sexta-feira, 19 de outubro de 2018

CARLOS MALHEIRO DIAS - Morreu em 1941 - 19 de Outubro de 2018

Carlos Malheiro Dias

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Carlos Malheiro Dias
Nascimento13 de agosto de 1875
PortoPortugal
Morte19 de outubro de 1941 (66 anos)
LisboaPortugal
Nacionalidadeportuguês
OcupaçãoJornalistacronistaromancistacontistapolítico e historiador
Magnum opusA verdade nua
Assinatura
Assinatura Carlos Malheiro Dias.svg
Carlos Malheiro Dias, também conhecido como Carlos Dias e como Carlos Malheiros Dias GOC • GCC (Porto13 de agosto de 1875 — Lisboa19 de outubro de 1941), foi um jornalistacronistaromancistacontistapolítico e historiador português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Estudou no Liceu de Lamego, na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde apenas iniciou o curso de Direito, e na Universidade de Lisboa, onde concluiu a licenciatura no Curso Superior de Letras.
Filho de pai português e mãe brasileira, repartiu entre os dois países a sua vocação literária. Seguiu para o Rio de Janeiro em 1893, iniciando a sua vida literária colaborando em jornais da capital da jovem república brasileira.
A sua primeira publicação, o romance naturalista A Mulata (1896), sobre o baixo mundo do Rio de Janeiro, cuja personagem principal é uma prostituta, foi recebido violentamente pela crítica, que o considerou um insulto para a época, tendo sido adjetivado de "livro infame, em que nada do Brasil escapara ao insulto" e uma verdadeira "enxurrada de lama".
Diante da reação desfavorável, o autor voltou para Portugal, onde ingressou na políticaMonárquico militante, foi Deputado entre 1897 e 1910.
Com a Proclamação da República Portuguesa (1910), exilou-se voluntariamente no Brasil, onde viveu até 1935. Quando do seu retorno em 1910, a comunidade portuguesa do Rio de Janeiro ofereceu-lhe, na conceituada Confeitaria Colombo, um jantar de homenagem e de desagravo pelas hostilidades ocorridas quando da publicação do seu primeiro e polêmico romance. Compareceram políticos, escritores e e representantes da classe conservadora, todos vaiados por um grupo de jornalistas, poetas e jovens intelectuais na rua do Ouvidor, à porta da Colombo, inclusive Rui Barbosa que, embora recebido em respeitoso silêncio, ao adentrar a confeitaria, ouviu o protesto do poeta Bastos Tigre, que lhe gritou: "Não sou tigre de tapete!"
A 2 de Junho de 1919 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Cristo, tendo sido elevado a Grã-Cruz da mesma Ordem a 13 de Junho do mesmo ano.[1]
Abandonou posteriormente a ficção e passou para a historiografia e temas cívicos e políticos. Coordenou a publicação da monumental História da Colonização Portuguesa do Brasil (1921), com reconhecida maestria, em que confluíram o realismo historicista e o neorromantismo nacionalista. Fundou e dirigiu a famosa revista carioca O Cruzeiro (1928).
Além de ter sido diretor da revista Ilustração Portuguesa[2] e codiretor de O Domingo Ilustrado[3] (1925-1927), colaborou em diversas publicações periódicas, nomeadamente nas publicações periódicas Branco e Negro [4] (1896-1898), Brasil- Portugal[5] (1899-1914), Serões[6] (1901-1911), Revista do Conservatório Real de Lisboa [7] (1902), Atlantida[8] (1915-1920), Contemporânea[9] (1915-1926), Homens Livres [10] (1923), Lusitânia [11] (1924-1927) e Feira da Ladra [12] (1929-1943).
Foi também um dos fundadores da Academia Portuguesa de História (1936), considerada sucessora da Academia Real de História Portuguesa. Foi membro-correspondente da Academia Brasileira de Letras (ABL), sucedendo a Eça de Queiroz. Romancista, contista e cronista, é considerado um dos maiores e mais talentosos escritores portugueses da geração seguinte à do autor de O primo Basílio.

