quinta-feira, 13 de setembro de 2018

AQUILINO RIBEIRO - Nasceu 1885 - 13 de Setembro de 2018

Aquilino Ribeiro

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Aquilino Ribeiro
Nome completoAquilino Gomes Ribeiro
Nascimento13 de setembro de 1885
Carregal de Tabosa, , Portugal Portugal
Morte27 de maio de 1963 (77 anos)
LisboaPortugal Portugal
NacionalidadePortugal Portuguesa
CônjugeGrete Tiedemann (1913-1927, 1 filho)
Jerónima Dantas Machado (1929, 1 filho)
OcupaçãoEscritor
Influências
PrémiosPrémio Ricardo Malheiros(1933)
Magnum opusCinco reis de gente
Assinatura
Signature Portuguese writer Aquilino Ribeiro.jpg
Aquilino Gomes Ribeiro ComL (Carregal da Tabosa, Sernancelhe)13 de setembrode 1885 — Lisboa27 de maio de 1963) foi um escritor português.
É considerado por alguns como um dos romancistas mais fecundos da primeira metade do século XX. Iniciou a sua obra em 1907 com o folhetim "A Filha do Jardineiro" e depois 1913 com os contos de Jardim das Tormentas e com o romance A Via Sinuosa, 1918, e mantém a qualidade literária na maioria dos seus textos, publicados com regularidade e êxito junto do público e da crítica.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Aquilino Ribeiro nasce em 1885, no Carregal de Tabosa, concelho de Sernancelhe, em 13 de setembro, filho natural (o último de quatro) do padre Joaquim Francisco Ribeiro e da camponesa Mariana do Rosário Gomes[1], tendo uma irmã mais velha (Maria do Rosário) e dois irmãos mais velhos (Melchior e Joaquim). Foi batizado na Igreja Matriz dos Alhais, no concelho de Vila Nova de Paiva.
Viveu uma infância plenamente inserida no meio rural. Brincava na rua com as outras crianças da sua idade[2], admirava os pássaros e, no limiar da adolescência, gostava de montar a cavalo e de caçar[3].
Em 1895, já a viver no concelho de Moimenta da Beira, realizou o exame de instrução primária e entrou no Colégio de Nossa Senhora da Lapa. Em 1900 entrou no Colégio de Lamego, em Lamego e, a seguir, foi mandado para o Seminário de Beja — para onde iam os ordenandos mais recalcitrantes, dirá o escritor, nas suas memórias — obedecendo a um desejo da sua mãe, que queria fazê-lo sacerdote.
Aquilino seria expulso do Seminário em 1904, depois de ter dado uma réplica cortante a uma acusação do padre Manuel Ançã, um dos diretores da instituição[1]. Regressado a Soutosa, daí saiu ao fim de dois anos, rumo a Lisboa.
Começava a sua conspiração contra a monarquia liberal desvirtuada por governos autoritários. Em 1906 começa a colaborar no jornal republicano A Vanguarda. Em 1907, em parceria com José Ferreira da Silva, escreve A Filha do Jardineiro, obra de ficção de propaganda republicana e de crítica às figuras do regime. Entra a seguir para a Loja Montanha do Grande Oriente Lusitano, em Lisboa, a convite de Luz de Almeida.
É também em 1907 que Aquilino é preso, acusado de ser anarquista, na sequência de uma explosão no seu quarto na Rua do Carrião, a 28 de Novembro, em Lisboa, na qual morreu inclusive um carbonário.
No ano seguinte, em 1908 Aquilino evade-se da prisão, em 12 de janeiro, e durante a clandestinidade em Lisboa mantém os contactos com os regicidas, refugiado numa casa de Meira e Sousa, na Rua Nova do Almada, em frente do Tribunal da Boa Hora.
Estabelecido em Paris em 1910, estuda na Faculdade de Letras da Sorbonne. Vem a Portugal após o 5 de outubro e regressa a Paris, onde conhecera a alemã Grete Tiedemann. Após uma estada na Alemanha, virá a casar com Grete. O casal regressa a Paris e, em 1914, nasce-lhes o primeiro filho, Aníbal Aquilino Fritz Tiedemann Ribeiro. Nesse mesmo ano ainda publicará um novo livro, Jardim das Tormentas.
Em 1915 a família é obrigada a regressar a Portugal na sequência dos conflitos da Primeira Grande Guerra. Aquilino, mesmo sem ter conseguido terminar a sua licenciatura, é admitido a lecionar no ensino secundário, sendo colocado como professor no Liceu Camões, onde ficará durante três anos.
Em 1918 publica A Via Sinuosa. No ano seguinte, em 1919, entra para a Biblioteca Nacional de Portugal, a convite de Raul Proença. Convive com o chamado Grupo da Biblioteca Nacional onde pontificam Jaime Cortesão e Raul Proença. Publica Terras do Demo, e a primeira versão do seu conto "Valeroso Milagre" na Revista Atlântida (nº 32), cuja trama se passa no Mosteiro de Nossa Senhora da Assunção de Tabosa, situado na sua freguesia natal, aquando das invasões francesas. É na Biblioteca Nacional que Aquilino Ribeiro é procurado por pessoas de suas relações para lhe mostrarem uma Acta do Regicídio.
Em 1921 integra a direcção da revista Seara Nova. Em 1922 publica O Malhadinhas integrado no livro Estrada de Santiago, o qual inclui também uma nova versão do "Valeroso Milagre".
Em 1927 entra na revolta de 7 de fevereiro, em Lisboa. Exila-se em Paris. No fim do ano regressa a Portugal, clandestinamente, após falecer a primeira mulher. Em 1928 entra na revolta de Pinhel. Encarcerado no presídio de Fontelo (Viseu), evade-se e volta a Paris.
Em 1929 casa em Paris com Jerónima Dantas Machado, filha de Bernardino Machado. Do casal virá a nascer em 1930 o segundo filho, Aquilino Ribeiro Machado, que viria a ser o 60.º Presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1977-1979). Em Lisboa é julgado à revelia em Tribunal Militar, e condenado.
Em 1931 vai viver para a Galiza. Em 1932 volta a Portugal clandestinamente. Em 1933 recebe o Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa, pelo seu livro As Três Mulheres de Sansão.
Em 1935 é eleito sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.
Em 1946 publica Aldeia, Terra, Gente e Bichos. Em 1951 publica Geografia Sentimental.
Em 1952 faz uma viagem ao Brasil onde é homenageado por escritores e artistas, na Academia Brasileira de Letras. Em 1956 é fundador e presidente da Sociedade Portuguesa de Escritores.
Em 1957 publica A Casa Grande de Romarigães e, em 1958, Quando os Lobos Uivam. Neste mesmo ano é nomeado sócio efetivo da Academia das Ciências de Lisboa. Milita na candidatura de Humberto Delgado à presidência da República.
Em 1962 nasce-lhe a primeira neta, Mariana, a quem dedica O Livro da Marianinha.
Em 1963 é homenageado em várias cidades do país por ocasião dos cinquenta anos de vida literária. Morre no dia 27 de maio. Nessa mesma hora, a Censura comunicava aos jornais não ser mais permitido falar das homenagens que lhe estavam a ser prestadas. É sepultado no Cemitério dos Prazeres.
Em 1974 é publicado o livro de memórias Um Escritor Confessa-se. Como escreve José Gomes Ferreira no prefácio Aquilino sabe mentir a verdade.
Em 1982, a 14 de Abril, é agraciado a título póstumo com o grau de Comendador da Ordem da Liberdade[4]
Em 2007, por decisão unânime, a Assembleia da República decide homenagear a sua memória e conceder aos seus restos mortais as honras de Panteão Nacional[5]. A cerimónia de trasladação para o Panteão Nacional ocorreu a 19 de setembro desse mesmo ano.[6]

