sexta-feira, 16 de março de 2018

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16 MAR 2018
José Cardoso
POR JOSÉ CARDOSO
Editor Adjunto
 
Quem matou Marielle? Sondagem. Um artigo para ouvir. Síria: “Apesar do horror, foi um dia bonito”. Kabinett Merkel IV. Houve fogo
Boa tarde,

Um dos principais temas em destaque neste Expresso Diário é a radiografia de um crime que está a abalar o Brasil – o assassínio da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, que foi abatida com quatro tiros. As quatro balas eram da Polícia Federal. O Helder Martins conta como a execução põe a nu a gravidade da crise política e social brasileira.

PS está à beira da maioria absoluta e o PSD regista a maior subida desta legislatura. Indica-o a sondagem mensal da Eurosondagem para o Expresso e a SIC. Nesta edição, a Mariana Lima Cunha apresenta o sobe-e-desce dos líderes políticos nos índices de popularidade e como está o termómetro das intenções de voto. Na edição do semanário terá todos os resultados do inquérito de opinião.

Mas os resultados da sondagem não são os únicos índices que publicamos nesta edição. Noutro dos artigos, a Margarida Mota escreve sobre as cidades mais cantadas. É um artigo para ouvir - e também se ouve Lisboa.

guerra da Síria começou em Daraa, há sete anos. “Apesar do horror, foi um dia bonito”, disse à Helena Bento um dos sírios que assistiu ao início do horror.

Sabe o que significa Kabinett Merkel IV? A Cristina Peres descodifica: a chanceler já formou Governo, o que quer dizer que já tem equipa para a ‘corrida de obstáculos’.

Faz agora 40 anos que um incêndio destruiu por completo a Faculdade de Ciências de Lisboa. A Manuela Goucha Soares, o Hugo Franco e o Rui Cardoso relembram o que se passou então e referem uma coisa preocupante: todos sabiam que o desastre iria acontecer.

Como está a chegar o Dia do Pai, a Mariana Espírito Santo e a Sâmia Fiates foram ouvir dois deles, escolhidos por fazerem algo um pouco diferente. O resultado está nesta edição, em texto e em vídeo.

Na opinião, o Bernardo Ferrão faz um aviso: “Limpem as florestas mas não esqueçam que os fogos vão voltar”; o Daniel Oliveira garante que vê “Rio de braço dado a coisa nenhuma” e o Henrique Raposo escreve sobre “Cabras”, que pode não parecer mas tem a ver com o assunto sobre o qual escreve o Bernardo Ferrão.

Boas leituras, um bom resto de dia e um excelente fim de semana, a ler ou a ouvir o Expresso, se possível de braço dado com o pai
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LER O EXPRESSO DIÁRIO
SONDAGEM
PS à beira da maioria absoluta, PSD com maior subida desta legislatura
Popularidade do Governo continua a subir e António Costa é o único líder partidário cuja popularidade aumenta. A CDU também sobe nas intenções de voto, estando a menos de meio ponto do Bloco de Esquerda
Quatro tiros na cabeça, quatro balas da Polícia Federal
MARIELLE FRANCO Radiografia de um crime que está a abalar o Brasil. Como garantir uma investigação imparcial ao assassínio da vereadora do Rio de Janeiro é a incógnita que agora se coloca
As cidades mais cantadas, num artigo para ouvir (e também se ouve Lisboa)
As cidades mais cantadas, num artigo para ouvir (e também se ouve Lisboa)
Bernardo Ferrão
Limpem as florestas mas não esqueçam que os fogos vão voltar
 
Daniel Oliveira
Rio de braço dado a coisa nenhuma
 
Henrique Raposo
OPINIÃO
 
ALEMANHA
Kabinett Merkel IV. A chanceler já tem equipa para a ‘corrida de obstáculos’
SÍRIA
A guerra da Síria começou em Daraa, há sete anos. “Apesar do horror, foi um dia bonito”
HÁ 40 ANOS
Quando o fogo destruiu a Faculdade de Ciência de Lisboa. E o pior é que todos sabiam que o desastre iria acontecer
MUNDO
Históricos encostam José Eduardo dos Santos à parede e exigem congresso no verao
DIA DO PAI
“Nós pensamos que o casamento nos muda, mas de facto o que nos muda é ser pai...”

