domingo, 22 de outubro de 2017

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O (fabuloso) discurso do rei
Se ainda não tivesse a certeza de estar a remar quase sozinho numa casca de noz abandonada sobre o mar bravo e picado, ontem Puigdemont, assistindo à distância à cerimónia de entrega dos Prémios Princesa...
Opinião, Joana Petiz
 
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A noite de 15 de outubro sem telefone a bordo de um avião
 
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A Catalunha, nós todos, na véspera de...
 
 
 
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EXPRESSO DIÁRIO

1007
21 OUT 2017
Ricardo Marques
POR RICARDO MARQUES
Jornalista
 
As Escolhas do Editor
Há semanas assim, ainda que todos desejássemos que nunca houvesse semanas assim. Ainda que semanas dessas se repitam. Ainda que.... Se se der ao trabalho de passar os olhos pelas capas das edições do Expresso Diário da última semana irá notar que é mesmo possível resumir uma história a três imagens. Talvez quatro, mas já lá vamos. Tivemos o fogo, imparável, à segunda. As cinzas, feitas de branco e negro, de destruição e morte, na terça. Depois, na quarta, o primeiro-ministro de gravata negra e mão na cabeça. Na quinta, dia de chuva, o retrato satélite de um furacão que, sendo, não chegou a ser. E que desapareceu literalmente dos mapas, como para nos lembrar que, mesmo nestes dias em que julgamos saber tudo, a natureza aí está para provar que não estamos certos.
As grandes catástrofes tornam maiores as tragédias e os feitos heróicos. Com a terra em brasa, o Expresso encontrou histórias de morte e sobrevivência, de perda e destruição, de medo e de abnegação. Uma família que salvou 14 pessoas e um coveiro que enterrou os três amigos. São instantes breves de um filme negro que deixou destruída a zona centro de Portugal — e que acaba com a morte do Pinhal de Leiria. É sempre assim: por mais imagens que se vejam de chamas, a verdadeira história é contada pelas cinzas.
Houve esta semana, ao contrário do que sucedeu há quatro meses em Pedrógão, uma outra dimensão dos fogos. No plano político, os incêndios daquele quente domingo de outubro, marcaram uma linha definitiva na ação do atual governo. António Costa aceitou a demissão de Constança Urbano de Sousa (a agora ex-ministra fez questão de lembrar, em carta tornada pública, que já tinha pedido para sair em junho) e nomeou Eduardo Cabrita para a Administração Interna. As implicações da micro-remodelação serão tema para os próximos dias, certamente, mas é impossível falar da semana que acabou sem olhar para o discurso, duro, de Marcelo Rebelo de Sousa em Oliveira do Hospital. E as consequências que poderá na relação entre Belém e São Bento.
Naqueles minutos no intervalo do jogo do Porto em Leipzig, Marcelo falou do passado (do recente e do de há 100 anos), mas falou acima de tudo para o futuro. Da floresta e da árvore política. Hoje é dia de conselho de ministros extraordinário, dedicado ao tema dos incêndios, mas na próxima semana o Governo tem pela frente uma moção de censura - já condenado a chumbar. Nada de novo, como pode ler num artigo que podia bem chamar-se breve história não censurada das moções de censura.
O mundo, como a história, não pára por nada. Na China, um dos gigantes do mundo, o Partido Comunista está reunido em congresso, o décimo-nono. Esta semana passaram 50 anos do dia da morte de Pu Yi, o último imperador chinês que acabou a vida como jardineiro. Em Pequim, perante 2300 delegados, o presidente chinês traçou o rumo e começou a preparar o terreno para as próximas décadas, cada vez mais consciente do peso do país na cena mundial. Xi Jinping planta como um paciente jardineiro, mas todos o olham como imperador.
Esta semana falámos também de um furacão pouco provável, tão improvável que, à conta de se chegar tão a norte, desapareceu dos mapas das pessoas que analisam furacões. A estranha vida do Ophelia.

