sexta-feira, 26 de outubro de 2018

JOSÉ CARDOSO PIRES - 26 DE OUTUBRO DE 2018

José Cardoso Pires

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José Cardoso Pires
Nome completoJosé Augusto Neves Cardoso Pires
Nascimento2 de outubro de 1925
Vila de Rei, aldeia de São João do PesoPortugal
Morte26 de outubro de 1998 (73 anos)
LisboaPortugal
NacionalidadePortugal Portuguesa
CônjugeEdite Cardoso Pires (2 filhas)
OcupaçãoEscritor
Influências
PrémiosPrémio União Latina de Literaturas Românicas (1991)
Magnum opusO Delfim
José Augusto Neves Cardoso Pires ComL • GCM (Vila de ReiSão João do Peso2 de Outubro de 1925 — LisboaCampo Grande26 de Outubro de 1998) foi um escritor português. A biblioteca municipal de Vila de Rei tem o seu nome.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascido em São João do Peso, no concelho de Vila de Rei, filho de José António Neves e de sua mulher Maria Sofia Cardoso Pires, ele daí natural e ela de Cardigos, em Mação, foi muito cedo para Lisboa com pais, ele Oficial da Marinha Mercante, ela dona de casa, a irmã, Maria de Lurdes Neves Cardoso Pires (5 de Outubro de 1927) e o irmão, António Nuno Cardoso Pires Neves (13 de Junho de 1931 - 9 de Abril de 1953).
Entre 1935 e 1944 frequentou o Liceu Camões, onde teve como professores Rómulo de Carvalho e Delfim Santos, iniciando, de seguida, uma nunca terminada licenciatura em Matemáticas Superiores, na Faculdade de Ciências.
Em 1945 alista-se na Marinha Mercante, como praticante de piloto sem curso, actividade que abandona compulsivamente, «suspeito de indisciplina e detido em viagem do navio Niassa» (c.f. auto da Capitania do Porto de Lisboa, de 02-02-1946).
Já depois de optar pela carreira de jornalista, veio a assumir a direcção das Edições Artísticas Fólio, onde Aquilino Ribeiro publicou O Retrato de Camilo, e onde lançou a colecção Teatro de Vanguarda, que contribuirá para a revelação em língua portuguesa de obras de Samuel BeckettWilliam Faulkner e Vladimir Maiakovski. Em 1959 foi para Itália, afim de estagiar na revista Época, de Milão, preparando-se para a publicação de um semanário em termos semelhantes ao da Época, que a censura impediu. Entretanto conseguiu lançar a revista Almanaque, cuja redacção integrou figuras como Luís Sttau MonteiroAlexandre O'NeillVasco Pulido ValenteAugusto Abelaira e José Cutileiro. Foi ainda cronista do Diário de Lisboa, da Gazeta Musical e de Todas as Artes e da Afinidades.
Em 1953, morre o seu irmão num acidente de aviação em cumprimento do serviço militar, quando o Harvard T6 em que treinava se incendiou em pleno voo acabando por cair e explodir. Dez anos mais tarde, Cardoso Pires dedica-lhe «in memoriam» o romance O Hóspede de Job como protesto contra a guerra fria e a colonização militares.
A 8 de Julho de 1954 casou com Maria Edite Pereira (5 de Janeiro de 1932), Enfermeira, da qual teve duas filhas, Ana Cardoso Pires (4 de Setembro de 1956), casada e mãe de uma filha Joana (7 de Novembro de 1982) e um filho Rui (13 de Março de 1985) Cardoso Pires Tavares, e Rita Cardoso Pires (22 de Novembro de 1958), solteira e sem geração.

Carreira literária[editar | editar código-fonte]

