sábado, 18 de abril de 2020

ANTERO DE QUENTAL - ESCRITOR - NASCEU EM 1842 - 18 DE ABRIL DE 2020

Antero de Quental

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Antero de Quental
Antero de Quental, poeta açoreano c. 1887
Nome completoAntero Tarquínio de Quental
Nascimento18 de abril de 1842
Ponta DelgadaAçoresPortugal
Morte11 de setembro de 1891 (49 anos)
Ponta DelgadaAçoresPortugal
NacionalidadePortuguês
Alma materUniversidade de Coimbra
OcupaçãoEscritor
Principais trabalhosSonetos de Antero (1861)
Beatrice e Fiat Lux (1863)
Odes Modernas (1865)
Bom Senso e Bom Gosto (1865)
A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais (1865)
Defesa da Carta Encíclica de Sua Santidade Pio IX (1865)
Portugal perante a Revolução de Espanha (1868)
Primaveras Românticas (1872)
Considerações sobre a Filosofia da História Literária Portuguesa (1872)
A Poesia na Actualidade (1881)
Sonetos Completos (1886)
A Filosofia da Natureza dos Naturistas (1886)
Tendências Gerais da filosofia na Segunda Metade do Século XIX (1890)
Raios de extinta luz (1892)
Movimento literárioQuestão CoimbrãGeração de 70
Carreira musical
Período musical1861 - 1891
Assinatura
Assinatura Antero de Quental.svg
Antero Tarquínio de Quental (Ponta Delgada18 de abril de 1842 – Ponta Delgada11 de setembro de 1891[1]) foi um escritor e poeta português do século XIX que teve um papel importante no movimento da Geração de 70.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascido na Ilha de São Miguel (Açores, filho do combatente liberal Fernando de Quental {Solar do Ramalho — do qual mandou tirar a pedra de armas da família —, 10 de maio de 1814 — Ponta Delgada, Matriz, 7 de março de 1873) e de sua mulher Ana Guilhermina da Maia (Setúbal, 16 de julho de 1811 — Lisboa, 28 de novembro de 1876). O casal teve sete filhos, sendo Antero o quarto, numa família onde proliferavam as mortes prematuras e a loucura.[2]
Durante a sua vida, Antero de Quental dedicou-se à poesia, à filosofia e à política. Deu início aos seus estudos na cidade natal, mudando-se para Coimbra aos 16 anos, ali estudando Direito e manifestando as primeiras ideias socialistas. Fundou em Coimbra a Sociedade do Raio, que pretendia renovar o país pela literatura.
Em 1861, publicou os seus primeiros sonetos. Quatro anos depois, publicou as Odes Modernas, influenciadas pelo socialismo experimental de Proudhon, enaltecendo a revolução. Nesse mesmo ano iniciou a Questão Coimbrã, em que Antero e outros poetas foram atacados por António Feliciano de Castilho, por instigarem a revolução intelectual. Como resposta, Antero publicou os opúsculos Bom Senso e Bom Gosto, carta ao Exmo. Sr. António Feliciano de Castilho, e A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais.
Ainda em 1866 mudou-se para Lisboa, onde experimentou a vida de operário, trabalhando como tipógrafo, profissão que exerceu também em Paris, entre janeiro e fevereiro de 1867.
Em 1868 regressou a Lisboa, onde formou o Cenáculo, de que fizeram parte, entre outros, Eça de QueirósAbílio de Guerra Junqueiro e Ramalho Ortigão.
Foi um dos fundadores do Partido Socialista Português.
