segunda-feira, 14 de novembro de 2016

EXPRESSO

Expresso

Bom dia, já leu o Expresso Curto Bom dia, este é o seu Expresso Curto

Valdemar Cruz
Por Valdemar Cruz
Jornalista
 
14 de Novembro de 2016
 
O tempo dos autocratas
 
Um autocrata não brinca com as palavras. Não tem o gosto, nem a sensibilidade para o fazer. Se um autocrata ameaça construir um muro ao longo de uma fronteira, o melhor é assumir que vai mesmo haver um muro, pela razão simples de que o muro passa a existir a partir do momento em que é verbalizada a intenção de o erigir. Pode ter um sentido literal, materializado em quilómetros de grandes paredes de betão, e aí está Israel para o demonstrar, pode materializar-se em barreiras de arame farpado, pode parecer imaterial e traduzir-se num desmesurado reforço da vigilância policial. Será sempre um muro. E um muro não é apenas uma barreira física. É uma tremenda trincheira psicológica. Por isso, quando Donald Trump confirma o desejo de construir um muro ao longo da fronteira com o México com alguma fanfarronice à mistura – “sou muito bom nisto, chama-se construção” – na verdade, e para lá de estar a cumprir uma promessa de campanha, o grande sinal ali implícito é o de que tem de ser levado a sério, muito a sério.

Donald Trump prometeu criar um sistema de vigilância especificamente dirigido a muçulmanos nascidos nos EUA, defendeu a tortura, ameaça já a deportação de dois a três milhões de imigrantes que considera perigosos, anunciou a intenção de fazer reverter a legislação sobre o aborto e prepara-se para atacar e destruir os aspetos mais positivos da reforma do sistema de saúde conhecido como Obamacare, do qual beneficiam milhões de estado-unidenses pobres.

Um autocrata não brinca. Nem mesmo quando escolhe os amigos. Os primeiros contactos internacionais de Donald Trump constituem uma espécie de declaração de interesses. Nigel Farage, líder do UKIP (Partido da Independência do Reino Unido), um dos principais impulsionadores do “Brexit”, foi o primeiro político estrangeiro a ser recebido por Trump, este fim de semana em Nova Iorque. O presidente eleito dos EUA pretende reforçar os laços com Marine Le Pen, a dirigente do partido de extrema-direita francês “Frente Nacional”, que considerou a eleição de Trump “um triunfo da liberdade”.

Geert Wilders, outro representante da extrema-direita europeia, dirigente do PVV (Partido da Liberdade) holandês, considerou que a vitória de Trump constituía a chegada da “segunda revolução americana”. Presença frequente durante a campanha eleitoral, Wilders foi um dos convidados da Convenção republicana em Cleveland (Ohio) que proclamou Trump como candidato do Partido Republicano.

No jornal Público de hoje, Jorge Sampaio, ex-presidente da República Portuguesa, escreve que olhando para o resultado das eleições presidenciais americanas crês “que há razões tangíveis que reforçam inquietações e pessimismo (…), sendo impossível não olhar já para as eleições de 2017 em França e na Alemanha como próximas etapas prováveis desta corrida para o abismo”.

É um abismo de dimensões inimagináveis. Desde logo porque o erro maior está em considerar que Trump possa ser um devaneio apalhaçado da sociedade-espetáculo de que sempre foi protagonista, ou uma simples degenerescência do sistema. É a expressão maior de um mal que percorre o mundo alimentado pela destruição dos adquiridos sociais e laborais e fomentado pelas mais extremas formas de desregulação de que há memória, que Trump não deixará de prosseguir e acentuar.

Suprema ironia da história. O país que andou décadas a pregar o fim dos muros, é aquele onde pode vir agora a erguer-se um trágico e odioso muro, porque assente no racismo e na xenofobia.

Um autocrata não brinca. Mesmo quando parece ser ele próprio uma brincadeira.
 

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OUTRAS NOTÍCIAS
Centenas de emigrantes concentraram-se ontem em Lisboa, junto ao Centro Comercial da Mouraria, para reivindicarem uma alteração à lei da emigração. Elementos do PNR (Partido Renovador Nacional), organização de extrema-direita, concentraram-se no outro extremo da Praça Martim Moniz sob o lema “contra a invasão de imigrantes, por uma justiça social para os portugueses”. A PSP montou um cordão policial para separar os dois grupos, o que não impediu alguns confrontos de elementos do PNR com a PSP. Foi detido um elemento do PNR.

