho:

  • Cinema City (Leiria)
  • Cineplace (Leiria)
  • Teatro José Lúcio da Silva (Leiria)
  • Teatro Miguel Franco (Leiria)
  • Cine-Teatro de Monte Real (Monte Real)

Festas da cidade[editar | editar código-fonte]

É de destacar a feira anual tradicional, com uma duração aproximada de 20 dias, realizada geralmente entre os dias 1 e 25 de maio[49], que têm ampla tradição na região.
A feira teria originado em 30 de abril de 1295 com a "Carta de Feira Anual" concedida pelo rei D. Dinis.[50] Localmente, é conhecida pelo facto de ter sempre chuva. Este motivo teria levado o município a mudá-la de março para maio[50] mas sem resultados, dado continuar a maldição da chuva na feira da cidade.

Geminação[editar | editar código-fonte]

Monumento das cidades geminadas com Leiria (2013)

De acordo com o sítio da Associação Nacional de Municípios Portugueses[51], Leiria tem geminação com as seguintes cidades:

Personalidades de Leiria[editar | editar código-fonte]

Referências

Leiria

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Leiria (desambiguação).
Leiria
Brasão de LeiriaBandeira de Leiria
LEIRIA E CASTELO.jpg
Vista da cidade de Leiria
Localização de Leiria
Mapa de Leiria
GentílicoLeiriense /coliponense [1]
Área565,09 km²
População126 897 hab. (2011)
Densidade populacional224,6  hab./km²
N.º de freguesias18
Presidente da
câmara municipal
Gonçalo Nuno Bértolo Gordalina Lopes
Fundação do município
(ou foral)
1142, 1195
Região (NUTS II)Centro
Sub-região (NUTS III)Região de Leiria
DistritoLeiria
ProvínciaBeira Litoral
OragoNossa Senhora da Encarnação
Feriado municipal22 de maio (Criação da diocese e elevação a cidade)
Código postal2400 Leiria
Sítio oficialhttp://www.cm-leiria.pt
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg

Leiria é uma cidade portuguesa, capital do distrito de Leiria, na província da Beira Litoral, sede da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, no Centro de Portugal, com cerca de 63000 habitantes no seu perímetro urbano. Os habitantes desta cidade chamam-se leirienses ou coliponenses [2]

É sede de um município com 565,09 km² de área[3] e 126 897 habitantes (2011)[4][5] subdividido em 18 freguesias[6], o que faz dele o segundo concelho mais populoso das Beiras, só superado por Coimbra. É limitado a norte/nordeste pelo concelho de Pombal, a leste pelo de Ourém, a sul pelos municípios de Batalha e Porto de Mós, a sudoeste pelo de Alcobaça, a oeste pelo concelho da Marinha Grande e a noroeste pelo Oceano Atlântico.

Leiria é o principal centro urbano da unidade estatística Pinhal Litoral e da comunidade urbana de Leiria, assim como um importante centro de comércio, serviços e indústria.

O município tem uma faixa costeira a ocidente, que a liga ao Oceano Atlântico. O feriado municipal é a 22 de maio e celebra a criação da diocese de Leiria, em 1545.[7] A sua elevação a cidade ocorreu no dia 13 de Junho do mesmo ano.[8]

A cidade é banhada pelos rios Lis e o seu afluente, o Lena, sendo o castelo de Leiria o seu monumento mais notável.

O concelho recebeu o primeiro foral de D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, em 1142[9], sob o nome de Leirena.

Foi uma das cidades escolhidas para fazer parte do Euro 2004, e graças a isso o seu estádio municipal sofreu uma grande remodelação, que ainda hoje está a ser paga pelo município e o endividou profundamente (pelo menos durante duas décadas).[10][11][12]

Com uma gastronomia variada e com tradições reconhecidas, o concelho é historicamente rico, como o testemunham o castelo da cidade e o Santuário de Nossa Senhora da Encarnação. Leiria dispõe ainda, dentro do município, das Termas de Monte Real, de praias como a do Pedrógão, da Lagoa da Ervideira e da mata municipal de Marrazes. Ficam relativamente perto as históricas cidades de OurémFátimaPombal e Coimbra bem como a estância balnear da Figueira da Foz, uma das principais da região. Outros centros urbanos como o EntroncamentoTomarTorres Novas e Rio Maior, já no Ribatejo, estão bastante próximos. Os portos da Figueira da Foz e de Peniche distam cerca de 50 km e 80 km, respectivamente.Dista cerca de 170 km da cidade do Porto e à 136 km da cidade de Lisboa.

População[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes [13]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
32 25235 40241 60644 81148 44751 10155 23467 31377 56782 98880 24196 517102 762119 847126 897

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)

Número de habitantes por Grupo Etário [14]
190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos19 51220 82616 86420 38923 75726 19527 71925 38026 10021 89720 55819 317
15-24 Anos9 49610 9329 75510 28912 44714 24615 11013 69517 90917 20617 48014 558
25-64 Anos20 93922 74020 57222 45126 28031 04034 45533 85044 08552 08265 19570 986
= ou > 65 Anos3 4623 3612 9513 8773 8314 3425 7046 0258 42311 57716 61422 036
> Id. desconh247195204132267

(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

Nos censos de 1900 e 1911 incluía a freguesia da Marinha Grande. Pela lei nº 644, de 20 de janeiro de 1917, foi restaurado o concelho de Marinha Grande.

Freguesias[editar | editar código-fonte]

Freguesias do concelho de Leiria.

O concelho de Leiria está dividido em 18 freguesias:

História[editar | editar código-fonte]

A história precoce de Leiria é obscura. Mas mesmo assim, a bacia hidrográfica do Lis é das zonas com maior densidade de achados arqueológicos do país, atribuíveis ao Paleolítico Inferior. De momento estão inventariados mais de 70 sítios arqueológicos na região, entre os quais vários jazigos de sílex, inúmeros seixos talhados (em areeiros por arrastamento do rio, na Quinta do Cónego nas Cortes, na Mata dos Marrazes, atrás do Bairro Sá Carneiro), gravuras rupestres (na praia do Pedrógão), uma pintura rupestre (no vale-canhão do Lapedo) e muitas outras. De todos os achados destaca-se o menino do Lapedo, encontrado no vale do mesmo nome e que tem suscitado o interesse da comunidade científica internacional. Os primeiros habitantes que se sabe ao certo, foram os túrdulos (Turdulorum Oppidani), um povo indígena Celtibero (relacionado com os Lusitanos); que estabeleceu uma povoação perto (a cerca de 7 km) de Leiria. Esta foi posteriormente ocupada pelos romanos, período em que floresceu sob o nome de Collippo . As pedras da antiga cidade romana foram usadas na Idade Média para construir parte de Leiria, destacando-se o castelo onde ainda se podem ver pedras com inscrições romanas.

O Castelo de Leiria, com as suas características galerias.

O nome Leiria em si, deriva de leira (do galaico-português medieval laria : a partir do proto-celta * ɸlār-yo-, semelhante ao lar em Irlandês antigo 'chão', em Bretão leur 'chão', em Galês llawr ' andar ') que em Português significa área de lotes agrícolas.

