quinta-feira, 23 de novembro de 2017

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360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormiaA confirmação surgiu ao fim da noite: a rapariga de sete anos da Maia morreu mesmo por causa de uma bactéria. A infeção terá vindo de um alimento ou de água contaminada. A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária diz que “não há qualquer evidência de que o foco de contágio tenha sido" o hamster de estimação.

É mais um escândalo que envolve a Uber. Soube-se ontem à noite que a empresa escondeu um ciberataque que expôs dados de 57 milhões de utilizadores. A Uber pagou 100 mil dólares aos atacantes para apagarem os dados e manterem o silêncio.

O FC Porto empatou ontem à noite 1-1 com o Besiktas para a Liga dos Campeões. Na crónica do jogo, o Tiago Palma escreve sobre "Felipe, o central Felipe, improvável Felipe, que conseguiu (por segundos, é certo) silenciar o estádio". O FCP tem agora sete pontos. É suficiente para o apuramento? Talvez sim, talvez não.


Mais informação importante
O que diz Sofia Fava, ex-mulher de José Sócrates no seu interrogatório na Operação Marquês? Diz que Carlos Santos Silva lhe deu emprego, foi seu fiador e prestou garantias de 760 mil euros para um empréstimo que fez. Pergunta sacramental: de quem era todo esse dinheiro, de Santos Silva ou se Sócrates? Resposta rápida: o dinheiro é de Santos Silva, claro, o "amigo rico".

Sofia Fava também é a protagonista de mais um episódio de "Sim, Sr. Procurador", a mini-série do Observador sobre os interrogatórios da Operação Marquês. As perguntas e as respostas estão aqui.

E ainda dizem que as decisões em Portugal demoram tempo. O Governo "deslocalizou" o Infarmed de Lisboa para o Porto em pouquíssimas horas, depois de se saber que a cidade tinha perdido o concurso para acolher a Agência Europeia de Medicamentos. Foi tão rápido que o presidente da Câmara, Rui Moreira, só soube na manhã de ontem. Teve sorte: os funcionários do Infarmed descobriram pelos jornais, à tarde. Estão "preocupados" com a possibilidade de terem que mudar de cidade e hoje reúnem-se em plenário. Quem não está incomodado é o ministro da Saúde - já disse que, se estes trabalhadores não quiserem, arranjam-se outros. Imaginem se fosse um patrão privado a dizer isto.

É sempre um jogo interessante, descobrir o que se passa na Altice. Depois de avanços e recuos, de silêncios e sussurros, as coisas ficaram assim: Paulo Neves saiu de presidente do conselho de administração da PT, Claudia Goya passa a chairwoman e Alexandre Fonseca assume a gestão executiva.

Alexandre Fonseca foi gestor da ONI, a primeira operadora da Altice em Portugal, comprada em 2013.É, diz a empresa, "um retorno à organização inicial".

Depois de serem conhecidas as novidades, o fundador da Altice, Patrick Drahi, escreveu aos trabalhadores.Justificou as “perturbações bolsistas nas ações” do grupo com um "período irracional dos mercados".

É uma afirmação interessante, tendo em conta outra notícia do Observador: um investidor da City londrina contou ao Edgar Caetano que decidiu vender todas as ações que tinha da operadora depois de, numa chamada com analistas e investidores, os responsáveis da Altice terem perguntado aos seus interlocutores o que é que achavam que eles deviam fazer. "Isso soou, claramente, a desespero — e fez-me achar que eles não têm um plano, e estão com medo".

Hoje deve chover em algumas zonas do país, mas os problemas provocados pela seca são muitos:

Os agentes da PSP queixam-se que há demasiados efectivos seus em comissão de serviço na Polícia Municipal de Lisboa e do Porto. E dizem ao JN que isso está a tirar demasiados elementos das ruas. No DN, a a denúncia é outra, mas com os mesmos efeitos: a PSP entrega em média, por dia, 400 notificações dos tribunais a cidadãos.

Um estudante português de 21 anos está desaparecido no mar Báltico. Diogo Penalva, que está a fazer Erasmus na Estónia, ia a bordo de um cruzeiro entre Helsínquia e Estocolmo quando caiu.

