sexta-feira, 8 de abril de 2016

EXPRESSO


Panamá? Pá, na boa

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com


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Expresso
Bom dia, já leu o Expresso CurtoBom dia, este é o seu Expresso Curto 
Ricardo Marques
POR RICARDO MARQUES
Jornalista
 
8 de Abril de 2016
 
Panamá? Pá, na boa
 
PanaPá, na boa

Um breve guia para a indiferença dos dias que correm e onde se prova, com recurso a quatro ideias-chave, como nada disto é novo, como nada disto é importante e como o que realmente interessa é aproveitar o sol (que está apenas de passagem, leia-se) e ver a bola amanhã.

Sabe quem é Edward Teach? Este inglês terá sido talvez o mais famoso de todos os que gostam de guardar dinheiro obtido de forma ilícita em territórios pequenos, com palmeiras, praias de areia branca e águas tépidas e tranquilas, aquilo a que chamamos um offshore. Teach, e nisso não era diferente de todos os que tinham o seu trabalho, usava o dinheiro para uma de duas coisas, como escreveu Gilles Lapouge. "O desígnio secreto é o mesmo: abolir esse ouro, suprimi-lo ou excluí-lo, consumindo-o num excesso de loucura, ou expulsando-o do mundo, escondendo-o em terras inacessíveis", explicou o escritor francês num livro de 1969 chamado "Os Piratas". Tem lá um capítulo dedicado a Teach, o Barba Negra, o pirata morto em batalha no dia 22 de novembro de 1718.

Sabe quem é Saúl Fernandes de Aguilar? O primeiro grande ilusionista português, executante exímio de uma arte com milhares de anos – a de fazer desaparecer coisas. O número do Conde D'Aguilar, nome com que Saúl subia aos mais famosos palcos de Lisboa e Madrid, tinha cartas, lenços, pombas e coelhos que saíam da cartola. Provavelmente, também dava sumiço a umas moedas colhidas entre a assistência, que olhava maravilhada enquanto o possível, com capa de impossível, acontecia diante dos seus olhos. Entregavam o dinheiro a um homem de fraque, faixa vermelha e verde ao peito e medalhas na lapela, ficavam sem ele e no fim ainda aplaudiam. Uma maravilha.

Conhece a expressão "este assunto é muito complexo"? Todos os dias nos prometem um mundo mais simples, e todos os dias nos mentem. Nada é simples, tudo é complicado. Se fosse simples, tão simples como fechar uma torneira, ninguém nos diria que é complexo. Nada disso. É preciso calma, muita calma. Temos de inspecionar os canos todos, milhares de quilómetros de tubos e tubinhos, verificar a solidez da barragem e testar os computadores e fazer análises à água. Estes dados terão de ser comparados com os de todas as barragens do mundo, pelo que será necessário esperar que todos estejam calculados. Pelo caminho, é importantedesenvolver um modelo meteorológico que nos permita saber quando irá chover e quanto irá chover. Crie-se uma comissão para isso. Será preciso cuidar dos peixes e das plantas na barragem e talvez até perceber porque chove menos, ou mais, hoje do que, digamos, no tempo do Barba Negra. Haja esperança. Se não morrermos afogados entretanto, a solução chegará. Ou talvez nos vendam umas aulas de natação.

E lembre-se sempre que eles no fundo são, como gostamos tanto de dizer, "pessoas humanas". O The New York Times, que chegou tarde à história, traça o perfil do senhor Fonseca e do seu sócio, o senhor Mossack, empresários empreendedores que criaram do zero uma companhia que dá emprego a centenas de pessoas e opera no mercado global ajudando a fazer do nosso planeta um mundo melhor. Eles sim, são as vítimas disto tudo e dos jornalistas ao serviço de alguém.