Leiria foi habitada pelos suevos em 414 dC e incorporada por Leovigildo no reino dos visigodos em 585 dC. Mais tarde os mouros ocuparam esta a área, até à tomada por D. Afonso Henriques em 1135, durante a chamada Reconquista. A região foi alvo de ataques mouros até 1140. Durante esse período entre Leiria e regiões mais a Sul como Santarém e Lisboa, existiu uma faixa territorial conhecida como "terra de ninguém", até esta ser repovoada por cristãos. Em 1142 Afonso Henriques atribuiu o primeiro foral (carta de direitos feudais) para estimular a colonização da região [15]. A maioria da população vivia dentro das muralhas protectoras da cidade inicialmente, mas já no século XII parte da população vivia na sua parte exterior. A mais antiga igreja de Leiria, a Igreja de São Pedro, construída em estilo românico no século XII, servia a freguesia exterior às muralhas.

De facto a região de Leiria é ideal para a fixação do Homem: com as várias vias de comunicação existentes, que atribuíam àquele local a fronteira entre o Norte e o Sul da fachada ocidental da península e entre o litoral e o interior, e com as características favoráveis do rio Lis que passa no local, seria inevitável a exploração e desenvolvimento agrícola e comercial no local, tornando-se na Idade Média no local de controlo do tráfego económico da região.

Durante a Idade Média, a importância da vila aumentou, e foi sede de diversas cortes, reuniões políticas entre o rei e a nobreza (para uma lista com as diversas cortes realizadas na cidade, ver Cortes de Leiria). As primeiras cortes realizadas em Leiria foram em 1254[15], durante o reinado de D. Afonso III. No início do século XIV (1324), D. Dinis mandou erguer a torre de menagem do castelo, como pode ser visto numa inscrição na torre.

Fotografia panorâmica com a torre de menagem do castelo de Leiria.

Esse rei construiu também uma residência real em Leiria (actualmente perdida), e viveu por longos períodos na cidade, que ele doou como feudo à sua esposa, a rainha Santa Isabel. O rei também expandiu a plantação do famoso Pinhal de Leiria, próximo da costa atlântica. Mais tarde, a madeira deste pinhal seria usada para construir as naus que serviram aos Descobrimentos portugueses, nos séculos XV e XVI. Durante o século XV houve vários moinhos de cereais na cidade, que foram fonte de riqueza para a região. Em 1411, D. João I autorizou a instalação de um moinho de papel (atualmente um museu) para a fabricação deste material. Na mesma época é documentado que os judeus desenvolveram nesse concelho uma das mais notáveis comunidades, ao ponto de empreenderem uma florescente actividade industrial. Abraão Zacuto, erudito judeu, publicou sua obra Almanach perpetuum em Leiria em 1496.

Palácio do rei D. João I no Castelo de Leiria.

No fim do século XV, o rei D. João I construiu um palácio real dentro das muralhas do castelo. Este palácio, com elegantes galerias góticas que possibilitam vistas maravilhosas da cidade e da meio envolvente, ficou totalmente em ruínas, mas foi parcialmente reconstruído no século XX. D. João I foi também o responsável pela reconstrução da Igreja de Nossa Senhora da Pena, localizada dentro do perímetro do castelo, num estilo gótico tardio.

Por volta do fim do século XV, a cidade continuou a crescer, ocupando a área que se estende desde a colina do castelo até ao rio Lis. O rei D. Manuel I deu à localidade um novo foral em 1510, e em 1545 foi elevada à categoria de cidade, tornando-se sede da diocese de Leiria. A Sé Catedral de Leiria foi construída na segunda metade do século XVI, numa mistura dos estilos renascentista (gótico tardio) e maneirista (renascimento tardio).

Comparando com a Idade Média, a história subsequente de Leiria é de relativa decadência. A cidade foi duramente atingida pelas Invasões Francesas, especialmente em 1808 (o massacre da Portela, pelas tropas Napoleónicas do Gen. Margaron)[16], e o Grande Incêndio de 1811, causado pelos franceses que retiravam das Linhas de Torres.[17] No entanto, no século XX, a sua posição estratégica no território português favoreceu o desenvolvimento de indústrias diversas, levando a um grande desenvolvimento da cidade e da sua região.

De facto, durante vários anos, Leiria foi das poucas capitais distritais que não era a cidade mais populosa do próprio distrito, sendo suplantada pela cidade de Caldas da Rainha. Contudo, nos últimos anos a cidade tem-se desenvolvido de forma extraordinária, e é já um dos 25 principais centros urbanos de maiores dimensões do país.

Fotografia panorâmica da cidade de Leiria.

Heráldica[editar | editar código-fonte]

Armas – De ouro, um castelo de vermelho, aberto e iluminado de prata, acompanhado de dois pinheiros de verde, frutados de ouro e sustidos de negro, tudo sainte de um terrado de verde realçado de negro. Os pinheiros rematados cada um por um corvo de negro, voltados para o centro. A torre central acompanhada em chefe de duas estrelas de oito raios de vermelho. Em contra-chefe, três faixetas ondadas de prata e azul. Coroa mural de cinco torres de prata. Listel branco com os dizeres “Cidade de Leiria” a negro.[18]

Bandeira – Gironada de branco e vermelho, cordões e borlas de prata e vermelho. Haste e lança de ouro.[18]

Selo branco – Circular, tendo ao centro as peças das armas sem indicação dos esmaltes, tudo envolvido por dois círculos concêntricos onde corre a legenda “Câmara Municipal de Leiria”.[18]

Cultura[editar | editar código-fonte]

Além de ser um local de interesse histórico, o Castelo de Leiria oferece um local para eventos culturais. Situado perto do castelo, a Igreja de São Pedro é usada como um dos locais do Festival Anual de Música. Leiria é também a casa do m|i|mo, o Museu da Imagem em Movimento e do Museu do Moinho do Papel, primeira fábrica de papel em Portugal. O Teatro Miguel Franco no mercado de Sant'Ana e o Teatro José Lúcio da Silva são espaços para o teatro, apresentações de música e dança, bem como de cinema. O Museu de Leiria, desde a construção do edifício que o alberga, tornou-se um dos espaços culturais mais relevantes do concelho e tem recebido alguns prémios nacionais e internacionais.[19]

A cidade é o berço de dois importantes poetas portugueses, Francisco Rodrigues Lobo (do período do Renascimento), cujo nome foi dado à praça central da cidade, e Afonso Lopes Vieira (ligado à corrente da chamada Renascença Portuguesa e um dos primeiros representantes do Neogarretismo). Hoje a Praça Rodrigues Lobo é lugar de uma cultura próspera de cafés, bem como regularmente utilizada para eventos culturais. Outros escritores que andaram por Leiria foram o rei D. Dinis (Dinis I de Portugal) e Eça de Queirós, que escreveu em Leiria — era então administrador da cidade — a sua primeira novela realista, O Crime do Padre Amaro, publicada em 1875. Existe ainda hoje em Leiria a casa onde Eça viveu, à Travessa da Tipografia.