A obra[editar | editar código-fonte]

A linguagem de Aquilino Ribeiro caracteriza-se fundamentalmente por uma excepcional riqueza lexicológica e pelo uso de construções frásicas de raiz popular, cheias de regionalismos.
Aquilino foi sobretudo um estilista e, por isso, a sua linguagem vernácula é arejada, frequentemente condimentada nos diálogos com expressões entre grotescas e satíricas.
Apesar de ter optado por uma literatura de tradição, Aquilino procurou ao longo da sua vida uma renovação contínua de temas e processos, tornando-se assim muito difícil sistematizar a temática da sua vastíssima obra.
Num número considerável de obras, Aquilino reflecte, ainda que distorcidas pela imaginação, cenas da sua vida: o convívio com as gentes do campo, a educação ministrada pelos sacerdotes, as conspirações políticas, as fugas rocambolescas, os exílios.
Até 1932, ano em que fixa residência na Cruz Quebrada, todos os ambientes, contextos e personagens que Aquilino cria, remetem para a sua querida Beira natal. O MalhadinhasAndam Faunos pelos Bosques e Terras do Demo constituem o melhor exemplo desta situação. De facto, ver-nos-emos, com uma extrema facilidade, envolvidos com as suas personagens beirãs, os seus costumes, tradições e modos de falar típico. Aquilino Ribeiro como escritor não pode ser enquadrado em nenhuma das escolas e tendências da sua época.
Tem colaboração na II série da revista Alma nova [7] (1915-1918) começada a publicar em Faro em 1914, na revista luso-brasileira Atlantida[8] (1915-1920), na Ilustração [9] (1926-), Homens Livres [10] (1923), no jornal Miau![11] (1916) e na Revista dos Centenários[12] publicada por ocasião da Exposição do Mundo Português.

Obras literárias[editar | editar código-fonte]

Biografia
  • 1950 - Luís de Camões: fabuloso e verdadeiro (2 volumes)
  • 1956 - O romance de Camilo (3 volumes) (Nota: a mais importante biografia de Camilo Castelo Branco já escrita e publicada)
Contos
  • 1907 - A filha do jardineiro
  • 1913 - Jardim das tormentas (Prefácio:Carlos Malheiro Dias)
  • 1919 - Valeroso milagre
  • 1922 - Estrada de Santiago
  • 1934 - Sonhos de uma noite de Natal
  • 1935 - Quando ao gavião cai a pena
Memórias
  • 1935 Alemanha Ensangüentada.
  • 1934 - É a guerra: diário
  • 1948 - Cinco réis de gente
  • 1974 - Um escritor confessa-se (Edição póstuma)
Literatura infanto-juvenil
  • 1924 - Romance da raposa
  • 1936 - Arca de Noé I
  • 1936 - Arca de Noé II
  • 1936 - Arca de Noé III
  • 1945 - O livro do menino Deus
  • 1952 - Fernão Mendes Pinto:aventuras extraordinárias de um português no Oriente
  • 1967 - O livro de Marianinha: lengalengas e toadilhas em prosa rimada (Edição póstuma)
Romances/Novelas
  • 1918 - A via sinuosa
  • 1919 - Terras do demo
  • 1920 - Filhas da Babilônia
  • 1926 - Andam faunos pelos bosques
  • 1930 - O homem que matou o diabo
  • 1932 - A batalha sem fim
  • 1932 - As três mulheres de Sansão
  • 1933 - Maria Benigna
  • 1936 - Aventura maravilhosa de D. Sebastião Rei de Portugal depois da batalha com o Miramolim
  • 1937 - São Bonaboião:anacoreta e mártir
  • 1939 - Mónica
  • 1941 - O servo de Deus e a casa roubada
  • 1943 - Volfrâmio
  • 1945 - Lápides partidas
  • 1947 - Caminhos errados
  • 1947 - O arcanjo negro
  • 1954 - Humildade gloriosa
  • 1957 - A Casa Grande de Romarigães
  • 1958 - Quando os lobos uivam
  • 1958 - A mina de diamantes (Nota: Edição conjunta com "O Malhadinhas")
  • 1962 - Arcas encoiradas
  • 1963 - Casa do escorpião
História
  • 1943 - Os avós dos nossos avós
  • 1952 - Príncipes de Portugal: suas grandezas e misérias
Tradução
  • D. Quixote de la Mancha de Miguel de Cervantes Saavedra
  • O príncipe perfeito, de Xenofonte (tradução e prefácio)
  • A retirada dos dez mil, de Xenofonte (tradução e prefácio)
  • O Santo (1907) de Antonio Fogazzaro

