sexta-feira, 8 de maio de 2020

NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS - 8 DE MAIO DE 2020



Nossa Senhora das Graças

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Nossa Senhora das Graças
Nossa Senhora da Medalha Milagrosa
Venerada pelaIgreja Católica
Principal igrejaCapela de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa (Paris)
Festa litúrgica27 de novembro
AtribuiçõesAparições a Santa Catarina de Labouré e a revelação da Medalha Milagrosa
Nossa Senhora das Graças é uma invocação especial pela qual é conhecida a Santíssima Virgem Maria, também invocada com a mesma intenção sob o nome de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa e Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças.
Precede as aparições marianas ocorridas em La Salette, em Lourdes, em Fátima e em Campinas.

Aparições marianas[editar | editar código-fonte]

Esta invocação está relacionada a duas aparições da Virgem Maria a Santa Catarina Labouré, então uma noviça da Congregação das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo em ParisFrança, no século XIX.
A primeira aparição aconteceu na noite da festa de São Vicente de Paulo, dia 19 de julho de 1830, quando a Madre Superiora de Catarina pregou às noviças sobre as virtudes de seu santo fundador, dando a cada uma um fragmento de sua sobrepeliz. Catarina então orou devotamente ao santo patrono para que ela pudesse ver com seus próprios olhos a Mãe de Deus, e convenceu-se de que seria atendida naquela mesma noite.
A aparição de Nossa Senhora das Graças a Santa Catarina Labouré.
Indo ao leito, adormeceu, e antes que tivesse passado muito tempo foi despertada por uma luz brilhante e uma voz infantil que dizia: "Irmã Labouré, vem à capela; a Virgem Maria te aguarda". Mas ela replicou: "Seremos descobertas!". A voz angélica respondeu: "Não te preocupes, já é tarde, todos dormem... vem, estou à tua espera". Catarina então levantou-se depressa e dirigiu-se à capela, que estava aberta e toda iluminada. Ajoelhou-se junto ao altar e logo viu a Virgem sentada na cadeira da superiora, rodeada por um esplendor de luz. A voz continuou: "A Santíssima Virgem Maria deseja falar-te". Catarina adiantou-se e ajoelhou-se aos pés da Virgem, colocando suas mãos sobre seu regaço, e Maria lhe disse:
"Deus deseja te encarregar de uma missão. Tu encontrarás oposição, mas não temas, terás a graça de poder fazer todo o necessário. Conta tudo a teu confessor. Os tempos estão difíceis para a França e para o mundo. Vai ao pé do altar, graças serão derramadas sobre todos, grandes e pequenos, e especialmente sobre os que as buscarem. Terás a proteção de Deus e de São Vicente, e meus olhos estarão sempre sobre ti. Haverá muitas perseguições, a cruz será tratada com desprezo, será derrubada e o sangue correrá". Depois de falar por mais algum tempo, a Virgem desapareceu. Guiada pelo anjinho, Catarina deixou a capela e voltou para sua cela.
Catarina continuou sua rotina junto das Irmãs da Caridade até o Advento. Em 27 de novembro de 1830, no final da tarde, Catarina dirigiu-se à capela com as outras irmãs para as orações vespertinas. Erguendo seus olhos para o altar, ela viu novamente a Virgem Maria sobre um grande globo, segurando um globo menor onde estava inscrita a palavra "França". Ela explicou que o globo simbolizava todo o mundo, mas especialmente a França, e os tempos seriam duros para os pobres e para os refugiados das muitas guerras da época.
Então a visão modificou-se e a Virgem Maria apareceu com os braços estendidos e dedos ornados por anéis que irradiavam luz coloridos e raios de luz brancos e rodeada por uma frase que dizia: "Oh Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós". Desta vez a Santíssima Virgem deu instruções diretas: "Faz cunhar uma medalha onde apareça minha imagem como a vês agora. Todos os que a usarem receberão grandes graças". Catarina perguntou por que alguns anéis não irradiavam luz, e soube que era pelas graças que não eram pedidas. Então Maria voltou-lhe as costas e mostrou como deveria ser o desenho a ser impresso no verso da medalha. Catarina também perguntou como deveria proceder para que a ordem fosse cumprida. A Virgem Maria disse que ela procurasse a ajuda de seu confessor, o padre Jean Marie Aladel.
De início o padre Jean não acreditou no que Catarina lhe contou, mas depois de dois anos de cuidadosa observação do proceder da Irmã Catarina ele finalmente dirigiu-se ao arcebispo, que ordenou a cunhagem de duas mil medalhas, ocorrida em 20 de junho de 1832. Desde então a devoção a esta medalha, sob a invocação de Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa, não cessou de crescer. Catarina nunca divulgou as aparições, salvo pouco antes da morte, autorizada pela própria Maria Imaculada.

