Colégio Militar (Portugal)
Colégio Militar | |
---|---|
País | Portugal |
Corporação | Exército Português |
Subordinação | Comando da Instrução e Doutrina |
Missão | Ensino Básico (1.º, 2.º e 3.º Ciclos) e Secundário |
Criação | 1803 |
Aniversários | 3 de março |
Lema | Servir |
Divisa | Um por todos, todos por um |
Grito de Guerra | Zacatraz |
História | |
Condecorações | Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito Ordem Militar de Cristo Ordem Militar de Avis Medalha de Serviços Distintos Ordem Militar de Sant'Iago da Espada Ordem da Instrução Pública |
Logística | |
Efetivo | 614 alunos |
Insígnias | |
Barretina: | |
Armas: | |
Comando | |
Comandante | Coronel António Emídio da Silva Salgueiro |
Sede | |
Sede | Largo da Luz, Lisboa |
Endereço | LISBOA |
Internet | www.colegiomilitar.pt |
O Colégio Militar CvTE • GCC • MHA • MOSD • MHSE • GCIP, situado em Lisboa, Portugal, é uma escola pública de ensino militar superior. Fundado em 1803 pelo Marechal António Teixeira Rebelo, funcionou até 2017/ 2018 em regime de internato masculino, sendo atualmente uma escola mista de externato e internato facultativo.
O Colégio Militar admite filhos de militares e de civis, a quem oferece o currículo escolar do Ministério da Educação, complementado pelas disciplinas obrigatórias de Instrução Militar, Equitação e Esgrima.
Índice
História[editar | editar código-fonte]
1803-2013[editar | editar código-fonte]
O processo de criação do Colégio Regimental da Artilharia da Corte, também conhecido por Colégio da Feitoria, e que deu origem ao atual Colégio Militar, prolongou-se entre 1802 e 1803, tendo sido fixada, mais tarde, a data oficial de 3 de março de 1803 de modo a assinalar a efeméride.
Foi fundado pelo então Coronel António Teixeira Rebelo, comandante do Regimento de Artilharia da Corte sito no Forte da Feitoria, em Oeiras, com o objectivo de educar os filhos dos oficiais daquele regimento. Preocupado com a ocupação e educação das crianças e jovens familiares da sua guarnição e de civis da região, cria, desse modo, uma escola cujos agentes de ensino seriam os próprios militares do seu Regimento. Os alunos eram inicialmente cerca de vinte.
Em 1805, o Príncipe Regente, futuro D. João VI, manda conceder uma pensão aos educandos daquela escola; e, no ano seguinte, ele próprio visita as instalações da Feitoria, atraído pela fama do pequeno colégio, e ordena que seja aumentada aquela pensão e concedida uma gratificação mensal aos professores. Sempre interessado pelo colégio, o mesmo soberano confere, em 1807, um louvor a Teixeira Rebelo e aos seus colaboradores.
1807 é igualmente o ano em que Teixeira Rebelo deixa o comando do Regimento de Artilharia da Corte, sendo nomeado inspetor dos Corpos de Artilharia. O Governo, certamente interessado no prosseguimento da ação educativa de Teixeira Rebelo, autorizou-o a manter-se nas suas funções diretivas do Colégio, dando-se os primeiros passos para a autonomização da escola.
Em 1813, o colégio passa a ter existência oficialmente autónoma, adoptando a designação de Real Colégio Militar, com Teixeira Rebelo como diretor, entretanto promovido a Marechal de Campo.
O Real Colégio Militar foi transferido em 1814 do Forte da Feitoria para o edifício onde desde 1618 funcionara o Hospital de Nossa Senhora dos Prazeres, no sítio da Luz, em Lisboa, aí permanecendo até 1835.
Entre 1835 e 1859, o colégio mudou várias vezes de local (para o sítio de Rilhafoles, no centro de Lisboa, e para o Convento de Mafra). Em 1859 voltou para a Luz, onde ainda hoje se mantém. Desde essa época que os alunos do Colégio Militar recebem o epíteto de "Meninos da Luz".