A cidade tem várias entidades culturais que fazem apresentações de projetos culturais e artísticos, com destaque para a Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira, a Livraria Arquivo, o Ateneu, os grupos de teatro Leirena e O Nariz, a Associação Asteriscos, a FADE IN, a Célula & Membrana , a ECO, os Corvos do Lis e alguns outros, oferecendo o mais movimentado calendário de eventos. O Festival A Porta tem, igualmente, dado a conhecer centenas de artistas e agentes culturais de Leiria.

Vários edifícios de interesse, restaurados ou projetados pelo arquiteto Ernesto Korrodi no início do século XX, deram um aspecto interessante a Leiria e fazem parte da cultura visual da cidade dos quais se destaca o Castelo de Leiria.

Nos últimos anos, Leiria viu o seu desenvolvimento orientar-se para as margens do rio Liz que abraça a cidade. Este desenvolvimento criou vários parques novos, espaços públicos, parques infantis e uma série de pontes temáticas. Além disso, um longo passeio foi criado, que é popular entre os caminhantes e corredores.

Existem vários festivais de Verão realizados na região. O mais conhecido de todos é o Festival Gótico ENTREMURALHAS, organizado pela FADE IN - Associação de Acção Cultural. A cidade abriga um mercado de antiguidades mensal.

Geografia e Localização[editar | editar código-fonte]

Leiria vista do seu castelo.

Leiria, cujas coordenadas geográficas são 39° 46' Norte 08° 53' Oeste, está situada entre as duas principais cidades portuguesas, Lisboa e Porto, junto ao litoral do país. Dista cerca de 140 km de Lisboa, 179 km do Porto e 55 km de Coimbra. A cidade é o centro de uma área de influência de cerca de 350 000 habitantes, que abrange outros aglomerados populacionais, como as cidades de Marinha GrandePombalOurémFátima e Alcobaça.

Leiria está também próxima de praias como a Praia da Vieira, a praia do PedrógãoSão Pedro de MoelParedes da Vitória e Nazaré (Portugal). Localizam-se relativamente próximos da cidade vários monumentos de interesse: o Mosteiro de Alcobaça, o Mosteiro da Batalha, o Castelo de Porto de Mós e o Castelo de Ourém. A vila histórica de Aljubarrota situa-se a cerca de 25 km de Leiria, e é também próxima a cidade de Fátima, conhecida pelo seu Santuário e pelo seu valor religioso.

Leiria situa-se na veiga por onde corre o rio Lis, na Beira Litoral. A cidade histórica estende-se entre a colina do castelo e o rio Lis.

Clima[editar | editar código-fonte]

A cidade de Leiria localiza-se próxima da costa ocidental, na região centro de Portugal Continental, apresentando um clima Mediterrânico (Csa) com influência oceânica.

Assim, apresenta invernos frescos e húmidos, contando em média com 40 dias de chuva (330mm) contra 50 dias secos e 5 horas de sol por dia. As temperaturas médias variam entre 15°C e 7 °C, podendo as mínimas baixar aos 0 °C em dias mais frios, favorecendo o aparecimento de gelo ou geada. A temperatura mais baixa registada em Leiria (desde o início dos registos em 2008) foi de -5°C na manhã do dia 19 de Janeiro de 2017.[20]

As primaveras são bastante agradáveis, sendo o mês de abril bastante chuvoso. Esta estação conta em média com 43 dias de chuva (273mm) contra 47 dias secos e 7 horas de sol por dia. As temperaturas médias variam entre 20 °C e 11 °C.

Os verões trazem consigo temperaturas altas e sol, contando em média com 18 dias de chuva (77mm) contra 82 dias secos e 9 horas de sol por dia. As temperaturas médias variam entre 27 °C e 15 °C, podendo as máximas alcançar os 35 °C nos dias mais quentes. A temperatura mais alta registada em Leiria (desde o início dos registos em 2008) foi de 42°C, na tarde do dia 7 de Agosto de 2016.[21]

Já os outonos, embora sejam amenos, assolam por vezes a cidade com chuva e vento e contam em média com 39 dias de chuva (339 mm) contra 51 dias secos e 6 horas de sol por dia. As temperaturas médias variam entre 21 °C e 12 °C.

A queda de neve na cidade de Leiria ocorre com intervalos de décadas, sendo mais frequente nos arredores da cidade. A última vez que nevou na zona urbana de Leiria foi a 29 de Janeiro de 2006, numa manhã fria e húmida de domingo entre as 10h e as 12h, em que a temperatura caiu para os 2 °C[22]. Houve acumulação apenas nas zonas rurais[23]. Nos anos 80 há relatos de um manto de neve sobre a cidade, em 1983 e/ou 87[23]. No dia 27 de Fevereiro de 2016 nevou em vários pontos do concelho[24].

Política[editar | editar código-fonte]

Eleições autárquicas[editar | editar código-fonte]

Câmara Municipal

Data%V%V%V%V
PPD/PSDCDS-PPPSIND
197637,42425,43324,432
197939,86430,65317,702
198230,98337,23420,612
198530,90345,00510,591
198945,24517,42129,183
199339,11417,90233,333
199743,3558,58-38,354
200152,0059,72120,9129,881
200542,5949,35135,474
200937,6157,68144,865
201327,8544,67-46,317
201726,9635,03-54,468

Assembleia Municipal

Exclui os presidentes de junta de freguesia.

Data%D%D%D%D%D%DParticipação
PSPPD/PSD - MPTCDS-PPB.E.PANCDU
201747,141728,81116,9423,9813,2013,02
54,61 / 100,00

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Data%
CDSPSDPSPCPUDPADAPU/CDUFRSPRDPSNB.E.PANPàF
197630,9229,4025,754,000,80
1979ADAD18,51APU1,4064,957,16
1980FRS0,8268,756,1418,44
198324,2135,3629,070,445,75
198518,2440,1017,460,804,5913,14
19878,4065,9015,29CDU0,373,282,51
19916,2565,3320,052,300,601,45
199514,2047,0232,570,392,50
199912,5146,1132,922,800,281,95
200212,2254,2625,262,072,47
200511,7843,0730,722,525,68
200915,1735,8228,732,839,46
201114,4649,0618,553,005,501,22
2015PàFPàF21,963,119,571,2453,11

Economia[editar | editar código-fonte]

A região vive do comércio, da agropecuária e da indústria, destacando-se o fabrico de objectos de cerâmica, plásticos, moldes e cimentos. A construção civil tem também um peso importante, assim como o turismo. O principal sector económico é o sector terciário, dos serviços. Também tem grande influências as fábricas de vidro, na Marinha Grande.

Entre 1930 e 1980 as empresas de plásticos de Leiria e Marinha Grande ocuparam posição cimeira na produção de brinquedos em Portugal, como a Bota Botilde, o Cubo Mágico e o Subbuteo[25].

