quarta-feira, 29 de abril de 2020

DIA MUNDIAL DA ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES - 29 DE ABRIL DE 2020

Apostolado da Oração

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Bentinho do Sagrado Coração de Jesus, um dos devocionais usados pelos fiéis da organização.
Sagrado Coração de Jesus (Símbolo do Cristianismo)
Apostolado da Oração (sigla AO), também conhecido, mais recentemente, como Rede Mundial da Oração do Papa, é uma organização composta por leigos católicos cuja finalidade é a santificação pessoal e a evangelização. Sua seção jovem é o Movimento Eucarístico Jovem, antiga Cruzada Eucarística.
Seus Estatutos assim o definem: "O Apostolado da Oração constitui a união dos fiéis que, por meio do oferecimento cotidiano de si mesmos, se juntam ao Sacrifício Eucarístico, no qual se exerce continuamente a obra de nossa redenção, e desta forma, pela união vital com Cristo, da qual depende a fecundidade apostólica, colaboram na salvação do mundo.”
Nasceu num Seminário da Companhia de Jesus (de padres Jesuítas), em Vals, perto de Le Puy, na França e espalhou-se pelo mundo. Trabalha com afinco pela evangelização das famílias, tem uma devoção especial ao Sagrado Coração de Jesus e todos os seus membros rezam diariamente pelas intenções do Santo Padre.
Atualmente, reúne cerca de 40 milhões de membros em todo o mundo.

História[editar | editar código-fonte]

Origem e desenvolvimento[editar | editar código-fonte]

O Apostolado da Oração teve origem num Seminário da Companhia de Jesus (de padres jesuítas), em Vals, perto de Le Puy-en-Velay, na França), no dia 03 de dezembro de 1844, Festa de São Francisco Xavier.
Naquela ocasião, o Padre Espiritual do Colégio – Padre Francisco Xavier Gautrelet (1807 - 1886) – fez uma conferência aos estudantes, em que explicou como podiam eficazmente satisfazer o desejo de colaborar com os que trabalhavam nos vários campos de apostolado para a salvação dos homens. Podiam fazê-lo, sem interromper o seu trabalho principal, que era o estudo, oferecendo com fim apostólico as suas orações, os seus sacrifícios e trabalhos, por meio de uma pequena organização, a qual seria denominada de "Apostolado da Oração".
As ideias propostas pelo Padre Gautrelet, que constituem o fundamento do Apostolado da Oração, foram recebidas com entusiasmo pelos estudantes e divulgadas primeiro nas terras vizinhas do colégio e depois em toda a França.
O Apostolado da Oração teve aprovação do Bispo de Le Puy em 1846, e, em 1849, alcançou a aprovação e as primeiras indulgências do Papa Pio IX, sendo estendido a toda a Igreja.
A estrutura organizacional e promoção inicial foram obra do Padre Henrique Ramiére, SJ. Em numerosos artigos e escritos, explicou amplamente, e de maneira acessível, a doutrina do AO, dando-lhe uma forma definitiva. Em 1861, publicou o livro intitulado "O Apostolado da Oração, Santa Liga de corações cristãos unidos ao Coração de Jesus", lançando definitivamente a base teológica para o movimento.
Os primeiros Estatutos foram aprovados por Pio IX em 1866 e reformados por Leão XIII em 1896. Em 1948, o Papa Pio XII realizou extensa revisão do texto, que foi reaprovado e proclamado em 28 de outubro de 1951). Com o Concílio Vaticano II, ocorreu nova reforma e a versão final e atual dos Estatutos foram aprovados pelo Papa Paulo VI em 27 de março de 1968.
As intenções de oração do Papa, anunciadas mensalmente para serem rezadas com o Oferecimento Diário, surgiram em 1880, com o Papa Leão XIII, que criou a Intenção Geral. A Intenção Missionária foi acrescentada somente em 1929 pelo Papa Pio XI.
No 100º aniversário em 1944, o Papa Pio XII deu graças a Deus pelo Apostolado da Oração, chamando-o de "um dos meios mais eficazes para a salvação das almas, uma vez que se trata de oração e a oração em comum." Ele elogiou a organização para o seu objetivo: "rezar assiduamente para as necessidades da Igreja e tentar satisfazê-las por meio do oferecimento cotidiano". Em 1985, o Papa João Paulo II chamou o Apostolado da Oração de "um precioso tesouro do coração do Papa e do Coração de Cristo."
A primeira revista específica do Apostolado da Oração foi editada em 1861, na França, com o nome de "Mensageiro do Coração de Jesus", órgão oficial mensal da associação, que rapidamente começou a ser editado em vários países, como Itália (1864), Áustria (1865), Estados Unidos e Espanha (1866), Colômbia e Hungria (1867Inglaterra (1868Holanda e Bélgica (1869) e e Brasil, cujo primeiro exemplar foi publicado em 1º de junho de 1896 por iniciativa do Padre Bartolomeu Taddei.
Até o ano 2000, havia 50 diferentes edições do Mensageiro do Coração de Jesus e 40 outros periódicos. Hoje, no Brasil, juntamente com as publicações oficiais do AO, é publicado por Edições Loyola.
Membros do Apostolado da Oração conduzindo a imagem de Nossa Senhora do Rosário, ladeados pela Irmandade do Santíssimo Sacramento