Com a implantação da República em 1910, o colégio perdeu o título de "Real", passando a denominar-se Colégio Militar.[1]
Reforma de 2013[editar | editar código-fonte]
Em 2012, o Ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, nomeou uma comissão para estudar a reestruturação das escolas militares não superiores - Colégio Militar, Instituto de Odivelas e Instituto dos Pupilos do Exército, com o objetivo de reduzir custos e aumentar eficiências na sua oferta educativa, aumentar a captação de novos alunos e promover a igualdade de género.[2][3]
Em 2013, por despacho ministerial, foi ordenada uma profunda reforma do Colégio Militar, a aplicar duma só vez pouco depois no início do ano letivo de 2013/2014, acompanhada da ordem de encerramento do Instituto de Odivelas no final do ano letivo de 2014/2015.[4]
Em setembro de 2013, cumprindo o despacho, o Colégio Militar pela primeira vez na sua história admitiu alunos do sexo feminino, bem como alunos para o 1.º Ciclo e alunos para todos os anos de escolaridade. Simultaneamente, foi reaberto o regime de externato, que já tinha sido experimentado e abandonado por diversas vezes na história da instituição. Foi também aberto concurso para um edifício de internato feminino que funcione a partir do ano letivo de 2015/2016 e receba as alunas internas do Instituto de Odivelas, que então encerrará definitivamente.[5]
O prazo de execução da reforma bem como algumas das suas bases foram contestados publicamente pelas associações de antigos alunos e de pais e encarregados de educação do Colégio Militar e do Instituto de Odivelas, por temerem a descaracterização das instituições e o fim de tradições centenárias.[5] O Ministro da Defesa Nacional respondeu aos pais por carta, reafirmando o investimento e a confiança na instituição.[6]
O ano letivo de 2014/2015 iniciou-se com 614 alunos, mais 174 que no ano anterior, incluindo 82 alunas que se transferiram do Instituto de Odivelas.
Em resultado da reforma de 2013, em apenas dois anos o Colégio Militar passou de internato masculino integral a uma escola em que um terço de alunos é do sexo feminino, e também um terço dos alunos dispensou o internato.[7]
Condecorações[editar | editar código-fonte]
O Estandarte Nacional do Batalhão de Alunos do Colégio Militar é o mais condecorado das Forças Armadas Portuguesas, pelo valor demonstrado por muitos dos seus antigos alunos, pelo reconhecimento da qualidade do ensino ministrado, e pelo público reconhecimento do cumprimento da sua missão.
Ostenta as seguintes insígnias nacionais ou militares:[8]
- 1920 Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito
- 1931 Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública
- 1953 Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo
- 1959 Ordem do Mérito Militar do Brasil
- 1978 Ordem Militar de Sant'Iago da Espada
- 1981 Medalha de Honra de Mérito Desportivo
- 1982 Ordem do Rio Branco do Brasil
- 1990 Medalha de Ouro de Serviços Distintos
- 1998 Medalha do Pacificador do Brasil
- 1999 Medalha Marechal Trompowsky do Brasil
- 2002 Membro-Honorário da Ordem Militar de Avis
- 2003 Ordem Militar de Avis
- 2003 Medalha Naval Vasco da Gama
- 2003 Medalha de Mérito Aeronáutico de 1.ª Classe
O Colégio Militar também recebeu as seguintes distinções locais ou particulares:
- 1967 Medalha de Ouro e Bons Serviços do Concelho de Oeiras
- 1985 Medalha de Honra da Cidade de Lisboa
- 2003 Medalha da Cruz Vermelha de Benemerência
- 2005 Medalha de Honra da Freguesia de Carnide
- 2008 Colar de Honra de Mérito Desportivo
- 2008 Troféu Olímpico do Comité Olímpico Português
- 2015 Medalha de Ouro da Ordem do Mérito Conselheiro Thomaz Coelho (Brasil)
Caraterísticas[editar | editar código-fonte]
Código de Honra[editar | editar código-fonte]
O Código de Honra é um guia permanente do comportamento dos alunos do Colégio Militar. Está colocado em locais estratégicos das instalações, estando também cosido no interior de algumas peças do fardamento.