Infra-estruturas[editar | editar código-fonte]

Transportes[editar | editar código-fonte]

Leiria tem uma rodoviária de autocarros na qual recebe carreiras regulares interurbanas da Rodoviária do TejoTransdev e expressos da Rede Nacional de Expressos para vários centros urbanos, incluindo autocarros de hora a hora para Lisboa e mais de 10 para o Porto. Tem também os seus transportes urbanos, a Mobilis, assegurada pela Câmara Municipal, com conexões regulares a toda a cidade. Ainda conta com uma empresa de táxis.

Ferroviários[editar | editar código-fonte]

Na Estação Ferroviária de Leiria, situada a cerca de 3 km a noroeste do centro da cidade, é possível aceder aos caminho-de-ferro da Linha do Oeste (Lisboa - Figueira da Foz - Coimbra).
Também é possível aceder à principal linha ferroviária do país, a linha do norte, na Estação Ferroviária de Albergaria dos Doze no concelho vizinho de Pombal a cerca de 24 km a nordeste da cidade ou até mesmo na estação de Pombal para comboios de longo curso, 29 km a norte.

Auto-estrada & Vias principais[editar | editar código-fonte]

Quatro autoestradas servem a cidade de Leiria :

Aeródromo[editar | editar código-fonte]

Leiria dispõem do Aeródromo José Ferrinho (também conhecido por Aeródromo do Falcão e por Aeródromo de Leiria) situado na freguesia dos Marrazes na localidade de Gândara dos Olivais com uma pista de 600m x 9m asfaltada.[26][27] Situa-se a cerca de 5 km a norte-noroeste do centro da cidade.
Existe ainda um Aeródromo militar [28] na freguesia de Monte Real.

Militares[editar | editar código-fonte]

Em Leiria encontra-se o Regimento de Artilharia n.º 4 do Exército Português e, na freguesia de Monte Real, a Base nº 5 da Força Aérea Portuguesa.

Saúde[editar | editar código-fonte]

Leiria possui várias unidades hospitalares e centros de saúde.

O Hospital de Santo André , que em 2011 agregou o Hospital de Pombal (passando a designar-se Centro Hospitalar de Leiria-Pombal) e em 2013 juntou-se o Hospital de Alcobaça, assumindo a actual designação Centro Hospitalar de Leiria[29], é o maior hospital da região e localiza-se a 1 km do centro da cidade; possui urgências ginecológicas-obstetrícias, pediátricas e gerais, bem como uma entrada para doenças súbitas, todas a funcionar tanto de dia como de noite. Possui um imenso leque de especialidades médicas e está no ranking das cinco melhores unidades cardíacas e vasculares, neurológicas e respiratórias[30].

A mais antiga unidade de saúde particular existente em Leiria é o Hospital D. Manuel de Aguiar, propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Leiria, que presta cuidados de saúde na cidade desde 1544[31]. O Hospital D. Manuel de Aguiar, situado na Rua de Tomar foi inaugurado em 1800.

Em Leiria situa-se também a unidade principal do Centro Hospitalar de São Francisco, hospital particular, do Grupo Sanfil.

Jornais de Leiria[editar | editar código-fonte]

Educação[editar | editar código-fonte]

Ensino Básico[editar | editar código-fonte]

Para além das escolas básicas de 1º ciclo, o concelho de Leiria engloba as seguintes escolas básicas de 2º e 3º ciclos:

  • Escola Básica nº2 de Marrazes
  • Agrupamento de Escolas de Caranguejeira- Santa Catarina da Serra
  • Escola Básica Integrada de Colmeias
  • Escola Básica 2,3 D. Dinis
  • Escola Básica 2,3 Dr. Correia Mateus
  • Escola Básica e Secundária Henrique Sommer (Maceira)
  • Escola Básica 2,3 Dr. José Saraiva
  • Escola Básica 2,3 Rainha Santa Isabel (Carreira)
  • Semi-privada: Colégio Dinis de Melo (Amor)

Existem também instituições de ensino privadas:

  • Colégio Conciliar Maria Imaculada
  • Colégio Dr. Luís Pereira da Costa (Monte Redondo)
  • Colégio Nossa Senhora de Fátima

Ensino Secundário[editar | editar código-fonte]

Ensino Profissional[editar | editar código-fonte]

O ensino profissional na cidade é assegurado pela Escola Profissional de Leiria e pela Escola Profissional e Artística da Marinha Grande.[34]

Ensino Superior[editar | editar código-fonte]

A cidade é sede do Instituto Politécnico de Leiria, uma instituição politécnica de ensino superior que foi fundada em 1987. Em Leiria localizam-se três das cinco escolas deste instituto politécnico: a Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria, a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria e a Escola Superior de Saúde de Leiria. O instituto também tem escolas nas cidades de Caldas da Rainha e Peniche, respetivamente a Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha e a Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche. A única instituição de ensino superior privada atualmente presente na cidade de Leiria é o Instituto Superior de Línguas e Administração (ISLA), depois de ter sido encerrado, em 2005, o Pólo de Leiria da Universidade Católica Portuguesa[35], que havia sido criado em 1991[36].

Desporto[editar | editar código-fonte]

A cidade tem a sua própria equipa de futebol, a União Desportiva de Leiria, habitualmente chamada somente de União de Leiria. Esta equipa jogou atá á época 2011/2012 no primeiro escalão do futebol português, a Liga ZON Sagres, estando atualmente, por dificuldades financeiras, nos escalões distritais. O clube jogou no estádio municipal, o Estádio Dr. Magalhães Pessoa, até à época 2010/2011 passando a jogar no Estádio Municipal da Marinha Grande na época seguinte, a partir de um protocolo celebrado entre o clube e a Câmara Municipal da referida cidade.[37]

Este foi um dos estádios onde decorreu o Euro2004. Para receber alguns dos jogos desta competição, o estádio foi reformulado passando a ter uma capacidade para 25 mil espectadores. Em Leiria jogaram-se duas partidas do Grupo B, o Suíça-Croácia, e o Croácia-França. Curiosamente, os dois jogos terminaram empatados.

O estádio também foi palco da Taça da Europa de Atletismo em 2008 e do seu sucessor, o Campeonato Europeu de Atletismo por Equipas SPAR, em 2009.

Na cidade existe também uma equipa de hóquei em patins - o Hóquei Clube de Leiria - que promove também as modalidades de patinagem artística e de velocidade; um clube de karaté - o CSKL; e uma das equipas de atletismo com melhor e maior palmarés em Portugal, a Juventude Vidigalense, de onde já saíram vários campeões nacionais. Este clube organiza o Meeting Cidade de Leiria.

O Clube Bairro dos Anjos (BA) é também uma das principais equipas de atletismo e de natação da cidade, tendo nos seus quadros vários campeões nacionais e distritais.