De 1869 data a sua viagem à América, com partida do Porto, a bordo do patacho Carolina, do seu amigo algarvio Joaquim de Almeida Negrão. Sabe-se que visitou primeiro Halifax, no Canadá, e depois Nova Iorque, onde permaneceu cerca de um mês. Desta viagem, que terá sido atribulada, não ficou nenhum testemunho da autoria de Antero, mas apenas os relatos feitos anos depois por Joaquim Negrão, que alguns hoje consideram parcialmente desmemoriado ou fantasista.[3]
Em 1870, fundou em Lisboa o jornal A República - Jornal da Democracia Portuguesa, com Oliveira Martins.
Em 1871, encontramo-lo a reunir-se em Lisboa com delegados da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) para apresentar as ideias anarquistas.[4]
Nessa altura, em Maio do mesmo ano, igualmente participa numa conferência Iberista e aí apresenta um polémico discurso em que tenta explicar as razões do atraso português, e do espanhol, desde o século XVII.[5]
Ele, juntamente com José Fontana, em 1872, passou a editar a revista O Pensamento Social.
Colaborou igualmente em diversas outras publicações periódicas, nomeadamente: A Esperança [6] (1865-1866), Renascença [7] (1878-1879?), O Pantheon [8] (1880-1881), Branco e Negro (1896-1898), Contemporânea (1915-1926), A imprensa (1885-1891), O Thalassa (1913-1915) e, a título póstumo, no periódico O Azeitonense [9] (1919-1920).
Em 1873 herdou uma quantia considerável de dinheiro, o que lhe permitiu viver dos rendimentos dessa fortuna. Em 1874, com tuberculose, descansou por um ano, mas em 1875, fez a reedição das Odes Modernas.
Em 1879 mudou-se para o Porto, e em 1886 publicou aquela que é considerada pelos críticos como a sua melhor obra poética, Sonetos Completos, com características autobiográficas e simbolistas.
Em 1880, adoptou as duas filhas do seu amigo, Germano Meireles, que falecera em 1877. Em setembro de 1881 foi, por razões de saúde e a conselho do seu médico, viver em Vila do Conde, onde residiu até maio de 1891, com pequenos intervalos nos Açores e em Lisboa. O período em Vila do Conde foi considerado pelo poeta o melhor da sua vida: "Aqui as praias são amplas e belas, e por elas me passeio ou me estendo ao sol com a voluptuosidade que só conhecem os poetas e os lagartos adoradores da luz.[10]
Em 1886 foram publicados os Sonetos Completos, coligidos e prefaciados por Oliveira Martins. Entre março e outubro de 1887, permaneceu nos Açores, voltando depois a Vila do Conde. Devido a essa sua estadia, foi fundado nesta cidade, em 1995, o "Centro de Estudos Anterianos"
Local do suicídio de Antero de Quental junto ao Convento de Nossa Senhora da Esperança em Ponta Delgada, na ilha de S. Miguel, nos Açores.
Em 1890, devido à reacção nacional contra o ultimato inglês, de 11 de janeiro, aceitou presidir à Liga Patriótica do Norte, mas a existência da Liga foi efémera. Quando regressou a Lisboa, em maio de 1891, instalou-se em casa da irmã, Ana de Quental. Portador de distúrbio bipolar, nesse momento o seu estado de depressão era permanente. Após um mês, em junho de 1891, regressou a Ponta Delgada, cometendo suicídio no dia 11 de setembro de 1891, com dois tiros, num banco de jardim junto ao Convento de Nossa Senhora da Esperança, onde está na parede a palavra "Esperança", no Campo de São Francisco, cerca das 20:00 horas.
Os seus restos mortais encontram-se sepultados no Cemitério de São Joaquim, em Ponta Delgada.[11]
Foi impressa uma nota de 5.000$00 Chapas 2 e 2A de Portugal com a sua imagem.