Obras[editar | editar código-fonte]

  • 1895 - Cenários (romance e novela)
  • 1896 - A Mulata (romance e novela)
  • 1897 - Corações de Todos (teatro)
  • 1900 - O Filho das Ervas (romance e novela)
  • 1901 - Os Teles de Albergaria (romance e novela)
  • 1902 - A Paixão de Maria do Céu(romance e novela)
  • 1905 - O Grande Cagliostro (romance e novela)
  • 1907 - A Vencida (conto)
  • 1913 - Inimigos (teatro)
  • 1916 - A verdade nua
  • 1919 - A Esperança e a Morte
  • 1934 - Pensadores brasileiros (pequena antologia)

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • LUFT, Celso Pedro. Dicionário de literatura portuguesa e brasileira (2ª ed.). Rio de Janeiro: Ed. Globo, 1969.
  • MENEZES, Raimundo de. Dicionário literário brasileiro (2ª ed.). LTC, 1978.
  • NUNES, Teresa, Carlos Malheiro Dias. Um monárquico entre dois regimes. Casal de Cambra: Caleidoscópio, 2009. ISBN 978-989-658-032-2.

Referências

  1. Ir para cima «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Carlos Malheiro Dias". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 8 de fevereiro de 2016.
  2. Ir para cima Illustração portugueza (1903-1923) cópia digital, Hemeroteca Digital
  3. Ir para cima Rita Correia (10 de Novembro de 2007). «Ficha histórica: O Domingo Ilustrado (1925-1927)» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 3 de Outubro de 2014.
  4. Ir para cima Rita Correia (1 de Fevereiro de 2012). «Ficha histórica: Branco e Negro : semanario illustrado (1896-1898)» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 21 de Janeiro de 2015.
  5. Ir para cima Rita Correia (29 de Abril de 2009). «Ficha histórica: Brasil-Portugal : revista quinzenal illustrada (1899-1914).» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 26 de Junho de 2014.
  6. Ir para cima Serões: revista semanal ilustrada (1901-1911) cópia digital, Hemeroteca Digital
  7. Ir para cima Helena Roldão (7 de novembro de 2014). «Ficha histórica:Revista do Conservatório Real de Lisboa: publicação mensal ilustrada (1902)» (PDF)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 23 de julho de 2015.
  8. Ir para cima Rita Correia (19 de Fevereiro de 2008). «Ficha histórica: Atlantida: mensário artístico, literário e social para Portugal e Brasil (1915-1920)» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 17 de Junho de 2014.
  9. Ir para cima Contemporânea [1915]-1926 cópia digital, Hemeroteca Digital
  10. Ir para cima Rita Correia (6 de fevereiro de 2018). «Ficha histórica:Homens livres (1923)» (PDF)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 13 de março de 2018.
  11. Ir para cima Rita Correia (5 de Novembro de 2013). «Ficha histórica: Lusitania : revista de estudos portugueses (1924-1927)» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 3 de Dezembro de 2014.
  12. Ir para cima «Feira da ladra : revista mensal ilustrada (1929-1942), Tomo IX, páginas 204 a 206» (PDF)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 24 de fevereiro de 2015.

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quinta-feira, 18 de outubro de 2018