Agora, esqueça tudo o resto. Esqueça os que morreram por causa das bombas na Síria, os milhares de empresas que desviaram milhares de milhões de euros de impostos (que alguém tem de pagar, claro), esqueça o crime organizadoo tráfico de droga, de armas e de seres humanos, esqueça os regimes corruptos e os corruptos nos regimes. Aquele presidente, o outro primeiro-ministro e um qualquer diretor do banco. Esqueça também, como se explica no Expresso em 3 minutos menos 1 segundo, que anda meio mundo a roubar e outro tanto a ser roubado. Melhor. Pense que tudo isto só acontece aos outros. Concentre-se em frases como "nem todos os offshore são ilícitos" e se lhe perguntarem pelo Panamá, não hesite. Ajeite os óculos escuros e pense que, como as nuvens no céu, tudo passará. Se insistirem, responda apenas: "Pá, na boa..."

(Amanhã, quando o Expresso chegar à banca e 
começarem a ser conhecidas as ligações portuguesas aos Panama Papers, é capaz de começar a mudar de opinião. Por outro lado, também dão chuva para o fim da tarde)
 

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OUTRAS NOTÍCIAS
Contas difíceis para o Braga, que perdeu 1-2 na primeira mão dos quartos de final da Liga Europa.

Exército também perdeu. O Chefe do Estado-Maior, general Carlos Jerónimo, apresentou a demissão. Marcelo Rebelo de Sousa, que ontem foi o anfitrião de um Conselho de Estado especial, aceitou e já está em curso o processo de substiituição. Em causa parece estar uma reportagem do Observador no Colégio Militar e, em particular, uma declaração do diretor da escola sobre alunos homossexuais - que caiu mal junto do Ministro da Defesa.

Vai ser conhecida hoje a segunda exortação apostólica do pontificado de Francisco. ‘Amoris laetitia’, “A Alegria do Amor”, é o resultado de dois anos de trabalho dos bispos numa matéria que toca a vida diária de todos os católicos no mundo inteiro:a família. O The New York Times explica o que está em causa e antecipa um pouco do que está para vir. O Guardian tambémantevê algumas mudanças, mas as suficientes para deixar absolutamente felizes os setores mais reformistas.

Longos são os dias, tão longos como as noites da comissão parlamentar de inquérito ao Banif. A Anabela Campos e a Isabel Vicente acompanharam a audição de Maria Luís Albuquerque, a ex-ministra das Finanças, agora vice-presidente do PSD eadministradora não executiva da Arrow Global Group PLC "sem incompatibilidade ou impedimento", como escreve o Filipe Santos Costa. A seguir foi a vez de Mário Centeno, atual ministro das Finanças, e como conta o João Silvestre correu assim.

Agora, as bofetadas. Para que fique claro, não estou a pedi-las. Mesmo. Só queria falar-lhe delas e de como tudo isto é tão igual ao que sempre foi. Em 1914 era assim: "O vice-presidente do Senado, Goulart de Madeiros, cujo comportamento na véspera tinha sido classificado de “incorreto e inaceitável” pelo Partido Republicano, desafiou o primeiro subscritor do documento, Correia Barreto, para um duelo." Espadas, pistolas, bofetadas. Ninguém morre, mesmo que alguém se aleije. E depois, como se sabe, o mais importane é tercalma.

Transformados em números à mesa das negociações entre a União Europeia e a Turquia, os refugiados que vivem em cidades de tendas mostram que não há nada mais humano do que um grito de revolta.

Ainda a propósito de números, e de dinheiro que desaparece, vale a pena lembrar, com a ajuda da Isabe Leiria, a história dos 57 milhões de euros com que as universidades só vão poder contar com autorização superior antes de ler o que o Henrique Monteiro tem adizer - e, sim, tem umas bofetadas lá pelo meio. Fica a sugestão para um reitor que se sinta com sorte: hoje há jackpot no Euromilhões e o primeiro prémio é de... 57 milhões de euros.

