sábado, 1 de setembro de 2018

ARMANDO MARTINS JANEIRA - Nasceu em 1814 - 1 de Setembro de 2018

Armando Martins Janeira

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Virgílio Armando Martins (Felgueiras1 de Setembro de 1914 – Estoril19 de Julho de 1988) mais conhecido pelo nome literário de Armando Martins Janeira, foi um diplomataescritorsociólogo e orientalista português, fundador da Associação de Amizade Portugal Japão.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de José Júlio Martins e Elvira Janeiro, licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa com 22 anos. Durante 2 anos deu aulas no Colégio Campos Monteiro, em Torre de Moncorvo, onde também estagiou na Conservatória do Registo Predial.
Em 1939 ingressa na carreira diplomática. Entre 1943 e 1949 foi cônsul em Léopoldville, em Liverpool e em Sydney. Prosseguiu a sua carreira diplomática nas embaixadas de Portugal de várias capitais europeias e asiáticas, de 1952 a 1979. Exerceu funções diplomáticas no Japão em dois períodos: como primeiro secretário de Legação em Tóquio, de 1952 a 1955, e como embaixador de Portugal em Tóquio, de 1964 a 1971. Nesse período adquire grande experiência sobre o Oriente, participa em congressos orientalistas e faz conferências em universidades de numerosas cidades europeias e asiáticas. Em 1971 foi nomeado embaixador em Roma e em 1977 em Londres, o seu último posto na carreira diplomática.
Publicou as suas primeiras obras sob o pseudónimo de Mar Talegre. Desde 1949, passou a assinar com o seu nome, Armando Martins, ao qual acrescentou, em 1955, o nome Janeiro, da sua mãe. O apelido Janeiro foi depois alterado pelos japoneses para Janeira, forma que o autor decidiu adoptar definitivamente. Além das mais de vinte obras que publicou, escreveu inúmeros artigos para jornais e revistas. Aos 45 anos, casou com Ingrid Bloser, uma jovem alemã de Hanôver.
Em 1980, depois de se aposentar do Ministério dos Negócios Estrangeiros, deu aulas de História Contemporânea das Civilizações Orientais, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde fundou o Instituto dos Estudos Orientais, actual Instituto Oriental daquela universidade. Em 1981 fundou a Associação de Amizade Portugal Japão.

Obras[editar | editar código-fonte]