A seleção portuguesa de futebol jogou ontem contra a Letónia e venceu por 4-1. É o resultado que fica para a história, e na memória. As estatísticas não vão falar das dificuldades vividas pelo campeão europeu em título para resolver um jogo que tinha tudo para ser fácil. Sofrer faz parte de um certo desígnio do futebol nacional. Foi preciso o empate conseguido por uma seleção que até ontem ainda só tinha marcado um golo na prova, para que a seleção portuguesa despertasse e arrancasse para a esperada e desejada goleada. Se Ronaldo fica em destaque pelos dois golos marcados (já é o quarto jogador europeu com mais golos ao serviço da respetiva seleção), mas também pela grande penalidade falhada, o realce maior terá de ir para Quaresma, pelo modo como, com a sua entrada, rasgou o jogo e definiu a vitória.

Jorge Sampaio escreve hoje um grande ensaio no jornal Público. Se considera o Brexit um ponto de não retorno, insiste na evidência de que “a crise das dívidas não foi resolvida, está suspensa pelo BCE” e em Portugal “parece igualmente concentrada na Banca”. Depois de comentar a eleição de Donald Trump e o que representa esta viragem num país com a importância dos EUA, Jorge Sampaio diz que "para restaurar a confiança, é preciso proceder ao resgate da democracia representativa na Europa”. O texto tem como ante-título: “O mundo na era Trump”. O título principal é: “”A nova Europa dividida num contexto internacional de incertezas. E nós?”.

Mesmo depois do sinal claro deixado pelo Presidente da República quanto á impossibilidade de abertura de qualquer exceção para os gestores da Caixa geral de Depósitos no que respeita ao envio da declaração de rendimentos para o Tribunal Constitucional, a saga continua. O Diário de Notícias revela que a administração da Caixa decide na quinta-feira se fica ou se vai embora. Ontem, na SIC, marques Mendes foi taxativo: “Apresentem as declarações de rendimentos rapidamente, ou então desamparem a loja”.

O JN assegura que o 112 não tem meios para localizar pedidos de ajuda por telemóvel numa altura em que a maioria das solicitações são feitas através da rede móvel. Trata-se de uma questão da máxima relevância, uma vez que em grande parte das situações quem faz a chamada está em situação com fusa, em elevado stress ou muito nervoso, o que prejudica a indicação de dados precisos sobre a localização.

Hoje, um grande fenómeno natural vai convidar-nos a andar de cabeça no ar. È dia de superlua. Tem havido várias neste outono, mas nenhuma como a que hoje vai tomar conta do horizonte celestial. Segundo as contas dos especialistas, a Lua já não estava tão próxima da terra há 68 anos. A proximidade será tanta que até nos vai parecer maior, mais brilhante e mais bonita do que o habitual. Se hoje não quiser andar de cabeça no ar, saiba que, a próxima oportunidade para se sentir tão próximo da Lua ocorrerá apenas em 2034.

LÁ FORA

Ontem Paris recordou os seus mortos. Homenageou as vítimas dos atentados terroristas de 13 de novembro do ano passado. Foi um dia triste. Foi um dia de coragem. Foi um dia marcado pela vontade de assumir o presente, sem se deixar condicionar pelo passado. O Bataclan reabriu com um concerto de Sting. Muita emoção, tal como ontem foram muitas as lágrimas nas ruas da capital francesa. Enre as muitas homenagens, uma que particularmente nos toca. No Stade de France foi colocada uma lápide em memória de Manuel Dias, motorista português emigrado em França vítima mortal da explosão provocada por um bombista suicida.

Na Nova Zelândia o tempo é de sismos. Horas depois do sismo de 7.8 que atingiu o país no domingo e do alerta de tsunami ter sido reduzido a apenas algumas zonas costeiras, houve nas últimas horas registo de um novo sismo com uma intensidade de 6.2, registado a cerca de 120 quilómetros da cidade de Christchurch, na Ilha do Sul, a uma profundidade de 10 quilómetros. O primeiro sismo ocorreu pouco depois da meia-noite de domingo (11h em Portugal). Há registo de dois mortos, para lá de avultados prejuízos materiais.