David Cameron (esqueça que ele admitiu ontem que lucroucom as offshore do pai e que está debaixo de fogo) já percebeu que a maioria dos jovens britânicos quer ficar na União Europeia, mas receia que, como dizem as sondagens, muitos não cheguem sequer a ir votar no referendo – ao contrário do que sucede com os mais velhos, e mais favoráveis a uma saída. O Financial Timesdescreve o que vai na alma do inquilino do número 10 da Rua Down, em Londres.

Pinto da Costa está em campanha eleitoral para as eleições de 17 de abril. O FC Porto já não consegue ganhar o campeonato, dificimente ficará em segundo e tem na final da Taça de Portugal a bóia para salvar a época. "Batemos no fundo", disse ele. Não é a campanha eleitoral ideal, mas Pinto da Costa também não é um presidente normal. Saiba tudo o que disse, numa entrevista ao Porto Canal, o homem que está há 34 anos à frente do FC Porto.

A Venezuela é uma caixinha de surpresas. Há uns anos, numa sexta-feira à tarde em Caracas, explicaram-me que o dia era conhecida como "sábado pequeno" - e, como tal, era normal que as poucas lojas abertas fechassem para o fim de semana à hora de almoço. Agora, como se conta aquiNicolas Maduro, o presidente que soube por um passarinho que ia ganhar eleições, decidiu transformar em feriado todas as sextas-feiras dos próximos dois meses. O objetivo, explicou, é poupar energia. "Teremos fins de semana prolongados", garantiu. Mas se a sexta é o novo sábado, a quinta passa a ser a nova sexta...

FRASES

“A Europa não tem sido capaz de lidar com o problema, porque perdeu identidade. Os refugiados que procuram a Europa vêm também à procura de um modelo político diferente do modelo ditatorial”, Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa

"É difícil aceitar este resultado em função do jogo que fizemos, demonstrámos que coletivamente não somos nada inferiores ao Shakhtar, este golo no final dá-nos esperança", Paulo Fonseca,treinador do Braga após a derrota por 1-2 diante do Shakhtar Donetsk na primeira mão dos quartos de final da Liga Europa

MANCHETES
Público: "João Soares ameaça colunistas e PS não sai em defesa do ministro"

Diário de Notícias: "Chefe do Estado-Maior do Exército sai em choque com o ministro"

Correio da Manhã: "Faturas provam luvas no dragão"

Jornal de Notícias: "Batemos no fundo mas vamos dar a volta ao que está mal"

i: "O primeiro dia da reforma foi terrível" (entrevista à presidente da APRe!)

O QUE ANDO A LER
terminação, enquanto não chega a sorte grande.

Gay Talese - o jornalista americano que entre milhares de outras frases espalhadas por livros e artigos escreveu um dia "Sinatra with a cold is Picasso without paint, Ferrari without fuel -- only worse." - vai ter um novo livro, lá mais para o fim do ano. Uma enorme reportagem baseada no igualmente volumoso diário de um homem normal com um hábito invulgar. Esta semana, a revista The New Yorker publicou os bastidores do trabalho. Esta introdução de Gay Talese ao novo livro de Gay Talese é para ser lida de rajada.

Talese esperou mais de trinta anos para acabar de escrever um artigo que nem queria começar. Não vou revelar muito, apenas o suficiente para que volte umas linhas atrás e clique na ligação. The Voyeurs Hotel é a história de um homem que compra um motel no final dos anos 60, e que se muda para lá com a mulher, o filho (a filha estava numa clínica por causa de problemas respiratórios) e a sogra. Antes de abrir ao público, o homem decidiu fazer uma série de obras - as mais complexas foram no sótão. Com a ajuda da mulher, que se deitou em todas as camas a olhar para o teto, arranjou forma de conseguir ver tudo o que se passava nos quartos. E tomou notas. Muitas. Durante quatro décadas escreveu uma espécie de diário com as suas reflexões sobre os hábitos sexuais dos hóspedes.