Sob o pseudónimo de Mar Talegre:
  • Três Poetas Europeus – CamõesBocagePessoa, Livraria Sá da Costa-Editora, Lisboa, 1947;
  • Sentidos Fundamentais do Romance Português, Livraria Simões Lopes-Editora, Porto, 1948;
  • Esta Dor de Ser Homem – Contos, Tipografia Domingos de Oliveira, Porto, 1948.
Com o nome Armando Martins:
  • O Teatro Moderno, Livraria Simões Lopes-Editora, Porto, 1952;
  •  – Teatro Lírico Japonês, Livraria Maruzen, Tóquio, 1954;
  • Portugal e o Japão – Subsídios para a História Diplomática, Agência Geral do Ultramar, Lisboa, 1955;
Com o nome Armando Martins Janeiro:
  • Caminhos da Terra Florida – A Gente, a Paisagem, a Arte Japonesa, Manuel Barreira-Editor, Porto, 1956;
  • O Jardim do Encanto Perdido – Aventura Maravilhosa de Wenceslau de Moraes no Japão, Manuel Barreira-Editor, Porto, 1956;
Traduzido para japonês: Em Busca da Madrugada (夜明けの調べ, Yoake no Shirabe?), uma versão resumida, a que se juntaram os estudos Lafcadio Hearn e Wenceslau de Moraes – Dois Intérpretes do Japão e Bases Ocidentais e Orientais para um Humanismo Universal, tradução de Minako Nonoyama, Katsura Shobo, 1969;
  • Linda Inês – Tragédia, Publicações Europa-América, Lisboa, 1957;
  • Peregrino, Livraria Portugal, Lisboa, 1962;
  • Um Intérprete Português do Japão – Wenceslau de Moraes, Imprensa Nacional, Instituto Luís de Camões, Macau, 1966;
Traduzido para inglês: A Portuguese Interpreter of Japan: Wenceslau de Moraes; tradução de Kazuo Okamoto, Ken Kyoiku Insatu Co. Ltd., Tokushima, Japão, 1985;
  • A Grande Feira do Mundo – Auto, Edições Ática, Lisboa, 1967;
  • O Teatro de Gil Vicente e o Teatro Clássico Japonês, Portugália Editora, Lisboa, 1967;
Com o nome Armando Martins Janeira:
  • The Epic and the Tragic Sense of Life in Japanese Literature, Charles E. Tuttle Company, Inc., Tóquio, 1969;
  • Japanese and Western Literature, A Comparative Study, Charles E. Tuttle Company, Inc., Tóquio, 1970;
Traduzido para japonês: Literatura Japonesa e Literatura Ocidental (日本文学と西洋文学, Nihonbungaku to Seiyôbungaku?), Shueisha, Tóquio, 1974;
  • O Impacte Português Sobre a Civilização Japonesa, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1970;
Traduzido para japonês: Registo da Introdução da Cultura Nanban – Impacte Português Causado na Cultura Japonesa (南蛮文化渡来記-日本文化に与えたポルトガルの衝撃, Nanban Bunka Toraiki - Nipponbunka ni Ataeta Porutogaru no Shōgeki?), tradução de Takiko Matsuo, The Simul Press, Inc., Japão, 1971;
  • Figuras de Silêncio – A Tradição Cultural Portuguesa no Japão de Hoje, prefácio de Shusaku Endo, Junta de Investigações Científicas do Ultramar, Lisboa, 1981;
  • Japão – A Construção de Um País Moderno, Editorial Inquérito, Lisboa, 1985.

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por  

ANTÓNIO FONSECA

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

RTP - O ESSENCIAL

 30 Agosto, 2018 
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Sérgio Alexandre
Jornalista
Sérgio Alexandre

Bem-vindo

INE anuncia taxa de desemprego de 6,8 por cento em junho e prevê igual valor em julho. DECO exige regresso da taxa mínima de IVA na energia. Preço médio das casas compradas com recurso a crédito bancário atinge recordes. Um quinto das vagas para médico de família ficou por preencher.


DECO quer energia à taxa mínima


DECO quer energia à taxa mínima

troika já saiu de Portugal há algum tempo, mas a energia com IVA à taxa máxima, uma das consequências do resgate, continua a pesar nos orçamentos dos cidadãos. A DECO quer que o IVA a 6 por cento nas faturas de eletricidade e do gás que se verificava antes da crise seja reposto já no próximo ano, por uma questão de “justiça pelo sacrifício imposto aos consumidores” nos últimos anos, e porque a energia é um serviço público essencial. Como tal, deve ter um IVA igual ao dos bens de primeira necessidade. Já agora, recorde-se que os preços praticados em Portugal neste setor são dos mais altos em toda a Europa, enquanto que os ordenados…

A bolha está a encher


A bolha está a encher

Há 16 meses que o valor médio da avaliação bancária às habitações adquiridas com recurso a empréstimos continua a aumentar. E o valor das casas compradas desta forma é o mais alto desde que há registos. O norte do país foi a região que mais valorizou, mas o Algarve continua a ser a zona mais cara para comprar casa.

Mais vagas do que interessados


Mais vagas do que interessados

Por falta de interessados, mais de 20 por cento das vagas do último concurso para médicos de família ficaram por preencher. A região de Lisboa e Vale do Tejo é uma das mais afetadas pela ausência de candidatos, tal como o Alentejo. No total, ficaram colocados 292 novos especialistas a nível nacional, menos 86 do que o número de vagas abertas. A Associação dos Médicos de Família revela preocupação, realçando que “há algumas unidades em que metade da população está sem médico de família”.