Na Colômbia, o Governo e as FARC assinaram um novo acordo de paz que, segundo as duas partes, preserva a estrutura e o espírito do anterior, rejeitado em referendo, mas dá resposta a algumas das preocupações dos partidários do “não” na consulta de 2 de outubro.

FRASES

Para restaurar a confiança, é preciso proceder também ao resgate da democracia representativa na Europa”, Jorge Sampaio, ex-presidente da República num ensaio publicado hoje pelo Público.

Como costumava dizer Brell, só nos resta o amor para ultrapassar o medo. O amor que nos foi dado, o amor que nós damos, o amor que nenhum ataque terrorista ou falsa divindade nos poderá roubar”, Michael Dias, filho de Manuel Dias, o motorista português morto ao ano junto ao Stade de France vítima da explosão de um bombista suicida e ontem homenageado em Paris durante as cerimónias que assinalaram a passagem de um ano sobre os ataques terroristas que assolaram a capital francesa.

Primeiro vamos apanhar os criminosos ou os que tenham registo criminal, como membros de gangues e traficantes de droga. São provavelmente dois milhões, talvez três milhões. Vamos tirá-los do país ou prendê-los", Donald Trump,presidente eleito dos EUA em entrevista à CBS News durante a qual assegurou que o muro na fronteira com o México é mesmo para ser construído.

É uma pedra adicional na construção de um novo mundo”, Marine Le Pen, Líder da Frente Nacional (França) a propósito da eleição de Donald Trump

Ou a Uber é um indicador de algo que se vai generalizar, ou não passa de uma curiosidade. Se se generaliza, teremos de repensar muitas das instituições que regulam as relações laborais”, Guy Ryder,diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho em entrevista ao El País.

Olha-se para o PSD e parece que só há duas pessoas, Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque. O PSD tem seis vice-presidentes, um secretário-geral, tudo pessoas experientes, mas só aparecem duas pessoas. (...) O partido parece que está reduzido a um duo de amigos”, Luís Marques Mendes no Jornal da Noite da SIC.

NÚMEROS

22
Milhões de pessoas podem ficar sem cuidados médicos caso Donald Trump concretize a ameaça de acabar com a reforma de saúde chamada Obamacare

100
Mil pessoas aderiram ao Obamacare nas primeiras horas após o conhecimento dos resultados eleitorais

6,2
Milhões de estadounidenses votaram noutros candidatos que não Dinald Trump ou Hillary Clinton. representam 4,9% do eleitorado

O QUE ANDO A LER

Ao ler o número de novembro da edição portuguesa do Le Monde Diplomatique, chamou-me a atenção o artigo intitulado “Recuperar os direitos do trabalho e de negociação coletiva”, assinado pela socióloga Maria da Paz Campos Lima. Publicado numa altura em que o governo do PS com apoio parlamentar do PCP, BE e Verdes assinala um ano de existência, o jornal vem recordar-nos a existência de duas ou três questões que poderão vir a revelar-se decisivas para a solidez ou manutenção deste projeto. Uma delas relaciona-se diretamente com o mundo do trabalho e passa pelo reequilíbrio das relações laborais. Como escreve a socióloga Maria da Paz Campos Lima, se é importante a reposição integral dos vencimentos no setor público, do horário de 35 horas semanais, dos feriados, o aumento do salário mínimo, bem como a reposição e melhoria dos serviços sociais, convém não esquecer que “em matéria de despedimentos não há no programa do PS, lamentavelmente, menção de rever a legislação de trabalho do governo PSD/CDSque reduziu as proteções no emprego, alargando as condições e critérios de despedimento individual e coletivo e reduzindo as compensações por despedimento”.

Acresce o problema do boicote à negociação coletiva, sempre mais benéfica para o trabalhador. Não por acaso, e neste quadro de reversão de direitos, enquanto, em 2008, “1 milhão e 895 mil trabalhadores eram abrangidos pela atualização das convenções coletivas”, a partir de 2012 esse número reduz-se para mínimos históricos, ao ponto de em 2014 apenas 250 mil estarem abrangidos. O resultado está à vista: “a percentagem de trabalhadores abrangidos anualmente por aumentos salariais convencionais, que constituía à volta de 47% nos três primeiros anos da crise”, desceu para 9% em 2014. O período médio de vigência das tabelas salariais, que variava entre 13 e 15 meses nos três primeiros anos da crise, “alcançou o recorde de 44 meses em 2015”, escreve a socióloga.