Fundação Aquilino Ribeiro[editar | editar código-fonte]

Em 1988 foi instituída a Fundação Aquilino Ribeiro – Casa Museu – Biblioteca, com sede na localidade de Soutosa (Moimenta da Beira), na casa outrora utilizada pelo escritor[13][14] admiravelmente por ele descrita. Na sua fundação teve como presidente Aníbal Aquilino Ribeiro, filho mais velho do escritor[15].

Na cultura popular[editar | editar código-fonte]

Monumento em homenagem a Aquilino Ribeiro, Viseu, Portugal.

Televisão[editar | editar código-fonte]

  • Biografia produzida pela RTP com autoria e apresentação de Óscar Lopes.
  • "O Homem que Matou o Diabo", adaptação do romance, filme produzido pela RTP em 1979, emitido como série. Com Herman José, João Guedes, Ana Zanatti.
  • Romance da Raposa foi adaptado para uma série de televisão, de 13 episódios de 13 minutos cada, em 1988[16]. A série foi produzida pela RTP, Topefilme e Telecine. A adaptação esteve a cargo de Marcello de Morais, os diálogos e letras das canções foram escritos por Maria Alberta Menéres e a música foi da autoria de Jorge Machado. Ricardo Neto criou as personagens. A animação esteve a cargo de Artur Correia e Ricardo Neto.
  • Quando os lobos uivam foi adaptado ao cinema numa produção, de 2008, da RTP.
  • Aquilino é personagem da série O Dia do Regicídio produzida pela RTP em 2008.

Recolha através da WIKIPÉDIA  

por 


ANTÓNIO FONSECA

Os SAMS dos Bancários - 43 anos - 13 de Setembro de 2018

CARTA ABERTA À CLASSE BANCÁRIA 

 

Sobre o SAMS 


13 de Setembro de 1975





SAMS - SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA MÉDICO-SOCIAL
 dos Bancários



Carta Aberta à Classe Bancária 



Para esclarecer algumas dúvidas que muita gente tem levantado ao longo dos tempos a propósito de tudo e de nada, permito-me vir por este meio informar a Classe Bancária - principalmente aos que nos "Idos de 75" em diante exerceram esta actividade e por consequência vieram a utilizar e a beneficiar dos Serviços prestados pelos SAMS (que são inteiramente seus).

Chegou-me aos ouvidos mais do que uma vez que os SAMS teriam sido gerados de forma automática, ou por Entidades ou pessoas ligadas a centrais sindicais e até partidos políticos que teriam exigido aos governantes e aos banqueiros a fundação dos SAMS. 

ISSO É MENTIRA...!!!


De facto, foi apenas por minha iniciativa que se deu início à génese da formação dos SAMS - Serviços de Assistência Médico-Social para os Bancários, no dia 13 de Setembro de 1975 - (há 43 anos) - após ter decidido contactar telefonicamente e  por motu-próprio os Chefes dos Serviços Clínicos  dos Clínicos dos Sindicatos do Sul e Ilhas e do Centro para lembrar às Direcções dos 3 Sindicatos que se reunissem o mais breve possível, para se tratar da norma existente no Acordo Colectivo de Trabalho de 1975 em que se expressava a necessidade de transformar os Serviços Clínicos (que cada Sindicato geria - com dificuldades de toda a ordem...) nuns Serviços de Saúde que pudesse aglutinar todas ou a maior parte das valências que então eram exercidas pelas Caixas de Previdência a favor dos trabalhadores de todos os sectores de actividade do nosso País (e que, aliás não eram ainda um exemplo que se devesse seguir na sua globalidade), mas que mesmo assim eram melhores do que os que a Classe bancária usufruía.

Como é sabido, a Assistência Médica era prestada (muito mal) pela  Previdência Social (as Caixas como era designado) e nos anos que se seguiram a 1974 já havia melhorado um pouco, tendo sido estendida a alguns dos sectores de actividade, mas havia núcleos de população que pura e simplesmente não tinham esse direito, - ou haviam alguns sectores que beneficiavam de uns Serviços de Saúde de certo modo incipientes, que eram sustentados maioritariamente pelos próprios trabalhadores - como era o caso dos Bancários e dos trabalhadores de Seguros e alguns Grupos desportivos de BANCOS que lá iam conseguindo dar Assistência aos seus associados. Mas isso era escasso e quando surgia algum caso mais bicudo ou mais grave, lá tinha que se recorrer às Caixas ou a Clínicas de Empresas (ou do Estado) que eram caras.

Os Bancários já há alguns anos que vinham lutando para que a sua CAFEB (*) se transformasse numa Caixa idêntica à Previdência Social, mas os interesses instalados que olhavam mais ao dinheiro que a CAFEB  (*) aferrolhava e distribuía por quem lhe interessava, travaram essa possibilidade...