Unanimemente considerado um dos maiores escritores portugueses do século XX, numa galeria onde podemos encontrar nomes como José Saramago ou António Lobo Antunes, a sua carreira literária está marcada pela inquietação e pela deambulação. Autor de dezoito livros, publicados entre 1949 e 1997, não se identifica com nenhum grupo, nem se fixa em nenhum género literário, apesar de ser considerado sobretudo como um romancista. A sua relação mais duradoura no campo literário deu-se com o movimento neo-realista português, até ao 25 de Abril de 1974, justificada com a oposição ao regime autoritário português. A inserção da sua obra no neo-realismo é, por essas razões, contraditória. Frequentou também os grupos surrealistas, no início da década de 1940. Foi influenciado pela estética de Hemingway, pela narrativa cinematográfica, o que resulta em discursos curtos e diálogos concisos.
O Delfim, de 1968, é geralmente considerado a sua obra-prima, em que o narrador assume uma condição de forasteiro, aparentemente descomprometido com uma realidade anacrónica. A Gafeira, aldeia inexistente do distrito de Leiria, simboliza o Portugal marcelista, com um crime no centro da história. Tendo sido recebido, até 1974, como romance neo-realista, tem despertado um interesse crescente como narrativa pós-modernista. Pode efectivamente ser lido como o primeiro romance português no qual confluem as principais linguagens estéticas norteadoras do futuro pós-modernismo português devido à mistura de géneros, à polifonia, à fragmentação narrativa e à metaficção.
A 1 de Outubro de 1985 foi feito Comendador da Ordem da Liberdade e a 4 de Fevereiro de 1989 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito.[1]
Foi sepultado em 1998 no Talhão dos Artistas do Cemitério dos Prazeres, em Lisboa. No âmbito do programa que evocou o 10.º aniversário da morte de José Cardoso Pires, a Videoteca da Câmara Municipal de Lisboa produziu uma curta-metragem intitulada Fotogramas Soltos das Lisboas de Cardoso Pires, realizada por António Cunha.

Obras[editar | editar código-fonte]

  • Os Caminheiros e Outros Contos (Contos), 1949
  • Histórias de Amor (Contos), 1952
  • O Anjo Ancorado (Novela), 1958, com prefácio de Mário Dionísio
  • Cartilha do Marialva (Ensaio), 1960
  • O Render dos Heróis (Teatro), 1960
  • Jogos de Azar (Contos), 1963 ; 1993
  • O Hóspede de Job (Romance), 1963
  • O Delfim (Romance), 1968
  • Dinossauro Excelentíssimo (Sátira), 1972
  • E agora, José ? (Ensaio), 1977
  • O Burro em Pé (Contos), 1979
  • João Janito, o burro em pé, Moraes, 1979
  • Corpo-Delito na Sala de Espelhos, 1980
  • Balada da Praia dos Cães (Romance), 1982
  • Alexandra Alpha (Romance), 1987
  • A República dos Corvos (Contos), 1988
  • Cardoso Pires por Cardoso Pires (Crónicas), 1991
  • A Cavalo no Diabo (Crónicas), 1994
  • De Profundis, Valsa Lenta (Crónicas), 1997
  • Lisboa, Livro de Bordo (Crónicas), 1997
  • Lavagante, editado em 2008
  • Celeste & Làlinha — Por Cima de Toda a Folha (Ilustrações de Rita Cardoso Pires), 2015

Filmes[editar | editar código-fonte]

Algumas das suas obras foram adaptadas ao cinema:

Teatro[editar | editar código-fonte]

Algumas das suas obras foram também levadas à cena:
  • O Render dos Heróis (1960)
  • Corpo Delito na Sala de Espelhos
e ao Teatro Radiofónico, como "Uma simples flor nos teus cabelos claros" (EN) e "Balada da Praia dos Cães" (folhetim EN)

Prémios[editar | editar código-fonte]

Prémios ao autor[editar | editar código-fonte]

Prémios às obras[editar | editar código-fonte]

  • Prémio Camilo Castelo Branco, pela Sociedade Portuguesa de Escritores, 1964 (O Hóspede de Job)
  • Grande Prémio de Romance e Novela, pela Associação Portuguesa de Escritores, 1982 (Balada da Praia dos Cães)
  • Prémio Especial da Associação dos Críticos do Brasil, São Paulo, 1988 (Alexandra Alpha)
  • Prémio D. Diniz, da Fundação Casa de Mateus, 1997 (De Profundis, Valsa Lenta)
  • Prémio da Crítica do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários, 1997 (De Profundis, Valsa Lenta)

Referências

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

JN

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AO FIM DO DIA
25/10/2018
 
 
 
 
 
JN
 
Helena Teixeira da Silva
 
 
O 'perfect match' do fim de semana no Porto
 
 
 
 
No mundo veloz e volátil em que vivemos, a Fundação de Serralves conquistou a polémica do mês de setembro. A inauguração da exposição do norte-americano Robert Mapplethorpe deu o mote fácil, porque é sempre fácil afogar um assunto grave numa polémica de ocasião. Perorou-se publicamente sobre censura (com a inusitada ironia de o dedo ter ficado apontado a quem se sentiu censurado e não quem alegadamente censurou), um diretor artístico escolhido num concurso internacional há oito meses para um mandato de cinco anos demitiu-se, a administração marcou presença numa comissão parlamentar mas nada explicou. O ministro da Cultura, que contribui com 36% da verba para o orçamento daquele equipamento, nem piou.
 