Em 1980, escreveu a Talese e convidou-o a passar uns dias no motel. Hesitante, o jornalista aceitou. O homem foi buscá-lo ao aeroporto, pediu-lhe que assinasse um termo de confidencialidade e, logo na primeira noite, levou-o ao sótão. Talese foi e por pouco não foram apanhados por um casal - a gravata do jornalista atravessou a grade de ventilação e esteve alguns segundos pendurada no teto do quarto. Nos anos seguintes, o jornalista e o dono do motel foram mantendo o contacto. Há três anos, na primavera de 2013, o homem normal escreveu a Talese para lhe dizer que tinha rasgado o termo de confidencialidade e que estava pronto para que a sua história fosse contada. Tinham passado 33 anos.

Milhares de pessoas passaram por aqueles quartos ao longo de quatro décadas e durante todo esse tempo ninguém percebeu que estava um homem no teto a espreitar cá para baixo.

Às vezes, o mais díficil de ver é aquilo que está mesmo por cima dos nosso olhos.

Não se esqueça disto: há Expresso Diário às seis, Expresso da Meia Noite às 23h00, na SIC Notícias, e Expresso na banca amanhã.

O Panamá começa agora.

Tenha um bom fim de semana
 
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OBSERVADOR - 8 DE ABRIL DE 2016


360º - "Bofetadasgate": Agarrem-me senão eu peço desculpas!

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com

360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormiaJoão Soares foi encolhendo ao longo do dia. De manhã cedo, ameaçou dar duas "salutares bofetadas" a Augusto M. Seabra e a Vasco Pulido Valente, que tinham escrito crónicas críticas sobre o ministro da Cultura; a meio da tarde, ainda se sentia bem humorado e ironizou com um SMS a dizer "Peço desculpa se os assustei"; e no final da noite acabou simplesmente por pedir desculpa (já sem ironia) e assegurar, com a humildade possível, que não tinha tido a "intenção" de ofender. No meio de tudo isto, ainda teve de ouvir António Costa a tratá-lo como se fosse uma criança de cinco anos. À entrada para uma peça de teatro (sem estar acompanhado, ao contrário do que fora anunciado, por João Soares), o primeiro-ministro disse a frase fatal para a autoridade de qualquer ministro: "Já recordei aos membros do Governo que, enquanto membros do Governo, nem à mesa do café podem deixar de se lembrar que são membros do Governo". Foi apenas a última polémica de um ministro da Cultura com muitas, muitas polémicas.

Ao final da noite, o Presidente da República aceitou o pedido de exoneração do Chefe do Estado-Maior do Exército, Carlos Jerónimo. Na origem desta saída está uma reportagem do Observador publicada há dias onde o subdiretor do Colégio Militar admitia que os alunos que tornam conhecida a sua homossexualidade são "excluídos". O ministro da Defesa, Azeredo Lopes, tinha pedido publicamente explicações sobre o tema e a resposta acabou por ser a demissão. Leia aqui a reportagem da Catarina Marques Rodrigues que levou a que tudo isto acontecesse.

O PCP acaba de pedir no Parlamento que o Ministério Público investigue a contratação da ex-ministra Maria Luís Albuquerque pela financeira Arrow Global. Segundo os comunistas, não há informação suficiente sobre o caso para serem os deputados a decidir se existe ou não incompatibilidade.

Pinto da Costa deu uma entrevista ontem à noite ao Porto Canal e deixou uma frase forte: "Batemos no fundo". O presidente do FC Porto, que se recandidata a um novo mandato no dia 17, garantiu que José Peseiro se mantém como treinador.

O Braga perdeu por 2-1 com o Shakhtar Donetsk. Agora, só é preciso ir à Ucrânia marcar dois golos e não sofrer nenhum. Simples.