Outro tema em destaque no Le Monde Diplomatique é assinado pela economista Eugénia Pires e aborda o sensível problema da reestruturação da dívida pública, que tantos persistem em querer ignorar. Raimundo Narciso escreve contra a privatização do Forte de Peniche, um símbolo da resistência ao fascismo, mas depois há, entre outros, trabalhos sobre a “impostura humanitária” no Haiti, uma tentativa de explicação do porquê da rejeição do plano de paz na Colômbia, ou as eternas questões da Rússia versus EUA no confronto Sírio.

Fico-me por aqui, mesmo se gostava de contar como regressei a “Amadeo”, de Mário Cláudio, a pretexto da exposição no Museu Soares dos Reis, ou do contentamento pelo reencontro com Juan Marsé,("Últimas tardes com Teresa" ou "Canções de amor no Lolita's Club") um dos meus escritores espanhóis preferidos, a pretexto da publicação do seu novo romance, “Essa puta tão triste”, situado na Barcelona dos anos de 1940 e construído à volta do estrangulamento de uma prostituta na cabine de projeção de um cinema de bairro enquanto era projetado o filme "Gilda", de Charles Vidor com Rita Hayworth e Glenn Ford

Tenha um bom dia e sempre que possível, espreite o Expresso ao longo do dia nas suas múltiplas plataformas. Amanhã terá cá o Pedro Santos Guerreiro para lhe dar a conhecer o mundo ao início da manhã.
 

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OBSERVADOR


360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormiaAntónio Domingues e a restante administração da Caixa deve decidir na quinta-feira o que fazer. Segundo o DN, há uma reunião definitiva nesse dia e dela pode sair uma de duas opções: sair ou ficar com algumas baixas.

Enquanto a quinta-feira não chega, aumenta a pressão sobre os administradores da Caixa para decidirem se ficam ou saem. Ontem à noite, Marques Mendes deixou as gentilezas fora do estúdio no seu comentário na SIC: se não quiserem entregar as declarações de rendimento, então "desamparem a loja, saiam da frente".

Alexandre Homem Cristo escreve hoje de manhã no Observador sobre a polémica na CGD: "Centeno legislou ad hominem, para nomear esta equipa de administração da CGD. E isentou-a, a seu pedido, da transparência associada ao exercício das suas funções. É grave e tem de haver consequências".

No caminho para o Mundial-2018, Portugal ganhou ontem à noite por 4-1 à Letónia, mas a coisa não foi tão fácil como parece. A seleção esteve empatada por uns segundos e Ronaldo bisou, falhou um penálti e ainda atirou à trave. Como escreve o Rui Miguel Tovar na crónica do jogo, foram "as passas do Algarve em 132 segundos".


Informação relevanteDonald Trump deu ontem à noite a sua primeira entrevista televisiva e anda hiperactivo por estes dias:
Marcelo Rebelo de Sousa quer poupar no orçamento da Presidência - e quer ser transparente. O Rui Pedro Antunes foi olhar para os números e escreve que, de março até agora, Belém já fez quinze ajustes diretos que custaram 246.382 euros e que incluem a projeção de um filme de Manoel Oliveira, um concerto de Cristina Branco e a compra de um motor para um carro (a alternativa era comprar um automóvel inteiro).

Rui Rio teve ontem à noite mais uma ajuda na sua pré-candidatura a líder do PSD. Na SIC, Marques Mendes avisou que os militantes do partido "são muito pragmáticos": "Se as sondagens disserem que Passos é quem tem melhores condições para enfrentar António Costa, os militantes escolhem Passos; se disserem que é Rio, os militantes escolhem Rio".

Mas, afinal, o que pensa Rui Rio sobre a política e sobre o país? A Rita Dinis foi reler as opiniões de um político que quer mudar o sistema e que acha que a democracia “está doente”.

Vasco Pulido Valente escreve, no seu Diário no Observador, sobre três temas imperdíveis: sobre o livro que revela os deprimentes bastidores da Presidência de François Hollande; sobre a eleição de Donald Trump; e sobre o mistério da Caixa Geral de Depósitos.

Em Espanha, a ameaça de nova crise política: Mariano Rajoy disse em Bruxelas que se o parlamento chumbar o seu orçamento haverá novas eleições. Mais uma menos uma, que diferença faz?
Antes que qualquer uma dessas coisas aconteça, Rajoy recebe hoje em Madrid António Costa.

