sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

EFEMÉRIDES - "WIKIPÉDIA" - 25 DE JANEIRO DE 2019

25 de janeiro é o 25.º dia do ano no calendário gregoriano. Faltam 340 para acabar o ano (341 em anos bissextos).

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Protestos no Cairo durante a Revolução Egípcia de 2011.

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quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

EXPRESSO

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Miguel Cadete
MIGUEL CADETE
DIRETOR-ADJUNTO
Venezuela na miséria tem dois presidentes
24 de Janeiro de 2019
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Ontem à tarde, no centro de Caracas, quando se celebrava mais um aniversário da queda do regime militar de 1958, o Presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, declarou perante uma multidão de manifestantes: “Hoje, 23 de janeiro de 2019, juro assumir formalmente a responsabilidade do governo nacional enquanto Presidente da Venezuela”(Quem é este engenheiro de 35 anos?)

A revolução chavista, que há 20 anos domina o poder, nunca tinha conhecido tal afronta. Nicolás Maduro, o Presidente da Venezuela tinha tomado posse para um mandato de mais seis anos há duas semanas, após um sufrágio que levantou dúvidas junto da comunidade internacional, reagiria de imediato, assumindo que a declaração de Guaidó (veja aqui as imagens do pronunciamento) se tratava de uma manobra conspirativa dos Estados Unidos da América para o demover. Como demonstração de força, assinou, na varanda do palácio presidencial, a ordem para que todos os diplomatas dos EUA abandonassem o país no prazo de 72 horas(O Expresso seguiu em direto os acontecimentos, acompanhe aqui o desenrolar da situação)

Desde ontem, a Venezuela tem dois presidentes. O insurgente Guaidó foi prontamente apoiado por Donald Trump. Em Washington um responsável da administração Trump, avisou que os EUA iriam impor sanções económicas à Venezuela caso Maduro, o presidente contestado, usasse a força contra os seus opositores não deixando de fora a possibilidade de uma intervenção militar. O “New York Times acrescenta ainda que Mike Pompeo, o Secretário de Estados, assumiu que “os EUA trabalhariam de perto com o legitimamente eleito Presidente da Assembleia Nacional de modo a facilitar a transição da Venezuela para a democracia e o estado de direito”

Seguiu-se o apoio do Canadá e de quase todos os países da América Latina, com vários Chefes de Estado a anunciar o seu apoio via Twitter: ArgentinaBrasilChileColômbiaCosta RicaHondurasPanamáParaguaiPerúEquador e a Guatemala reconheceram Guaidó enquanto Presidente. De fora ficaram o México e a Bolívia, estando também ao lado de Maduro Cuba, Nicarágua e a Rússia.

No mesmo sentido foram as reações de Donald Tusk, Presidente do Conselho Europeu (também no Twitter), e Federica Mogherini, chefe da diplomacia da União Europeia que disse “apoiar plenamente “a Assembleia Nacional da Venezuela. No mesmo sentido, Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, assumiu, em declarações à Lusa,que “o tempo de Maduro acabou”.

Na Venezuela residem cerca de 400 mil portugueses mas estima-se que os luso-descendentes possam triplicar esse número. Muitos regressaram nos últimos meses,mais de cinco mil à ilha da Madeira, quando deixou de haver comida, medicamentos e a inflação chegou aos 1 000 000 por cento em 2018, um valor similar ao da Alemanha em 1923. Segundo o FMI, o PIB terá caído, nos últimos doze meses, 18 por cento, sendo este o terceiro ano consecutivo em que a descida do Produto Interno Bruto é de dois dígitos.

O número de venezuelanos de saída, nos últimos anos, chega aos três milhões (dados do Alto Comissariado para os Refugiados das Nações Unidas) e as mortes devidas à crise estão na ordem das dezenas de milhar (dados do Observatório Venezuelano de Violência).

Ontem, nas ruas de Caracas e das principais cidades venezuelanas, confrontos entre manifestantes e com as forças da ordem terão provocado sete mortos. Como contaDaniel Lozano, o correspondente do Expresso na Venezuela, o país está exausto mas os próximos dias não serão certamente de paz. Juan Guaidó promete “eleições livres”.
. O Sporting precisou de ir até às grandes penalidades para vencer a meia final da Taça da Liga contra o Sporting de Braga. Renan, o seu guarda-redes, defendeu três penáltis. Vai encontrar, sábado, na final, o FC Porto. Na Tribuna está tudo sobre um jogo em que o árbitro e o VAR voltaram a ser muito criticados pelo presidente e treinador da equipa derrotada.