Confrontos de Chemnitz sob investigação


Confrontos de Chemnitz sob investigação

As autoridades alemãs estão a investigar eventuais ligações entre a polícia de Chemnitz e grupos de extrema-direita anti-imigração, dada a rapidez com que estes tiveram acesso aos pormenores de um caso de homicídio cujo suspeito principal é um iraquiano. Logo a seguir ao esfaqueamento mortal de um alemão, estalaram protestos violentos em Chemnitz, com manifestações promovidas por grupos de extrema-direita, perseguição e ataque a imigrantes e confrontos com contra-manifestantes.

Porto e Benfica no sorteio da Champions renovada


Porto e Benfica no sorteio da Champions renovada

A Liga dos Campeões desta temporada está ainda mais milionária e traz algumas outras novidades. Os prémios de entrada, de pontos conquistados, de passagem à fase eliminatória e de triunfo na competição engordaram e também passa a haver horários novos para os jogos. O sorteio da fase de grupos é esta tarde, com Porto e Benfica, que ontem se apurou, entre os principais interessados.



A NÃO PERDER

"Vai, tu bates bem"

Senri Kawaguchi nasceu no Japão e toca bateria desde os 6 anos. Aos 21, já aparece nas listas dos melhores do Mundo. Jazz e fusão são os seus territórios musicais prediletos. Deixo-lhe aqui uma impressionante atuação a solo que mostra toda a virtuosidade de alguém que foge um tudo-nada ao estereótipo do baterista musculado que enverga uma camisola de alças…









 

EXPRESSO

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Miguel Cadete
MIGUEL CADETE
DIRETOR-ADJUNTO
 
A vitória do Benfica, a decadência do futebol português e o pesadelo do populismo
30 de Agosto de 2018
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Benfica venceu ontem, em Salónica, o PAOKe garantiu o acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões. Uma façanha que, afinal, repetiu nas últimas nove épocas o que só foi alcançado por mais três clubes: Real MadridBarcelona e Bayern de Munique.

Talvez mais importante do que isso, nunca um único jogo disputado por uma equipa portuguesa fez entrar tanto dinheiro nos seus cofres: a chegada à fase de grupos tem um prémio de 42,9 milhões de euros, mercê das novas regras da UEFA, que a partir desta temporada “oferece” 2,7 milhões por cada vitória. O FC Porto, que entrou diretamente para essa mesma fase de grupos por ser campeão e sem necessitar de jogar playoffs, também já angariou mais de 40 milhões.

Ambos conhecem hoje os seus adversários, durante um sorteio que se realizará a partir das 17 horas e que vai ditar o regresso das maiores equipas da Europa aos estádios portugueses. O alinhamento das equipas por potes pode, naquele que seria o cenário mais extremado, fazer com que ou o Benfica ou o FC Porto, ficassem no mesmo grupo de Real MadridLiverpool e Inter de Milão. Um fartote para os adeptos que gostam de bom futebol ou que têm afición pelos clubes com mais e maior história.

Esta conquista do futebol português esconde, no entanto, a lenta mas continuada deterioração da participação das equipas portuguesas nas competições da UEFA. Longe vai o tempo em que Portugal estava em sexto lugar no ranking de clubes e dois clubes eram apurados automaticamente para a Liga dos Campeões. As equipas da Rússia ocupam agora essa posição e desde 2012/2013 têm conseguido sempre uma melhor prestação que as portuguesas. Nos últimos anos, Bélgica e Ucrânia têm-se aproximado perigosamente de Portugal o que dá uma boa ideia da cada vez menor relevância das equipas portuguesas nos torneios por clubes da UEFA. Lembre-se que na época passada, o Benfica não somou qualquer ponto nos seis jogos que disputou na fase de grupos da Liga dos Campeões.

Se a prestação desportiva tem sido de menor qualidade, também não se prevê que este ano o mercado de transferências – que fecha sexta-feira – chegue aos níveis de aquecimento registados em 2017 quando Portugal foi dos países que mais valor arrecadou pela venda de jogadores para o estrangeiro. Sem grandes vendas nem grandes compras, prevê-se também a deterioração da qualidade desportiva e financeira dos clubes portugueses, não se augurando que a formação seja capaz de marcar a diferença.

