quarta-feira, 24 de julho de 2019

CONDEIXA A NOVA - FERIADO - 24 DE JULHO DE 2019

Condeixa-a-Nova

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Condeixa-a-Nova
Brasão de Condeixa-a-NovaBandeira de Condeixa-a-Nova
Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova.JPG
Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova com monumento aos Combatentes Mortos na I Guerra Mundial em primeiro plano.
Localização de Condeixa-a-Nova
GentílicoCondeixense
Área138,68 km²
População17 078 hab. (2011)
Densidade populacional123,1  hab./km²
N.º de freguesias7
Presidente da
câmara municipal
Nuno Moita (PS)
Fundação do município
(ou foral)
1514
Região (NUTS II)Centro (Região das Beiras)
Sub-região (NUTS III)Região de Coimbra
DistritoCoimbra
ProvínciaBeira Litoral
OragoSanta Cristina
Feriado municipal24 de Julho (Santa Cristina)
Código postal3150
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg
Condeixa-a-Nova (por vezes dita pela forma sincopada de Condeixa) é uma vila portuguesa do distrito de Coimbra, situada na província da Beira Litoralregião do Centro (Região das Beiras) e sub-região Região de Coimbra, sede da União das Freguesias de Condeixa-a-Velha e Condeixa-a-Nova, contando 8 608 habitantes em 2011.[1] Situa-se a 10 km da capital do distrito.

O município[editar | editar código-fonte]

É sede de um município com 138,68 km² de área[2] e 17 078 habitantes (2011),[3][4] subdividido em 7 freguesias[5] que incluem um total de 88 lugares.[carece de fontes] O município é limitado a norte pelo município de Coimbra, a leste por Miranda do Corvo, a sueste por Penela, a sudoeste e oeste por Soure e a noroeste por Montemor-o-Velho.
É um concelho que apresenta uma componente serrana, onde predomina a agricultura de subsistência e uma outra mais plana, em que a atividade agrícola é bastante mais rentável. Apesar de ser um município em que a população se dedica principalmente à agricultura, começam a implantar-se algumas industriais, resultantes certamente da sua localização estratégica.
Na freguesia do Sebal está implantada uma zona industrial onde sobressaem, entre outras, fábricas de indústria farmacêutica e de cerâmica para revestir pavimentos e paredes. A produção artesanal de louças pintadas à mão é uma atividade que ainda emprega muitas dezenas de pessoas, devido à grande percentagem destes artigos que se consegue enviar para exportação. A zona industrial de Condeixa, de 651.566 metros quadrados, encontra-se a 40 km do porto da Figueira da Foz, a 70 km do porto de Aveiro, a 130 km do Aeroporto do Porto e 200 km do Aeroporto de Lisboa.[6]

Património[editar | editar código-fonte]

Bem perto de Condeixa-a-Nova, estão localizadas as Ruínas de Conímbriga, cujo Museu Monográfico constitui um pólo de grande interesse turístico e de investigação histórica. Segundo o jornal Expresso [7], o Museu de Conímbriga é o segundo mais visitado do país, ultrapassado apenas pelo Museu dos Coches em Lisboa.
Quanto à atividade sócio-cultural, há a destacar, entre outras, o Museu Monográfico de Conímbriga, a Casa Museu Fernando Namora, o Museu PO.RO.S, a Fundação de Condeixa e muitas associações espalhadas um pouco por todo o concelho.
É considerada por alguns como a Vila portuguesa com mais casas apalaçadas.[carece de fontes] Podemos, num pequeno passeio encontrar o Palácio dos Costa Alemão, infelizmente já só temos uma pequena parte das ruínas da casa solarenga da Quinta de São Tomé, temos o Palácio dos Sotto Mayor, as atuais instalações da Câmara Municipal também eram um Palácio, na Praça da República temos mais uma casa senhorial e a recuperada Pousada de Santa Cristina, antigo palácio incendiado aquando das invasões francesas.