- Amar e honrar a Pátria
- Dignificar a farda que enverga
- Cultivar a disciplina
- Dedicar à sua formação todo o seu esforço e inteligência
- Ser verdadeiro e leal, assumindo sempre a responsabilidade dos seus atos
- Praticar a camaradagem sem denúncia nem cumplicidade
- Ser modesto no êxito, digno na adversidade e confiante face às dificuldades
- Ser generoso na prática do Bem
- Repudiar a violência, a delapidação e o despotismo
- Ser sempre respeitador, afável e correto[9]
Fardamento[editar | editar código-fonte]
Os alunos do Colégio Militar envergam um uniforme de gala de cor de pinhão (acastanhada), adotado em 1837 com base na cor tradicional dos uniformes dos Batalhões de Caçadores portugueses, e posteriormente modificado em 1870 e 1912. Do uniforme de gala destaca-se a barretina, adotada em 1866 com base no modelo então corrente no Exército Português, a qual se tornou no principal símbolo do Colégio Militar.
No ano letivo de 2009-2010, o fardamento para uso interno e desportivo foi redesenhado pela estilista nacional Maria Gambina, mantendo-se intocado o uniforme de gala.
Cerimónias e Tradições[editar | editar código-fonte]
O Colégio Militar celebra cerimónias e tradições, tanto oficiais como internas, que se repetem em cada ano letivo.
Dentre as cerimónias abertas a todo o público em geral, inclui-se a Abertura Solene do ano letivo, a incorporação dos novos alunos no Batalhão Colegial em 1 de dezembro e o Aniversário do Colégio Militar no dia 3 de março.
As tradições internas, destinadas a reforçar os laços de camaradagem entre alunos, incluem o grito de saudação "Zacatraz", e o uso do símbolo da barretina na lapela.
Abertura Solene do ano letivo[editar | editar código-fonte]
Geralmente realizada no final do mês de outubro, integra a saudação de boas-vindas aos novos alunos e a imposição de distinções por bons resultados escolares aos melhores alunos do ano anterior.
Aniversário do Colégio Militar[editar | editar código-fonte]
Esta comemoração é realizada durante os dois dias do fim de semana mais próximo do dia 3 de março, a data oficial da fundação do Colégio Militar em 1803. No sábado, decorre uma cerimónia de homenagem ao fundador, na presença de todo o Batalhão Colegial, nos Claustros do Colégio Militar. No domingo, o Batalhão Colegial realiza um desfile em público, geralmente descendo toda a Avenida da Liberdade, em Lisboa, terminando no Rossio, onde é de seguida celebrada missa em homenagem pelos ex-alunos já falecidos, na Igreja de São Domingos.
"Zacatraz"[editar | editar código-fonte]
O "Zacatraz" é o grito de saudação/homenagem dos alunos ou antigos alunos do Colégio Militar e é sinal da sua presença em eventos públicos ou reuniões privadas.
Usado como forma de homenagem, é declarado logo no início do mesmo a quem se destina, que tanto pode ser uma instituição como uma pessoa, (exemplo: "Pelo Prof. Dario"). O Zacatraz é entendido como algo não institucional, mas sim pertença dos alunos, e como tal possui a característica de só os alunos (ou ex-alunos) terem a capacidade de decisão de quando (e por quem) é que o Zacatraz é gritado.
Símbolo da Barretina na lapela[editar | editar código-fonte]
O símbolo da Barretina é usado na lapela de roupa civil por alunos, antigos alunos e sócios honorários da Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar.