  • (*) CAFEB era a Caixa de Abono de Família dos Empregados Bancários, sustentada pelos descontos efectuados aos trabalhadores bancários...

  • A título de curiosidade posso dizer que no espaço de 14 anos de 1957 a 1974 a CAFEB tinha tido uma receita total de 1 253.320.553$40; uma despesa de 487.702.798$20 e um lucro de 754.718.056$80.... O total de receitas hoje andaria à volta de 250 mil milhões de €uros !!! enquanto os lucros seriam de cerca de 150 mil milhões de €uros ...!!!   São números bastante grandes, parece-me. 
  • De notar uma coisa muito importante. Este dinheiro foi descontado dos vencimentos dos empregados bancários, e, como tal era DEVERIA SER sua pertença, mas que eu saiba nada lhes foi devolvido.
  • NÃO SEI PARA ONDE FOI ESSE DINHEIRO. E POR ACASO ALGUÉM SABERÁ? PERGUNTO EU???  
  • Bem, mas isso agora não interessa nada, como diria alguém que toda a gente conhece...

Afastei-me um pouco daquilo que eu queria dizer. Voltemos, pois à "vaca fria". Como eu ia dizendo, a Classe Bancária estava com imensos desejos de ter uma assistência médica e medicamentosa e todos os anos o assunto vinha à baila nas negociações contratuais com a APB e os Bancos, até que se conseguiu colocar um artigo transitório no ACTV de 1975 - ... creio eu ... que tornava obrigatório envidar-se todos os esforços para que se formasse um grupo de trabalho a fim de que em 1976 entrasse em vigor um novo Sistema de Saúde.que fosse gerido inteiramente pela Classe.

Até Setembro de 1975 (dia 13) nenhum dos três Sindicatos havia avançado  com a execução deste projecto, segundo constatei ao confrontar os Chefes dos Serviços Médicos do Centro (Coimbra) de nome Miguel (já falecido, infelizmente) e do Sul e Ilhas (Lisboa) Dr. Barros (que creio, estar aposentado) que me informaram que realmente não havia nada de concreto para tratar do assunto. Dado que eu era apenas Chefe de Secretaria e interinamente estava a exercer as funções de Chefe dos Serviços Médicos, ausente por doença, e não era Bancário, mas sim funcionário ao serviço dos Bancários, resolvi tomar a Iniciativa de chamar a atenção das 3 Direcções para que começassem a reunir com os seus Staffs jurídicos e não só, para que em 1976 (Janeiro) os SAMS (que ainda não tinham nome - o qual lhe foi dado precisamente por mim na última reunião realizada em Lisboa a 13 de Dezembro).

Para todos os efeitos, a Iniciativa que tomei em 13 de Setembro deu origem à formação  de um Grupo de Trabalho que incluiu os 3 Chefes dos Serviços Médicos (atrás assinalados e eu próprio), alguns Dirigentes dos 3 Sindicatos, assim  como, Pessoal dos respectivos serviços jurídicos (advogados, etc., ). tendo sido efectuadas 3 reuniões preponderantes do Grupo de Trabalho - uma em 12 de Outubro em Coimbra, outra no Porto em 25 de Novembro e finalmente outra em 13 de Dezembro em Lisboa.

Deste trabalho intenso dos 3 Sindicatos, durante 3 meses e meio, resultou que finalmente em Janeiro de 1976 que o Sindicato dos Bancários do Norte pôde iniciar a actividade dos SAMS - Serviços de Assistência Médico-Social e  (por motivos técnicos, creioSindicato dos Bancários do Centro  e o Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas deram início a esta actividade somente a partir de Fevereiro. No entanto a data oficial é para todos os efeitos a de Janeiro de 1976

Esclareço ainda que no decurso dos trabalhos que levaram à formação dos SAMS a partir de 13 de Setembro e até 31 de Dezembro desse ano, Eu não tive qualquer responsabilidade nem intervim em qualquer nível superior ao meu cargo de Chefe de Secretaria (embora exercesse as funções de Chefe dos Serviços Clínicos, INTERINAMENTE, como já atrás informei), com excepção de algumas propostas por mim efectuadas, nomeadamente a indicação do nome SAMS - Serviços de Assistência Médico-Social, que foram aceites unanimemente pelo Grupo de Trabalho. 


  • É no entanto provável que nesse Grupo e nesse período tenha havido intervenção de Entidades ou pessoas de centrais sindicais ou partidos políticos que tenha influenciado muita coisa, mas quanto à sua Génese é PURA E SIMPLESMENTE DA MINHA INTEIRA RESPONSABILIDADE


Resta esclarecer que os SAMS - Serviços de Assistência Médico-Social. são formados apenas pelos

 SAMS-SBN





 SAMS-SBC 


SAMS SBSI.



Quaisquer outros SAMS que existam não têm nada a ver com esta Instituição dos Bancários e para os Bancários.

Os SAMS - Serviços de Assistência Médico-Social dos Bancários são 
melhor Sistema ou Sub Sistema de Saúde particular ou seja da Classe Bancária.


***************

NOTA: 

Como é sabido, o SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE que abrange toda ou (quase toda) a população portuguesa, apenas surgiu em 1979 através da Lei 56/79 em Setembro de 1979 (4 anos depois do SAMS)  pela mão de António Barreto.