Sete créditos da CGD dados como totalmente perdidos. O relatório preliminar da auditoria da EY aponta imparidades de 100% do valor em dívida em relação a sete devedores, segundo oExpresso Diário: Investifino, Júpiter SGPS, Always Special, Soil SGPS, Fundação Horácio Roque, FDO e Fercal. O “Público” nota, na edição de hoje, que Santos Ferreira, um dos presidentes do banco público mais visados no relatório, foi chefe de grande parte dos mais altos quadros que atualmente se encontram no Banco de Portugal, BCP, Novo Banco e na própria CGD. Já Teresa Leal Coelho, a deputada que preside à Comissão de Finanças, assegura que esta versão preliminar do relatório que foi conhecida é “diferente” da final.

Durante 20 horas não existiram rondas em Tancos. O responsável pela segurança dos paióis, coronel João Paulo Almeida, admitiu ontem na Comissão Parlamentar que não existiu vigilância durante aquele período de tempo. O deputado Jorge Machado questionou-se: “como é possível que as punições tenham ficado pelo sargento e pela praça”.

Marcelo quer manter condecorações de Ronaldo. O PR está a averiguar a possibilidade de CR7 não ser obrigado a devolver as altas condecorações com que foi agraciado pelo Estado português depois de ter sido condenado em Espanha por fraude fiscal. Cristiano Ronaldo foi condecorado em 2014 por Cavaco Silva com a Grã Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. E em 2016 por Marcelo Rebelo de Sousa com a Grã Cruz da Ordem de Mérito. De acordo com a lei, o cidadão perde automaticamente os títulos após condenado a mais de três anos.

Vistos Gold na mira da Comissão Europeia. A comissária europeia com a pasta da Justiça, Consumidores e Igualdade de Género considera injusto que a cidadania seja atribuída mais facilmente a quem tem dinheiro do que a alguém que está integrado num determinado país. No caso português e dos Vistos Gold de residência, defende que deve haver transparência e ligações genuínas da pessoa em causa ao país. Věra Jourová exige mais transparência.

Macron em presidência aberta. O Presidente de França reuniu-se com 600 autarcas do sul do país e discursou, sem notas, durante horas a fio abordando temas como a saúde pública e a habitação. As sondagens refletem uma subida da popularidade de Macron enquanto os distúrbios dos coletes amarelos vão diminuindo.

Anti-globalização em Davos. Numa intervenção por vídeo, o Secretário de Estados dos EUA associou a administração Trump ao Brexit e ao governo de Itália, segundo um certo “padrão de disrupção”. Giuseppe Conte, primeiro-ministro de Itália, gostou e repetiu. Angela Merkel defendeu as democracias liberais o multilateralismo.

Realizador de filme dos Queen acusado de abuso sexual de menores.Um dos filmes que revitalizou o musical enquanto género dilecto de Hollywood tem o seu realizador sob suspeita. Bryan Singer, o realizador de "Bohemian Rhapsody", é acusado de abuso sexual por quatro homens. As situações na base destas alegações surgem descritas na “The Atlantic”, resultado de uma investigação levada a cabo ao longo de doze meses pela revista norte-americana.



FRASES

“Tivemos de encontrar uma nova identidade para os Xutos”. Entrevista do grupo português que celebra 40 anos, ao “DN”

“O PT foi o único partido a sair desta eleição de pé. Machucado, mas de pé”.Fernando Haddad, ex-candidato a Presidente do Brasil pelo PT, em entrevista ao jornal “i”

“O que me preocupa é ouvir um presidente criticar um árbitro e vê-lo pedir dispensa”.Frederico Varandas, presidente do Sporting, após os jogos das meias-finais da Taça da Liga

“A inovação é a única arma para criar mais empregos”Carlos Moedas, comissário europeu, em entrevista ao “Jornal de Negócios”



O QUE ANDO A LER

A gastronomia, está bom de ver, é um ato de cultura. Para Nuno Diniz, cozinheiro, gastrónomo, professor, antigo parceiro de António Sérgio nas ondas da rádio e agitador, é ainda amais do que isso. É economia e, sobretudo, política. Radical.

O livro que acaba de publicar, “Entre Ventos e Fumos” (Bertrand Editora), codifica os fumeiros e enchidos de Portugal como nunca havia sido feito. Nos tempos mais recentes, só Edgardo Pacheco com “Os 100 Melhores Azeites de Portugal”havia tentado algo semelhante capaz de ombrear com a obra magna de Maria de Lourdes Modesto, “Cozinha Tradicional Portuguesa”, onde se encontra codificado o receituário português.