Análise da obra[editar | editar código-fonte]


Properly speaking there has been no Portuguese literature before Antero de Quental;
before that there has been either a preparation for a future literature,
or foreign literature written in the Portuguese language.
Fernando Pessoa[12]

A poesia de Antero de Quental apresenta três faces distintas:
  • A das experiências juvenis, em que coexistem diversas tendências;
  • A da poesia militante, empenhada em agir como “voz da revolução”;
  • E a da poesia de tom metafísico, voltada para a expressão da angustia de quem busca um sentido para a existência.
A oscilação entre uma poesia de combate, dedicada ao elogio da acção e da capacidade humana, e uma poesia intimista, direcionada para a análise de uma individualidade angustiada, parece ter sido constante na obra madura de Antero, abandonando a posição que costumava enxergar uma sequência cronológica de três fases.
Antero atinge um maior grau de elaboração em seus sonetos, considerados por muitos críticos uns dos melhores da língua e comparados aos de Camões e aos de Bocage. Há, na verdade, alguns pontos de contato estilísticos e temáticos entre esses três poetas: os sonetos de Antero têm inegável sabor clássico, quer na adjetivação e na musicalidade equilibrada, ou na análise de questões universais que afligem o homem.

Obras[editar | editar código-fonte]

  • Sonetos de Antero1861
  • Beatrice e Fiat Lux1863
  • Odes Modernas1865 (na origem da polémica Questão Coimbrã). Reeditadas em 1875.
  • Bom Senso e Bom Gosto1865 (opúsculos)
  • A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais1865 (na origem da polémica Questão Coimbrã)
  • Defesa da Carta Encíclica de Sua Santidade Pio IX1865
  • Portugal perante a Revolução de Espanha 1868 (eBook)
  • Causas da decadência dos povos peninsulares1871
  • Primaveras Românticas1872
  • Considerações sobre a Filosofia da História Literária Portuguesa1872 (eBook)
  • A Poesia na Actualidade1881
  • Sonetos Completos1886 (eBook)
  • A Filosofia da Natureza dos Naturistas1886 (eBook)
  • Tendências Gerais da filosofia na Segunda Metade do Século XIX1890
  • Raios de extinta luz1892 (eBook)
  • A Bíblia da Humanidade (eBook)
  • Leituras Populares (eBook)
  • Liga Patriótica do Norte (eBook)
  • Prosas

Referências

  1.  Carlos Loures. Antero de Quental - www.vidaslusofonas.pt. [S.l.: s.n.] Arquivado do original em 27 de junho de 2012
  2.  Revista COLóQUIO/Letras N.º 123/124 (Jan. 1992). A doença de Antero: Influência da relação Mãe-Filho, pág. 53.
  3.  Antonio Arroyo, em A Viagem de Antero de Quental á América do Norte (Porto: Renascença Portuguesa, 1916), baseia-se nos relatos feitos por Joaquim Negrão a Bulhão Pato e a ele próprio; Ana Maria Almeida Martins, em Antero de Quental e a Viagem à América. Remando contra a Maré (Lisboa: Tinta-da-China, 2011), questiona vários pontos da história de Negrão e do livro de Arroyo, mas não acrescenta novas informações sobre a estadia de Antero na América.
  4.  «Anarquismo em Portugal, Carlos Fontes, afilosofia.no.sapo.pt». Consultado em 21 de julho de 2013. Arquivado do original em 7 de março de 2014
  5.  Discurso de Antero Quental, Portal da História, Manuel Amaral 2000-2010
  6.  Helena Roldão (26 de fevereiro de 2016). «Ficha histórica: A esperança : semanario de recreio litterario dedicado ás damas» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 11 de abril de 2016
  7.  Helena Roldão (3 de outubro de 2013). «Ficha histórica: A renascença : orgão dos trabalhos da geração moderna» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 31 de março de 2015
  8.  Helena Roldão (25 de Maio de 2013). «Ficha histórica: O pantheon: revista de sciencias e lettras (1880-1881)» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 9 de Fevereiro de 2015
  9.  Jorge Mangorrinha (1 de abril de 2016). «Ficha histórica:O Azeitonense: orgão independente defensor dos interesses de Azeitão (1919-1920)» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 18 de setembro de 2016
  10.  Quental, Antero (1881), "Carta a Jaime Batalha Reis", em: Martins, Ana Maria Almeida ([1989) "Antero de Quental, Cartas, Volumes I e II", Ponta Delgada: Universidade dos Açores / Ed. Comunicação.
  11.  "Homenagem Antero de Quental 1841-1891". Correio dos Açores, ano 91, nº 26.928, 10 set 2011. p. 32.
  12.  Fernando Pessoa, Carta a William Bentley, 1915.in Correspondência 1905-1922, ed. Manuela Parreira da Silva, Lisboa, Assírio & Alvim, 1999, p. 197, ISBN 972-37-0505-2.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • SÁ, Victor de. Antero de Quental. Braga, ed. do autor, 1963. Coleção Cultura e Ação, n.º 8.
  • Literatura Portuguesa no Mundo "Dicionário Ilustrado"(vol. 10) ISBN 972-0-01251-X
  • VÁRIOS (2000). Nova Enciclopédia Barsa. [S.l.]: Encyclopædia Britannica do Brasil. Volume 12, ISBN 85-7026-492-5