Com as melhores Saudações

ANTÓNIO FONSECA

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

OBSERVADOR

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360º

Por Filomena Martins, Diretora Adjunta
Bom dia!
Enquanto dormia... 
... Nova Iorque, Washington e outras cidades da Costa atlântica norte-americana estão em alerta máximo para aquele que pode ser o mais perigoso furacão a chegar mais a norte nos EUAO Florence atingiu a categoria 4 e teme-se que seja "catastrófico": mais um milhão de pessoas recebeu ordem para sair de casa, uma vez que o furacão está a evoluir de forma descontrolada e desconhecida. As imagens do espaço, que estão na CNN, assustam.

E há outro problema a assustar os metereologistaso El Niño pode estar de volta este Inverno para fazer mais estragos no clima.

Na política internacional norte-americana, a Casa Branca anunciou que a Coreia do Norte pediu um novo encontro entre Kim Jong-un e Donald Trump. E que esta reunião já está a ser preparada.

Na Rússia, já começaram as maiores manobras militares desde a Guerra FriaNo Vostok 2018 participam mais de 1.000 aviões, helicópteros e drones, 36 mil tanques, blindados e veículos de combate, bem como 80 navios e outras embarcações. É Putin a mostrar a sua força.

No futebol, Portugal estreou-se com uma vitória histórica frente a Itália no seu primeiro jogo na Liga das Nações. Valeu o golo solitário de André Silvapara a seleção bater os italianos, algo que não acontecia em jogos oficiais há 61 anos, e assumir a liderança do grupo.





Outra informação relevante 
Há 33 anos, Portugal sofria a sua pior tragédia ferroviária. Mas ainda hoje não se sabe nem quem, nem quantas pessoas morreram no choque de comboios em Alcafache. Houve corpos que nunca foram identificados, restos mortais confundidos com destroços e fragmentos humanos que ficaram em frigoríficos durante anos, como contaram à Carolina Branco. Hoje isso seria impensável.

A rentrée política está feita, agora a campanha só pára nas legislativas do próximo ano. Entre críticas, polémicas e exageros, o José Pedro Mozos, a Rita Tavares e o Rui Pedro Antunes foram ver os factos e os erros do que foi dito por cada um dos líderes partidários em sete Fact Checks.

Uma das polémicas envolveu Rio e o caso Tancos com o presidente do PSD a criticar a lentidão da Justiça. Ontem Marcelo (que voltou a falar do tema pela enésima vez) parece ter-lhe respondido directamente: disse que espera conclusões da investigação dentro “de dias ou de semanas”.

Em curso continuam também as críticas ao timing da proposta do "taxa Robles" pelo Bloco de Esquerda. Mas o DN avança que o Governo vai mesmo viabilizar este imposto contra a especulação imobiliária no Orçamento.
Portugal está em 10.º lugar no ranking das democracias mundiais. No estudo, que analisa 201 países, os portugueses melhoraram nos indicadores democráticos e de direitos e liberdades, escreve o Público.
As eleições do Sporting ressuscitaram uma velha discussão na Justiça. Depois de dois magistrados terem sido escolhidos para os novos órgãos sociais sportinguistas, o Conselho Superior da Magistratura quer (de novo) impedir os juízes de terem funções em clubes de futebol.

É inédito: pela primeira vez, a Santa Sé vai prestar todos os "esclarecimentos necessários" sobre o escândalo de abusos sexuais que abala a Igreja Católica. A garantia foi dada pelo Conselho de Cardeais e vai acontecer em breve.

A dois dias do regresso às aulas, aumentam as queixas por causa dos manuais escolares gratuitosO Portal da Queixa diz que o número de reclamações subiu 317% em relação ao ano passado. A emissão dos vouchers parece ser o principal problema.

Na Saúde, mais um dia, mais um ultimato. Os diretores do Hospital de Gaia ameaçam deixar funções em outubro se o governo não agir até lá.

mais de metade dos centros de saúde não tem consultas para interromper a gravidez. O levantamento foi feito pelo Bloco de Esquerda e é noticiado pelo JN.

A polémica Serena Williams continua e divide opiniões. Martina Navratilova escreveu um artigo no New York Times em que diz ser questionável o argumento de que Williams não teria sido penalizada se fosse homem. A Federação Internacional de Ténis também mostrou apoio ao árbitro português Carlos Ramos. Eis quem defende e quem critica a tenista norte-americana pelo episódio lamentável no US Open.

No Brasil, Jair Bolsonaro continua em estado grave. O candidato de extrema-direita às presidenciais brasileiras esfaqueado na semana passada vai ter de ser submetido a uma cirurgia de “grande porte”.

Quanto ao PT, perdeu o recurso para adiar o prazo e tem até ao fim do dia hoje para apresentar o substituto de Lula como candidato: espera-se, sem surpresas, o nome de Haddad.

Já em Espanha, houve surpresas no PP. Soraya Sáenz de Santamaría, uma da ex-candidatas à sucessão de Rajoy derrotada por Pablo Casado, decidiu abandonar a política.





Os nossos EspeciaisQuando elas ganham mais que eles ninguém fica a saber. É tabu. Quem o diz é Virgínia Ferreira, investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, à Rita Porto e à Carolina Branco. Em Portugal o fenómeno existe, mas tem menor expressão porque, normalmente, os salários deles são mais altos.



A nossa opinião
  • Nuno Crato escreve "Vai mudar a mudança": "A Comissão Europeia promoveu uma consulta sobre a mudança da hora, entre o horário normal e o de verão. Parece que muita gente ficou agradada, mas talvez a emenda seja pior que o soneto".
  • Paulo de Almeida Sande escreve "A chama imensa": "Se se provar, de sentença passada que o meu clube, o Benfica, este presidente, estes senhores, agiram contra a consciência do colectivo dos benfiquistas, eu espero também que justiça seja feita".
  • Laurinda Alves escreve "O dia dos anos de um filho": "Cada família é uma nação, e uma nação com território próprio, numa geografia que encerra relações de vizinhança, fronteiras e regras, códigos de conduta e valores que são absolutamente singulares".