Antigos alunos distintos[editar | editar código-fonte]
Ver também a categoria: Alunos do Colégio Militar
Na presidência da República[editar | editar código-fonte]
- Marechal Carmona (1869-1951), marechal do Exército, político, primeiro-ministro (1926-1928), Presidente da República (1926-1951)
- Marechal Costa Gomes (1914-2001), marechal do Exército, Presidente da República (1974-1976)
- Marechal Craveiro Lopes (1894-1964), marechal da Força Aérea, Presidente da República (1951-1958)
- Marechal Gomes da Costa (1863-1929), marechal do Exército, político, Presidente da República (1926)
- Marechal António de Spínola (1910-1996), marechal do Exército, administrador colonial, político, Presidente da República (1974)
Na política e administração pública[editar | editar código-fonte]
- Abel Botelho (1854-1917), coronel do Exército, escritor, político, diplomata
- Abel Fontoura da Costa (1869-1940), capitão de mar e guerra, político
- Afonso de Castro (1824-1885), tenente-coronel do Exército, escritor, político, administrador colonial
- Alfredo de Sá Cardoso (1864-1950), general do Exército, político, primeiro-ministro (1919-1920)
- Álvaro de Castro (1878-1928), major de Infantaria, político, administrador colonial, primeiro-ministro (1920 e 1923-1924)
- Andrade Corvo (1824-1890), político, escritor
- Antão José Maria de Almada (1801-1834), funcionário da Casa Real
- António Arnao Metello (1938-2008), tenente-coronel de Engenharia, político
- António Augusto Dias de Freitas (1830-1904), industrial, político
- Arantes e Oliveira (1907-1982), engenheiro, político
- Augusto Cardoso (1859-1930), capitão de fragata, explorador, administrador colonial
- Basílio Horta (1943-), jurista, político
- Botelho Moniz (1900-1970), general do Exército, político
- Caetano Diogo Óscar da Silva Vieira (1819-1885), tenente-coronel do Exército, administrador colonial
- Carlos de Liz Teixeira Branquinho (1902-1973), diplomata
- César Maria de Serpa Rosa (1899-1968), capitão de Infantaria, administrador colonial
- Conde de Valbom (1822-1901), político, diplomata, coronel graduado de Engenharia
- Diogo Paim de Bruges (1866-1930), professor, jornalista, político
- Duarte Pio de Bragança (1945-), pretendente ao trono de Portugal
- Eduardo Augusto Ferreira da Costa (1865-1907), major do Exército, administrador colonial
- Eduardo Galhardo (1845-1908), general de brigada do Exército, administrador colonial, político, diplomata
- Fernando Seara (1956-), advogado, político
- Fradesso da Silveira (1825-1875), major graduado de Infantaria, professor, político, industrialista
- Francisco Maria da Cunha (1832-1909), general de divisão do Exército, administrador colonial, político
- Gustavo de Matos Sequeira (1880-1962), jornalista, escritor, político
- Ivens Ferraz (1870-1933), general do Exército, administrador colonial, político, primeiro-ministro (1929-1930)
- João Tavares de Almeida (1816-1877), militar, administrador colonial
- José Cabral (1879-1956), coronel de Cavalaria, administrador colonial
- José Pessoa (1899-1974), tenente-coronel de Artilharia, político
- Luís Augusto Pimentel Pinto (1843-1913), general de divisão de Cavalaria, político
- Luís Magalhães Correia (1873-1960), vice-almirante, administrador colonial, político
- Marechal Humberto Delgado (1906-1965), marechal da Força Aérea, político