Portugal[editar | editar código-fonte]

O Apostolado da Oração chegou a Portugal em 1864, trazido pelo italiano Padre António Marcocci. O grande impulsionador foi o seu colega Padre Luís Prosperi, primeiro Diretor Nacional. Em 1887, já havia em Portugal 1.074 Centros e cerca de 850.000 associados e zeladores. A Irmã Maria do Divino Coração foi uma das grandes propagadoras das pagelas do Apostolado da Oração na região do Norte de Portugal.

Brasil[editar | editar código-fonte]

O primeiro núcleo do Apostolado de Oração no Brasil foi fundado pelo Padre Bento Schembi no dia 30 de junho de 1867, no Recife (PE), na Igreja de Santa Cruz, ficando restrito à localidade, não contribuindo para a difusão do movimento no país.
O padre Bartolomeu Taddei fundou em Itu (SP) um núcleo do Apostolado de Oração em 1º de outubro de 1871, fundando outros centros em nível diocesano e nacional. Por este motivo, o Padre Taddei é considerado o fundador e propagador do movimento no Brasil. Foi nomeado como primeiro Diretor Nacional por ter levado o Apostolado a todos os Estados.
Padre Taddei foi também o responsável pela fundação do Santuário Central do Coração de Jesus, em Itu (SP). Em 03 de junho de 1913, data do falecimento do mesmo padre, havia, no Brasil, 1.390 centros do Apostolado de Oração espalhados por todos os estados, com cerca de 3 milhões de associados.

Objetivos e práticas[editar | editar código-fonte]

Espiritualização da Comunidade[editar | editar código-fonte]

Os membros do Apostolado da Oração, seguindo um programa rigoroso e profundo de vida espiritual, estão capacitados para cooperar ativamente na espiritualidade da Paróquia, num trabalho de conjunto com outras Pastorais e Movimentos, promovendo: Horas Santas (incentivo principalmente ás visitas ao Santíssimo Sacramento); Participação ativa na Missa; Consagração das Famílias ao Sagrado Coração de Jesus, anualmente; Entronização da Imagem ou quadro do Sagrado Coração de Jesus nos lares; Novenasterços, em família; vias-sacras e todas as iniciativas que ajudem a Comunidade a orar.
Jovem recebendo a imposição da fita do Apostolado da Oração pelas mãos do Pároco em Pirenópolis, Goiás.

Atuação na base eclesial[editar | editar código-fonte]

Principalmente pela atuação com as famílias, a exemplo das Comunidades Eclesiais de Base, agregando as famílias dos Zeladores, Associados zelados e suas vizinhanças, procurando atingir as famílias da comunidade de forma inclusiva, por meio de práticas como as Novenas do Natal em Família, Encontros da Campanha da Fraternidade na QuaresmaSemana Nacional da Família, Festas do Padroeiro.

Irradiação da vida cristã[editar | editar código-fonte]

O membro do Apostolado da Oração deverá, no seu ambiente, promover os valores cristãos, pelo testemunho de vida e pela palavra.

Promoção humana e assistência social[editar | editar código-fonte]

O membro do Apostolado da Oração é estimulado a praticar as chamadas obras de misericórdia, tais como: dar alimento aos necessitados, visitar pessoas enfermas, idosas e encarceradas, levando conforto, oração, esperança e auxilio material quando necessário, caminhando muitas vezes em parceria com os Vicentinos, Pastoral dos Pobres, Pastoral da Saúde, Pastoral dos Enfermos, Pastoral da Pessoa IdosaPastoral Carcerária e Pastoral da Esperança. Os membros do AO são encorajados a serem também membros ativos destas pastorais.

Pastoral Vocacional[editar | editar código-fonte]

Principalmente pela oração pelas vocações sacerdotais, religiosas e leigas; e pelo auxílio material para o sustento dos Seminários.