No Basquetebol o destaque vai para o Núcleo Sportinguista de Leiria (NSL), Campeão Nacional da 1ª Divisão em Seniores Masculinos na época de 1999/2000. Em 2011/2012, o NSL criou uma escola de minibasquete e desde essa época que vem sendo distinguido pela Federação Portuguesa de Basquetebol, consecutivamente, com o Certificado de Qualidade de Escola Portuguesa de Minibasquete, o que aconteceu pela primeira vez na cidade de Leiria, sendo a maior escola de minibasquete do distrito. Em 2012/2013, foi constituída no NSL a primeira Academia de Basquetebol do Sporting Clube de Portugal fora de Lisboa, sendo este clube de expressão mundial pioneiro neste capítulo no panorama basquetebolistico português. Nas primeiras três épocas de Escola de Minibasquete, o NSL recebeu mais de 100 crianças entre os 6 e os 11 anos de idade.

Leiria também oferece parques onde é possível praticar desportos radicais como BMX, skate ou patins, nomeadamente o Parque Radical de São Romão.

Património[editar | editar código-fonte]

Torre dos sinos do Castelo de Leiria.
  • Castelo de Leiria – Depois de conquistar Leiria aos mouros, D. Afonso Henriques mandou, em 1135, construir um castelo nesta localidade. Foi amuralhado em 1195, a mando de D. Sancho I, e, em 1324, D. Dinis mandou construir a torre de menagem, e transformou a fortaleza em palácio. As Invasões Francesas provocaram danos elevados, mas o Castelo de Leiria conseguiu preservar a sua beleza. O castelo, tal como hoje se apresenta, é fruto de uma recriação recente. No século XIX, estando a fortificação medieval em ruínas, o arquitecto de origem suíça Ernesto Korrodi elaborou, a partir de 1898, um plano de reconstrução. Este plano baseava-se, não num levantamento arqueológico, mas na visão romântica da arquitectura medieval do arquitecto, uma corrente representada em França por Eugène Viollet-le-Duc. As obras duraram de 1915 a 1950, tendo a intervenção dos Monumentos Nacionais. Do alto do castelo, avista-se o tecido urbano da cidade, assim como a sua periferia rural.
Interior da Sé de Leiria (século XVI).
  • Sé Catedral de Leiria – O início da sua construção data de 1559, em pleno século XVI, sendo a sua edificação concluída apenas na segunda metade do século XVII. Embora apresente a verticalidade das catedrais góticas, nela transparece o sentido de proporção das suas partes dado pelo cálculo matemático, dentro de um espírito tipicamente renascentista e classizante em que a ideia de projecto arquitectónico ganha uma dimensão moderna. É desprovida de torre sineira. Um adro alto dos inícios do século XVII, corrido por uma balaustrada de pedraria, envolve o edifício.
  • Santuário do Senhor Jesus dos Milagres - Construído entre 1732 e 1750 — coincidindo com a constituição da Paróquia dos Milagres —, em honra a um milagre de Jesus que terá acontecido no lugar, este santuário apresenta um estilo barroco, sendo o mármore o material mais utilizado, a que se alia uma decoração com telas, painéis de azulejos e uma rica estatuária, com destaque para o relógio da igreja, talvez a maior peça patrimonial do santuário[38]. Recebeu obras de restauração, sob a direção do arquiteto suíço Ernesto Korrodi (Ernst Korrodi), em finais do século XX. Em tempos foi um dos principais locais de romaria do país, suplantado posteriormente pelo Santuário de Fátima. Persiste atualmente a celebração pública da devoção ao Senhor Jesus dos Milagres, que ocorre anualmente em setembro. A sua procissão de procissão de andores, atrai ainda a este Santuário centenas de pessoas, originárias de todos os pontos do país. Existe atualmente no local um posto de acolhimento, para esclarecimentos e informações aos visitantes, aberto diariamente, com condições especiais para visitas organizadas[39].
Nossa Senhora da Encarnação.
  • Capela de São Pedro – De origens românicas (finais do século XII), foi alvo de profundas transformações, tendo chegado a ser utilizada como celeiro e teatro até 1880. Foi restaurada e foi retomado o culto religioso em 1940. Subsistem ainda diversos elementos românicos como arcos, colunas e capitéis.
  • Igreja e Convento de São Francisco – Remodelado ao longo dos séculos, apresenta pormenores renascentistas e barrocos. No século XX, esteve prevista a sua demolição mas sobreviveu como cadeia e, a partir de 1920, foi cedido à Companhia Leiriense de Moagens. Iniciada a recuperação em 1992, foram descobertas pinturas murais quatrocentistas.
  • Igreja da Misericórdia – a igreja foi construída na sequência da fundação da Misericórdia em Leiria (1544). Entre 1627 e 1636, o então bispo D. Dinis de Melo e Castro mandou anexar um hospital, que esteve em funcionamento até 1800. No século XVIII a igreja foi reconstruída; é esse templo maneirista, de exterior sóbrio e com estrutura simples, de uma só nave coberta por teto de esteira, que encontramos atualmente. A igreja é propriedade da Santa Casa da Misericórdia e está cedida à Câmara Municipal de Leiria, que a recuperou e transformou num Centro de Diálogo Intercultural.[40]
  • Santuário de Nossa Senhora da Encarnação – Construído no século XVI, tem a sua base nas ruínas do templo de São Gabriel. No século XVIII, foi acrescentada uma grande escadaria barroca, que possibilita o acesso à capela, de alpendre arqueado, onde figura uma imagem quinhentista de São Gabriel.
  • Convento de Santo Agostinho – Iniciada a sua construção no último quartel do século XVI, só viria a concluir-se no século XVIII. Salientam-se o claustro do Convento e a fachada barroca ladeada por duas torres. No edifício do convento anexo são dignos de referência alguns painéis de azulejos dos séculos XVII e XVIII.
  • Convento da Portela (Franciscanos) – é o conjunto religioso mais recente da cidade de Leiria e inclui uma igreja imponente; o seminário encontra-se desativado. A construção iniciou-se em 1902 com projeto de Nicola Bigaglia.[41][42]

Museus[editar | editar código-fonte]