A par desta deterioração financeira e desportiva dos clubes portugueses revela-se a cada vez maior audiência de programas de TVdedicados ao futebol, de que o Expresso já dava conta em 2015. As plataformas digitais não impediram um fenómenos que faz com que os sites dos jornais desportivos se encontrem entre os que têm mais visitasentre todos os títulos de imprensa. A importância que os portugueses dão ao futebol também pode ser aferida pela pay TV ou por novos serviços de streaming como o da Eleven que recentemente chegaram ao mercado“e que não fará baixar os preços da Sport TV”. Afinal, os jogos de futebol, dos clubes e da Seleção, ocupam a esmagadora maioria dos lugares da tabela dos dez programas de TV mais vistos. Todos os anos.

Não espanta, por isso, que o fenómeno do populismo não tenha chegado a Portugal através de algum político que faça parte de um pequeno (ou grande) partido mais ou menos folclórico. O maior caso de populismo português surgiu num clube de futebol e dá pelo nome de Bruno de Carvalho.

Quando falta pouco mais de uma semana para as eleições em que vai ser conhecido o novo presidente do Sporting, vale a pena perceber que Bruno de Carvalho só não se mantém na liderança por não ter conquistado qualquer título importante ao longo de cinco anos. A sua remoção não sucede por ter usado estatutos clandestinos, por não se ter demarcado das agressões em Alcochete ou pela forma como destruiu valor.

Por isso é importante ler os textos de Rui Santos e a entrevista a Vasco Pulido Valente na próxima Revista do Expresso onde está desenhado com perfeição o retrato de um líder populista, à semelhança de HitlerMussolini ou Perón a quem não restava outra saída senão destruir o Sporting. Ou como os sete candidatos à presidência do Sporting estão a prazo e o ex-presidente só pode ter de esperar pelo insucesso desportivo para regressar.

Em simultâneo, prossegue o caso da e-toupeira, em que a SAD do Benfica é arguida num processo em que se investiga a presença de informadores nos órgãos de justiça portuguesa. O futebol pode tudo contra a democracia porque uma vitória é mais importante que o mais.

 
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OUTRAS NOTÍCIAS

Preços das casas continuam a subir. A banca subiu a avaliação do preço do metro quadrado pela 16ª vez consecutiva. A média nacional está nos 1180 euros, muito longe dos preços estrambólicos que se registam em Lisboa, Porto, Cascais e Algarve. A subida, em termos homólogos, é de 6,5%. Mas a festa no imobiliário pode estar a acabar. Saiba tudo neste artigo do Expresso Diário, acerca de uma questão que hoje também é chamada à primeira página do “Correio da Manhã”, do “Diário de Notícias” (casa a subir mais de 40% em Odivelas, Oeiras, Almada e Amadora) e do “Jornal de Negócios” (preços das casas no Porto cresce duas vezes mais do que em Lisboa).

Fim do abate de animais causa controvérsia. A entrevista ao Bastonário da Ordem dos Veterinários torna evidentes as dificuldades em cumprir a nova legislação que impede o abate de animais. Jorge Cid faz contas: a adoção de animais junto dos canis não é mais do que um terço do total de animais recolhidos nas ruas. E a “verba para construção de centros de recolha de animais é insuficiente. São trocos”. Os bichos acumulam-se em condições inaceitáveis.

Argentina pede mais ajuda ao FMI. A cada década que passa há uma crise grave na Argentina, a terceira maior economia da América do Sul. Ontem, o presidente Macri pediu um novo adiantamento para acalmar o mercado devido “à falta de confiança” no cumprimento das metas para 2019. Um artigo no “Financial Times” demonstrava a impossibilidade do país cumprir as metas estabelecidas.