A próxima jornada do campeonato de futebol pode estar em risco: há vários árbitros a pedir dispensa (só três não o fizeram). Motivo: o atual clima de suspeição no futebol.

Um jipe a grande velocidade, um homem a correr, tiros, um salvamento perigoso. As Nações Unidas divulgaram um vídeo que mostra a deserção de um soldado norte-coreano no dia 13 de novembro. O militar, que foi baleado pelo menos cinco vezes, está estável.

Também sobre a Coreia do Norte: uma ex-soldado do exército revela histórias de violações e assédio sexualentre as militares. Mais: as mulheres chegavam a ficar sem menstruação por causa da desnutrição.

Mais uma acusação de assédio, agora na Disney: John Lasseter, realizador de "Toy Story" e de vários outros sucessos da Pixar, pediu uma licença sabática de seis mesesdepois de inúmeras denúncias.


Os nossos Especiais
 
Há um lar de idosos na Gafanha do Carmo que é um fenómeno. Fazem paródias a Miley Cyrus e a Marcelo Rebelo de Sousa, realizam vídeos virais e são um exemplo em todo o país. A Sara Otto Coelho esteve lá.


A nossa Opinião

Maria João Avillez escreve "Os bons alunos": "A plateia do país percebeu muito bem que não fora o insignificante resultado eleitoral do PC e Jerónimo não cuidaria hoje com tanto afã e tamanho zelo da função pública".

Luís Aguiar Conraria escreve sobre o Governo: "Costa não está a ser vítima do seu sucesso: está a ser vítima da hipocrisia do seu discurso. O facto de o Governo não repor as carreiras é a demonstração de que os cortes na despesa foram necessários".

Maria João Marques escreve "Rastreios e outro direito a escolher": "Concluímos que estas decisões existem para permitir que se gaste mais em salários no SNS. Menor controlo do cancro da mama pela melhor causa: o PS comprar uns tantos votos aos funcionários públicos".


Notícias surpreendentes

Está mesmo aí a chegar a Black Friday e nós já estamos a postos: fizemos uma lista com os melhores descontos (alguns chegam aos 80%) em dezenas de lojas e marcas de moda, miúdos, decoração, beleza, tecnologia e mais.

Hoje vamos ficar a saber quem são os chefs e restaurantes portugueses que recebem estrelas Michelin este ano. Conheça as nossas 11 apostas.

Morrissey está de volta: há um novo álbum, um filme sobre a sua adolescência e novas declarações incendiárias. Pedro Gonçalves escreve "Morrissey: o bom, o muito mau e o execrável vilão".

Como é que Nova Iorque, Londres ou Rio de Janeiro vão ficar se se o planeta aquecer apenas 2ºC? Vão ficar inundadas e irreconhecíveis. Faça o teste aqui (mas antes respire fundo).

E vamos então ver se hoje sempre chove. Seria um começo. Já sabe, se houver novidades, elas estarão aqui.
Até já!
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Pedro Santos Guerreiro
PEDRO SANTOS GUERREIRO
DIRETOR
 
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22 de Novembro de 2017
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O governo disparou primeiro e parou depois. Pelo meio, fez contas - e chegou à lâmina do “não há dinheiro”. Ou, numa palavra hoje rasurada, austeridade.

Falamos dos professores: na semana passada, surpreendido pela ameaça dos sindicatos, o governo começou a fazer cedências em toda a linha às revindicações. Mas ontem, primeiro-ministro e Presidente da República ergueram a barreira do “não vai dar”. Até porque os professores não são os únicos funcionários públicos e qualquer cedência abre pressões sindicais de outras profissões. Já abriu.

O Presidente da República afirmou que não se pode “desbaratar” o “que deu tanto trabalho” a conseguir. Como escreve Pedro Sousa Carvalho no Eco, “Marcelo teve a coragem de dizer à frente de uma plateia repleta de professores aquilo que António Costa não teve: Não há dinheiro!”. Mas Marcelo garante que está alinhado com o primeiro-ministro. E está. Porque António Costa já então falara: é uma “ilusão a ideia de que é possível tudo para todos já”.