População[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes [8]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
10 00811 43111 90311 87513 03712 58312 14913 59114 02013 55512 90213 25713 02715 34017 078
(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)
Número de habitantes por Grupo Etário [9]
190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos3 7614 1763 7313 6713 6603 4103 0682 7052 6912 0992 2522 738
15-24 Anos2 0152 0422 2312 2992 1612 0821 9921 8301 7681 8381 8041 492
25-64 Anos4 8985 3815 2525 7356 1796 5126 8716 3356 4656 5288 4029 602
= ou > 65 Anos9289411 0871 2311 3571 5441 6241 9952 3332 5622 8823 246
> Id. desconh013492717
(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

Freguesias[editar | editar código-fonte]

Freguesias do concelho de Condeixa-a-Nova.
Depois da reforma administrativa nacional de 2013,[5] o concelho de Condeixa-a-Nova está subdividido em 7 freguesias::

História[editar | editar código-fonte]

Igreja Matriz de Condeixa-a-Nova, erigida no séc. XVI e reconstruída depois das invasões francesas
No local de Conímbriga existem vestígios que indiciam a sua povoação desde o Neolítico, com testemunhos diversos a partir do Calcolítico. Depois da ocupação por parte dos Celtas, foi ocupado pelos romanos em 138 a.C. até ao fim do Império Romano.
Apenas em 1219 surge o primeiro documento que enuncia Condeixa, um pequeno sítio com uma área aproximada de 800 metros quadrados, embora seja provável que as terras de Condeixa fizessem parte dos territórios doados por D. Afonso Henriquesao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. Os frades do Mosteiro ficaram encarregues de povoar as terras que lhes pertenciam e, entre outras terras, fundaram Condeixa-a-Nova porque Condeixa-a-Velha já existia, pelo menos, desde o abandono de Conímbriga.
Nos primeiros séculos da sua existência, Condeixa-a-Nova cresceu pouco e no início do século XVI contava apenas com 20 famílias (fogos). Mas em 1502, o rei de Portugal , D. Manuel I quando se deslocava para Santiago de Compostela passou por Condeixa-a-Nova e gostou da paisagem e do clima. Talvez por isso, mandou construir a Igreja Matriz e em 1514 deu um foral à vila. Formou-se então a Freguesia de Condeixa-a-Nova com terras que pertenciam às freguesias de Condeixa-a-Velha e do Sebal.
Por causa do foral e sobretudo devido à localização estratégica na estrada Lisboa-Coimbra-Porto, Condeixa-a-Nova foi-se desenvolvendo e crescendo bastante, de tal modo que em 1601 já tinha aproximadamente 200 fogos, ou seja, entre 800 e 1000 pessoas.
Apesar da sua prosperidade, vila sofreu imensamente com as com as invasões francesas, tendo sido invadida e violentamente saqueada e posteriormente, incendiados diversos palácios e outros edifícios, entre os quais a Igreja Matriz, que teve de ser reconstruída no estilo neo-clássico que exibe atualmente.
17 de Abril de 1838, Condeixa deixou de fazer parte do concelho de Coimbra e passou ela própria a ser concelho.
Atualmente, Condeixa é uma vila relativamente desenvolvida, com indústria e comércio próprios. Além disso, beneficia da proximidade com Coimbra e com Conímbriga.

Política[editar | editar código-fonte]

Eleições autárquicas[editar | editar código-fonte]

Data%V%V%V%V
PSPPD/PSDAPU/CDUAD
197641,90328,35212,61-
197947,823AD11,72-34,102
198242,343AD12,93137,953
198545,43335,55315,021
198959,07529,4827,04-
199347,01439,4838,40-
199761,59524,9226,87-
200147,21438,2736,22-
200551,97435,0338,33-
200957,11526,9026,33-
201349,77525,2426,86-
201757,18521,1826,60-

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Data%
PSPSDPCPCDSUDPADAPU/CDUFRSPRDPSNB.E.PANPàF
197642,1227,826,216,061,97
197941,20ADAPUAD2,1037,4210,71
1980FRS0,9038,4711,0641,86
198351,4922,936,930,9412,03
198531,3025,704,460,6412,1020,10
198733,0845,98CDU2,600,298,383,71
199141,1643,322,236,750,511,52
199554,4729,815,010,556,470,17
199952,8729,884,097,681,48
200246,8634,985,886,092,48
200552,2925,014,146,756,61
200941,2624,357,316,8914,18
201131,9034,478,767,677,581,17
201537,69PàFPàF7,7012,821,0330,85

