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Como principais vias de acesso apresenta a EN103 (começa em Neiva, perto de Viana do Castelo, onde entronca com a EN13, e prolonga-se por uma paisagem multifacetada pelo Este do Alto Minho, e por toda a zona Norte de Trás-os-Montes, passando por localidades como Braga, Chaves, Vinhais, até acabar em Bragança) e a A24(Chaves-Viseu). Apresenta também uma zona industrial com várias empresas de destaque regional. Pode-se afirmar que é uma cidade empreendedora pois, a nível de turismo, apresenta casas de turismo rural e bons restaurantes para os grandes apreciadores de gastronomia Transmontana.
A presença humana na região do concelho remonta ao
Paleolítico, conforme inúmeros testemunhos de Mairos, Pastoria e de São Lourenço, dentre outros locais, e das civilizações proto-históricas, nomeadamente nos múltiplos
castrossituados no alto dos montes que envolvem toda a região do
Alto Tâmega.
Para defesa do aglomerado populacional foram erguidas muralhas e, para a travessia do rio, construíram a
ponte de Trajano. Fomentaram o uso das águas quentes mínero-medicinais, implantando balneários
Termais, exploraram minérios, com destaque para filões auríferos, e outros recursos naturais. Acredita-se que a ponte de Trajano foi construída com o auxílio dos legionários da Sétima Legião (Legio VII Gemina Felix).
Tal era a importância desse núcleo urbano, que foi elevado à categoria de Município no ano 79 d.C. quando dominava Tito Flávio
Vespasiano, o primeiro
capit da família Flávia. Daqui advém a antiga designação
Aquae Flaviae da actual cidade de Chaves, bem como o seu
gentílico — flaviense.
Calcula-se pelos vestígios encontrados que o núcleo e centro cívico da cidade se situava no alto envolvente da área hoje ocupada pela Igreja Matriz. Ainda hoje lembra a traça romana, com o Fórum, o
Capitólio e o Decúmanus, que seria a rua Direita. Foi nessa área que foram e ainda são (2006) encontrados os mais relevantes vestígios arqueológicos, expostos no
Museu da Região Flaviense, como o caso de uma lápide alusiva a um combate de gladiadores.
O auge da dominação romana verificou-se até ao início do S
éculo III, aquando da chegada gradual dos vulgarmente apelidados bárbaros. Eram eles os
Suevos,
Visigodos e
Alanos, provenientes do leste europeu e que puseram termo à colonização romana. As guerras entre
Remismundo e
Frumário, na disputa do direito ao trono, tiveram como consequência a quase total destruição da cidade, a vitória de Frumário e a prisão de I
dácio, notável Bispo de Chaves. O domínio bárbaro durou até que os mouros, oriundos do Norte de África, invadiram a região e venceram
Rodrigo, o último monarca visigodo, no início do S
éculo VIII. Nestas épocas,aqui tinha sede o bispado flaviense,cujo bispo mais notável foi Idácio,célebre escritor e que muito deixou de informação acerca dos Suevos.
Com os árabes, também o
islamismo invadiu o espaço ocupado pelo
cristianismo, o que causou uma azeda querela religiosa e provocou a fuga das populações residentes para as montanhas a noroeste, com inevitáveis destruições. As escaramuças entre mouros e cristãos duraram até ao
século XI. A cidade começou por ser reconquistada aos
mouros no
século IX, por
D. Afonso, rei de Leão que a reconstruiu parcialmente. Porém, logo depois, no primeiro quartel do
século X, voltou a cair no poder dos mouros, até que no
século XI,
D. Afonso III, rei de Leão, a resgatou, mandou reconstruir, povoar e cercar novamente de muralhas.Já aqui prosperava uma importante judiaria,cuja sinagoga se situava num edifício entre a Travessa da Rua Direita,e a Rua 25 de Abril,onde se lê em antiga inscrição na soleira da porta o nome "Salomão".
O edifício existe,de grande portal encoberto e em degradação (aqui chamado "casa de rebuçados da espanhola"), em lugar cimeiro do típico casario das "muralhas novas".
Foi por volta de
1160 que Chaves integra o país, que já era Portugal, com a participação dos lendários
Ruy Lopes e
Garcia Lopes, tão intimamente ligados à história da terra.
Pela sua situação fronteiriça, Chaves era vulnerável ao ataque de invasores e como medida de protecção
D. Dinis (1279-1325), mandou levantar o
castelo e as muralhas que ainda hoje dominam grande parte da cidade e a sua periferia. Cenário de vários episódios bélicos no
século XIX celebra a
20 de Setembro de
1837, a
Convenção de Chaves, após o
combate de Ruivães, que pôs termo à revolta
Cartista de
1837, ou
revolta dos marechais.
Neste concelho, na freguesia de Calvão, aconteceram várias aparições Marianas na
década de 1830, foi aí construído o Santuário da Senhora Aparecida.
A 8 de julho de
1912 travou-se um combate entre as forças monárquicas de
Paiva Couceiro e as do governo
republicano, chefiadas pelo coronel
Ribeiro de Carvalho, de que resultou o fim da 2.ª incursão
monárquica. Os intervenientes republicanos desse combate foram homenageados na toponímia de Lisboa, com a designação de uma avenida, a Avenida Defensores de Chaves, entre a Avenida Casal Ribeiro e o Campo Pequeno. A
12 de março de
1929 Chaves foi elevada à categoria de cidade.
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ANTÓNIO FONSECA