Lewis Hamilton venceu o Grande Prémio do Brasil (com muita, muita chuva) e, assim, ficou adiada a decisão de quem será o campeão mundial para a última corrida. Nico Rosberg só precisa de ficar em terceiro lugar para ser o novo campeão. Preparem os calmantes.


Os nossos Especiais "Disseram-me para falar de sexo como se estivesse a fazer um bolo". Marta Crawford é a sexóloga mais conhecida do país e aceitou falar sobre a sua vida. A Ana Cristina Marques fez-lhe perguntas sobre tudo - e ela respondeu.

Em Canelas, Vila Nova de Gaia, há dois padres e duas missas. As pessoas estão divididas desde 2014, quando se deu uma mudança tumultuosa de padres. A Sara Otto Coelho esteve em Canelas e falou com todas as pessoas envolvidas e conta os detalhes de uma história complicada.


Notícias surpreendentes
Chama-se “The Last Family” e conta a história verdadeira de um pintor surrealista polaco nascido em 1929. Realizado pelo polaco Jan P. Matuszynski, o filme venceu o Prémio de Melhor Filme e o Prémio Revelação do Lisbon & Estoril Film Festival.

Já se sabe que a arte urbana pode mudar uma cidade - mas, mesmo assim, estas fotos impressionam. Em vez do cinzento, a cor; em vez do 2D, o 3D; em vez da chatice, a alegria.

A fotógrafa italiana Ell Costi não olha para os edifícios por fora, mas por dentro. E não procura sinais de renascimento, pelo contrário: o que ela quer mesmo é tirar fotos de prédios abandonados. São casas, hospitais, escolas e igrejas como raramente as vê.

Parem tudo: vem aí a grande Elza Soares. A brasileira canta no Porto, em Aveiro e em Lisboa, mas, antes, falou com a Rita Cipriano sobre a sua vida. E acabou com um pedido: “Deixe-me cantar, que eu quero cantar até ao fim”.

 E agora que sabe tudo o que se passa no mundo, já se sente pronto para enfrentar mais uma semana? No Observador, vamos passar o dia a actualizar toda a informação - só precisa de vir ter connosco aqui.
Até já!

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Segunda-feira 14 Novembro 2016

Philip Kosloski

3 santos que – provavelmente – tinham dificuldades de aprendizagem

...o que não os impediu de ser santos!

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Vídeo: o encontro do Papa com moradores de rua

Imagens marcantes de um dia de misericórdia

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10 dicas para um bom namoro

Dicas práticas e concretas, anote aí!

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Hoje, 06:09Você

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Posted: 13 Nov 2016 01:30 PM PST

Posted: 13 Nov 2016 10:30 AM PST

Posted: 13 Nov 2016 06:00 AM PST



Posted: 13 Nov 2016 01:00 AM PST

TUDO POR EMAIL

Você sabia que existem pessoas com mais de 110 anos? Eu não imaginava essa possibilidade, talvez porque nunca tenha visto alguém na minha família ter viver por tanto tempo... E, sem dúvida, todos nós podemos aprender com a sabedoria e experiência dessas pessoas especiais. Estes são os segredos para a longevidade, dito pelas 10 das pessoas mais velhas do mundo, três das quais ainda estão vivos hoje!
 