Património Histórico[editar | editar código-fonte]

Cultura[editar | editar código-fonte]

Personalidades Ilustres[editar | editar código-fonte]

Geminações[editar | editar código-fonte]

O concelho de Condeixa-a-Nova é geminado com as seguintes cidades [10]:

Referências

  1.  «Instituto Nacional de Estatistica, Censos 2011»censos.ine.pt. Consultado em 14 de novembro de 2018
  2.  Instituto Geográfico Português (2013). «Áreas das freguesias, municípios e distritos/ilhas da CAOP 2013»Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013. Direção-Geral do Território. Consultado em 28 de novembro de 2013. Arquivado do original (XLS-ZIP) em 13 de novembro de 2017
  3.  INE (2012). Censos 2011 Resultados Definitivos – Região Centro. Lisboa: Instituto Nacional de Estatística. p. 98. ISBN 978-989-25-0184-0ISSN 0872-6493. Consultado em 27 de julho de 2013
  4.  INE (2012). «Quadros de apuramento por freguesia» (XLSX-ZIP)Censos 2011 (resultados definitivos). Tabelas anexas à publicação oficial; informação no separador "Q101_CENTRO". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 27 de julho de 2013
  5. ↑ Ir para:a b Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro: Reorganização administrativa do território das freguesias. Anexo I. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Suplemento, de 28/01/2013.
  6.  Boletim informativo da CMC - Zona Industrial
  7.  Semanário Expresso, 05 de Dezembro de 2007 Museus: Visitantes dos museus nacionais ultrapassaram um milhão pelo segundo ano consecutivo. Acedido a 23 de setembro de 2013.
  8.  Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  9.  INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros
  10.  Geminações de Condeixa

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Commons possui uma categoriacontendo imagens e outros ficheiros sobre Condeixa-a-Nova

ALEXANDRE DUMAS (PAI) - NASCEU EM 1802 - 24 DE JULHO DE 2019

Alexandre Dumas (pai)

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Alexandre Dumas
Dumas em 1855
Nome completoDumas Davy de la Pailleterie
Nascimento24 de julho de 1802
Villers-Cotterêts, departamento de AisneRepública Francesa(hoje  França)
Morte5 de dezembro de 1870 (68 anos)
Dieppe, departamento de Seine-MaritimeRepública Francesa(hoje  França)
Nacionalidadefrancesa
Género literárioromancedrama
Movimentoliterárioromantismo e ficção histórica
Magnum opusLes Trois Mousquetaires (1844)
Le Comte de Monte-Cristo (1844-45)
Carreira musical
Período musical1819-1885
Alexandre Dumas, conhecido como Alexandre Dumas, Pai (Villers-Cotterêts24 de julho de 1802 — Puys, 5 de dezembro de 1870), foi um romancista francês. Nasceu na região de Aisne, próximo a Paris. Era neto do marquês Alexandre Antoine Davy de la Pailleterie e de uma escrava (ou liberta, não se sabe ao certo) negra, Marie-Césette Dumas. Seu pai foi Thomas Alexandre Davy de la Pailleterie, mais conhecido como General Dumas, grande figura militar de sua época.[1]

Carreira literária[editar | editar código-fonte]