  • Agromuseu Municipal D. Julinha - De caráter etnográfico, as coleções deste museu provêm maioritariamente do acervo existente na antiga Casa Agrícola Pereira e Alves Matos - Carreira, iniciada no Século XIX, e ligada à produção vitivinícola, cerealífera e de azeite[43]. Destacam-se as seguintes categorias: alfaias agrícolas, os transportes, a vitivinicultura, utensílios e equipamentos. A exposição permanente integra, ainda, bens vivos, como os animais de capoeira, espécies hortícolas nas antigas hortas da casa, e arborícolas, como um carvalho cerquinho centenário, e outras espécies[44]. Tem entre os seus objetivos representar a vida da lavoura na Estremadura e, em especial, da região de Leiria. Além de visitas guiadas e exposições temporárias, oferece um serviço educativo com oficinas anuais, orientadas, nomeadamente, para a sensibilização ambiental e valorização de tradições culturais (danças e cantares tradicionais, contos e outras tradições orais)[44].
  • Casa-Museu - Centro Cultural João Soares - Edifício situado na freguesia de Cortes, doado pela família de Mário Soares à Fundação Mário Soares e por esta completamente remodelado, sob a direção da arquiteta Daniela Ermano. Foi criada uma biblioteca e existem espaços destinados a exposições temporárias das ofertas recebidas por Mário Soares durante a sua vida pública, como Primeiro-Ministro e depois como Presidente da República. Simultaneamente, foi concebida uma exposição permanente, dotada de meios audiovisuais, que apresenta uma visão sintética do século XX português. O espaço circundante da casa contempla um jardim da autoria de Gonçalo Ribeiro Teles, onde está exposto um painel de azulejos intitulado O Cristo dos Pescadores, de Hein Semke, um busto de João Lopes Soares, da autoria de Fernando Marques, e o Citroën CX em que Mário Soares percorreu o país em muitas das campanhas eleitorais que se seguiram ao 25 de abril[45].
  • Casa dos Pintores - A Casa dos Pintores, assim designada devido à grande quantidade de artistas que retrataram a sua fachada, é uma peça de arquitetura histórica relevante no conjunto edificado do centro histórico de Leiria, apresentando uma tipologia singular na malha urbana medieval, na qual ressalta a varanda com uma balaustrada em madeira, com dois sobrados, num topo de um quarteirão de reduzidas dimensões. A recuperação deste edifício municipal pretendeu atribuir-lhe uma função que se coadunasse, por um lado, com a valência histórica do local, e por outro, que impulsionasse a dinâmica turística, ajudando à criação de uma rede de núcleos museológicos e culturais, que dignificassem a qualidade cultural e turística da zona histórica da cidade. A equipa de arqueologia municipal acompanhou o desenvolvimento do processo desde a sua génese, que manteve a sua traça original, tendo-se promovido uma investigação histórica e arqueológica no quadro deste projeto piloto, que permite que os objetivos de gestão e divulgação do património arqueológico concelhio se atinjam. O edifício acolhe atualmente os serviços técnicos de Arqueologia e Património e o laboratório de Conservação e Restauro, potenciando o cumprimento da sua missão social, cultural e educativa e a aproximação deste serviço aos munícipes. A Oficina de Arqueologia tem como missão garantir uma eficiente e sistemática gestão, investigação, salvaguarda, divulgação, científica e pedagógica, bem como de valorização do património arqueológico do concelho de Leiria[46].
  • Moinho de Papel - Antigo moinho do século XV dedicado à produção de papel, convertido em museu com projecto arquitectónico de Siza Vieira. Foi inaugurado em 2009.
  • Museu da Imagem em Movimento – Este museu resultou de uma exposição comemorativa dos 100 Anos do Cinema em Portugal (1995), tendo surgido face à necessidade reconhecida de encontrar um espaço onde os elementos ligados à arte cinematográfica então reunidos pudessem ser devidamente expostos e divulgados. Contempla ainda a instalação de uma biblioteca especializada e videoteca vocacionada para o cinema português.
  • Museu da Fábrica de Cimentos Maceira-Lis – Tendo sido inaugurado no ano de 1991, nele se preserva o património da respectiva fábrica, cuja história se encontra ligada à evolução desta indústria em Portugal. Integra ainda, fora do perímetro fabril, a primeira locomotiva a vapor da fábrica, a Central Turbo-Geradora, a primitiva casa da direcção e o moinho de vento.
  • Museu Escolar - Inaugurado em 1997, teve origem num projecto iniciado em 1993, por um grupo professores da Escola do 1º Ciclo do Ensino Básico de Marrazes, freguesia onde está situado. Conserva livros, documentos da instrução primária, material didáctico e mobiliário escolar, usado no país ao longo do século XX.
  • Museu de Leiria - Situado no Convento de Santo Agostinho, é herdeiro do projeto do Museu Regional de Obras de Arte, Arqueologia e Numismática de Leiria, criado em 1917[47]. Destacam-se, além de uma importante coleção de arte etnográfica africana, peças de mobiliário, cerâmica, vidro, numismática e pintura antiga e contemporânea[48].
  • Museu do Sporting Clube de Portugal - Um museu situado perto do Castelo de Leiria, mesmo em frente da Escola Secundária Domingos Sequeira e até há pouco tempo ao lado do Café do Núcleo Sportinguista de Leiria. Situado numa espécie de cave contém peças únicas, doadas por sócios, simpatizantes, dirigentes e atletas do Sporting e réplicas e taças e outros objectos do clube de Alvalade.
  • Núcleo Museológico da Torre de Menagem do Castelo de Leiria - Neste espaço museológico podemos observar várias peças e outros objectos que mostram a cidade como ela era na antiguidade, durante o seu tempo medieval.
  • Núcleo Museológico dos Bombeiros Municipais de Leiria - Neste espaço museológico podemos observar vários artigos pertencentes aos Bombeiros Municipais de Leiria, a maior parte com vários anos de existência e que já apenas servem para estarem expostas.

Artesanato[editar | editar código-fonte]

  • Louça de Bajouca – A localidade de Bajouca tem uma tradição de olaria muito antiga. Nesta localidade, a louça é muito clara. Assim, os oleiros aproveitam esta característica para fazerem uma decoração com lambugem vermelha, essencialmente nos mealheiros, com riscas avermelhadas e brancas. As peças produzidas são utilitárias e decorativas.
  • Rodilhas (Sogras) de Leiria – As "Rodilhas" ou "Sogras" são pequenas almofadas de forma circular, abertas no centro. Eram utilizadas pelas mulheres, que sobre eles transportavam, à cabeça, os cântaros de água ou as cestas. Os materiais utilizados na sua confecção são tiras de trapos, lãs e linhas de bordar, entrançadas e bordadas. Hoje em dia, este tipo de peça é também utilizado como decoração.

Gastronomia[editar | editar código-fonte]

A gastronomia de Leiria oferece uma boa variedade de pratos portugueses, incluindo pratos de peixe fresco e o famoso ' Leitão ' da Boavista (leitão assado). A freguesia das Cortes é conhecida pelas "Migas", uma mistura de broa com espinafre, alho e azeite que é comido como um acompanhamento de peixe ou carne.

Pratos Típicos – Morcela de ArrozNegritosLentriscasBacalhoada com migasBacalhau com feijão fradeOssinhos; Fritada; CabritoFeijoadaLeitãoChanfanaFritada dos peixinhosChanfana (Chainça)Bacalhau com Chícharos (Santa Catarina da Serra).

Doces Regionais – Brisas do LisLampreia de OvosOvos FolhadosBolinhos de PinhãoCastanhas queimadasTarte de Chícharos (Alvaiázere)Canudos de LeiriaDoce de amêndoaBroas Doces de BatataMerendeiras dos SantosFilhós de abóbora.

Vinhos – Caves Vidigal, S.A.; Paço das Côrtes, Cortes; Vale da Mata, Cortes; Quinta da Serrinha (Vinho Bio), Barreira; Quinta da Sapeira, Serra d'Aire; Santos & Santos, Torres Vedras; IGP Lisboa, Sub-região Alta Estremadura. Leiria faz parte da Região Demarcada do Vinho das Encostas de Aire DOC - Denominação de Origem Controlada.