Mas o livro de Nuno Diniz que agora chega aos escapares é radical porque, além de publicar informação preciosa sobre os mais recônditos enchidos do país, dá início a uma batalha contra o segredo provinciano costume nestas ocasiões: em cada entrada são revelados sempre que possível os contactos dos produtores - pequenos e nada industrializados - de chouriços, farinheiras, morcelas, alheiras, maranhos, cacholeiras, paios, buchos e outros que tais, pouco ou nada conhecidos.

Mas é essencialmente radical por ser um grito contra a industrialização e, muito claramente, contra o capitalismo, mas também em firme oposição ao vegetarianismo e a todas as práticas que desvirtuam um mundo que se ainda não desapareceu está à beira disso mesmo. Qual Giacometti dos fumeiros de Portugal, Nuno Diniz pugna pela utopia de um mundo que só existe devido ao isolamento e, nalguns casos, a condições de vida muito difíceis senão mesmo miseráveis; mas onde resiste uma ancestralidade fundada no mais profundo dos humanismos. Logo a abrir, uma escorreita e detalhada descrição do que é uma matança do porco dá o tiro de partida. No caso, a facada. Obrigatório para quem quiser entender o que é algo tão primitivo ou sofisticado como a alimentação.

Tenha boas refeições. Siga toda a informação atualizada em permanência no Expresso online, na BLITZTribuna e Vida Extra.

OBSERVADOR

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360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia...
A auto-proclamação de Juan Guaidó como Presidente da Venezuela e o seu reconhecimento pelos Estados Unidos e por muitos outros países acelerou a crise na Venezuela. O João de Almeida Dias, que falou com vários especialistas, faz a análise do que se passou esta madrugada e responde às seis perguntas essenciais sobre a crise:
  1. Quem manda agora na Venezuela?
  2. Com que legitimidade é que Guaidó é proclamado Presidente interino?
  3. O que vai Maduro fazer para continuar no poder?
  4. Qual é a probabilidade de uma intervenção militar dos EUA na Venezuela?
  5. De que outras formas, além da intervenção militar, pode a comunidade internacional pressionar o regime de Maduro?
  6. A Venezuela encaminha-se para uma guerra civil?

As seis horas que viraram a Venezuela do avesso começaram às 16h30, com uma declaração de Guaidó que teve menos de 30 palavras. Depois de anunciar que assumia a liderança do país, seguiu-se um turbilhão.

Horas depois de Guaidó, falou Maduro, que anunciou o corte de relações com os EUA, fez promessas de resistência e apelou aos militares. A Cátia Bruno descodifica as cinco ideias-chave do outro Presidente da Venezuela.

Ao longo da madrugada, o número de países que se pronunciaram sobre a crise foi crescendo. Consulte aqui a lista dos que estão de um lado e do outro. A União Europeia, de forma característica, continua em cima do muro, tentando equilibrar várias sensibilidades, como escreve o El Pais.

Em Portugal, não tomando posição sobre quem é ou não o Presidente legítimo da Venezuela, Augusto Santos Silva disse esperar que Maduro "compreenda que o seu tempo acabou".

É uma das primeiras perguntas que toda a gente fez: quem é Juan Guaidó, que está agora a enfrentar Maduro? Com apenas 35 anos, ele é descrito como "corajoso" e um "eterno optimista". A Sara Antunes de Oliveira conta o que tem mesmo de saber sobre ele.

O Observador está em liveblog desde ontem à noite, a seguir a crise ao minuto. Acompanhe tudo aqui.


Mais informação importante

É insólito: o presidente do LNEC emprestou dinheiro seu ao laboratório para pagar salários. A dívida de 160 mil euros deveu-se à queda de receitas e é revelada numa auditoria do Tribunal de Contas, como escreve a Ana Suspiro.

Henrique Gomes, antigo secretário de Estado da Energia, revelou que propôs a contribuição sobre a eletricidade em 2011, mas Vítor Gaspar não aceitou. Na comissão parlamentar de inquérito às rendas excessivas da eletricidade, disse ainda que foi "proibido" de falar publicamente sobre a existência de rendas excessivas.

Também no Parlamento, soube-se mais alguns detalhes sobre Tancos. Por exemplo, este: o oficial de dia que estava de serviço quando tudo aconteceu alegou num processo interno que “não conhecia as regras” de segurança dos paióis.