“Portugal não pode sacrificar tudo o que conseguiu do ponto de vista da estabilidade financeira, porque isso, no futuro, colocaria em causa o que foi até agora conquistado”, diz António Costa. Descubra as diferenças para Marcelo: “É uma ilusão achar que podemos voltar ao ponto antes da crise”. Sendo mais concreto, António Costa prosseguiu: é “impossível” refazer a história e recuperar carreiras antes congeladas.

Passos Coelho veio recordar: foi o Governo PS que congelou carreiras e determinou que o tempo “não contaria para futuro”. É uma maneira de o (ainda) líder do maior partido da oposição dizer que também está de acordo com não ceder às reivindicações dos professores. “O conflito com os professores mostra que, no passado e no presente, o PS também é um dos rostos da austeridade”, escreve Francisco Mendes da Silva, no Negócios.

O assunto é analisado na Comissão Política do Expresso desta semana. E em vários artigos de opinião hoje publicados. “Num dia o Governo dá, noutro o Governo tira”, escreve Pedro Ivo Carvalho, no JN. “Aberta a caixa de Pandora com a progressão na carreira dos professores, António Costa tenta, agora, mitigar o agigantamento de uma bola de neve que ele próprio precipitou pela montanha. Não era de esperar outra coisa: os militares, os oficiais de Justiça, enfim, qualquer classe profissional com mediano poder reivindicativo, quer beber do mesmo cálice adocicado dos docentes.”

“Depois de prometer meio mundo e o outro aos servidores do Estado, escancararam-se as portas a todas as reivindicações e todas as reivindicações tiveram direito a promessas que destruíram o balanço da orientação política até aqui mantida por António Costa e Mário Centeno”, analisa Manuel Carvalho, no Público, num texto intitulado “O governo a escangalhar-se”.

Esta sexta-feira, há greve na Saúde, como lembra o Negócios: apoiada pelos sindicatos da CGTP e da UGT, a paralisação parte da reivindicação das 35 horas de trabalho e as progressões na carreira de 40 mil pessoas em 2018.
 
OUTRAS NOTÍCIAS
Não houve candidatura, não houve sequer notícia sobre essa possibilidade, mas depois de saber-se que não ganhara a compita pela sede da Agência Europeia de Medicamento, o Porto conquistou a sede da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), que assim sairá de Lisboa. Ontem, Rui Moreira foi “para casa satisfeito”. O Público explica que os quase 350 trabalhadores não sabiam de nada e marcaram para hoje um plenário.

“O Simplex também se exporta”, afirma Maria Manuel Leitão Marques ao Expresso Diário. Portugal passou a integrar o grupo de 15 estados da OCDE mais avançados em matéria de experimentação e inovação na Administração Pública.

“O governo vai aos poucos dando mais informação sobre as apostas que explicam o aumento previsto de 40% no investimento público em 2018”, analisa o Negócioscomboios, estradas e saúde explicam o disparo previsto no Orçamento do Estado.

“Bancos com accionistas espanhóis ganham espaço no crédito a empresas”escreve o Negócios em manchete. O Totta e o BPI aumentaram o volume do crédito a empresas, enquanto CGD, BCP e Novo Banco o têm reduzido.

As cadeiras na Altice não param quietas. Paulo Neves deixa a presidência da PT – e deixa de comandar a operação de compra da Media Capital – e é substituído por Cláudia Goya, que assim passa a ser “chairwoman”, deixando a presidência executiva da empresa que ocupava há cerca de quatro meses. Goya é sucedida por Alexandre Fonseca. O processo foi desencadeado depois de Michel Combes ter deixado de liderar a Altice, a 10 de novembro, como explica a jornalista Anabela Campos. O líder do grupo, Patrick Drahi, diz que "Portugal é uma das maiores apostas" da Altice no mundo.

Escritório de advogados de José luis Arnaut fatura cada vez mais com a empresa onde o ex-governante é administradorexplica o jornalista Miguel Prado. Em causa está a REN.

A Uber escondeu roubo de dados de milhões de clientes.