- Manuel de Abreu Ferreira de Carvalho (1893-1956), capitão de Infantaria, administrador colonial
- Miguel Rafael de Bragança (1946-), membro da Casa de Bragança
- Miguel Dantas (1823-1910), político, diplomata
- Nuno José Severo de Mendoça Rolim de Moura Barreto(1804-1875), político
- Passos e Sousa (1881-1966), coronel de Infantaria, político
- Pedro Lynce (1943-), político
- Pires de Miranda (1933-), engenheiro, político
- Ricardo Bayão Horta (1936-), político
- Salvador d'Oliveira Pinto da França (1822-1866), tenente-coronel do Exército, político
- Teixeira Pinto (1899-1960), brigadeiro de Engenharia, professor catedrático, político
- Tito de Morais (1910-1999), engenheiro, político
Nas forças armadas[editar | editar código-fonte]
- Adelino Delduque da Costa (1889-1953), coronel de Infantaria, administrador colonial
- Almeida Bruno (1935-), general do Exército
- Almeida e Costa (1932-2010), almirante, político, Governador de Macau
- Almiro Maia de Loureiro (1865-1965), tenente-coronel do Exército, dirigente desportivo
- Augusto Valdez de Passos e Sousa (1886-1915), tenente do Exército
- Barros Rodrigues (1890-1957), general de Artilharia
- Benjamim Luazes e Santos (1883-1962), coronel de Cavalaria
- Cândido Xavier de Abreu Viana (1819-1901), general do Exército
- Damião Freire de Bettencourt Pego (1826-?), coronel do Exército
- Eduardo Ernesto de Castelbranco (1840?-1905), general de divisão do Exército
- Francisco Xavier Craveiro Lopes (1814-1883), general de brigada do Exército
- Francisco Xavier da Cunha Aragão (1891-1973), tenente-coronel de Cavalaria
- Guilherme Ivens Ferraz (1865-1956), vice-almirante, administrador colonial
- Garcia Leandro (1940-), general do Exército, Governador de Macau, professor universitário
- Garcia Rosado (1864-1937), general do Exército, administrador colonial, diplomata
- Henrique de Carvalho (1843-1909), coronel do Exército, explorador, administrador colonial
- Jerónimo da Silva Maldonado de Eça (1803-1886), general de divisão do Exército
- João Carlos Craveiro Lopes (1871-1945), general de divisão do Exército, administrador colonial
- Joaquim Cardeira da Silva (1920-1999), coronel de Infantaria
- José Rufino Moniz da Maia (?-1899), general de divisão de Infantaria
- José Tomás de Cáceres (1839-1898), coronel de Infantaria
- Luciano Granate (1895-1974), brigadeiro do Exército
- Morais Sarmento (1843-1930), general de divisão de Infantaria, político, escritor
- Mouzinho de Albuquerque (1855-1902), tenente-coronel do Exército, administrador colonial
- Óscar Monteiro Torres (1889-1917), capitão de Cavalaria aviador
- Pedro Alexandrino da Cunha (1801-1850), capitão de mar e guerra, administrador colonial
- Pereira d'Eça (1852-1917), general de Artilharia, político, administrador colonial
- Plácido de Abreu (1903-1934), capitão de Infantaria aviador
- Raúl Folques (1939-), coronel de Infantaria
- Sacadura Cabral (1881-1924), capitão de fragata aviador
- Sanches de Miranda (1865-1939), coronel de Artilharia, administrador colonial
- Sarmento de Beires (1893-1974), coronel de Engenharia aviador
- Serpa Pinto (1846-1900), general de brigada do Exército, explorador, administrador colonial
- Tenente Valadim (1856-1890), tenente do Exército, expedicionário em África
- Vasco Rocha Vieira (1939-), general do Exército, Governador de Macau
- Venâncio Augusto Deslandes (1909-1985), general de Aeronáutica, administrador colonial
