Há
poucas coisas que levo mais a sério do que os desafios que coloco a mim
própria. Perguntem aos meus pais. Ainda hoje me lembro com exatidão das
lutas que travava com palmo e meio, fosse terminar um puzzle mais
complicado ou um exercício de ginástica na perfeição. Se havia um
objetivo e dependia de mim atingi-lo, não descansava (challenge accepted,
diria Barney Stinson). E não bastava saber fazer, tinha de fazê-lo no
“meu melhor”. Mesmo que o “meu melhor” não fosse melhor que o dos
outros.
A
verdade é que não sou a única. Andamos todos (ou devíamos) a tentar ser a
melhor versão de nós próprios. Em casa, na escola, no trabalho. Nas
relações que estabelecemos uns com os outros. Sobretudo se estivermos a
ser desafiados. Com as empresas acontece o mesmo, com uma diferença: não
lhes basta ser a melhor versão de si próprias, têm de ser a melhor de
todas – a mais rápida, a que mais cresce, a que mais inova, a que mais
retém utilizadores. E quando todas utilizam o espaço digital para serem
as melhores, quem dita quem vence?
Para Daniel Solomons, um dos responsáveis da Google Digital Academy, a reposta é o mais humana possível: “
É o talento que vai guiar a vantagem competitiva das empresas”.
Na era da revolução tecnológica e digital, não é só em linguagem HTML
que se planeiam vitórias. É nas pessoas – na formação dos colaboradores,
na cultura que se vive na empresa. “Uma pequena parte disto acontece
aproveitando os recursos dos colaboradores talentosos que há nas
empresas. É preciso criar contexto e oportunidades para que eles
desenvolvam as suas competências”, respondeu-me por email.
E
com isto voltamos às minhas lutas de palmo e meio. E às vossas. Voltamos
à melhor versão de nós próprios – nós profissionais, nós líderes de
empresas, nós talento. Ainda não há linhas de código ou números que
sobrevivam sem o talento das pessoas. Mesmo que os desafios mudem mais
depressa do que o que gostaríamos.
Tenham a melhor semana possível. E até à próxima terça-feira.