Invocação[editar | editar código-fonte]

Emblem of the Papacy SE.svg
Maria, mãe de Jesus
Devoção
Orações marianas famosas
Dogmas e Doutrinas
Aparições marianas
Crenças reconhecidas ou dignas de culto
Guadalupe • Medalha Milagrosa •
La Salette • Lourdes • Fátima • Campinas • Caravaggio • Prouille


A Medalha Milagrosa de Nossa Senhora das Graças.
A própria medalha contém as palavras por que a Santa Mãe de Deus quis ser invocada:
Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós.
Essa inscrição já sintetiza boa parte da mensagem que a Virgem Mãe revelou: a Imaculada Conceição, pela primeira vez objeto de revelação particular, em 1858 ratificada em Lourdes, e transformada em dogma pelo papa Pio IX, com a bula Ineffabilis Deus, e a mediação da Mãe de Deus junto ao seu Divino Filho. Usar essa invocação, portanto, significa acreditar que a Virgem das virgens é a Medianeira Imaculada.
A Virgem Maria prometeu conceder grandes graças a quem usar a sua medalha revelada a Santa Catarina Labouré.

Simbolismo da Medalha Milagrosa[editar | editar código-fonte]

  • A serpente: Maria aparece esmagando a cabeça da serpente. A mulher que esmaga a cabeça da serpente, que é o demônio, já estava predita na Bíblia, no livro do Gênesis: "Porei inimizade entre ti e a mulher... Ela te esmagará a cabeça e tu procurarás, em vão, morder-lhe o calcanhar". Deus declara iniciada a luta entre o bem e o mal. Essa luta é vencida por Jesus Cristo, o "novo Adão", juntamente com Maria, a co-redentora, a "nova Eva". É em Maria que se cumpre essa sentença de Deus: a mulher finalmente esmaga a cabeça da serpente, para que não mais a morte pudesse escravizar os homens.
  • Os raios: Simbolizam as graças que Nossa Senhora derrama sobre os seus devotos. A Santa Igreja, por isso, a chama Tesoureira de Deus.
  • As 12 estrelas: Correspondem aos doze apóstolos e representam a Igreja. Simbolizam as 12 tribos de Israel. Maria Santíssima também é saudada como "Estrela do Mar" na oração Ave, Stella Maris.
  • O coração cercado de espinhos: É o Sagrado Coração de Jesus. Foi a Virgem Maria quem o gerou em Seu ventre. Nosso Senhor prometeu a Santa Margarida Maria Alacoque a graça da vida eterna aos devotos do seu Sagrado Coração, que simboliza o seu infinito e ilimitado Amor.
  • O coração transpassado por uma espada: É o Imaculado Coração de Maria, inseparável ao de Jesus: mesmo nas horas difíceis de Sua Paixão e Morte na Cruz, Ela estava lá, compartilhando da Sua dor, sendo a nossa co-redentora.
  • M: Significa Maria. Esse M sustenta o travessão e a Cruz, que representam o calvário. Essa simbologia indica a íntima ligação de Maria e Jesus na história da salvação.
  • O travessão e a Cruz: Simbolizam o calvário. Para a doutrina católica, a Santa Missa é a perpetuação do sacrifício do Calvário, portanto, ressaltam a importância do Sacrifício Eucarístico na vida do cristão.