- Vieira da Rocha (1872-1952), general do Exército, político
- Viriato de Lacerda (1887-1917), militar, herói de guerra
Nas ciências[editar | editar código-fonte]
- Adriano Augusto de Pina Vidal (1841-1919), general de divisão do Exército, professor universitário
- Anchieta (1832-1897), explorador, naturalista
- António Aniceto Monteiro (1907-1980), matemático, professor universitário
- Armando Teófilo Silva Rocha da Trindade (1937-2009), fundador e reitor da Universidade Aberta (Lisboa)
- Baldaque da Silva (1852-1915), capitão de mar e guerra, hidrógrafo
- Campos Rodrigues (1836-1919), vice-almirante, engenheiro hidrográfico, astrónomo
- Ernesto Roma, médico diabetologista
- Fernando da Cruz Ferreira (1912-1977), médico, professor catedrático, campeão de esgrima
- João Carrington da Costa (1891-1982), geólogo, professor universitário, político
- Jorge da Silva Horta (1907-1989), médico, professor universitário, político
- José Formosinho (1888-1960), arqueólogo, museólogo
- José Rueff (1954-), médico, investigador, professor universitário
- José Tribolet (1949-), professor universitário, gestor académico
- Luís Porfírio da Mota Pegado (1831-1903), general de divisão do Exército, professor universitário
- Mário Moutinho, médico oftalmologista
- Nery Delgado (1835-1908), general de Engenharia, geólogo, professor
- Rodrigo Sarmento de Beires (1895-1975), doutorado em Ciências Matemáticas, professor universitário
Nas artes[editar | editar código-fonte]
- Ângelo de Lima (1872-1921), pintor, poeta
- António Avelar de Pinho (1947-), músico, compositor
- Artur Semedo (1924-2001), ator, cineasta
- Barata Feyo (1899-1990), escultor
- Carvalho Soares (1901-1984), ator
- José Maria Sardinha Pereira Coelho (1879-1963), militar, jornalista, autor teatral, compositor
- Luís Esparteiro (1959-), ator
- Luís Filipe Rocha (1947-), realizador de cinema
- Menezes Ferreira (1889-1936), militar, escritor, artista
- Pedro Ayres Magalhães (1959-), músico, compositor
- Rão Kyao (1947-), músico, compositor
- Raul de Carvalho (1901-1984), ator
- Raul Ferrão (1890-1953), militar, compositor
- Ribeiro de Carvalho (1880-1942), político, escritor, jornalista
- Rui Jervis Atouguia (1917-2006), arquiteto
- Tomás Alcaide (1901-1967), tenor lírico
Nas letras e humanidades[editar | editar código-fonte]
- Alberto Machado Cardoso dos Santos (1876-1964), coronel de Cavalaria, escritor, historiador
- António Lobo Vilela (1902-1966), engenheiro geógrafo, professor, espírita, político, escritor
- António Sérgio (1883-1969), intelectual, pensador
- Augusto César Ferreira de Mesquita (1841-1912), dramaturgo, jornalista, político
- Carlos Selvagem (1890-1973), jornalista, escritor, historiador
- Eduardo Lourenço (1923-), professor, pensador
- Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878), naturalizado brasileiro, general de brigada do Exército brasileiro, diplomata, historiador
- Jacinto Inácio de Brito Rebelo (1830-1920), general de brigada de Engenharia, publicista, historiador
- João Medina (1939-), historiador, escritor, professor universitário
- Joaquim da Costa Cascais (1815-1898), general de divisão do Exército, escritor
- José Bação Leal (1942-1965), alferes miliciano de Infantaria, poeta
- José Fanha (1951-), escritor, divulgador de poesia
- Júlio César Machado (1835-1890), escritor
