Pedro Custódio, testemunha “credível” do processo Casa Pia, confessa em vídeo que mentiu e. No próprio vídeo da confissão é apanhada em mais “mentiras”.
Teve protecção policial durante dois anos e foi uma das testemunhas-chave do processo Casa Pia. A Euronews tem um artigo escrito em 2010 onde Pedro Custódio afirma “Quero que se faça Justiça, porque acho que o tribunal já brincou com as vítimas e estão a dar mais apoio e protecção aos arguidos do que a nós, as vítimas.”
Agora desmente tudo em vídeo.
O vídeo disponibilizado pelo jornalista Carlos Tomás, que o publicou no blog Notícias sem censura, tem Pedro Custódio como interveniente. Foi observado e peritos do Instituto de Medicina Legal, que disseram sempre que ele estava a dizer a verdadem nas hoje a história é diferente.
A tal testemunha credível e uma das maiores do processo assume em vídeo que mentiu, e em várias ocasiões é perceptível isso.
DE QUEM FOI A IDEIA DA ENTREVISTA?
A ideia da entrevista foi do próprio entrevistado. Ele ligou-me várias vezes para ir ter com ele a Aveiras de Cima, onde diz que vive, e como nunca fui, ele disse que vinha ter comigo ao jornal. Agendei um dia e ele apareceu.
ELE CONCORDOU EM DAR A ENTREVISTA GRAVADA?
Sim ele concordou em dar a entrevista e foi filmado pelo jornalista Tiago Cardoso Pinto. Sabia que estava tudo a ser gravado e filmado.
PORQUE É QUE ACHAS QUE ELE MENTIU?
Acho que ele mentiu pela mesma razão de todas as outras alegadas vítimas do processo da alegada rede de pedofilia que operava na Casa Pia: Dinheiro! No final do processo não há rede de pedofilia, não há “casa das orgias” e os arguidos estão presos por alegados abusos praticados de forma isolada sobre indivíduos como este, que receberam 50 mil euros de indemnização, ainda com o processo em curso e depois de terem acusado os arguidos em tribunal.
PAGASTE-LHE ALGUMA COISA PELA ENTREVISTA?
Sim, paguei. No decurso das entrevistas paguei alguns almoços, cafés e imperiais. Ao Pedro Custódio, por exemplo, paguei-lhe um Sumol. Ao Ilídio Marques paguei alguns pastéis de nata. Ao arguido Carlos Silvino paguei compras no supermercado e medicamentos porque depois de ele ser condenado foi abandonado pelo Ministério Público e estava doente e a passar fome. Antes de ser jornalista, sou um ser humano e tenho coração. Não podia deixar uma pessoa com fome e a precisar de medicamentos ao abandono. Mas foi isso que o procurador da República e os juízes do processo fizeram. Carlos Silvino está melhor na prisão e está melhor. Ao menos não lhe falta comida e medicação. As autoridades serviram-se dele para condenar inocentes e depois abandonaram-no. Esta forma de fazer (in)Justiça é desumana e execrável.
FOSTE ACUSADO DE O “COMPRAR”, POR QUANTO? E QUANTO GASTASTE APROXIMADAMENTE EM ADVOGADOS?
Ele acusou-me de o ter abordado na Baixa de Lisboa e de lhe ter dado um cheque de 15 mil euros para ele mudar a versão que dissera em tribunal. Disse à PSP que ficou tão irritado que rasgou o cheque. Não foi preciso recorrer a advogado, porque eu provei que naquele dia estava numa reunião na Paróquia de Massamá a preparar a primeira comunhão da minha filha e a PSP simplesmente pediu ao Ministério Público para arquivar o processo.
Em suma, apenas gastei o dinheiro e perdi o tempo das minhas deslocações de Massamá para a esquadra do Calvário, em Lisboa. Digamos que esta alegada vítima me custou com a sua mentira várias dores de cabeça e 80 euros perdidos. Mas o que me irrita, é que depois não acontece nada a quem inventa estas coisas. Se eu o quisesse processar por injúrias tinha de pagar pelo menos 105 euros correspondentes a uma unidade de conta e contratar advogado. Acontece que o rapaz não tem onde cair morto e nunca vai ter dinheiro para me ressarcir. Fazer o quê? Já me esqueci dele. Só quero é que os juízes olhem para isto e reponham a verdade no Processo Casa Pia, libertando os inocentes – pelo menos dos crimes de que foram acusados e pelos quais foram condenados – que estão presos na Carregueira.
Como é dito no vídeo, existem provavelmente pessoas na prisão por este tipo de “testemunhas credíveis” neste processo. O que é que o leitor pensa sobre este caso?