Evangelização[editar | editar código-fonte]

Principalmente junto às famílias ou na Catequese propriamente dita. O Movimento Eucarístico Jovem (MEJ), seção jovem do AO, apresenta um itinerário de formação para adolescentes e jovens.

Colaboração nas Atividades Paroquiais[editar | editar código-fonte]

Além da devolução do Dízimo, os membros do Apostolado da Oração deverão colaborar nos trabalhos e promoções materiais e sociais da Paróquia.

Compromissos dos membros[editar | editar código-fonte]

Oração diária com oferecimento do dia[editar | editar código-fonte]

O Oferecimento Diário é uma oração feita diariamente, preferencialmente pela manhã, por meio da qual os membros oferecem a Deus suas orações, trabalhos, sofrimentos e alegrias, pedindo as bênçãos para cada momento vivenciado durante o dia.
Há duas formulas oficiais para esta oração. A mais usada é a que consta na carta do diretor mundial do AO, Padre Peter-Hans Kolvenbach, SJ, de 8 de junho de 2003, direcionada aos Secretários Nacionais do AO: “Deus, nosso Pai, eu te ofereço todo o dia de hoje: minhas orações e obras, meus pensamentos e palavras, minhas alegrias e sofrimentos, em reparação de nossas ofensas, em união com o Coração de teu Filho Jesus, que continua a oferecer-se a Ti, na Eucaristia, pela salvação do mundo. Que o Espírito Santo, que guiou a Jesus, seja meu guia e meu amparo neste dia, para que eu possa ser testemunha do teu amor. Com Maria, Mãe de Jesus e da Igreja, rezo especialmente pelas intenções do Santo Padre para este mês:...”

Vida Sacramental, Eucaristia e Liturgia[editar | editar código-fonte]

Os membros são estimulados a participarem de todas as ações ligadas à Liturgia, com participação ativa na Missa, onde é celebrada a Eucaristia. São também encorajados a participarem dos demais Sacramentos.
A principal celebração do mês é a Missa da Primeira Sexta-Feira, onde os membros praticam a devoção da Comunhão Reparadora, pela qual pedem perdão a Deus pelos pecados cometidos pela humanidade.

Devoções especiais[editar | editar código-fonte]

Os membros praticam e difundem especialmente as devoções ao Espírito Santo, ao Sagrado Coração de Jesus (por meio da Festa do Sagrado Coração de Jesus, Primeiras Sextas-Feiras do mês, Horas Santas, Entronização do Sagrado Coração de Jesus nos lares e a Consagração das famílias ao Sagrado Coração de Jesus), à Virgem Maria, aos Santos Padroeiros (São Francisco Xavier e Santa Teresa do Menino Jesus e da Santa Face) e aos chamados Santos Promotores do culto ao Sagrado Coração de Jesus, com destaque para Santa Margarida Maria Alacoque, São Cláudio La Colombière e para a Beata Maria do Divino Coração.

Vontade de sentir com a Igreja[editar | editar código-fonte]

O Apostolado da Oração reza, a cada mês, pelas Intenções que o Papa escolhe e propõe. Os membros são encorajados e seguirem as orientações pastorais do Papa, do Bispo e dos Sacerdotes, devendo-lhes respeito e colaboração.

Oração perseverante[editar | editar código-fonte]

Estimula-se a prática da oração constante e regular.

Formação pessoal[editar | editar código-fonte]

Formação sólida de Zeladoras e Zeladores e de todos os membros de cada núcleo, visando a formação espiritual, bíblica, litúrgica, apostólica, doutrinária, por meio da Reunião Mensal, Hora Santa, novena do Sagrado Coração de Jesus, tríduos para as festas dos santos padroeiras, retiros espirituais, tarde de reflexão, palestras, círculos bíblicos, jornadas apostólicas, leituras de livros e revistas(principalmente a Revista Mensageiro do Coração de Jesus), encontros de formação e demais encontros promovidos pelas Paróquias e Dioceses.

Unir oração e ação[editar | editar código-fonte]

Os membros, além da oração, têm o compromisso de colaborarem com boas obras.

Estrutura geral[editar | editar código-fonte]

  • diretor geral mundial é o Padre Geral da Companhia de Jesus ou alguém nomeado por este. Atualmente o Diretor Internacional é o Padre Frédéric Fornos, SJ.
  • secretário nacional é nomeado pelo diretor geral. Sua função é coordenar e orientar o apostolado a nível nacional.
  • diretor diocesano é nomeado pelo bispo diocesano e tem o encargo de dinamizar o Apostolado da Oração na Diocese, representar o AO perante o Secretariado Nacional, promover encontros de formação, criar novos Centros, visitar os Centros já formados, ajudar os vigários e suas equipes e levar o movimento à frente.
  • Os diretores locais nas paróquias são os vigários.
  • Em cada um dos níveis, são constituídas, de acordo com as necessidades, diretorias ou comissões compostas por leigos, que auxiliam no trabalho de cada diretor ou secretário.
  • Dentro de cada núcleo local, os membros são normalmente divididos em duas categorias: os Associados, membros já incorporados por meio do Rito de Admissão e que estão recebendo formação e participando as atividades do grupo; e os Zeladores, que são membros mais antigos, com uma maior formação e participação ativa no movimento, sendo responsáveis principalmente por zelar por um grupo composto por um número de Associados e suas famílias.