Informação relevanteMário Centeno foi ouvido durante quase seis horas na comissão parlamentar de inquérito ao Banif. O ministro das Finanças culpou o anterior governo e o Banco de Portugal por terem "injetado dinheiro num banco inviável" e deu detalhes sobre a última proposta de compra da Apollo. Para saber ao pormenor como tudo se passou, veja o liveblog que o Observador manteve durante a tarde e a noite.

Mario Draghi leu um discurso na reunião de ontem do Conselho de Estado onde dizia que "não se justifica anular reformas anteriores", o que não deve ter deixado particularmente satisfeito um primeiro-ministro que tem acumulado "reversões". Além disso, o presidente do BCE falou do misterioso plano B para o Orçamento, que ora existe, ora não existe: registou "com agrado o compromisso das autoridades portuguesas em preparar medidas adicionais destinadas a implementar quando necessário", em caso de dificuldade.
Depois de Draghi deixar o Palácio de Belém, a reunião prosseguiu durante várias horas, mas o comunicado final não foi especialmente esclarecedor. Segundo parece, o que saiu do encontro foi a vontade de "promover a competitividade do país, o crescimento económico, a redução do desemprego e o aumento do rendimento das famílias" - não se pode dizer que sejam ideias que façam parar o trânsito pela sua originalidade.
Além da alta política, sobrou uma curiosidade da reunião: aquelagravata de Francisco Louçã. Não há memória de ver o fundador do Bloco de Esquerda assim, por isso o bom jornalismo obriga a tentar perceber os sinais: o que quer dizer aquela escolha? E aquele padrão? E aquela cor? E aquela camisa? Calma, não sofra com as dúvidas: as respostas a todas as suas ansiedades estãoaqui.

O convite a Mario Draghi (e a Carlos Costa) para assistir a uma parte da reunião do Conselho de Estado provocou críticas no PS. Num artigo no jornal Ação Socialista, Ascenso Simões, deputado e membro da Comissão Política Nacional do PS, achou esta iniciativa "estranha".

Ainda no PS, Manuel Alegre dá uma entrevista esta manhã ao Negócios e deixa um aviso sério ao BE e ao PCP: "Quem puser em causa esta solução [de Governo] vai pagar um preço muito alto".

Pedro Santana Lopes deu uma entrevista à SIC Notícias ontem à noite e, mais uma vez, não afastou a hipótese de se candidatar à Câmara de Lisboa. Depois do "Keep cool" no congresso do PSD, surgiu agora uma nova frase de efeito: não é possível dizer nunca porque "a vida é o que é". Pois é.

O CDS fez a primeira reunião da nova direção ontem à noite e anunciou a proposta de que o governo inclua a segurança social no debate sobre o Plano Nacional de Reformas. Além disso, os centristas pressionaram o governo a apresentar rapidamente o seu Programa de Estabilidade.

David Cameron admitiu ontem aquilo que andava a evitar há vários dias: sim, lucrou com o fundo de investimentos offshore do pai, que apareceu ligado aos Panama Papers. Cameron vendeu a sua parte no fundo quatro meses antes de ser eleito primeiro-ministro.

Lula foi ouvido ontem à noite durante duas horas na Procuradoria-Geral da República, em Brasília. O ex-Presidente, suspeito de corrupção, esteve a prestar depoimento sobre a operação Lava Jato.
Entretanto, o Ministério Público defendeu a anulação da nomeaçãode Lula como ministro, por "desvio de finalidade".

Ainda uma nota, para vários artigos de opinião que vale a pena ler no ObservadorJosé Manuel Fernandesescreve sobre a retórica política do Governo em "O passado, o futuro ou bater no muro da realidade"; Maria João Avillez escreve sobre a liderança de Pedro Passos Coelho em "O futuro meteu a marcha atrás"; e Paulo Ferreira escreve sobre o "espírito SCUT" em "Gratuito? Não acredite, alguém vai pagar a factura".