Oração[editar | editar código-fonte]

Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao contemplar-vos de braços abertos derramando graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés para vos expôr, durante esta oração, as nossas mais prementes necessidades (momento de silêncio e de pedir a graça desejada). Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa, este favor que confiantes vos solicitamos, para maior Glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas. E para melhor servirmos ao vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre como verdadeiros cristãos. Amém.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas

quinta-feira, 7 de maio de 2020

INSTRUMENTO DA RENDIÇÃO ALEMÃ - (7-5-45) - 7 DE MAIO DE 2020



Instrumento da Rendição Alemã

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O instrumento de rendição assinado em Reims no dia 7 de maio de 1945.
Instrumento da Rendição Alemã marcou o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa. O documento foi assinado em 7 de maio de 1945 por representantes do Oberkommando der Wehrmacht (OKW) e da Força Expedicionária Aliada em conjunto com o Alto Comando Soviético, representantes do governo francês assinaram como testemunhas. Um novo documento foi assinado em 8 de maio pelos representantes das Forças Aéreas, do Exército e Marinha do OKW e pelas Forças Aliadas Expedicionárias em conjunto com o Alto Comando do Exército Vermelho, representantes franceses e americanos assinaram como testemunhas. Essa data ficou conhecida como Dia da Vitória na Europa, enquanto que para os soviéticos a data passou a ser celebrada no dia 9 de maio, uma vez que o documento foi assinado após a meia noite no horário de Moscou. Na Alemanha a data ficou conhecida como Dia da Capitulação (Tag der Kapitulation),[1] porém esse termo raramente é utilizado.
Existem versões do documento em alemão, inglês e russo, porém somente as duas últimas possuem efeito legal.

Preparativos[editar | editar código-fonte]

A preparação do texto do instrumento de rendição começou a ser preparado pelos representantes dos Estados UnidosUnião Soviética e do Reino Unido na Comissão de Assessoramento Europeia (CAE) durante 1944. Em 3 de janeiro de 1944 o Comitê de Segurança da CAE propôs
a capitulação da Alemanha deveria ser registrada em um único documento de rendição incondicional.[2]
O comitê também sugeriu que o instrumento de rendição seja assinado pelos representantes do Alto Comando Alemão. Essa recomendação tinha como objetivo prevenir a repetição da lenda da punhalada pelas costas, criada pela Alemanha após a derrota na Primeira Guerra Mundial, desde que o ato de rendição de novembro de 1918 foi assinado os representantes do governo e os militates alemães afirmavam que o Alto Comando não era responsável pela derrota.
Nem todos concordaram com as previsões do Comitê de Segurança a respeito do fim da guerra. O embaixador William Strang, representante britânico na CAE, afirmou:
É impossível no momento presente prever em quais circunstâncias as hostilidades com a Alemanha podem ser suspensas. Portanto, não podemos dizer qual o procedimento seria o mais adequado, se, por exemplo, a melhor saída será um armistício completo e detalhado ou um armistício breve conferindo poderes gerais ou quem sabe nenhum armistício, mas uma série de capitulações locais por comandante inimigo.[3]
Os termos de rendição foram primeiramente discutidos no primeiro encontro da CAE em 14 de janeiro de 1944.
Em 14 de março de 1945, a CAE teve uma reunião com os representantes da TchecoslováquiaPaíses BaixosBélgicaLuxemburgoNoruegaIugoslávia e Grécia para discutir o instrumento de rendição. O governo tcheco propôs que deveria ser incluído um parágrafo no documento contra a aquisição de territórios através do uso da força e mencionar a responsabilidade do estado alemão para com a guerra. Devido terem desempenhados um papel menor junto as Nações Aliadas, os representantes da Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo recomendaram que o instrumento de rendição deveria deixar claro qual o papel dos países menores no controle da Alemanha. O governo norueguês requisitou que fossem incluídas referências específicas para a rendição das tropas alemãs em seu território. O governo iugoslavo declarou não ter intenção de fazer nenhuma recomendação específica até um acordo da unidade de governo entre Josip Broz Tito e o primeiro-ministro Ivan Šubašić. O governo grego requisitou que fosse incluído no documento uma cláusula de que todo o equipamento militar das tropas alemãs que estivessem em território grego no momento da rendição deveria ser incorporado ao Governo Real Grego.[4]