U2 pela Europa. A digressão europeia dos U2 tem início amanhã em Berlim. Passa por Lisboa nos dias 16 e 17 de setembro e está a gerar alguma controvérsia. Em texto publicado no diário alemão “Frankfurter Allgemeine” defendeu valores liberais e anunciou que, durante os próximos concertos, os U2 vão desfraldar uma enorme bandeira da União Europeia. Alguma imprensa do Reino Unido de teor sensacionalista e apoiante do Brexit, deu eco ao assunto. Nigel Evans do Partido Conservador, aconselhou Bono a doar aquilo que poupou em impostos às “vítimas das políticas da União Europeia”.

Brasil continua a enviar tropas para a fronteira da Venezuela. Michel temer decretou o envio de forças armadas para a fronteira, a norte, no Estado de Roraima, com a Venezuela de forma a evitar conflitos xenófobos contra migrantes venezuelanos.

Apple a Amazon registam a maior cotação de sempre. As gigantes tecnológicas registaram ontem em Wall Street a maior cotação de sempre, contribuindo para subidas consistentes nos índices S&P 500 e no NASDAQ. A Apple chegou aos 223,23 dólares, registando uma subida de 1,5%, enquanto a Amazon cresceu 3% para os 1997,34 dólares. A Alphabet, empresa-mãe da Google também registou um crescimento, na sessão de ontem, de 1,5%.

Suécia aleta para o surgimento de contas falas no Twitter. Uma agência governamental sueca anunciou ter detetado um anómalo crescimento de contas no Twitter quando falta pouco mais de uma semana para as eleições. Entre julho e agosto, as contas associadas ao Democratas Suecos, o partido populista contra a imigração terão duplicado. A agência, que está na dependência do Ministério da Defesa, sublinhou que 40% desses bots eram afetos a esse partido. As autoridades dizem estar preparadas para a disrupção do ato eleitoral por parte de hackers russo.



FRASES

“A subida generalizada dos preços da habitação (…) provoca um empobrecimento de quem não é proprietário”João Vieira Pereira, diretor-adjunto do Expresso, no Expresso Diário

“Quem andou a subtrair os 43 milhões agora que os some”Rui Vitória, treinador do Benfica, apõs o jogo de ontem

“Por que razão as inacreditáveis medidas de ‘offshore´para reformados não tiveram praticamente palavras de condenação? Por que motivo achamos que podemos ganhar dinheiro de qualquer maneira?”. Henrique Monteiro, jornalista, no Expresso Diário

“Não estou para aí virado”. António Capucho, em entrevista ao jornal “i”, sobre o seu regresso ao PSD



O QUE ANDO A LER

Não há texto sobre a região de Puglia que não comece por esclarecer que se trata do pedaço de terra que compõe o tacão da bota que nos mapas conhecemos como sendo a Itália. A questão é que, até há bem pouco tempo, Puglia era uma região desconhecida em termos turísticos. Longe do glamour de Capri ou mesmo da Sardenha, sem o apelo da costa amalfitana e de outras paragens consideradas paradisíacas, Puglia era só mais uma região pobre de Itália sem a canalhice que se atribui à Sicília.

Esse alheamento não é de hoje. Em “Old Puglia – a cultural companion to south-eastern Italy” ( 2016, BookHaus), Desmond Seward e Susan Mountgarret relembram que aquele pedaço de terra esteve sempre longe de fazer parte do Grand Tour e que nem as costas do Adriático ou do Mar Jónico foram capazes de atrair visitantes de nomeada. São escassos os relatos de viajantes estrangeiros – ao contrário do que sucede, por exemplo, com Portugal – que se dedicaram a descrever o que por ali existia. Mas existe uma meia dúzia de aventureiros, comerciantes ou diplomatas que desde o século XVII pisaram aquele chão e passaram a papel as suas visões, memórias ou aflições.

O que este casal de britânicos se entreve a coligir para deleite de algum turista acidental foram esses escritos, deitando mão a um estilo narrativo que obedece ao rigor histórico mas também a uma capacidade narrativa exemplar. Ressalta, claro, a constatação de que a paisagem e o património da região, cujas cidades maiores são Bari e Lecce, se mantém praticamente intocado. Isso é notório nos extensos, e quase que aposto milenares, olivais mas também na arquitetura capaz de fazer de Lecce uma das mais patuscas, pitorescas e ternas cidades do sul da Europa.