SUGESTÕES DE CULTURA E LAZER
A vida dela foi uma “Montanha-Russa” em plena selva e “Jane” é “O Último Retrato”

OBSERVADOR

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Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
RELIGIÃO 
As Testemunhas de Jeová são incentivadas a não estudar, estão proibidas de celebrar aniversários e preferem morrer a receber uma transfusão. Se decidem sair, são isolados por todos. Até pelos pais.
CORRUPÇÃO 
Blogue Mercado do Benfica disponibilizou despacho que pertencerá à 9.ª secção do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAP) sobre a investigação do processo e-toupeira.
CRIANÇAS 
A madastra da menina que ficou conhecida como "Furacão Margarida" acusou um membro da produção de influenciar o comportamento da criança. SIC e Warner pedem identificação de operador de câmara.
ANTÓNIO COSTA 
Para o primeiro-ministro, o problema do país é “a péssima qualidade da nossa informação". Talvez ele já não se lembre, mas não foram os jornalistas que foram de férias depois da tragédia de Pedrógão.
LISBOA 
A petição contra a construção de uma igreja em Telheiras começa a ter resultados. O presidente da Junta quer discutir espaços alternativos. O vereador João Ferreira esteve na sessão de esclarecimento.
LIGA EUROPA 
Depois do Astana e do Viktoria Plzen, Sporting teve menos sorte no sorteio dos quartos da Liga Europa, ficando com o Atl. Madrid. Primeiro jogo vai realizar-se em Espanha a 5 de abril.
VILA REAL 
Uma mulher de 48 anos foi esfaqueada até à morte na quinta-feira, em Vila Real. O principal suspeito era o companheiro da vítima, que foi encontrado morto esta sexta-feira, no concelho de Lamego.
ESCULTURA 
Jago criou uma galardoada estátua de Bento XVI para depois a despir. O trabalho valeu-lhe uma comparação aos melhores escultores. Mas diz que só quer ser ele próprio. E até nos contou um segredo.
FESTIVAL LITERÁRIO DA MADEIRA 
Na Madeira, o autor da biografia de Clarice Lispector, "Porquê Este Mundo", admitiu que gostava de ver uma estátua da escritora brasileira junto à de Fernando Pessoa no Chiado, em Lisboa.
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA 
Cabos desapertados, uma possível sobrecarga e trabalhadores sob stress. A ponte em Miami foi montada em horas, mas não durou 7 dias. Porque caiu uma estrutura que se dizia ser segura e inovadora?
IGREJA CATÓLICA 
O Tribunal Apostólico da Congregação para a Doutrina da Fé condenou o arcebispo norte-americano Anthony Apuron por ter abusado sexualmente de menores na década de 1970.
Opinião

Rui Ramos
Na história portuguesa, Passos Coelho foi o primeiro chefe de governo que, num ajustamento, não pôde dissimular os cortes com desvalorizações monetárias. Governou com a verdade.

José Manuel Fernandes
As normas e prazos da lei de limpeza das matas fazem muito pouco sentido ou são inaplicáveis. Para que servem então? Para Costa poder dizer este Verão que fez tudo o que podia para evitar os incêndios

João Cândido da Silva
Deslocalizar as sedes de instituições que estão em Lisboa e despejar responsabilidades sobre os autarcas. A descentralização de António Costa e Rui Rio ameaça ser feita de muita parra e pouca uva.

Filomena Martins
Estamos como antes dos incêndios. Há sinais e mais sinais de que alguma coisa grave pode acontecer. Na saúde, na educação, nos transportes. Há mais matas para limpar.

Diana Soller
Há uma nova geração de homens-fortes que entraram na política internacional com o virar do século e assentaram arraiais. Vierem para ficar, mudaram as constituições e têm larga aprovação da população.
Mais pessoas vão gostar da Ho

EFEMÉRIDES EM 16 DE MARÇO DE 2018 NA WIKIPEDIA

EFEMÉRIDES EM 

16 DE MARÇO DE 2018 

NA WIKIPEDIA


Eventos históricos[editar | editar código-fonte]

1244: Os cátarosrendem-se às tropas católicas no Castelo de Montségur.
1812: O Cerco de Badajoz.
1926: Robert Hutchings Goddarde o primeiro voo de foguete propelido a combustível líquido, em Auburn, Massachusetts.
1978: Aldo Moro mantido em cativeiro pelo grupo terrorista Brigadas Vermelhas.