 
10. Johanna Klink (112 anos, 1 mês)
Johanna era a pessoa mais velha da Alemanha, antes de morrer em fevereiro de 2015, com a idade de 112 anos. Ela se casou três vezes e teve apenas uma filha (algo incomum para pessoas dessa época). Johanna viveu em um asilo de idosos a partir de 2004, mas manteve-se em boa saúde física e mental até seus últimos dias.
Johanna falou sobre o seu segredo em suas próprias palavras pouco antes de falecer: "Eu me sinto ótima, como se eu tivesse 60 anos e apenas acabado de me aposentar. Meu segredo para uma vida longa é uma dieta simples e leve, e especialmente usando apenas algumas gotas de óleo ou manteiga nas sopas que faço. "
9. Orma Slack (112 anos, 2 meses)
Orma nasceu em 19 de fevereiro de 1903 no Canadá, apenas alguns meses antes que Orville Wright voou no primeiro avião na história. Ela tinha 20 anos quando a Grande Depressão começou e 66 anos de idade quando a primeira pessoa pisou na Lua. Orma foi professora e se aposentou aos 64 anos, depois viajou pelo mundo com seu marido (que faleceu em 1988). Ela também se ofereceu como voluntária no hospital de Bellville até os 104 anos, e só parou porque não conseguiu encontrar uma carona para o hospital. Orma apreciou a vida até o final, e até mesmo foi esquiar quando tinha 109 anos, antes de falecer em 2015, com 112 anos.
Os segredos de Orma, em suas próprias palavras pouco antes de ela falecer: "Desde que eu era criança, o mundo não mudou para melhor ou pior. As coisas não mudam, então vá com o fluxo. Eu nunca fiz nada de especial para me ajudar a chegar à minha idade, mas o segredo pode ser a minha atitude positiva com as pessoas e a vida. Não me lembro de ter dito algo ruim sobre um vizinho, um membro da família ou um amigo".
8. Sakari Momoi (112 anos, 5 meses)
Sakari era o homem vivo mais velho do mundo, antes de falecer em julho de 2015, com 112 anos. Nascido em 5 de fevereiro de 1903, Sakari trabalhou toda a sua vida como professor e depois como diretor, até se aposentar. O Senhor Momoi é tido como um dos homens que viveu por mais tempo na história registrada.
O segredo em suas próprias palavras, poucos anos antes de falecer: "Eu não sei o segredo da minha longa vida, eu simplesmente não morri ainda. Eu costumava sempre me exercitar, comer com moderação e nunca consumir álcool, mas isso é apenas o meu modo de vida, não um grande segredo".
 
7. Ethel Lang (114 anos, 7 meses)
Ethel era a pessoa a mais velha na Inglaterra e a segunda pessoa mais velha da Europa, antes de sua morte em janeiro de 2015. Ethel deixou a escola aos 13 anos e passou a trabalhar em uma fábrica de camisas, onde permaneceu durante a Primeira Guerra Mundial. Muitos dos parentes do lado de seu pai gozaram de uma vida longa.
O segredo de Ethel em suas próprias palavras, pouco antes de morrer: "Eu nunca fumava e mal tocava em álcool. Bebo muito chá, cozinho a minha própria comida, até o pão. Desde que me lembro, eu estava sempre em movimento, fazendo exercícios, e nunca engordei muito. Eu sempre estava interessada no bem-estar das pessoas e gostava de sair e dançar. A última vez que dancei foi quando tinha 107 anos.
6. Violet Brown (115 anos, 6 meses)
Violet nasceu em 10 de março de 1900 e ainda se lembra dos dias em que teve que se levantar cedo de manhã e caminhar quase 5 quilômetros para obter água para família, para que ela então pudesse voltar para casa às 9h e ir para a escola. Esta senhora jamaicana diz que: "A juventude de hoje não sabe como suas vidas são fáceis. Eles têm encanamento em cada casa e ônibus indo em todos os lugares. Às vezes eu penso no passado e clamo por todas as dificuldades que tive de suportar". Violet nasceu quando a Jamaica ainda era parte do império britânico, e é a última sobrevivente da época da Rainha Victoria.
O segredo de Violet: "Hoje gosto de ler (sem óculos) e recitar poesia. Meu segredo da longevidade é minha fé no bom Deus e seus mandamentos. Se eu tiver uma mensagem para compartilhar, é 'Honra teu pai e tua mãe'. Esse é provavelmente o mandamento mais importante."
5. Emma Morano-Martinuzzi (115 anos, 6 meses)
Emma é a pessoa a mais velha que viveu na Itália, e a última europeia restante do século 19, porque ela nasceu em 29 de novembro de 1899. Ela foi casada por 11 anos, mas, por ser muito católica e não acreditar no divórcio, ela pediu que seu marido saísse de casa, porém nunca oficializou a separação e permaneceu casada no papel, até ele falecer em 1978. Eles tiveram um filho que morreu aos seis meses de idade, e Emma permaneceu na mesma casa que morava quando era casada. Ela ainda vive sozinha, com 115 anos.
O segredo de Emma: "Eu nunca toquei em drogas na minha vida. Como três ovos todos os dias e às vezes me dou ao luxo de degustar um chocolate, mas, principalmente, eu acho que é o meu pensamento positivo sobre o futuro que me manteve viva por tanto tempo'.'