- Júlio Dantas (1876-1962), escritor, médico militar, político, diplomata
- Latino Coelho (1825-1891), escritor, jornalista, político
- Luís de Albuquerque (1917-1992), professor universitário, historiador
- Luís Augusto Ferreira Martins (1875-1967), general de Artilharia, historiador
- Luís Augusto Palmeirim (1825-1893), escritor, político
- Luís Galhardo (1874-1929), coronel de Infantaria, jornalista, dramaturgo
- Olavo d'Eça Leal (1908-1976), escritor
- Pedro Bandeira Freire (1939-2008), escritor, cineasta, empresário
- Pinheiro Chagas (1842-1895), escritor, jornalista, político
- Ramiro Guedes de Campos (1903-), poeta
- Solilóquio (João Cristóvão Moreira) (1929-), capitão de fragata, escritor tauromáquico
No desporto[editar | editar código-fonte]
- Ângelo Felgueiras (1964-), piloto de linha aérea, sindicalista, alpinista
- Domingos de Sousa Coutinho (1896-1984), cavaleiro olímpico medalhado
- Hélder de Sousa Martins (1901-?), general do Exército e cavaleiro olímpico medalhado
- Filipe Soares Franco (1953-), gestor, dirigente desportivo
- João Palha Ribeiro Telles (1959-), cavaleiro tauromáquico
- Jorge Theriaga (1954-), médico, campeão internacional de bilhar
- José Beltrão (1905-1948), capitão de Cavalaria, cavaleiro olímpico medalhado
- Luís Ivens Ferraz (1897-1987), oficial de Cavalaria, cavaleiro olímpico
- Luís Mena e Silva (1902-1963), cavaleiro olímpico medalhado
- Rui Santos (1960-), jornalista desportivo
- Vasco Lynce (1947), político, presidente do Comité Olímpico Português
No comércio e indústria[editar | editar código-fonte]
- Gastão de Benjamim Pinto (1886-1976), empresário industrial
- João Cordeiro (1947-), empresário, dirigente associativo
- Pedro Queiroz Pereira (1949-], piloto automóvel, empresário
Professores[editar | editar código-fonte]
Esta é uma lista de professores que lecionaram no Colégio Militar, com artigos próprios na Wikipédia:
- Álvaro Eugénio Neves de Fontoura (1891-1975), militar e administrador colonial
- Edmundo Curvelo (1913-1954), filósofo e lógico; professor de Filosofia e História
- Eduardo Galhardo (1845-1908), militar, político, administrador colonial e diplomata; professor de Aritmética prática
- Joaquim da Costa Cascais (1815-1898), militar e escritor; professor de topografia militar, desenho e arquitectura
- José César Ferreira Gil (1858-1922), militar e historiador; professor e diretor do Colégio Militar
- José Joaquim Nunes (1859-1932), sacerdote e professor
- Luciano Cordeiro (1844-1900), escritor, historiador, geógrafo e político; professor de Filosofia e Literatura
- Mouzinho de Albuquerque (1855-1902), militar e administrador colonial; regente de estudos
- Manuel Maria de Oliveira Ramos (1862-1931), militar, professor universitário e historiador
Diretores[editar | editar código-fonte]
Esta é uma lista de diretores do Colégio Militar com entradas na Wikipédia, por ordem cronológica do ano em que assumiram a direção:
- António Teixeira Rebelo, 1803-1825
- Cândido José Xavier, 1825-1828
- Pedro José de Santa Bárbara, 1829-1833
- Agostinho José Freire, 1834-1836
- João José da Cunha Fidié, 1837-1848
- Evaristo José Ferreira, 1848-1851
- Francisco Maria da Cunha, 1882-1890 ou 1883-1891
- José Estêvão de Morais Sarmento, 1898-1904
- José César Ferreira Gil, 1912-1915
- Luís da Costa de Sousa de Macedo, 1944-1946
Toponímia[editar | editar código-fonte]