Notícias surpreendentes A SIC apresentou ontem a sua nova grelha onde, claro, a supercontratação Cristina Ferreira será estrela. Mas além da mensagem-vídeo da nova apresentadora (que antes já tinha deixado uma fotografia no Instagram sobre a boa relação com o seu novo director), houve outro momento-chave: Júlia Pinheiro revelou que foi vítima de bullying.

Beatriz Batarda está de regresso ao Teatro Nacional D. Maria II. O Bruno Horta entrevistou a actriz que não gosta de entrevistas: “Procuro chegar às feridas do público, não às minhas”, explicou-lhe ela.

Hoje é dia da Catalunha e passam também 304 anos sobre a derrota que constituiu um rude golpe nas aspirações independentistas catalãs. O José Carlos Fernandes conta a história deste outro 11 de Setembro através da música e do duplo "Excelsis Deo" de Jordi Saval.

Um outro aniversário: Karl Lagerfeld festejou ontem 85 anos. A Ana Brasil explica como o 'Kaiser da moda' se tem conseguido manter há três décadas na dianteira de uma indústria em constante mudança.

Já começou a limpeza de uma das grandes ilhas de lixo do Pacífico. Quer saber como é que um holandês quer acabar com esta lixeira que é 17 vezes maior que Portugal? Tem de ver este vídeo!


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Luísa Meireles
LUÍSA MEIRELES
REDATORA PRINCIPAL
 
E se a Sophia o quiser contratar?
11 de Setembro de 2018
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Já a conhece, não é? A Sophia tornou-se famosa na Websummit no ano passado mas este ano, depois de uns anúncios com o Ronaldo, já fala português e passou sozinha a estrela da publicidade de uma grande empresa de telecomunicações. Pois bem, a Sophia não, mas a sua meia-irmã Vera é a nova coqueluche das empresas em matéria de recrutamento

Dois especialistas russos aprimoraram o software e ela aí está – a robô Vera - ao serviço de empresas como os gigantes Ikea, L’Oreal e PepsiCo, Microsoft, Burger King e Auchan, ajudando-os a preencher as suas vagas com os candidatos certos, humanos, claro. Headhunting, portanto, aquilo que se pensava só poder feito por um humano em relação a outro humano.

Esta história é extraordinária e vem contada pela minha colega Cátia Mateus: “Está preparado para que seja um robô a fazer-lhe uma entrevista de emprego?”. Eu não sei se estaria mas, segundo a Cátia, é o melhor que todos nós temos a fazer. É que agora os robôs não só ameaçam substituir-nos no emprego, como até nos poderão escolher… para os empregos que restam, suponho! Orwelliano, certo? Também acho.

A coisa é um pouco assustadora, assim de repente. Coisa de ficção científica. Mas repare: o economista Ricardo Cabral cita no Público os estudos do também economista britânico de origem cipriota Christopher Pissarides, segundo o qual a atual revolução digital e de inteligência artificial vai destruir 10 a 30% dos postos de trabalho existentes (e parece que segundo um estudo da Universidade de Oxford 47% do emprego nos Estados Unidos já está em risco de ser substituído por tecnologias de informação ou automatização).

Ricardo Cabral fala do assunto para abordar o problema do emprego como “o verdadeiro desafio da zona euro”, as tarefas de Mário Centeno e, sobretudo, para o problema de como as nossas sociedades e respetivas políticas públicas estão mal preparadas para o choque tecnológico que “já começa a chegar às nossas praias” e que se anuncia muito rápido.

Tão rápido que nem sei se, relembrando António Costa na sua versão de secretário-geral no último Congresso do PS (e em cuja moção de estratégia até se falava da sociedade digital) ele próprio estará a salvo, quando disse que a revolução tecnológica já não lhe roubará o emprego, mas possivelmente o fará aos jovens do futuro – “vocês”, disse. Dê uma olhada aqui para ter uma ideia da situação (sete milhões de empregos até 2020 – sim, daqui a menos de dois anos). Ou seja, não é da Sophia que tem de ter medo, é da Vera. Ela já anda aí.
 
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OUTRAS NOTÍCIAS
Então não é que o furto de Tancos surgiu de novo para assombrar o ministro da Defesa? Parece coisa de propósito. No domingo, no seu discurso na Universidade de Verão do PSD, Rui Rio chamou o tema à colação, comparando-o ao sketch de Raul Solnado da “ida à guerra” e dizendo que em Portugal se consegue roubar material militar como “se entra num jardim para roubar umas galinhas”. Exigiu que o Ministério Público fizesse “rapidamente a acusação correta” (ups, politicamente incorreto) e ainda acrescentou que o Governo não sabe dar respostas, insinuando que se ele dissesse o que sabia… (não sabemos).

Azeredo Lopes não gostou, achou que era uma chacota, o PM (muito politicamente correto) disse que era “desrespeitador da autonomia do MP” fazer considerações sobre o assunto e, ontem pela tardinha, o Presidente da República veio por água na fervura, anunciando que tem esperança que “dentro de dias ou semanas” as investigações do MP se concluam. Paulo Rangel, na sua habitual coluna semanal do Público, também crava a faca: "Tancos, o furto a que se furta Costa".

Hoje à tarde, na Comissão de Defesa, o ministro será questionado mais uma (enésima?) vez sobre o furto. Para memória: o dito ocorreu (ou supõe-se que) a 28 de junho de 2017 e quatro meses depois apareceu no mato da Chamusca. Ainda não se sabe quem, quando, como, onde e porquê.