O fantasma do turismo já ronda as pequenas e alvas localidades como Alberobello, conhecida internacionalmente pelos trulli que foram nomeados património da humanidade ou lá o que é, e Gallipoli. Outras como Monopoli ou Polignano a Mare começam a sentir o mesmo, ainda que na última se possa comer algum do melhor peixe e marisco que já degluti.

Junto com Otranto, onde no chão da basílica se encontra um enorme e enigmático mosaico com uma Árvore da Vida e em Tre Case, onde a atriz Helen Mirren abriu um bar, ou mesmo Ostundi, criam uma região que não deve ser apenas conhecida pela mozarela e pela burrata. A língua e os dialectos, como se verifica de Nápoles para baixo, vão mudando como aqui em Portugal não conseguimos perceber. O que nos põe de par é talvez outra coisa. E essa coisa pode ser apenas a forma amigável como se recebe qualquer estrangeiro. Por também sermos pobres?

Por hoje é tudo. Acompanhe toda a informação atualizada no Expresso Online. O resultado do sorteio da Liga dos Campeões e da Liga Europa é conhecido em direto no site da Tribuna. Saiba quais os 12 melhores concertos que aí vêm no site da Blitz. Logo mais há Expresso Diário. Tenha um bom dia.
 
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OBSERVADOR

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360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia...
“Há uma campanha organizada pelos ultraconservadores para ferirem de morte o Papa Francisco.” Numa entrevista exclusiva ao Observador, D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima e um dos mais recentes cardeais da Igreja, fala sobre a guerra no interior do Vaticano. Classificando os abusos sexuais por padres como uma “hecatombe”, garante que o Papa está a trabalhar para fazer reformas.

Os bispos de todo o mundo estão a reagir à polémica e aos ataques ao Papa. Uns falam em “desilusão”, outros em “puro ódio”. Dos Estados Unidos ao Cazaquistão, veja quem está de cada lado da barricada.

O principal crítico do Papa, Carlo Maria Viganò, voltou a falar, com mais acusações, quando ontem Francisco reafirmou, no Vaticano, que pretende "purificar" a Igreja.


Mais informação importante

O chefe de gabinete de Mário Centeno atacou o Ministério Público no Facebook. Num post sobre o caso do "Mono do Rato", André Caldas escreve que "o Ministério Público tem mostrado com regularidade não compreender bem os limites à sua atuação". E dramatiza: "Atenção, que quando assim é, a democracia é quem sofre". Muito em breve, o PS, de que André Caldas é dirigente, terá de tomar uma decisão sobre a recondução da procuradora-geral da República.

Tirando o PS, a medida de redução do IRS para emigrantes que regressem ao país não convenceu nenhum partido. A oposição fala em eleitoralismo e a esquerda não a leva a sério. O José Pedro Mozos explica as dúvidas políticas e legais.

Já os líderes das principais associações empresariais portuguesas estão ao lado de António Costa, escreve o Negócios. O presidente da CIP, António Saraiva, diz que a medida é "bem-vinda".

Seis pessoas foram constituídas arguidas por causa da construção da casa de Ricardo Salgado na Herdade da Comporta. Está a apenas 500 metros da praia e, por isso, membros da Câmara Municipal de Grândola e da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Alentejo estão sob suspeita. O Ministério Público pede a demolição da casa. A notícia é da Sábado.

O “valor da transparência pode justificar” a divulgação dos nomes dos devedores à banca. Em mais uma Summer Session do Observador, António Ramalho, presidente do Novo Banco, defende que a banca tem de reconquistar a reputação e a confiança dos clientes.

Helicópteros de combate ao fogo proibidos de voar na UE, da empresa moldava Pecotox, operam em Portugal. Os Kamov voam com uma autorização especial, escreve o JN.