Os nossos EspeciaisAndrew Hosken é jornalista da BBC e acaba de lançar em Portugal o livro "Império do Medo", sobre o Estado Islâmico. Em entrevista ao João de Almeida Dias, explica que a ascensão do Daesh ficou a dever-se aos erros e à "ignorância" dos americanos e dos ingleses. E avisa: "A ideia de que o Estado Islâmico está prestes a acabar não faz sentido. O Ocidente ainda tem muito que lutar e muito para aprender sobre o Estado Islâmico".

Rui Miguel Tovar, que sabe do que fala, assinalou os 14 dias da morte de Cruijff e recordou os 14 heróis que o holandês venerou na sua autobiografia. A lista vai de Maradona a Futre.

Notícias surpreendentesOs 14 desenhos foram colocados no Instagram por Snezhana Soosh e mostram como em várias situações se vê o amor entre um pai e uma filha. Aceite este conselho: vá ver.

Estreia a 24 de junho "Variações, de António", um monólogo que parte do encontro real entre António Variações e Amália Rodrigues. A Rita Cipriano conta de onde surgiu a ideia para esta peça de teatro.

Até esta estreia, ainda há muita coisa para ver. Nas nossas sugestões para o fim de semana, a Sara Otto Coelhorecomenda concertos, moda infantil e a abertura de um palácio do século XVIII onde se pode comer muito bem.

Uma equipa de arquitetos transformou por completo a casa de uma emprega doméstica brasileira. O apartamento, que estava em mau estado, ficou irreconhecível. Tão irreconhecível, aliás, que ganhou um prémio de arquitetura. Confira aqui o resultado.

No Porto, abriu um três-em-um: a Casa Branca é restaurante de almoço, casa de chá e centro cultural. Além de exposições, o espaço vai ter uma área para espetáculos ao ar livre. Veja se lhe abre o apetite.

Como sabe, aqui no Observador também temos um três-em-um: notícia, notícias e notícias. Daqui a pouco, por exemplo, os deputados começam a discutir eventuais mudanças ao regime das incompatibilidades dos titulares de cargos políticos e públicos e nós vamos trazer-lhe todos os detalhes.
Até já!
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EL VENTANO - 8 DE ABRIL DE 2016

Entrada nueva en El Ventano

Colombia aprueba el matrimonio entre personas del mismo sexo

by cesar
  La Corte Constitucional de Colombia ha aprobado este jueves el matrimonio entre parejas del mismo sexo. La norma ha salido adelante con seis votos a favor y tres en contra. Colombia es el cuarto país de América latina en tomar esta decisión después de Argentina, Brasil y Uruguay. La decisión es el resultado de […]
cesar | abri

HYPE SCIENCE - 8 DE ABRIL DE 2016


8 histórias bizarras de viajantes

 
 
11:29
 
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8 histórias bizarras de viajantes

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Posted: 07 Apr 2016 11:00 AM PDT
Quem gosta de viajar sabe que esse é um momento de conhecer novos lugares, culturas e pessoas que sempre rende boas histórias. No entanto, dificilmente você tem histórias como essas
 
Posted: 07 Apr 2016 09:00 AM PDT
Buracos negros supermassivos intrigam os cientistas há décadas. Contendo muito mais que um bilhão de vezes a massa do nosso sol, não sabemos direito como eles se formam
 
Posted: 07 Apr 2016 08:00 AM PDT
Cerca de uma dúzia de caminhões de grandes fabricantes, como Volvo e Daimler, completaram uma semana de condução em grande parte autônoma por toda a Europa
 
Posted: 07 Apr 2016 07:00 AM PDT
Usando um drone, imagens aéreas de um navio de carga que quebrou a 300 metros da costa de New Taipei City, em Taiwan, foram capturadas
 
Posted: 07 Apr 2016 06:00 AM PDT
Você sente desconforto ao ver imagens com vários pequenos buracos repetidos? Isso se chama tripofobia e pode ser explicado pela matemática
 
Posted: 07 Apr 2016 05:00 AM PDT
Será que você consegue adivinhar o que vai acontecer com este polvo antes de ver o GIF até o final?
 