EXPRESSO DIÁRIO

17 OUT 2018
Paulo Luís de Castro
POR PAULO LUÍS DE CASTRO
Jornalista
 
CEME justifica demissão ao Exército: “As circunstâncias políticas assim o exigiram”. Presidência diz que as razões eram “pessoais”
Olá, boa tarde.
“A remodelação acaba hoje. O caso de Tancos não”. Assim titulava o Filipe Santos Costa o seu Expresso Curto servido cedinho, esta manhã. Frase premonitória e confirmada a meio da tarde, quando foi conhecida a demissão, a seu pedido, do chefe do Estado Maior do Exército.
À demissão de Rovisco Duarte não terá sido alheia a entrada em funções, 48 horas antes, do novo ministro da Defesa, João Gomes Cravinho. Segundo a nota da Presidência da República e do Ministério da Defesa, o militar invocou “razões pessoais”. No entanto, como salienta o Vítor Matos, na mensagem enviada ao ramo pela intranet do Exército justificou a sua saída de forma mais clara. E oposta: “A todos vós, e unicamente a vós, devo uma explicação: as circunstâncias políticas assim o exigiram”.
A saída do general Rovisco Duarte aconteceu cinco dias depois da demissão de Azeredo Lopes do Ministério da Defesa, na sequência do roubo de armamento em Tancos, mas há muito que a sua manutenção no cargo era questionada. Faz hoje exatamente uma semana, Daniel Oliveiraescrevia assim na sua coluna diária de opinião: “A partir do momento em que começámos a discutir as responsabilidades do ministro deixámos de discutir as responsabilidades das Forças Armadas. E eu quero saber porque é que as chefias militares ainda não deram explicações e ainda estão nos seus lugares. Os comandantes desta gente são o chefe do Estado Maior das Forças Armadas e o chefe do Estado Maior do Exército, não é o ministro.
Neste Diário, o diretor-executivo do Expresso, Martim Silva, defende que Tancos não era só Azeredo e também não deve ser só Rovisco: “Tancos não pode existir nunca mais. Como não pode existir nunca mais este clima generalizado de irresponsabilidade, encobrimentos e passa culpas num caso tão grave. Porque se o roubo fere a instituição, a forma como esta reagiu não a deixa em melhor estado.”
É este o tema de manchete do primeiro Expresso Diário desta semana, que aborda ainda outros temas:
Governo endurece regras para reforma antecipada
Ao mesmo tempo que acaba com a penalização derivada do fator de sustentabilidade nas reformas antecipadas dos trabalhadores com longas carreiras contributivas, o Governo vai endurecer as regras de acesso à reforma antecipada para todos os outros trabalhadores. O que quer dizer que quem só depois dos 60 anos de idade conseguir perfazer 40 anos de carreira contributiva deixará de poder reformar-se antecipadamente. Como esclarece a Sónia M. Lourenço, é o caso de todos os trabalhadores que ingressaram ou venham a ingressar no mercado de trabalho depois dos 20 anos de idade.
Taxa de proteção civil renasce. Vai chamar-se “contribuição”
Este ano, os lisboetas viram Fernando Medina reembolsar-lhes a taxa de proteção civil, que foi declarada ilegal pelo Tribunal Constitucional, mas o cheque que receberam em casa não encerrou o assunto. No futuro, os proprietários poderão ser chamados a pagar um sucedâneo, agora com um novo nome: a contribuição municipal de proteção civil. E chamar-lhe “taxa” ou “contribuição” faz muita diferença, como explica a Elisabete Miranda.
“Este país não está preparado para bebés”. Os quatro grandes desafios que as portuguesas enfrentam
O mundo é muito desigual no exercício dos direitos reprodutivos. Há países em que as mulheres não têm acesso a métodos contracetivos – ou têm-no de uma forma deficitária – e outros em que há efetivamente um “poder de escolha”, como refere o Fundo de População das Nações Unidas no seu mais recente relatório sobre a população mundial. Portugal apresenta uma taxa de fertilidade baixa e uma das razões é a insegurança financeira, com o dá conta o Hélder Gomes.
O que me vai levar a decidir eu confesso que não sei
Falta cada vez menos para a votação decisiva no Brasil e agora é o momento de cada um dos rivais – Bolsonaro e Haddad –focarem esforços em manter quem já conquistaram na primeira volta mas ainda em conquistar a fé dos indecisos. Um desses, dos que não sabem em que votar, fala assim: “A minha indecisão baseia-se em eu achar que de um lado está o governo que eu quero mas na mão de um idiota e do outro um plano de governo que eu acho que vai acabar por afundar o Brasil mas na mão de um candidato que não é tão ruim assim”. Reportagem no Rio De Janeiro, assinada por Sofia Perpétua.
“Um território de discussão e não de censura”: sete escolhas políticas para ver no Festival de Documentário de Lisboa
Filmes que contam, acusam, revelam, torcem e retorcem e exigem atenção. São quase 250 as obras que passam nos próximos dez dias em Lisboa, a propósito de mais um DocLisboa, que começa esta quinta-feira. A diretora do festival, Cíntia Gil, seleciona sete filmes políticos a não perder, numa edição em que como salienta a Joana Beleza a Embaixada da Turquia pediu para ser retirado um filme agendado e a Embaixada da Turquia solicitou a revisão de textos na apresentação de filmes.
Sabe quem é o maior responsável pelas falhas de cibersegurança da sua empresa? É você
Os trabalhadores descuidados ou inconscientes são a maior vulnerabilidade das empresas no que diz respeito à segurança informática, conclui o relatório global sobre cibersegurança da Ernst & Young, divulgado esta quarta-feira. Os ataques de phishing e malware são as maiores ameaças para as empresas e 34% das inquiridas acreditam que estes trabalhadores descuidados ou com pouca formação foram o principal motivo para as vulnerabilidades mais perigosas às quais estiveram expostas no último ano.
Cada um destes portugueses tem 535 amigos
Em todo o mundo, os utilizadores das redes sociais são cada vez mais. Atualmente, estas plataformas são usadas por cerca de 3,2 mil milhões de pessoas – a cada segundo surgem onze novos utilizadores. Quais são os países em que as pessoas passam mais tempo nas redes sociais? E por cá, os portugueses são adeptos ou não deste fenómeno? E qual é o perfil dos utilizadores nacionais? Em mais um episódio da série 2:59, a Liliana Coelho faz uma viagem ao mundo das redes sociais. Jornalismo de dados em dois minutos e 59 segundos.
A condução é uma arma
O que pode ter levado o condutor do camião da Segunda Circular a entrar na via e a percorrer quase três quilómetros em contramão? Que fatores podem explicar o seu comportamento errático? O psicólogo forense Mauro Paulino escreve sobre causas possíveis para situações de “desajustamentos psicológicos”, numa análise à margem das duas crónicas bimensais que assina no Expresso Diário.
Boas leituras.