Enquanto trabalhava em París, Dumas começou a escrever artigos para revistas e também peças para teatro. Em 1829 foi produzida sua primeira peça, Henrique III e sua Corte, alcançando sucesso de público. No ano seguinte, sua segunda peça, Christine, também obteve popularidade. Como resultado, tornou-se financeiramente capaz de trabalhar como escritor em tempo integral. Entretanto, em 1830, participou da revolução que depôs o rei Carlos X de França e substituiu-o no trono pelo ex-patrão de Dumas, o Duque d'Orléans, que governaria com o nome de Luís Filipe de França, alcunhado de Rei Cidadão.
Até meados da década de 1830, a vida na França permaneceu agitada, com tumultos esporádicos em busca de mudanças promovidas por republicanos frustrados e trabalhadores urbanos empobrecidos. À medida que a vida retornava lentamente à normalidade, o país começava a se industrializar e, com uma economia em crescimento combinada com o fim da censura à imprensa, a vida recompensou as habilidades de escritor de Alexandre Dumas.
Após escrever mais algumas peças de sucesso, passou a se dedicar aos romances. Apesar de ter um estilo de vida extravagante e sempre gastar mais do que ganhava, Dumas provou ser um divulgador astuto. Com a alta demanda dos jornais por romances seriados, em 1838 simplesmente reescreveu uma de suas peças para criar sua primeira série em romance. Intitulada "O Capitão Paulo" (em francês Le Capitaine Paul) levou-o a criar um estúdio de produção que lançou centenas de histórias, todas sujeitas à sua apreciação pessoal.
Em 1840 casou-se com uma atriz, Ida Ferrier, mas continuou a manter seus casos com outras mulheres, sendo pai de pelo menos três filhos fora do casamento. Um desses filhos, que recebeu o seu nome, seguiria seus passos na carreira de novelista e escritor de peças teatrais. Por causa do mesmo nome e da mesma profissão, para distinguir um do outro, um é chamado Alexandre Dumas pai (Alexandre Dumas, père) e o outro Alexandre Dumas, filho (em francês, Alexandre Dumas, fils).
Alexandre Dumas, pai, escreveu romances e crônicas históricas com muita aventura que estimulavam a imaginação do público francês e de outros países nos idiomas para os quais foram traduzidos. Alguns destes trabalhos foram:
Seu trabalho como escritor lhe rendeu muito dinheiro, porém Dumas vivia endividado por conta de seu alto gasto com mulheres e de seu estilo de vida. O grande e dispendioso château que construiu estava constantemente cheio de pessoas estranhas que se aproveitavam de sua generosidade. Com a deposição do rei Luís Filipe após uma revolta, não foi visto com bons olhos pelo presidente recém-eleito, Napoleão III, e em 1851 Dumas teve que ir embora para Bruxelas para fugir de seus credores. Dali viajou à Rússia, onde o francês era a segunda língua falada e suas novelas também eram muito populares.
Dumas passou dois anos na Rússia antes de se mudar em busca de aventuras e inspiração para mais histórias. Em março de 1861, o reino da Itália foi proclamado, com Vítor Emanuel II como rei. Nos três anos seguintes, Alexandre Dumas se envolveria na luta pela unificação da Itália, retornando a Paris em 1864.
Apesar do sucesso e das ligações aristocráticas de Alexandre Dumas, sua vida sempre foi marcada por ter ascendência negra. Em 1843, escreveu uma curta novela intitulada Georges, que chamava atenção para alguns aspectos raciais e para os efeitos do colonialismo. Apesar disso, atitudes racistas contrárias à sua posição legítima na história da França ainda bem depois de sua morte, 5 de dezembro de 1870.

Reconhecimento póstumo[editar | editar código-fonte]

Sepultado no local onde nasceu, o corpo de Alexandre Dumas ficou no cemitério de Villers-Cotterêts até 30 de novembro de 2002. Sob as ordens do presidente francês Jacques Chirac, seu corpo foi exumado e, numa cerimónia televisiva, seu novo caixão, carregado por quatro homens vestidos como os mosqueteiros Athos, Porthos, Aramis e D'Artagnan, foi transportado em procissão solene até o Panteão de Paris, o grande mausoléu onde grandes filósofos e escritores da França estão sepultados.
Em seu discurso, o presidente Chirac disse: "Contigo, nós fomos D'Artagnan, Monte Cristo ou Balsamo, cavalgando pelas estradas da França, percorrendo campos de batalha, visitando palácios e castelos -- contigo, nós sonhamos." Numa entrevista após a cerimônia, Chirac reconheceu o racismo que existiu, dizendo que um erro agora foi reparado, com o sepultamento de Alexandre Dumas ao lado dos companheiros autores Victor Hugo e Voltaire.
A honraria reconheceu que, apesar de a França ter produzido vários grandes escritores, nenhum deles foi tão lido quanto Alexandre Dumas. Suas histórias foram traduzidas em quase 100 idiomas, e inspiraram mais de 200 filmes.

Referências

  1.  «Général Dumas»Dumaspere.com. La Société des Amis d'Alexandre Dumas. Consultado em 16 de Março Verifique data em: |acessodata= (ajuda)

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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