Os nomes do Colégio Militar, do seu fundador e de mais de 80 antigos alunos - todos com artigos na Wikipédia - perduram na toponímia (nomes de localidades e de arruamentos) por todo o mundo:[13]
- Abel Botelho
- Abel Fontoura da Costa
- Abílio Passos e Sousa
- Adriano Augusto de Pina Vidal
- Afonso de Castro
- Alfredo de Sá Cardoso
- Almirante Magalhães Correia
- Álvaro de Castro
- Anchieta
- Aníbal Augusto Sanches de Miranda
- António Pereira de Eça
- António Sérgio
- Artur Semedo
- Augusto Cardoso
- Carlos Selvagem
- César Maria de Serpa Rosa
- Duque de Loulé
- Eduardo de Arantes e Oliveira
- Eduardo Galhardo
- Ernesto Roma
- Fradesso da Silveira
- Francisco Craveiro Lopes
- General Ferreira Martins
- General Humberto Delgado
- General Luís Pimentel Pinto
- Gustavo de Matos Sequeira
- Hélder Martins
- Henrique Augusto Dias de Carvalho
- João de Andrade Corvo
- Joaquim Cardeira da Silva
- Joaquim Filipe Nery da Encarnação Delgado
- Joaquim Ribeiro de Carvalho
- Joaquim Tomás Lobo de Ávila
- José Beltrão
- José Cabral, Vila Cabral (Moçambique)
- José Estêvão de Morais Sarmento
- José Formosinho
- Júlio Botelho Moniz
- Júlio César Machado
- Júlio Dantas
- Luís de Albuquerque
- Luís Augusto Palmeirim
- Marechal António de Spínola
- Marechal Costa Gomes
- Marechal Teixeira Rebelo
- Mário Moutinho
- Olavo d'Eça Leal
- Marechal Óscar Carmona
- Óscar Monteiro Torres
- Plácido de Abreu
- Professor Jorge da Silva Horta
- Ramiro Guedes de Campos
- Raul Ferrão
- Sacadura Cabral
- Sarmento de Beires
- Serpa Pinto
- Tenente Valadim
- Tenente-Coronel José Pessoa
- Viriato de Lacerda
Referências
- ↑ Matos, Alberto da Costa; et al.; coord. Jorge Alberto Gabriel Teixeira, Mário Margarido e Silva Falcão; fot. José Luís Braga(2003). História do Colégio Militar. Lisboa: Estado Maior do Exército. ISBN 972-97408-4-4
- ↑ Lusa/Sol (21 de março de 2012). «"Marçal Grilo vai liderar reforma do ensino militar"». Jornal Sol. Consultado em 20 de setembro de 2013
- ↑ Lusa (10 de setembro de 2012). «"Ensino militar regular concentrado no Colégio Militar até 2015"». Jornal Público. Consultado em 20 de setembro de 2013
- ↑ Despacho nº 4785/2013 do MDN
- ↑ ab Joana Ferreira da Costa (25 de setembro de 2012). «"Querem matar o colégio Militar?"». Jornal Sol. Consultado em 20 de setembro de 2013
- ↑ Lusa (13 de setembro de 2012). «"Aguiar-Branco enaltece ensino militar em carta enviada aos pais dos alunos"». Jornal Público. Consultado em 20 de setembro de 2013
- ↑ «Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar»
- ↑ http://www.presidencia.pt/comandantesupremo/?idc=344&idi=13765
- ↑ «O Código de Honra do Aluno do Colégio Militar». Consultado em 21 de novembro de 2013
- ↑ http://www.lacm.org.pt/conheca-o-cm/outros-antigos-alunos-de-relevo/conheca-o-cm/outros-antigos-alunos-de-relevo
- ↑ Meninos da Luz – Quem é Quem II. Lisboa: Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar. 2008. ISBN 989-8024-00-3
- ↑ Matos, Alberto da Costa (2013). O Colégio Militar: berço de grandes portugueses. prefácio: José Alberto Loureiro dos Santos. Lisboa: Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar. ISBN 978-989-96104-0-8
- ↑ Matos, Alberto da Costa; prefácio: António dos Santos Ramalho Eanes (2009). O Colégio Militar na Toponímia Portuguesa. Lisboa: Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar. ISBN 978-989-96104-0-8