A propósito, José Miguel Júdice veio ontem lembrar no jornal da TVI (será a última vez que ali terá a sua rubrica, passa para a TVI24 com um formato mais alargado) que Marcelo não quer a recondução do general Rovisco Duarte no cargo de Chefe de Estado-Maior do Exército. Parece não haver esse perigo. Ao que parece, também já não era essa a intenção do Governo. E desde há muito...

Incêndios de Pedrógão. A Assembleia Municipal Extraordinária concluiu que ainda falta um milhão de euros para acudir a Pedrógão Grande, mas que as dúvidas sobre o destino dos dinheiros da solidariedade tornaram a tarefa difícil. Em Pedrógão Grande, todos querem esclarecer o assunto. “A vergonha é enorme”, diz uma carta. Mas o presidente da Câmara admite que não consultou os processos das casas recuperadas, segundo o DN.

Madeira. O presidente do Governo Regional está a pressionar o Governo para intervir no diferendo que o opõe à TAP [e acusa-o de querer fazer campanha] porque senão “de que vale ter 50% do capital”? Em causa a recusa da companhia aérea em rever os limites do vento, que rege os parâmetros de segurança, e os preços elevados praticados pela companhia, segundo Miguel Albuquerque.

Saúde: O Governo, para além de outros problemas para resolver, tem agora também mais este, sob ultimato: o diretor clínico e os 51 chefes de equipa do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, que apresentaram a sua demissão, vão abandonar os respetivos cargos a 6 de outubro se o Governo não der "sinal positivo", anunciou o bastonário da Ordem dos Médicos. Há uma semana, o CDS fez o pedido para o Conselho de Administração ser ouvido no Parlamento.

Professores: Os sindicatos já prometeram guerra aberta ao Governo e acusaram até o ministro Tiago Brandão de ser um “aldrabão”. Já estão prometidas greves para 1 e 4 de outubromas, segundo o Ministério das Finanças, as despesas com as progressões das carreiras dos professores consomem ¼ das verbas do descongelamento, noticia o Negócios. Diz o jornal que “o aumento salarial médio dos docentes em 2019 é de 3,6%, contra 3,1% para a generalidade da Função Pública”. Os números são das Finanças.

Orçamento. António Costa desdramatizou ontem o clima das negociações, que recomeçaram na semana passada. Diz que este OE não será mais difícil que aprovar que os anteriores, mas vai avisando contra “atalhos” (porque se mete em trabalhos…)

Democracia. Afinal, apesar de todos os atropelos de que nos queixamos, o relatório da Democracia de 2018 coloca Portugal no 10º lugar dos países mais democráticos do mundo, só atrás da Noruega, Suécia, Estónia, Suíça, Dinamarca, Costa Rica, Finlândia, Austrália e Nova Zelândia. O Público conta os pormenores e como quatro países da União Europeia saíram da lista das democracias liberais: Hungria, Polónia, Lituânia e Eslováquia.

Imposto Robles. A taxa que o Bloco de Esquerda sugeriu para travar a especulação imobiliária e que segundo a líder Mariana Mortágua (que também já deu o nome a um outro imposto) está a ser negociada com o governo desde maio, está a gerar grande polémica. Os patrões reclamam por mais um ataque à propriedade privada, os inquilinos querem ver definido primeiro o que significa "especulação imobiliária". A intenção do Bloco é “criar uma nova medida fiscal semelhante ao regime que já existe para tributação das mais-valias alcançadas com a compra e venda de ações da Bolsa”, tal como refere a Rosa Pedroso de Lima.

Desporto 1. Parece que a seleção se estreou ontem na Liga das Nações, a nova prova da UEFA, a jogar melhor do que no Mundial todo. Sem Ronaldo, Portugal ganhou 1-0 à Itália e mostrou que “há sangue novo e uma nova geração a tomar conta da equipa”. Não sou eu que digo, mas a Lídia Paralta. Ela sabe (e eu copio o que ela diz).

Desporto 2. O Conselho Superior de Magistratura vai analisar a participação de juízes nos clubes de futebol. É a propósito de terem sido eleitos dois magistrados na lista do novo presidente do Sporting. O CSM não gosta. O seu vice-presidente, Mário Morgado, acha que "é necessário preservar a dignidade da função judicial".

Desporto 3Serena Williams versus Carlos Ramos, o árbitro. É o tema controverso do momento, depois da "cena" que a campeoníssima do ténis feminino, agora derrotada, fez em pleno court ao árbitro português. O assunto está a dar a volta ao mundo e a suscitar muita controvérsia. O Expresso dá uma ajuda para perceber quem é este português que está nas bocas do mundo ("O árbitro que Serena Williams colocou no olho do furacão"), o Público publicou um perfil do homem que gosta de fado e das obras de Saramago e que por acaso é um dos melhores árbitros do mundo.



LÁ FORA
Brasil. É hoje que termina o prazo dado pelos tribunais para o PT apresentar novo candidato às presidenciais. O mais que provável candidato é Fernando Haddad, atual vice e ex-autarca de S. Paulo, mas pouco conhecido, que foi ontem à prisão de Curitiba, onde está Lula da Silva, para resolver o assunto. Numa estratégia de luta até ao fim, o partido ainda não desistiu de candidatar Lula, embora isso seja dado quase como adquirido.

A insistência do PT em apresentar Lula como candidato na propaganda eleitoral no rádio e na TV levou um juiz do Tribunal Superior Eleitoral a mandar retirar expressões que dêem a entender que o ex-Presidente se mantém na disputa e, se o partido não o fizer, suspenderá a propaganda do PT.

O tempo urge: as eleições são já a 7 de outubro e Haddad, além de pouco conhecido, até já foi acusado de corrupção (é mesmo um acaso da Justiça?). O chefe do Exército, entretanto, já veio dizer que a insistência em Lula “afronta a Constituição”. Depois do ataque ao candidato Bolsonaro (ex-militar), definitivamente, os militares não estão em alta no Brasil.