  4. Jeralean Talley (116 anos, 1 mês)
Jeralean foi reconhecida como a pessoa mais velha no mundo entre abril de 2015 e sua morte em junho do mesmo ano. Ela nasceu em 23 de maio de 1899 e disse que nunca tinha dirigido um carro desde a primeira vez que tentou, quando acidentalmente usou o pedal errado, causando um acidente, o que a assustou, mas ela não está arrependida da tentativa.
O segredo de Jeralean foi compartilhado quando ela tinha 114 anos: "Eu nunca paro de me mover, e até hoje eu mantenho as mãos ocupadas por tricô. Eu joguei boliche até os meus 104 anos, mas minhas pernas ficaram mais fracas com o tempo, por isso precisei parar. Às vezes vou pescar com meu genro e meu neto e até mesmo consegui pegar sete peixes da última vez. Eu só tenho uma regra de ouro para a vida: Trate os outros como você gostaria que eles te tratassem."
3. Susannah Mushatt Jones (116 anos, 2 meses)
Reconhecida oficialmente como a mais velha pessoa viva do mundo, Susannah nasceu em 6 de julho de 1899. Seu avô era um escravo livre que se tornou um fazendeiro, mais tarde administrado por seus pais. Susannah não queria ser agricultora, então, depois de terminar a escola em 1922, decidiu que queria ser professora. Infelizmente, seus pais não podiam pagar seus estudos, então ela se mudou para Nova York, casou e cinco anos depois se divorciou. Desde então, ela viveu sozinha, trabalhando como babá e ganhando 7 dólares por semana.
O segredo de Susannah: "Eu visito o médico somente quatro vezes no ano e não uso nenhum medicamento, com exceção do remédio para pressão. Quando fiz 100 anos, perdi minha visão por conta do diabetes, mas eu me recuso a tomar medicação ou fazer uma cirurgia para isso. Durante a minha vida inteira eu evitei cigarros, álcool, maquiagem e até mesmo tintura de cabelo. Durmo sagradas 10 horas de sono todas as noites e acredito que o fato de não ser casada contribui para minha longevidade também."
2. Gertrude Weaver (116 anos, 6 meses)
Gertrude nasceu no dia 4 de julho de 1898. Ela teve quatro filhos, dos quais apenas um sobreviveu, com 94 anos de idade depois de sua própria morte, em abril de 2015. Quando Gertrude tinha 104 anos, ela se mudou para uma casa de repouso, e apesar de não ter nenhuma doença crônica, sua idade afetou sua saúde em anos posteriores (muito compreensivelmente). Apesar disso, ela ainda saía de seu quarto e participava de atividades até seus últimos dias.
O segredo de Gertrude foi compartilhado quando ela tinha 114 anos: "Meu segredo é fé em Deus, trabalho duro, amar todo mundo e sempre fazer o máximo que puder, e se você não pode, não faça isso".
Em seu aniversário de 116 anos, Gertrude recebeu uma carta do presidente Barack Obama, informando-a de que a partir desse ponto, esse seria o dia oficial "Gertrude Day" (Dia da Gestrude) nos Estados Unidos.
1. Misao Okawa (117 anos, 1 mês)
Misao Okawa era a pessoa viva mais velha no mundo entre junho de 2013 e sua morte em abril de 2015. Aos 102, Misao ainda estava se exercitando regularmente, e ela foi capaz de andar sozinha até os 110. Mais tarde, ela usou uma cadeira de rodas porque a dificuldade em manter o equilíbrio estava piorando, mas, mesmo assim Misao insistiu em usar a cadeira de rodas sozinha e recusava-se a pedir ajuda.
O segredo de Misao foi compartilhado quando ela tinha 115 anos: "As razões que eu sobrevivi por tanto tempo são sushi e uma boa noite de sono".
Então, quem sabe, talvez precisamos apenas comer mais sushi e dormir bem todas as noites, e todos nós ainda estaremos caminhando livremente aos 110 anos de idade. De qualquer maneira, uma das pessoas mais velhas de todos os tempos parecia feliz e cheia de vida, o que parece ser a principal mensagem da maioria das pessoas nesta lista, acima de todas as dietas. Assim, o segredo para uma vida longa e feliz é apenas ser gentil com você e com os outros, alimentar-se bem, ter a sua fé e também tratar os outros como você gostaria de ser tratado! Incrível quanta sabedoria eu consegui aprender depois de conhecer essas pessoas!
Fonte: Maria G.

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