Ver também[editar | editar código-fonte]

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DIA INTERNACIONAL DOS MONUM4ENTOS E SÍTIOS - 18 DE ABRIL DE 2020

Monumento

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Pirâmides em Gizé, Egito
Monumento é uma estrutura com motivos simbólicos e/ou comemorativos. Os monumentos tem como propósito homenagear um acontecimento, um fato histórico importante ou uma figura ilustre, criar um objeto ou ambiente de culto/celebração e também aprimorar o aspecto de uma cidade ou local. Estruturas funcionais que se tornaram notáveis por seu significado histórico, função e antiguidade, também podem ser consideradas monumentos. Diz-se também de um monumento histórico.

Ano Internacional do Monumento[editar | editar código-fonte]

Dia Internacional dos Monumentos e Sítios[editar | editar código-fonte]

Em 18 de abril é comemorado o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios. Criado em 18 de Abril de 1982 pelo ICOMOS (Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios) e aprovado pela UNESCO, este dia tenta dar mais visibilidade aos monumentos e sítios arqueológicos, bairros históricos, etc.

Referências

  1.  «CONVENÇÃO PARA A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO MUNDIAL, CULTURAL E NATURAL» (PDF). whc.unesco.org. Consultado em 28 de dezembro de 2016

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  •  Media relacionados com Monumento no Wikimedia Commons

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Fausto Bordalo Dias - "A Nau Catrineta"

Kseniya Simonova - Sand Animation (Україна має талант / Ukraine's Got Ta...