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PINTO DA COSTA - FCP BATEU NO FUNDO - 8 DE ABRIL DE 2016




Pinto da Costa admite que FC Porto "bateu no fundo" após derrota com Tondela

FC Porto
Pinto da Costa em entrevista no Porto Canal
 | 

Pinto da Costa, presidente do FC Porto, admitiu esta quinta-feira que o clube "bateu no fundo" e que se sentiu "envergonhado" no final do jogo com o Tondela, mas mostrou-se confiante em dar a volta ao mau momento.

O dirigente dos "dragões", que se coloca do lado dos adeptos na altura da contestação às más exibições, referiu ainda, em entrevista ao canal de televisão "Porto Canal", que o intuito da sua recandidatura à presidência do clube tem o único fundamento de devolver a glória de outros tempos.

"A contestação sentia-a no final do encontro entre o FC Porto e o Tondela e naturalmente a compreendo, porque, como adepto do FC Porto, foi o dia em que me senti mais envergonhado com uma exibição do FC Porto. Como adepto, junto-me a todos aqueles que protestaram. Aceito e compreendo", começou por explicar o dirigente, na referida entrevista.

Pinto da Costa analisou ainda as notícias de alguns jornais diários, que referem um alegado ato de vandalismo à porta da sua casa, com lançamento de petardos.

"Petardos não têm nada a ver com contestação. A contestação que me importa é a dos adeptos do FC Porto no fim do jogo. Rebentar petardos às três e meia da manhã nada tem a ver com adeptos", distinguiu o presidente dos azuis e brancos.

Pinto da Costa acrescentou: "Há que não confundir a contestação dos adeptos com terrorismo. Uma coisa é contestação, outra é violência a roçar o terrorismo. Mas penso que só se não quiserem é que não se sabe quem é. Se os jornais receberam as fotografias - e não foram eles que fotografaram... Seria curioso que a PJ fosse averiguar como é que essas fotos chegaram aos jornais. Não confundo contestação - do qual faço parte - com terrorismo, às 3h30, em que é tirada uma foto por quem coloca os cartazes, estão lá dois minutos e depois aparecem nos jornais."


O dirigente mostrou-se preparado, no próximo mandato, para recuperar a mística perdida do clube, de forma a devolver os dias de glória de outros tempos.

"Não me candidatei como prémio do que ganhei. Isso é passado, está no museu. Candidatei-me, porque verifiquei que as coisas estão mal e é preciso voltar a pô-las como eram. Sinto-me capaz e tenho a certeza absoluta de que vamos dar a volta ao que está mal. Batemos no fundo, fizemos a radiografia e há que não repetir os erros", referiu. 

Em relação ao que correu mal no futebol, o dirigente não hesita em apontar o dedo. "Se calhar foi o excesso de poder que dei a Julen Lopetegui, pois deixei-o contratar jogadores que ele me garantia que fariam uma grande equipa. Alguns nem jogaram... Contratei jogadores que não conhecia, só por causa do parecer dele. A culpa é minha, porque confiei em quem não devia. Mas isso não volta a acontecer", esclareceu o dirigente.

Mas, para Pinto da Costa, já não há dúvidas, "esta época acabou", e essa foi a mensagem que já passou ao plantel.

"Têm seis jogos para mostrar quem tem valor e caráter para jogar aqui. Quem não mostrar, não fica no FC Porto, seja quem for. Estes jogos têm de ser de preparação para uma final que o FC Porto tem de ganhar e que é a Taça de Portugal. Tem importância, outros ganham a Taça da Liga e quase é feriado", disse ainda fazendo algumas revelações: "Está determinado que Rafa (a jogar na Académica) vai integrar o plantel, assim como Otávio (emprestado ao Vitória de Guimarães). Temos apostado na formação. Chidozie é agora titular e ainda é júnior."



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