Ontem, um mês depois, juntaram-se na Câmara Municipal do Porto, o primeiro-ministro António Costa, a nova ministra da Cultura Graça Fonseca e a presidente do Conselho de Administração de Serralves Ana Pinho. Todos sorriram embalados pelo duplo protocolo que garante, com patrocínio da autarquia, a estadia da Coleção Miró durante 25 anos em Serralves. E ninguém - ninguém! - achou que tinha de dar satisfações sobre quando será nomeado ou selecionado um novo diretor artístico, sobre a polémica que envolveu a instituição, sobre se esta administração estará em condições de ser reconduzida em dezembro para um novo mandato.
 
 
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António Costa, naquele seu incontornável jogo de cintura, admitiu que "qualquer ameaça de censura é, obviamente, motivo de preocupação". Mas na verdade, acrescentou, "toda a polémica é um ato de cultura". E foi tudo. Nós continuamos na ignorância e eles, administrando a coisa pública como se privada fosse, e gerindo a nossa inteligência com a sensibilidade de um camião, continuaram felizes para sempre.
 
Afoguemos, pois, as mágoas na verdadeira cultura - a que se faz no palco e não nos bastidores. Este fim de semana o Porto vai experimentar o perfect match. São quase três dias em que todas as horas são imperdíveis.
 
Começa esta sexta à noite em dose dupla.
 
Na Casa da Música, às 21 horas, a Orquestra Sinfónica, sob a direção do seu maestro titular, Baldur Brönnimann, apresenta a Sinfonia nº 7 de Gustav Mahler. Na Culturgest, às 22 horas, é inaugurada a exposição"Fatamorgana" de Salomé Lamas, com curadoria de Delfim Sardo.
 
No sábado, na Biblioteca Municipal do Porto é inaugurada a exposição dedicada a Fernando Ribeiro de Mello, o mítico fundador da editora Afrodite. Já a Livraria Moreira da Costa celebra o seu 70º aniversáriocom um programa cheio de poesia e prosa. E de vontade de que nada a retire do seu lugar.
 
Às 19 horas, no Salão Árabe do Palácio da Bolsa, há uma espécie de momento solene: o coreógrafo e bailarino François Chaignaud e o artista visual Nino Laisné apresentam em estreia nacional o espetáculo "Romances inciertos - un autre Orlando".
 
No domingo, para fechar um fim de semana que só pode ser de coração cheio, é a última oportunidade para ver, às 16 horas, no Teatro Carlos Alberto, a peça "Display", do Teatro da Garagem, com texto e encenação de Carlos J. Pessoa. À noite, às 21 horas, há jazz na Casa da Música: o saxofonista e compositor Rudresh Mahanthappa traz o projeto Indo- Pak Coalition e o álbum Agrima.
 
São muitas e boas razões para passar um fim de semana no Porto!
 
 
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É impossível ver todos os pontos desta imagem ao mesmo tempo; veja o por quê

Por , em 24.10.2018
Doze pontinhos pretos dançam nesta imagem. Você pode tentar mover os olhos bem rápido para ver todos ao mesmo tempo, mas os que estão na visão periférica sempre desaparecem.

Pontos que desaparecem

Esta é uma peça clássica de ilusão de ótica de exclusão de pontos, aquela em que há várias círculos pretos no cruzamento de linhas grossas. Eles desaparecem quando olhamos para outros cruzamentos.
Ainda não temos uma explicação definitiva para este efeito. A hipótese prevalecente é que temos maior sensibilidade no centro da visão do que na visão periférica. Então deixamos de ver os pontos que estão fora do centro. Para compensar, o cérebro tenta adivinhar o que está ao redor, criando os pontos cinza.

Pontos que aparecem


Já a grelha de Hermann é um pouco diferente. Nela, os círculos cinza ou preto não existem de verdade, mas os olhos que os criam. Normalmente as linhas são brancas e os quadrados são pretos, mas as linhas podem ser amarelas e os quadrados azuis, por exemplo. O que importa é que haja contraste e que as linhas sejam grossas.
Esta ilusão acontece porque as células da retina tentam ajustar o brilho da imagem ao compensar a intensidade de sinais de luz em pequenas seções. [Popular Science]

HYPE SCIENCE

Esta imagem tem 12 pontos e é impossível ver todos ao mesmo tempo

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