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Boa tarde!
CASO JOSÉ SÓCRATES 
O juiz Carlos Alexandre diz que a distribuição ao seu colega Ivo Rosa poderá ter sido influenciada pelo número de processos atribuídos a cada um dos dois magistrados. CSM abre inquérito disciplinar.
ASSALTO EM TANCOS 
Rovisco Duarte, Chefe de Estado Maior do Exército, pediu demissão ao ministro da Defesa. Foi o novo ministro, João Gomes Cravinho, que "empurrou" o militar para a saída, apurou o Observador.
POLÍTICA 
Francisco Ramos, um dos mais experientes secretários de Estado que agora voltam ao Governo, marcou a cerimónia com um momento caricato durante o juramento.
ELETRICIDADE 
Ministro do Ambiente confirmou escolha do deputado do PS para regulador da energia, apesar de dúvidas levantada por CDS. Carlos Pereira garante: "Não admito receber nenhuma orientação do Governo".
FIGUEIRA DA FOZ 
O comandante dos Bombeiros Municipais da Figueira da Foz demitiu-se após ter estado ausente das funções durante um período subsequente à tempestade Leslie, anunciou esta quarta-feira a autarquia.
CRIMEIA 
O tiroteio ocorreu no Instituto Politécnico da cidade de Kerch, no leste da Crimeia. Autoridades suspeitaram inicialmente de fuga de gás, mas encontraram um "engenho não identificado".
ESTILO DE VIDA 
A monja Coen é "uma das maiores figuras budistas da América Latina". A autora de "O Sofrimento é opcional" defende como devemos todos viver com mais leveza porque, às vezes, "dramatizamos muito".
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O brasileiro Itamar Vieira Junior é o vencedor do Prémio Leya, que celebra em 2018 dez anos de existência. O anúncio foi feito ao final da manhã na sede do grupo editoral, em Alfragide.
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA 
O avião em que seguia a primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump, teve de aterrar de emergência esta quarta-feira devido a um problema mecânico, noticia a CBS.
LIFESTYLE 
A notícia foi anunciada há um dia e o guarda-roupa de Meghan Markle já está nas bocas do mundo. Conheça os truques que a duquesa usou nas últimas semanas para ocultar a gravidez do radar público.
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O anúncio foi inesperado. Na última segunda-feira, depois de uma homenagem da revista Elle, Lady Gaga agradeceu ao noivo durante o discurso. Chama-se Christian Carino e tem 49 anos.
Opinião

Maria João Avillez
Releia-se a espantosa carta de Costa a Negrão, repare-se no seu tom ditatorial, pasme-se sobre o seu acinte, e perceber-se-á porque evoco o passado recente socialista. Perceber-se-á ao que chegámos.
Luís Aguiar-Conraria
Ter um défice permanente de 0% é tão contracionista (ou expansionista) como um défice permanente de 3%. Por uma razão simples: o que é expansionista ou contracionistao são as variações do défice..
Maria João Marques
Não ficámos longe de um sistema de ensino que pretendesse escancarar a intimidade dos alunos, não lhes permitindo sequer um espaço mental que não fosse policiado e conhecido da coletividade.
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Dizem que o o orçamento é prudente, mas prudente seria seguir uma política financeira capaz de impedir que o estado social colapse com a próxima crise. O resto, lamento, é mera confusão e engodo.
Vicente Ferreira da Silva
São do dramaturgo e poeta romano Publius Terentius Aferduas expressões que vão bem com Portugal e os portugueses: “Sou um homem, nada do que é humano me é estranho” e “Enquanto há vida, há esperança”
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Chama-se "A Maldição de Hill House" e são vários os fãs que dizem que desmaiaram ou que perderam o sono depois de verem o primeiro episódio.
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