Suécia. A Europa ainda está a digerir a “batalha legislativa” neste país, em que a extrema-direita esteve quase, quase a mudar a paisagem política do país, mas ainda não pode suspirar de alívio. Esperava-se que vencesse e perdeu, por pouco, 30 mil votos, mais exatamente [o bloco centro esquerda ganhou 144 lugares no Parlamento, o da direita 143]. Esta quarta-feira termina a contagem dos votos do exterior e só então se saberá o resultado final das eleições mais renhidas dos últimos tempos neste país nórdico, pátria do Estado social, que a imigração mudou.

Aparentemente, os sociais-democratas não se deixaram cair na armadilha de discutir a imigração e conseguiram suster a tempo a queda anunciada, que ainda assim foi a maior desde a Segunda Guerra Mundial. É a lição sueca, considera o analista Jorge Valero, no “The Brief”. Mas que ninguém se iluda, a questão principal das eleições suecas é mesmo a subida da extrema direita. E a estabilidade política na Suécia acabou. "So long", diz o Político.

De acordo com o calendário, depois de publicados oficialmente os resultados (a 14 de setembro), a 24 o Parlamento reúne-se para eleger um presidente que conversará com os líderes partidários e proporá um primeiro-ministro. O presidente tem três meses e quatro oportunidades de tentar conseguir uma maioria para o novo governo. Se não, 24 de dezembroé a data a partir da qual podem ser realizadas novas eleições.

Europa. Por falar em Suécia, é já amanhã que o presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker vai fazer o seu discurso sobre o estado da Uniãoonde se prevê que faça vários alertas e apelos à responsabilidade.

Juncker parece considerar que ainda há muito por fazer numa altura em que as europeias estão à porta e é preciso estar atento às interferências nas eleições, tal como explica a Susana Frexes. O El Pais também explica que o presidente da Comissão vai pedir uma “polícia federal de fronteiras” e que os países do sul da União não estão muito para aí virados.

E por falar em eleições europeias, o grupo dos liberais (ALDE) está tão ansioso por ter o partido de Macron entre os seus, que o seu líder, o eurodeputado belga Guy Verhofstadtaté anunciou que acordou com o “La Republique en Marche” fazer campanha juntamente com o presidente francês. Chato: o líder deste partido disse que o LREM “não está numa lógica de alianças”. "Pas du tout", respondeu Christophe Castaner à Reuters. Verhofstadt falou cedo demais ou confundiu desejos com realidade?

O outro assunto das eleições europeias tem a ver com o frisson causado pelo candidato do PPE a spietzenkandidat, o alemão Manfred Weber (e que já recebeu a benção de Merkel), que- como se diria em português - deu um "chega para lá" ao líder húngaro Viktor Orbán, cujo partido Fidesz também é membro do PPE. Weber disse que se Orbán não quiser que a sua família política vote a favor do célebre art. 7º, que pode suspender os direitos de voto da Hungria, ele vai ter que reconsiderar a sua legislação relativamente às ONG e a Universidade Central Europeia. É mesmo um ultimato. O líder austríaco também acha que Orbán deve ser punido.

Efeméride: 11 de setembro. Há 17 anos aconteceu o atentado às Torres Gémeas, que deram um giro no mundo. Relembre: “Do presidente que agora critica Trump ao 20.º pirata do ar”, no DN.

Tecnologia. A Apple vai começar a lançar a partir de amanhã uma série de novos produtos, pondo fim a um ano de pequenas atualizações. Na forja novos modelos de iPhone, novas versões do iPad e dos relógios Apple Watch, novos acessórios, etc., etc., etc. Passo a publicidade. Sou iphónica.​​​​..



MANCHETES

"Portugal é o 10º país mais democrático do mundo" - Público

"Função Pública só ganha 1,60 euros por mês" - Correio da Manhã

"Professores pesam 25% nos gastos com progressões" - Negócios

Centros de Saúde sem consulta para interromper gravidez" - Jornal de Notícias

"Taxa Robles. Ninguém se entende" - Jornal I



FRASES
"Rui Rio devia tornar-se um Sá Carneiro dos pequenitos" - José Miguel Júdice, na TVI

"A próxima sessão legislativa será mais modesta no que toca a iniciativas políticas e mais dedicada ao debate político, por se tratar de um ano eleitoral" - Carlos César, ao Público

"Que se discuta as eleições nas campanhas eleitorais e se trate do que é importante no tempo que resta" - Pedro Filipe Soares, ao Público



O QUE ANDO A LER
Ou melhor o que destaco do muito que li durante as férias: “Um cavalo entra num bar”, de David Grossman (Dom Quixote). Duro, chocante, perturbador até à medula – até à mais ínfima fímbria do ser (não é assim que se diz?). Sufoca, mas é irresistível não continuar, recua-se para ganhar fôlego e, finalmente, percebe-se como um número de stand-up comedy se torna uma parábola violenta do ser humano que sofre, da própria condição humana, enfim. É aí que reside a mestria de Grossman, que consegue segurar o leitor até ao limite do que é suportável. Engoli em seco, mas fiquei sem dúvidas de que li um dos melhores livros do “meu” ano. É intenso e angustiante. “Brutal”, diriam os mais novos. Brutal, digo eu com eles. O livro foi o vencedor do Prémio Man Booker International 2017.

Por hoje fico por aqui, com uma pequena nota meteorológica: o bom tempo vai continuar em todo o território. Sorria. É bom começar o dia bem disposta(o).

Fique connosco. A todas as horas em www.expresso.pt. Às 18h no Expresso Diário.
 
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