Entretenimento[editar | editar código-fonte]

Cinemas[editar | editar código-fonte]

Existem diversos cinemas na cidade e no concelho:

  • Cinema City (Leiria)
  • Cineplace (Leiria)
  • Teatro José Lúcio da Silva (Leiria)
  • Teatro Miguel Franco (Leiria)
  • Cine-Teatro de Monte Real (Monte Real)

Festas da cidade[editar | editar código-fonte]

É de destacar a feira anual tradicional, com uma duração aproximada de 20 dias, realizada geralmente entre os dias 1 e 25 de maio[49], que têm ampla tradição na região.
A feira teria originado em 30 de abril de 1295 com a "Carta de Feira Anual" concedida pelo rei D. Dinis.[50] Localmente, é conhecida pelo facto de ter sempre chuva. Este motivo teria levado o município a mudá-la de março para maio[50] mas sem resultados, dado continuar a maldição da chuva na feira da cidade.

Geminação[editar | editar código-fonte]

Monumento das cidades geminadas com Leiria (2013)

De acordo com o sítio da Associação Nacional de Municípios Portugueses[51], Leiria tem geminação com as seguintes cidades:

Personalidades de Leiria[editar | editar código-fonte]

Referências

DIA DO ABRAÇO - (ESTE ANO POR CAUSA DO COVID-19 TEM QUE SER VIRTUAL...) - 22 DE MAIO DE 2020

Especificações[editar | editar código-fonte]

Um abraço pode ser um sinal de alegria ou felicidade.
Um abraço após um show nos Estados Unidos.
Um abraço depois de um jogo de vôlei no Canadá.
Um abraço na Argentina

Um abraço, às vezes associado a um beijo, é uma forma de comunicação não verbal. Dependendo da cultura, do contexto e do relacionamento, um abraço permite que você exteriorize um sentimento de amizadeamor, fraternidade ou simpatia[1] Ao contrário de outros tipos de contato físico, um abraço pode ser feito publicamente e em privado, sem estigma em muitos países e em diferentes religiões e culturas, independentemente de sexo ou idade. [2] Geralmente é um indicador de familiaridade com o outro.

Carícias[editar | editar código-fonte]

Em 2014, os sociólogos britânicos Eric Anderson e Mark McCormack publicaram um estudo mostrando que 93% dos jovens estudantes de esportes heterossexuais britânicos já abraçaram um amigo como sinal de amizade. [3] [4] Outro estudo britânico de 30 homens heterossexuais que estudam esportes publicado na revista científica Men and Masculinities em 2017 descobriu que 29 de 30 homens deram abraços e carícias na cama com seu amigo bromantico.[5]

Tipos de abraço[editar | editar código-fonte]

Impessoal[editar | editar código-fonte]

Um abraço impessoal geralmente é apenas falado e não é dado de fato. Especialmente no Brasil, é comum cumprimentar ou se despedir dizendo "um abraço", mas muitas vezes não abraçando de fato. Esse tipo de abraço impessoal é um sinal de mínima intimidade mas é comum também entre pessoas desconhecidas. Ao se despedir numa carta, por exemplo, é relativamente comum dizer "um abraço", "abraço" ou "abraços". Na linguagem da internet - o internetês - isso pode ser ainda representado por dois colchetes, desta forma: []'s ou ainda por parênteses assim: ()'s ou mesmo escrito sob a forma de "abç" ou "abs" (não apenas na internet, mas também em uma carta ou bilhete informal). Esse tipo de expressão, no entanto, não é tão comum em outras línguas. No inglês, por exemplo, "hug" pode ser íntimo demais caso seja escrito ou falado e dificilmente tem o sentido impessoal.

Sexual[editar | editar código-fonte]

Na cultura popular brasileira, chama-se o abraço que exprime uma conotação sexual como "amasso" ou "abraço quente". Um abraço neste estilo consiste geralmente em apalpar, apegar-se ou apertar mais que um abraço comum.

Amplexoterapia[editar | editar código-fonte]

Acredita-se que abraçar seja uma ótima terapia contra a tristeza e a depressão, pois o abraço seria muito mais do que um simples "apertão" de braços, e que no momento que abraçamos afetuosamente a quem apreciamos, transmitimos ali emoções como o amor e a paz.

Galeria[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1.  Kathleen Keating, The Hug Therapy Book, Hazelden Publishing, USA, 2011
  2.  Cédric Mayrargue, Universal and Culture-Specific Properties of Greetings, Journal of Linguistic Anthropology, USA, volume 7, p. 63-97, junho de 2008
  3.  Eric Anderson Mark McCormack, Cuddling and Spooning: Heteromasculinity and Homosocial Tactility among Student-athletes, Men and Masculinities, USA, junho 2015, volume 18. 2, p.421–430
  4.  Henry Alford, The Bro Hug: Embracing a Change in Custom, nytimes.com, EUA, 26 de setembro de 2014
  5.  Amanda MacMillan, Men Are More Satisfied By ‘Bromances’ Than Their Romantic Relationships, Study Says, time.com, EUA, 12 de outubro de 2017

DIA DO AUTOR PORTUGUÊS - 22 DE MAIO DE 2020

Autor

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Autor (desambiguação).
Mark Twain foi um proeminente autor americano em vários gêneros, incluindo ficção e jornalismo, durante o século XIX.
Virginia Woolf, uma das autoras mulheres mais influentes do século XX.

Autor (do latim auctor, derivado do verbo augeo, 'aumentar')[1] é aquele que cria, causa ou dá origem a alguma coisa, especialmente obra literária, artística ou científica[2]. É diferente de narrador[3].

Na narratologia, o autor é uma das três entidades da história, sendo as outras o narrador e o leitor/espectador. O leitor e o autor habitam o mundo real. É função do E desafia a ideia de que um texto pode ser atribuído a um único autor. Ele escreve, em seu ensaio "Morte do Autor" (1968), que "é a língua que fala, não o autor". [4] As palavras e a linguagem de um texto determinam e expõem o significado para Barthes, e não para alguém que tenha responsabilidade legal pelo processo de sua produção. Cada linha de texto escrito é um mero reflexo de referências de qualquer uma das muitas tradições, ou, como Barthes coloca, "o texto é um tecido de citações retiradas dos inúmeros centros de cultura"; nunca é original. Com isso, a perspectiva do autor é retirada do texto, e os limites anteriormente impostos pela ideia de uma voz autoral, um sentido último e universal, são destruídos. A explicação e o significado de uma obra não precisam ser buscados naquele que a produziu, "como se sempre fosse no final, através da alegoria mais ou menos transparente da ficção, a voz de uma única pessoa, o autor 'confiando' em nós ". A psique, a cultura, o fanatismo de um autor podem ser desconsiderados quando se interpreta um texto, porque as próprias palavras são suficientemente ricas com todas as tradições da linguagem. Para expor significados em um trabalho escrito sem apelar para a celebridade de um autor, seus gostos, paixões, vícios, é, para Barthes, permitir que a linguagem fale, ao invés de autor.