Estamos quase no fim,talvez até a chuva já tenha abrandado. Dê um salto à janela, demore um pouco os olhos nas casas e prédios à sua volta. É provável que todos valham mais do que valiam há um ano - é assim em quase todos os concelhos do país. O preço dos imóveis está a subir, e não é só com a casa dos outros. Aposto que neste momento há alguém à janela a olhar para a sua casa.
Tenha um bom fim de semana.
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LER O EXPRESSO DIÁRIO
INCÊNDIOSA família que salvou 14 pessoas menos o senhor Fausto
TEXTO Hugo Franco
INCÊNDIOSEm quatro meses não se muda um país
TEXTO Carla Tomás e Christiana Martins
INCÊNDIOSLuís, o coveiro que vai enterrar três amigos da terra
TEXTO Hugo Franco
IncêndiosEstradas do Pinhal de Leiria fechadas por risco de queda de árvores
TEXTO Catarina Guerreiro
GovernoO que falta Costa fazer para não chumbar com Marcelo
TEXTO Ângela Silva
OPOSIÇÃO28 moções de censura em 43 anos. Mas só uma deitou abaixo o Governo
TEXTO Cristina Figueiredo
ChinaO imperador falou. Abriu o congresso do partido comunista chinês
TEXTO Luís M. Faria
ImobiliárioPreço das casas subiu ou manteve-se em 263 concelhos
TEXTO Maribela Freitas
METEOROLOGIAFuracão Ophelia foi tão raro que ficou cortado nos mapas das previsões oficiais
TEXTO Virgílio Azevedo

COMO ULTRAPASSAR OS 100 ANOS ?

Bons Conselhos de Um Médico com 103 Anos!

O Dr. Shigeaki Hinohara, do Japão, completou 103 anos em 2015. Ao completar 97 em 2009, ele foi entrevistado e deu seus conselhos para ter uma vida longa e saudável. Hinohara é um dos médicos e educadores mais idosos do mundo ainda exercendo a sua profissão. O seu toque mágico é famoso. Desde 1941 ele vem curando pacientes no Hospital Internacional São Lucas, em Tóquio, e lecionando na Faculdade de Enfermagem São Lucas.
 
Bons Conselhos de Um Médico com 101 Anos!
Com 15 livros publicados desde que completou 75 anos, entre eles, "Vida Longa, Vida Boa", que vendeu mais de 1,2 milhões de cópias, Hinohara, fundador do Novo Movimento dos Idosos, encoraja as pessoas a levar uma vida longa e feliz, uma tarefa em que ele mesmo é um modelo a ser seguido.
Aqui estão as principais sugestões do Dr. Shigeaki Hinohara:
1. Todas as pessoas que vivem muito, independentemente de nacionalidade, etnia ou gênero, têm uma coisa em comum: não estão acima do peso.
Bons Conselhos de Um Médico com 101 Anos!
No café da manhã, eu bebo café, um copo de leite e um pouco de suco de laranja com uma colher de sopa de azeite de oliva diluído. O azeite de oliva é excelente para as artérias e mantém a pele saudável. O almoço é leite e alguns biscoitos. Ou nada, se eu estiver muito ocupado para comer. Eu nunca sinto fome porque fico muito focado no trabalho. Para o jantar, como verduras, um pouco de peixe e arroz e, duas vezes por semana, 100 gramas de carne magra.
2. Sempre planeje.
Bons Conselhos de Um Médico com 101 Anos!
Minha agenda já está lotada até 2014, com palestras e meu trabalho normal no hospital. Em 2016 eu vou me divertir um pouco, pois planejo assistir às Olimpíadas!
3. Não existe necessidade de se aposentar. Porém, se houver, deve ser bem depois dos 65 anos.
Bons Conselhos de Um Médico com 101 Anos!
A idade de aposentadoria atual foi fixada em 65 anos há meio século, quando a expectativa de vida no Japão era de 68 anos e havia apenas 125 japoneses com mais de 100 anos. Hoje, no Japão, as mulheres alcançam 86 anos e os homens, 80, e temos 36 mil centenários no país. Dentro de 20 anos, teremos cerca de 50 mil pessoas com mais de 100 anos.
4. Compartilhe o que você sabe.
Bons Conselhos de Um Médico com 101 Anos!
Eu dou 150 palestras por ano, algumas para 100 crianças do Ensino Básico, outras 4.500 executivos. Eu normalmente falo durante 60 a 90 minutos em pé, para manter-me forte.
5. Quando um médico lhe recomentar certos exames ou cirurgias, pergunte-lhe se ele faria a mesma sugestão ao seu cônjuge ou a um filho seu.
Bons Conselhos de Um Médico com 101 Anos!
Ao contrário do que se pensa, médicos não conseguem curar todo o mundo. Então, por que causar dores desnecessárias com cirurgias? Acredito que música e terapia com animais ajudam bem mais do que muitos colegas meus imaginam.
6. Para manter-se saudável, prefira sempre as escadas e carregue você mesmo as suas coisas.
Bons Conselhos de Um Médico com 101 Anos!
Eu subo escadas de dois em dois degraus para manter meus músculos em forma.
 