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ANTÓNIO FONSECA

Como a dieta humana nos últimos 20 mil anos moldou nossas características física

Link to HypeScience

Posted: 15 Mar 2018 01:15 PM PDT
Através dos anos, dietas causaram mudanças drásticas em nossa anatomia, sistema imunológico e talvez até cor de pele
 
Posted: 15 Mar 2018 07:17 AM PDT
Embora o desperdício de frutas cause um pouco de aflição, há também uma graça hipnotizante na colisão frontal perfeita de um par de maçãs ou de laranjas, pulverizando purê ou suco para todas as direções
 
Posted: 15 Mar 2018 07:05 AM PDT
Cientistas estão estudando as propriedades de um misterioso fenômeno nomeado “Steve”, semelhante a uma aurora
 
Posted: 15 Mar 2018 05:18 AM PDT
Stephen Hawking foi um cientista e um intelectual incrível, mas também era apenas um ser humano
 
Posted: 14 Mar 2018 06:14 PM PDT
Pesquisadores afirmam conseguir enviar informações usando a metade do tempo que acreditávamos necessário usando o entrelaçamento quântico
 
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Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!


Borla fiscal, bónus fiscal, alquimia e engenharia contabilística. Estas foram algumas das expressões usadas para qualificar o impacto que a perda de isenção fiscal teve nas contas da associação mutualista Montepio, que é a dona do banco com o mesmo nome.” Assim começava hoje o seu artigo Ana Suspiro, no Observador, sobre A engenharia contabilística que permitiu à dona do Montepio passar de prejuízos a lucros. Mais exactamente de 221 milhões de euros de prejuízos a 587,5 de lucros no exercício de 2017. O que configura a mais recente polémica em torno da associação mutualista e do banco a que está ligada – a mais recente mas não a única.

No texto citado, organizado em forma de perguntas e respostas, procura-se esclarecer uma operação nebulosa e, aparentemente, milagrosa, sendo que a sua leitura pode ser complementada com a leitura de mais dois textos do Expresso, Como a Associação do Montepio conseguiu lucros surpresa à custa de impostos diferidos e Impostos diferidos na Associação do Montepio 'tapam' prejuízo de 221 milhões de euros.

Continuando a procurar perceber a engenharia da coisa, talvez valha a pena continuar pela mão de Ricardo Arroja que, no jornal online Eco, em Um ‘rearranjo’ nas contas do Montepio, trata de explicar como a associação mutualista tirou partido do facto de, legalmente, na rubrica de activos por impostos diferidos, serem reconhecidas – e aqui cita a lei – “[quantias] de impostos sobre rendimento (IRC) recuperáveis em períodos futuros respeitantes a diferenças temporárias dedutíveis, reporte de perdas fiscais não utilizadas e reporte de créditos tributáveis não utilizados”. Trocando por miúdos, a associação dirigida por Tomás Correia arranjou forma de começar a pagar IRC (antes estava isenta), de prever que no futuro irá pagar mais 800 milhões por conta desse imposto o que lhe permitiu deduzir esse montante e obter o tal milagre di prejuízo que se tornou lucro, Contudo, sublinha Ricardo Arroja, “Este “aumento de capital” da Associação Mutualista Montepio serve para recompor o aspecto do balanço, mas não passa disso mesmo: de um rearranjo.

Num registo crítico mas ainda relativamente suave, André Veríssimo, do Jornal de Negócios, defende em Montepio: Não é milagre, é contabilidade que, mesmo assim, se “a contabilidade pode ser mais ou menos criativa, mas tem como um dos seus princípios a transparência”, o que não se passou neste caso, pois “estamos em Março de 2018 e só agora vão ser conhecidas as contas consolidadas de 2016. Até agora só vimos os números que a associação quis mostrar”.