Michel Foucault argumenta em seu ensaio "O que é um autor?" (1969) que todos os autores são escritores, mas nem todos os escritores são autores. Ele afirma que "uma carta particular pode ter um signatário - ela não tem um autor".[5] Para um leitor atribuir o título de autor a qualquer trabalho escrito é atribuir certos padrões ao texto que, para Foucault, está trabalhando em conjunto com a idéia de "a função de autor"[6]. A função de autor de Foucault é a ideia de que um autor existe apenas em função de um trabalho escrito, uma parte de sua estrutura, mas não necessariamente parte do processo interpretativo. O nome do autor "indica o status do discurso dentro de uma sociedade e cultura", e em algum momento foi usado como uma âncora para interpretar um texto, uma prática que Barthes argumentaria não ser um esforço particularmente relevante ou válido.[7]

Expandindo a posição de Foucault, Alexander Nehamas escreve que Foucault sugere que "um autor [...] é quem pode ser entendido como tendo produzido um texto em particular como o interpretamos", não necessariamente quem escreveu o texto. [carece de fontes] É essa distinção entre produzir uma obra escrita e produzir a interpretação ou o significado em uma obra escrita na qual tanto Barthes quanto Foucault estão interessados. Foucault alerta para os riscos de manter o nome do autor em mente durante a interpretação, porque poderia afetar o valor e significado com o qual se lida com uma interpretação.

Os críticos literários Barthes e Foucault sugerem que os leitores não devem confiar ou procurar a noção de uma voz abrangente ao interpretar um trabalho escrito, devido às complicações inerentes ao título de autor de um escritor. Eles advertem sobre os perigos que as interpretações podem sofrer ao associar o assunto de palavras e linguagem inerentemente significativas à personalidade de uma voz autoral. Em vez disso, os leitores devem permitir que um texto seja interpretado em termos da linguagem como "autor".

A Escrita

... Escrever significa revelar-se ao excesso .... É por isso que nunca se pode ficar sozinho quando se escreve, porque mesmo a noite não é noite suficiente. ... Tenho pensado muitas vezes que o melhor modo de vida para mim seria sentar-me no cômodo mais recôndito de um espaçoso porão trancado com minhas coisas de escrita e uma lâmpada. Comida seria trazida e sempre colocada longe do meu quarto, do lado de fora da porta mais externa da adega. A caminhada até a minha comida, no meu roupão, através dos porões abobadados, seria meu único exercício. Eu então voltava para a minha mesa, comia devagar e com deliberação, depois começava a escrever de novo imediatamente. E como eu iria escrever! De que profundidade eu iria arrastar! [Franz Kafka, "Cartas para Felice", 1913][1]

Significado legal da autoria

Normalmente, o primeiro proprietário de um copyright é a pessoa que criou o trabalho, ou seja, o autor. Se mais de uma pessoa criou o trabalho, um caso de autoria conjunta pode ser feito desde que alguns critérios sejam atendidos. Nas leis de direitos autorais de várias jurisdições, há uma necessidade de pouca flexibilidade em relação ao que constitui autoria. O Escritório de Direitos Autorais dos Estados Unidos, por exemplo, define direitos autorais como "uma forma de proteção fornecida pelas leis dos Estados Unidos (título 17, Código dos EUA) a autores de" trabalhos originais de autoria ". Com o título de" autor "sobre qualquer" obras literárias, dramáticas, musicais, artísticas, [ou] certas outras obras intelectuais "dá direitos a essa pessoa, o proprietário dos direitos autorais, especialmente o direito exclusivo de participar ou autorizar qualquer produção ou distribuição de seu trabalho. Qualquer pessoa ou entidade que pretenda utilizar propriedade intelectual detida nos direitos de autor deve receber permissão do detentor dos direitos de autor para utilizar esta obra e, muitas vezes, será solicitada a pagar pelo uso de material protegido por direitos de autor. trabalha e entra no domínio público, onde pode ser usado sem limite Leis de direitos autorais em muitas jurisdições - em sua maioria seguindo a liderança dos Estados Unidos, em que as indústrias de entretenimento e editoras têm l poder obbying - foram alterados repetidamente desde o seu início, para estender a duração deste período fixo, onde o trabalho é exclusivamente controlado pelo detentor dos direitos autorais. No entanto, os direitos autorais são meramente a garantia legal de que um deles possui seu trabalho. Tecnicamente, alguém é dono de seu trabalho desde o momento em que é criado. Um aspecto interessante da autoria surge com os direitos autorais em que, em muitas jurisdições, ela pode ser passada para outra após a morte de alguém. A pessoa que herda os direitos autorais não é o autor, mas goza dos mesmos benefícios legais.

Perguntas surgem quanto à aplicação da lei de direitos autorais. Como, por exemplo, se aplica à complexa questão da fan fiction? Se a agência de mídia responsável pela produção autorizada permite o material dos fãs, qual é o limite antes que restrições legais de atores, música e outras considerações entrem em cena? Além disso, como os direitos autorais se aplicam às histórias geradas por fãs de livros? Quais poderes os autores originais, assim como os editores, têm em regular ou mesmo impedir a fan fiction? Esse tipo particular de caso também ilustra quão complexo pode ser o direito de propriedade intelectual, uma vez que tal ficção também pode envolver direito de marca registrada (por exemplo, para nomes de personagens em franquias de mídia), direitos de semelhança (como para atores ou até mesmo entidades inteiramente ficcionais) usar direitos mantidos pelo público (incluindo o direito de paródia ou satirizar), e muitas outras complicações interativas. Os autores podem dividir diferentes direitos que detêm para diferentes partes, em diferentes momentos e para diferentes fins ou usos, tais como o direito de adaptar um enredo em um filme, mas apenas com nomes de personagens diferentes, porque os personagens já foram escolhidos por outra empresa para uma série de televisão ou um videogame. Um autor também pode não ter direitos quando trabalha sob contrato que eles teriam de outra forma, como ao criar um trabalho para contratação (por exemplo, contratado para escrever um guia turístico da cidade por um governo municipal que detém os direitos autorais do trabalho final), ou ao escrever material usando propriedade intelectual pertencente a outros (como ao escrever um romance ou roteiro que é uma nova parcela em uma franquia de mídia já estabelecida).[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Wikcionário
Wikcionário tem o verbete Autor.

Referências

  1.  «author (n.)». Online Etmology Dictionary. Consultado em 29 de Janeiro de 2016
  2.  «Significado de Autor». Dicio. Consultado em 29 de Janeiro de 2016
  3.  «Autor e Narrador: Diferenças». Algo Sobre. Consultado em 29 de Janeiro de 2016
  4.  Roland., Barthes, (1977). Image, music, text. [London]: Fontana. ISBN 0006348807OCLC 4466112
  5.  Alter, Jean; Harari, Josue V. (1980). «Textual Strategies: Perspectives in Post-Structuralist Criticism»Poetics Today2 (1b). 213 páginas. ISSN 0333-5372doi:10.2307/1772249
  6.  Alter, Jean; Harari, Josue V. (1980). «Textual Strategies: Perspectives in Post-Structuralist Criticism»Poetics Today2 (1b). 213 páginas. ISSN 0333-5372doi:10.2307/1772249
  7.  Alter, Jean; Harari, Josue V. (1980). «Textual Strategies: Perspectiv

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