Referências[editar | editar código-fonte]

  • SCHWENGBER, Otmar Jacob. Apostolado da Oração e MEJ em perguntas e respostas. Vol. 1. São Paulo: Edições Loyola, 2011.
  • SCHNEIDER, Hilda. Apostolado da Oração: Como? Por quê? Para quê? São Paulo: Edições Loyola, 2010.
  • APOSTOLADO DA ORAÇÃO. Manual do Coração de Jesus para os Associados do Apostolado da Oração. 92ª ed. São Paulo: Edições Loyola, 2016.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

JOÃO PENHA - POETA - NASCEU EM 1838. - 29 DE ABRIL DE 2020

João Penha

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João Penha
Busto de João Penha em Braga
Nascimento29 de abril de 1838
Braga
Morte3 de fevereiro de 1919 (80 anos)
Braga
CidadaniaPortugal
Alma materFaculdade de Direito da Universidade de Coimbra
Ocupaçãopoetajuristamagistrado
Movimento estéticoparnasianismo
João Penha de Oliveira Fortuna (Braga29 de Abril de 1838 — Braga, 3 de fevereiro de 1919 (80 anos)) foi um poeta, jurista e magistrado a quem é creditada a introdução do parnasianismo em Portugal.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Matriculou-se na Universidade de Coimbra em Teologia, passando depois para o curso de Direito, onde se formou em 1873. Juntou-se desde logo ao grupo dos estudantes boémios, tornando-se amigo de Gonçalves CrespoCândido de FigueiredoAntero de Quental e Guerra Junqueiro, entre outros.
Nos anos em que viveu em Coimbra fundou e dirigiu o jornal literário "A Folha" (publicado entre 1868 e 1873) onde colaboram grandes poetas como Antero de Quental e Guerra Junqueiro. Juntamente com Gonçalves Crespo, António Feijó e Cesário Verde é considerado um dos expoentes do parnasianismo português.[2]
Regressado a Braga, exerceu a advocacia e ocupou o cargo de juiz ordinário do Julgado da Sé. Dirigiu, entretanto, a revista literária República das Letras [3] (1875), de que saíram três números, e colaborou na Revista de turismo [4] iniciada em 1916.
Morreu pobre, surdo e esquecido em 1919.

Obra poética[editar | editar código-fonte]

  • Rimas (Lisboa, 1882),
  • Viagem por Terra ao País dos Sonhos (Porto, 1898),
  • Novas Rimas (Coimbra, 1905),
  • Ecos do Passado (Porto, 1914),
  • Últimas Rimas (Porto, 1919),
  • Canto do Cisne (Lisboa, 1923);

Prosa[editar | editar código-fonte]

  • Por Montes e Vales (Lisboa, 1899).

Edição crítica[editar | editar código-fonte]

  • Elsa Pereira, Obras de João Penha: Edição Crítica e Estudo.Porto: CITCEM, 2015. (Livro + CD-Rom).
As obras completas de João Penha foram objeto de uma edição crítico-genética em 7 tomos, apresentada em 2013 à Faculdade de Letras da Universidade do Porto e publicada, em formato livro + CD-rom, pelo Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço & Memória.

Referências

  1.  Elsa Pereira, Em Braga me Plantei para Sempre. João Penha: o Homem e o Poeta. Braga: Fundação Bracara Augusta, 2016.
  2.  Elsa Pereira, Obras de João Penha: Edição Crítica e Estudo. Porto: CITCEM, 2015. Livro + CD-Rom. Disponível online: <http://repositorio.ul.pt/handle/10451/33834>
  3.  Helena Roldão (22 de janeiro de 2015). «Ficha histórica:A republica das letras : periodico mensal de litteratura (1875)» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 7 de março de 2015
  4.  Jorge Mangorrinha (16 de janeiro de 2012). «Ficha histórica:Revista de Turismo: publicação quinzenal de turismo, propaganda, viagens, navegação, arte e literatura (1916-1924)» (PDF)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 13 de Maio de 2015

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