Adélio Mendes, conhece? Tem 53 anos, é engenheiro químico e professor catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), ganhou (mais) um prémio de inovação há cerca de um mês e acumula mais de 20 patentes de tecnologias pioneiras, maioritariamente ligadas ao desenvolvimento de energias limpas, entre as quais a propriedade intelectual mais cara transacionada em Portugal. O jornalista André Manuel Correia conta-lhe tudo.

O clima de Portugal está a ficar como o de Marrocos ou da Tunísiaescreve o JN. Que cita o ministro do Ambiente: “É uma tolice achar que o problema da seca se resolve no dia em que começar a chover”. Segundo o DN, a EDP está a gerir a poupança na produção de energia na Albufeira do Zêzere para que não falte água aos lisboetas. Em Matosinhos, prossegue o JN, desligou-se a rega automática de jardins.

O futebol português anda com a cabeça à roda. Há árbitros que querem fazer "greve" na próxima jornada do campeonato. Luciano Gonçalves, presidente da Associação Portuguesa de Árbitros Profissionais (APAF), confirmou ao "Maisfutebol" que vários homens do apito estão a pedir dispensa dos jogos da 12ª jornada do campeonato devido ao "clima de suspeição sobre os árbitros no futebol português".

O FC Porto empatou (1-1) em casa do Besiktas, o que o deixa a depender apenas de si próprio para, na última jornada, garantir a continuidade na Liga dos Campeões. Na contra-crónica da Tribuna Expresso, Catarina Pereira, do Lá em Casa Mando Eu, escreve sobre “como tudo seria diferente se em vez de uma trivela à Quaresma não tivesse saído um alívio para canto dos outros à Herrera).

Três diários, dois óculos e uma caixa de cigarros: recuperados mais de 100 objetos roubados de John Lennon.


FRASES
“O que este Governo tem feito, de braço dado com o Bloco de Esquerda e o PCP, é distribuir benefícios por aqueles que maior capacidade reivindicativa têm.” André Veríssimono Negócios.

“O roubo de Tancos foi há quase cinco meses. Já se encontraram as armas, até se encontraram mais munições do que o Exército achava que tinha. Mas continuamos sem saber nada do que falhou para que o roubo tivesse acontecido.” David Dinisno Público.

“João Lourenço está a comportar-se como aqueles que eram vistos como terroristas”. Luaty Beirãono DN.

“Para não tentar ganhar, ia buscar o Lopetegui”Pinto da Costano JN.


O QUE EU ANDO A LER
Chama-se “Fábrica de Melancolias Suportáveis” e marca a estreia de Raquel Gaspar Silva na ficção.

A “poderosa estreia”, para citar o jornalista José Mário Silva, na revista E do Expresso deste sábado (disponível só para assinantes), num texto justamente intitulado “Ourivesaria sentimental”, sobre um “notável exercício narrativo sobre os poderes e os limites da memória”.

O romance abre com Carlota, criança, sentada num banco de igreja e espantada com o mundo (e o seu mundo), sentindo-se a voar “para trás e para a frente, bumerangue através do tempo”, entre as inapreensibilidades e os medos. Carlota será o centro de uma história familiar de várias gerações, desenvolvida a partir da construção (e inevitável reconstrução – e desconstrução) da sua memória, transportando-nos “para um meio rural que é descrito com extraordinária nitidez” (ainda palavras de José Mário Silva).

A realidade e a ficção ficam por aqui neste Expresso Curto. Mas prosseguem em tempo real no ExpressoTenha um dia bomPode ser que chova.
 
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O primeiro objeto interestelar que nos visitou é mais incrível do que esperávamos

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Embora seja mais comum termos medo delas, as aranhas também podem inspirar admiração e fascínio. Os closes das caras de aracnídeos, por exemplo, possuem algo de desconcertantemente belo
 
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Um novo estudo japonês concluiu que comer muito rápido pode levar a uma série de problemas, como obesidade e síndrome metabólica. Em conjunto, estas condições podem até desencadear problemas cardíacos
 
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Este carismático animal não se alimenta de carcaças como as hienas, e sim de cupins
 

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