7. Minha inspiração é o poema Abt Vogler, de Robert Browning, que meu pai costumava ler para mim.
Bons Conselhos de Um Médico com 101 Anos!
Ele nos encoraja a fazer grande arte, não garranchos. Diz para tentarmos desenhar um círculo tão grande que não haja como terminá-lo enquanto vivermos. Assim, tudo o que vemos é um arco, o resto está além da vista, mas está lá, na distância.
8. A dor é algo misterioso, e divertir-se é a melhor maneira de esquecê-la.
Bons Conselhos de Um Médico com 101 Anos!
Se uma criança tem dor de dente e você começar a brincar com ela, ela imediatamente esquecerá a dor. Os hospitais devem atender às necessidades básicas dos pacientes: todos nós queremos nos divertir. No Hospital São Lucas, temos música, terapia com animais e aulas de arte.
9. Não tenha como objetivo acumular coisas materiais.
Bons Conselhos de Um Médico com 101 Anos!
Lembre-se que você não sabe quando será chamado o seu número, e você não pode levar nada junto para o seu próximo destino.
10. Hospitais devem ser projetados tendo em mente grandes desastres, e devem acolher todos os pacientes que baterem às suas portas.
Bons Conselhos de Um Médico com 101 Anos!
O São Lucas foi concebido de forma que possa ser utilizado em todas as áreas. Podemos prestar socorro no porão, nos corredores e na capela. A maioria das pessoas pensou que eu estava maluco ao preparar o local para catástrofes. Porém, em 20 de março de 1995,  eu infelizmente provei que estava certo. Foi quando membros do grupo fanático religioso Aum Shinrikyu realizaram um ataque terrorista no metrô de Tóquio. Recebemos 740 vítimas e, em duas horas, compreendemos que tinham sido intoxicadas com gás Sarin. Lamentavelmente, uma das vítimas não resistiu, mas salvamos 739 vidas.
11. A ciência sozinha não é capaz de curar e ajudar as pessoas.
Bons Conselhos de Um Médico com 101 Anos!
Ela nos coloca todos juntos, mas a doença é algo individual. Cada pessoa é única, e as enfermidades estão ligadas aos seus corações. Para conhecer as doenças e poder ajudar as pessoas, necessitamos das artes liberais e visuais, e não apenas das artes médicas.
12. A vida é cheia de incidentes - aprenda com eles.
Bons Conselhos de Um Médico com 101 Anos!
Em 31 de março de 1970, quando tinha 59 anos, embarquei no Yodogo, um voo de Tóquio para Fukuoka. Era uma linda manhã de sol e, quando avistamos o Monte Fuji, o avião foi sequestrado pela facção japonesa da Liga Comunista - Exército Vermelho. Passei os quatro dias seguintes algemado na minha poltrona, sob um calor de 40 graus. Como médico, encarei tudo aquilo como uma experiência e fiquei fascinado ao constatar o quanto o corpo humano desacelera durante momentos críticos.
13. Encontre um modelo de vida e proponha-se a ultrapassá-lo.
Bons Conselhos de Um Médico com 101 Anos!
Meu pai foi para os Estados Unidos em 1900, para estudar na Duke University, na Carolina do Norte. Ele foi um pioneiro e um dos meus heróis. Mais tarde, encontrei mais guias e, quando não sei o que fazer, eu me pergunto como eles lidariam com o problema.
14. É ótimo ter uma vida longa. 
Bons Conselhos de Um Médico com 101 Anos!
Até os 60 anos, trabalhamos para nossa família e para alcançar nossos objetivos. Porém, depois, devemos nos esforçar para contribuir para com a sociedade. Desde os meus 65 anos, dedico 18 horas semanais para trabalhos voluntários, e adoro cada minuto desse tempo.

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