Cerimônia de Rendição[editar | editar código-fonte]

Rendição em Reims[editar | editar código-fonte]

Generaloberstl Alfred Jodl assinando os documento da capitulação em Reims.
O primeiro Instrumento de Rendição foi assinado em Reims às 02:41 Horário da Europa Central em 7 de maio de 1945. A assinatura aconteceu em uma escola que serviu como Comando Supremo das Forças Expedicionárias Aliadas [5] e passou a ter efeito a partir de 23:00 de 8 de maio.[6]
rendição incondicional das forças armadas alemãs foi assinada pelo Generaloberst Alfred Jodl, em nome do Oberkommando der Wehrmacht ("Alto comando das Forças Armadas") e como representante do novo Reichspräsident, o Großadmiral Karl DönitzWalter Bedell Smith assinou em nome dos Aliados Ocidentais e Ivan Susloparov pelos Soviéticos.[7] O Major-General francês François Sevez assinou como testemunha oficial.

Rendição em Berlim[editar | editar código-fonte]

Marechal da União Soviética Gueorgui Júkov lendo a capitulação alemã em Berlim. Sentado à sua direita está o Marechal Chefe do Ar Arthur Tedder.
Marechal de Campo Wilhelm Keitel assinando oa termos de rendição retificados.
Os soviéticos diziam que a rendição era um evento histórico único e singular. Eles também acreditavam que não deveria ocorrer em território libertado, vitimado pelas agressões alemãs, mas sim do local onde as ordens de ataque do governo alemão eram dadas: Berlim.[8] O lado soviético insistia que o ato de rendição deveria ser considerao um "protocolo preliminar de rendição",[9] então os aliados concordaram que outra cerimônia deveria acontecer em Berlim.[9] O segundo ato militar de rendição foi assinado pouco depois da meia noite de 8 de maio[10] e ocorreu na Administração Militar Soviética em Berlin-Karlshorst, atual Museu Alemão-Russo Berlin-Karlshorst..
Representantes:

Referências

  1.  Grosshistoricher Weltatlas, 1965 edition See end of World War II map
  2.  Memorandum by the Working Security Committee, 3rd January 1944, Foreign Relations of the United States 1944, vol I, p. 101
  3.  Memorandum by Lord Strang, 15th January 1944, Foreign Relations of the United States 1944, vol. I, p. 113
  4.  Report of the Allied Consultation Committee to the European Advisory Commission, 14 March 1945 Foreign Relations of the United States 1945, vol. III, pp. 191–198
  5.  I remember the German surrender, Kathryn Westcott, BBC News, 4 May 2005.
  6.  Act of Military Surrender Signed at Rheims at 0241 on the 7th day of May 1945The Avalon ProjectYale Law School, © 1996–2007, The Lillian Goldman Law Library in Memory of Sol Goldman.
  7.  Video: Beaten Nazis Sign Historic Surrender, 1945/05/14 (1945)Universal Newsreel. 1945. Consultado em 20 de fevereiro de 2012
  8.  Pinkus, p. 501-3
  9. ↑ Ir para:a b Chaney p. 328
  10.  Earl F. Ziemke References CHAPTER XV:The Victory Sealed Page 258 second last paragraph

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