OBSERVADOR DESPORTO - 17 DE ABRIL DE 2020

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Desporto

Por Bruno Roseiro, Editor de Desporto
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Percebia-se que era uma questão de tempo. Ainda havia aquela remota esperança de que outra solução pudesse ser encontrada mas aquela chamada por conferência estava destinada. Aconteceu na quarta-feira, de manhã. Foi nesse momento que os funcionários do Sporting começaram a ser informados que, por suspensão do trabalho ou redução da carga horária, iriam passar para um regime de lay-off. Quase 90%, só aí. E ainda houve pelo menos um que, não entrando no plano desenhado pelo clube para os próximos 30 dias (que pode ser prolongado), se colocou à disposição para baixar também o vencimento, em forma de solidariedade com outras pessoas no departamento. “É a única hipótese para conseguir sustentabilidade e manter todos os postos de trabalho”, justificou-se na conversa.
A Sporting SAD já tinha conseguido alcançar um acordo com o plantel principal de futebol. A primeira proposta, de corte de 50%, foi rejeitada, a fasquia dos 30% como contra proposta também era insuficiente, a redução ficou pelos 40% nos próximos três meses, caso não exista competição. Aí, a fasquia desce para 20% a menos, sendo que a diferença será paga em fatias iguais até ao final de 2020 e no epílogo da época 2020/21. E existe uma hipóteses mais remota de “recuperar” o resto do salário (20%), caso a equipa consiga apurar-se para a Liga dos Campeões. Em paralelo, a acompanhar a decisão, os administradores da sociedade receberão também 50% a menos até junho.
Seguiu-se o clube e outros serviços que, juntos, olhando para todo o universo Sporting, colocou 95% das pessoas ligadas ao clube através de contrato ou recibos verdes em lay-off. E ainda falta fechar por completo os cortes nas modalidades, neste caso não só a curto prazo a pensar nos próximos meses (onde não se sabe se haverá ou não um regresso às competições para finalizar a época 2019/20 mas é certo que existirão reduções salariais) mas também tendo em vista a temporada seguinte. Ou seja, e neste caso em particular dos leões, se já era um dado certo que haveria cortes no orçamento para adequar custos às receitas, essa quebra vai subir e rondar os 30%.
Nem todos os clubes portugueses avançaram para este caminho. Benfica e FC Porto, por exemplo, têm resistido ao máximo nos cortes que pareciam certos, seja no futebol, nas modalidades ou no próprio clube. No entanto, é certo que, olhando para a época 2020/21, as coisas serão diferentes. Seja no mercado de transferências, seja no fecho dos orçamento, seja nos próprios serviços que são oferecidos. Porque houve uma brutal quebra de receitas durante esta pandemia, porque ninguém consegue prever o decréscimo na bilhética, nos lugares anuais e na quotização, porque os patrocinadores serão menores e mais modestos. No fundo, porque todos sabem a realidade de temos hoje mas ninguém consegue vislumbrar ao certo como será daqui para a frente. No desporto e na sociedade.
É aqui que entronca a guerra surda que agora não poderia ser mais audível entre Sp. Braga e Sporting por causa da transferência de Rúben Amorim e do não pagamento da primeira tranche do acordo que possibilitou a chegada do treinador a Alvalade, apenas uns dias antes de chegar a Portugal uma pandemia que acaba de motivar o terceiro período de 15 dias de Estado de Emergência (aliás, o técnico fez até agora apenas um jogo nos leões).
Os minhotos deveriam receber até ao final do mês de março cinco milhões de euros (mais IVA, de 2,3 milhões, que por ser dedutível entra nas contas em efeito boomerang). Não receberam, considerando que existia dinheiro na tesouraria pela venda de Bruno Fernandes ao Manchester United. Agora, por causa da moratória existente no contrato, exigem o pagamento de todo o valor previsto e acordado até setembro, com juros e multa de 10% pelo incumprimento, num total que rondará quase 14 milhões de euros. E parecem dispostos a ir até onde puderem nessa luta, considerando que a crise toca a todos e não se pode congelar compromissos e pagamentos.
Já os lisboetas assumem a dívida, recusam pagar multas pelo incumprimento ao abrigo da lei que prevê casos em que o contexto muda de forma fundamentada, garantem que o fair-play financeiro para a inscrição nas provas europeias da próxima temporada está assegurado, justificam-se com outras verbas que deveriam também entrar no clube e que foram canceladas ou renegociadas e catalogam a decisão como “um ato ou uma medida de mera gestão”, tendo em conta o período que se vive e a necessidade de garantir o mínimo de sustentabilidade a curto e médio prazo, numa era de pós-Covid-19. E parecem dispostos a ir até onde puderem nessa luta, considerando que a crise toca a todos e que é possível (ainda que não desejável) congelar compromissos e pagamentos.
Ninguém consegue prever como (e por quanto) irá terminar este litígio, existem opiniões distintas entre os vários especialistas na matéria sobre quem tem razão – não sobre o pagamento da dívida mas sobre os prazos que estão em causa – mas o caso entre Sp. Braga e Sporting (e a própria situação que os verde e brancos assumiram estar agora a atravessar) é sobretudo um reflexo dos efeitos diretos da pandemia e da paragem das competições, no futebol e no desporto. Porque se é certo que os próximos três meses constituem um grande desafio à sustentabilidade e até à sobrevivência dos clubes, de maior ou menor dimensão no panorama nacional, os próximos três anos serão um exercício ainda mais complicado de superar. Para os clubes e para todos.

EU, A TV E UM COMANDO

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    Martunis, criança que sobreviveu ao tsunami que vitimou 230 mil pessoas na Indonésia em 2004 e que foi ajudada por Ronaldo, vai leiloar camisola do avançado para ajudar famílias vítimas da Covid-19.
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