Pedro Santos Guerreiro, no Expresso Diário, e Helena Garrido, no Observador, têm olhares bem mais críticos. São dois textos de leitura indispensável para quem quiser perceber não só o alcance da manobra, como os riscos que a nossa banca ainda corre.

Começando por Helena Garrido, e por Montepio, Estado de Direito e contabilidade criativa, a sua tese é que “A solução do crédito fiscal para a Associação Mutualista não resolveu problema absolutamente nenhum, apenas o disfarçou contabilisticamente. O buraco está lá na mesma, à espera que o tempo o tape o que, pelo que aconteceu com o GES e o BES, não é uma boa solução. Ganhar tempo não tem resolvido problema nenhum. A saída que se está a ensaiar para aliviar ainda mais a Associação Mutualista, dos problemas que enfrenta, com a entrada no capital do seu banco da Santa Casa da Misericórdia é outra via para não resolver problema nenhum e apenas disfarçá-lo. É preciso ter coragem para enfrentar de facto o que se passa no Grupo Montepio (...) Há um problema financeiro, com raízes em decisões de gestão erradas – entre elas a compra do Finibanco. Se o Governo quer, de facto, resolver o problema, tem de encontrar dinheiro para colocar na Associação Mutualista, torná-la realmente financeiramente sólida.” A autora, que nas últimas semanas já criticara a entrada da Misericórdia no Montepio (Pobres a salvar os pobres dos erros dos ricos?) e alertara para o facto de ainda existirem razões para nos preocuparmos (A banca, ainda um problema), não termina o seu artigo sem pedir um apuramento de responsabilidades.

Já Pedro Santos Guerreiro, em O Montepio descobriu a pólvora seca (obrigadinho, governo), não só alarga as críticas ao Governo, como assume ter dificuldade em encontrar palavras que definir aquilo a que assistimos: “A vergonha está numa ajuda fiscal caída do céu. Parece milagre: uma associação que estaria tecnicamente falida passa subitamente a ter contas robustas. Não é milagre, é pó de arroz para  tapar olheiras. Um creditozinho fiscal de 800 milhões de euros, com o alto patrocínio de Mário José Gomes de Freitas Centeno. É um Euromilhões alquímico. Afinal o Montepio encontrou mesmo uma Santa Casa da Misericórdia: o governo. A matéria é complexa mas o truque é tão simples que apetece perguntar como não se tinham lembrado antes disso. Quer saber a resposta? Porque ainda não tinham tido o desplante de fazerem o que fizeram: uma vergonha.”

Mas as coisas, no que toca à Associação Mutualista, não se ficam por aqui, sendo que também haverá esclarecimentos a dar sobre um buraco de 107 milhões que o auditor do Montepio encontrou na Associação Mutualista, de acordo com uma notícia de Cristina Ferreira no Público. Ou ainda sobre a estranha história de uma mina que esteve para ser comprada e afinal não foi.

Este último caso foi abordado por Pedro Sousa Carvalho no jornal online Eco, em Minas e armadilhas na contabilidade do Montepio, onde refere que, “no meio deste turbilhão de notícias houve uma, do Diário de Notícias, que passou relativamente despercebida, mas que é preocupante”. Tem de se ler para se acreditar, sendo que, sublinha o autor, “Para quem não percebeu muito bem esta engenharia financeira, o que importa reter é que o banco Montepio tinha um ativo e constituiu uma empresa ao lado, na qual o Montepio é acionista e que recebe financiamento do próprio Montepio para comprar o ativo do Montepio, o que permitiria ao Montepio registar uma grande mais-valia no balanço do Montepio.”

Confusos? Não é para menos. O tempo vai passando e, de facto, cada vez estou mais pessimista sobre a questão que eu próprio coloquei num artigo no Observador há quase um ano e que onde me interrogava: Tic-Tac, tic-tac. A próxima bomba a explodir será o Montepio? É esse pessimismo que justifica que vos envie este Macroscópio a esta hora tão tardia, já demasiado próximo do trim-trim do despertador de amanhã de manhã. Mas o tema pareceu-me suficientemente importante para não o adiar. Leiam, meditem e preocupem-se. Mas não deixem, mesmo assim, de ter um bom descanso (se este voto ainda fizer sentido à hora a que lerem esta newsletter).

 
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