“Só quem vem de uma miséria muito grande é que procura outra para fugir.” O eurodeputado Francisco Assis esteve na fronteira entre a Venezuela e o Brasil e descreve "um ambiente explosivo". O também presidente da Comissão do Parlamento Europeu para o Mercosul diz ao Observador que vai pedir mais apoios à União Europeia.

A Catalunha está dividida por causa dos laços amarelos, que simbolizam o independentismo. Já houve agressões nas ruas e os líderes do Ciudadanos fizeram uma acção para retirar laços do espaço público. O El Mundo de hoje escreve que "cresce a rebelião cívica contra a imposição dos laços amarelos".

Em novembro há eleições intercalares nos Estados Unidos e Trump não quer perder a maioria que tem no Congresso. Ontem, disse que se os democratas ganharem “vão desfazer tudo aquilo que construímos até agora e vão fazê-lo rapidamente e com violência”.

O ex-primeiro-ministro Alex Salmond vai deixar o Partido Nacional Escocês, que liderou durante 20 anos. Objectivo: "evitar uma divisão interna". Motivo: acusações de assédio sexual.

Como foi possível morrerem 10 crianças numa festa de pijama em Chicago? A tragédia do fim de semana está sob investigação e há muitas questões para as quais não existe resposta. As autoridades suspeitam de negligência.

Começou com um susto e acabou numa goleada. O Benfica venceu o PAOK por 4-1 e seguiu em frente na Liga dos Campeões. Na crónica do jogo, o Fábio Ferreira Lima escreve que, "afastado o nervosismo inicial, os encarnados tomaram conta da partida e gelaram o inferno de Toumba". Esta vitória rendeu já 43 milhões de euros.

Hoje, às 11h, Benfica e FC Porto ficam a saberquem são os seus próximos adversários. No pote 2, fogem ao embate com Mourinho e à deslocação a Donetsk, mas correm o risco de apanhar a Juventus de Cristiano Ronaldo, o City de Bernardo Silva ou o Valência de Gonçalo Guedes.


Os nossos Especiais
 
A imprensa pode ser novamente sustentável? Como podem os jornais portugueses sobreviver à crise e manter-se independentes?Com subsídios do Estado? Com cedências ao entretenimento? Com assinantes que paguem? É mais um Ensaio do Observador, de Carlos Guimarães Pinto.
 

A nossa Opinião

Helena Garrido escreve "O poder das elites e de António Costa": "Nunca como hoje se governou como quis. Nem nos tempos das maiorias absolutas. Temos estabilidade e um Governo que faz tudo. Os problemas dos últimos três anos revelam uma cumplicidade histórica".

Paulo Tunhas escreve "Quem não os conhecer…":"Dispomos de um conjunto de palavras cuja repetição basta para nos situarmos no campo do Bem e combatermos, pelo exercício dessas mesmas palavras – 'fascista!' – o Mal que não precisamos de inquirir".

José Miguel Pinto dos Santos escreve "Para onde vai o dinheiro?": "Não será que em Portugal a despesa pública humedece o que já está molhado e deixa enxuto o que está seco? E será que isso contribui para o progresso económico e equidade social?"


Notícias surpreendentes

Hoje estreia “Papillon”, um remake "compostinho mas insípido e desnecessário". Eurico de Barros só dá duas estrelas à nova versão do filme de 1973 com Steve McQueen e Dustin Hoffman.

Há mais um filme para ver esta semana: “Juliet, Nua” é uma comédia romântica com Ethan Hawke e Rose Byrne.

Já está disponível em Portugal o Facebook Watch, que quer concorrer com o YouTube. O objectivo é ser a principal plataforma de vídeo online.

A Fever chegou a Lisboa (depois de Londres e Nova Iorque) e é uma app que quer ser uma espécie de Netflix de eventos. Recomenda experiênciaspara os utilizadores com bases nos seus interesses e permite adquirir os bilhetes através da app.

Os Morangos com Açúcar estrearam-se há 15 anos, com Pipo e Joana a apaixonarem-se. Na primeira temporada, também havia Filomena Cautela (aliás, Carla). Relembre a história, os atores e as polémicas.

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