Uma sondagem sobre as eleições europeias dá o PS a ganhar três eurodeputados e o PSD a ficar nos 19,8% (mas mantendo a sua bancada). O estudo de opinião foi divulgado peloNegócios.

Marcelo foi eleito há três anos (o aniversário é hoje) e já é estudado na universidade. “O Presidente-Celebridade” é o título da tese de doutoramento da jornalista da RTP Sandra Sá Couto, que analisa academicamente o fenómeno presidencial.

Na saúde, o Governo está entre "a foice e o martelo" e "a Luz Saúde e o grupo Mello", como se argumentou ontem no Parlamento?Ou está apenas à procura de um "equilíbrio virtuoso", como diz o PS? Depois do debate, os deputados vão continuar a discussão.

Os atos de vandalismo repetiram-se pela terceira noite seguidaEsta madrugada houve um autocarro e ecopontos incendiados em Setúbal e Sintra.

Trump recuou: o Presidente americano aceita só fazer o discurso do estado da União quando acabar o ‘shutdown’ do Governo.

João Sousa foi eliminado nas meias-finais do Open da Austrália em pares depois de um trajeto histórico. O jogo foi esta madrugada.

O Sporting venceu o Sp. Braga nas grandes penalidades e vai agora para a final da Taça da Liga. Na crónica do jogo, a Mariana Fernandes escreve que foi "uma noite de arranques em que o carro nunca pegou".

Foi mais um jogo cheio de casos:

O treinador do Sporting preferiu concentrar-se no futebol. Na sua análise, Keizer falou da falta de qualidade de jogo e do desgaste físico.

Há dois jogadores sobre os quais vale a pena ler mais:
  1. No Sporting, Renan foi o herói que sobreviveu à tradição das taças e colocou a equipa na primeira final da temporada;
  2. No Sp. Braga, Dyego Sousa já leva a melhor época da carreira e pode protagonizar uma novela que se repete.

Segue-se no sábado o jogo decisivo da Taça da Liga: FC Porto e Sporting encontram-se numa final mais de dez anos depois.


Os nossos Especiais

A casa que valorizou 260%, transferências suspeitas e tiros na Barra da Tijuca. O filho de Jair Bolsonaro está a colecionar polémicas e as últimas levaram o pai a ser direto: "Se errou e for provado, tem que pagar".
 

A nossa Opinião

José Manuel Fernandes escreve "A violência está sempre ao virar da esquina": "Depois do caso do bairro Jamaica, quando se aconselhava prudência e bom senso, o Bloco optou por acusações incendiárias. Pior: discursos como os de Mamadou Ba fazem mais racistas do que anti-racistas".

Helena Garrido escreve "A Caixa precisa que se faça justiça": "Os efeitos mais graves das decisões tomadas na CGD de 2005 a 2010 estão longe de ser apenas financeiras. É um erro desvalorizar o que sabe que foi (mal) feito no banco público. Tem de se fazer justiça".

Luis Teixeira escreve "Rui Rio": "O dr. Rio diz que é social-democrata e que não é de direita. É facto que a social-democracia nunca foi de direita. O problema do dr. Rio é que o povo do PSD também nunca foi social-democrata".

Marta Mucznik escreve "O que a polémica do Bairro da Jamaica abafa": "Enquanto o centro direita não evoluir para além do discurso securitário para denunciar clara e inequivocamente a injustiça social que representa o racismo, esta questão ficará sempre refém da esquerda".


Notícias surpreendentes
 
Hoje estreia “Green Book — Um Guia para a Vida”. O filme de Peter Farrelly é previsível e Eurico de Barros dá-lhe apenas duas estrelas.

Há mais dois filmes para ver esta semana. “Em Trânsito”, do alemão Christian Petzold, adapta um livro da escritora Anna Seghers; “Serenidade” é um falso policial com Matthew McConaughey e Anne Hathaway.

Um DJ de apenas seis anos teve uma atuação impressionante no programa de televisão America’s Got Talent. E Simon Cowell diz ter planos para ele.

Chama-se Attla e é o novo bistrot de Lisboa. Depois de navegarem por Costa Rica, Tailândia, França e Polinésia Francesa, o chef André Fernandes e a sua companheira/chefe de sala, Rita Chantre, voltaram a Portugal. O Diogo Lopes foi conhecer o espaço.

Dolores Aveiro é a segunda mulher portuguesa mais seguida no Instagram (só Sara Sampaio a ultrapassa). O que explica o fenómeno da mãe de Ronaldo? Vai ver que a resposta é muito simples.
 
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Até já!
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