OUTRAS NOTÍCIASContas difíceis para o
Braga, que
perdeu 1-2 na primeira mão dos quartos de final da
Liga Europa.
O
Exército também
perdeu. O Chefe do Estado-Maior, general Carlos Jerónimo, apresentou a demissão. Marcelo Rebelo de Sousa, que ontem foi o anfitrião de um
Conselho de Estado especial, aceitou e já está em curso o processo de substiituição. Em causa parece estar
uma reportagem do
Observador no Colégio Militar e, em particular, uma declaração do diretor da escola sobre
alunos homossexuais - que caiu mal junto do Ministro da Defesa.
Vai ser conhecida hoje a
segunda exortação apostólica do pontificado de Francisco. ‘Amoris laetitia’, “
A Alegria do Amor”, é o resultado de dois anos de trabalho dos bispos numa matéria que toca a vida diária de todos os católicos no mundo inteiro:
a família. O The New York Times
explica o que está em causa e antecipa um pouco do que está para vir. O Guardian também
antevê algumas mudanças, mas as suficientes para deixar absolutamente felizes os setores mais reformistas.
Longos são os dias, tão longos como as noites da comissão parlamentar de inquérito ao Banif. A Anabela Campos e a Isabel Vicente
acompanharam a audição de
Maria Luís Albuquerque, a ex-ministra das Finanças, agora vice-presidente do PSD e
administradora não executiva da Arrow Global Group PLC "sem incompatibilidade ou impedimento", como
escreve o Filipe Santos Costa. A seguir foi a vez de Mário Centeno, atual ministro das Finanças, e como conta o João Silvestre correu
assim.
Agora, as bofetadas. Para que fique claro,
não estou a pedi-las. Mesmo. Só queria falar-lhe
delas e de como tudo
isto é tão igual ao que sempre foi. Em 1914 era assim: "O vice-presidente do Senado, Goulart de Madeiros, cujo comportamento na véspera tinha sido classificado de “incorreto e inaceitável” pelo Partido Republicano, desafiou o primeiro subscritor do documento, Correia Barreto, para um duelo." Espadas, pistolas, bofetadas. Ninguém morre, mesmo que alguém se aleije. E depois, como se sabe, o mais importane é ter
calma.
Transformados em números à mesa das negociações entre a União Europeia e a Turquia, os refugiados que vivem em cidades de tendas
mostram que
não há nada mais humano do que um grito de revolta.
Ainda a propósito de números, e de dinheiro que desaparece, vale a pena lembrar, com a ajuda da Isabe Leiria, a história dos
57 milhões de euros com que as universidades só vão poder contar com autorização superior antes de ler o que o Henrique Monteiro tem a
dizer - e, sim, tem umas bofetadas lá pelo meio. Fica a sugestão para um reitor que se sinta com sorte: hoje há jackpot no Euromilhões e o primeiro prémio é de... 57 milhões de euros.
David Cameron (esqueça que ele admitiu ontem que lucroucom as offshore do pai e que está debaixo de fogo) já percebeu que a maioria dos jovens britânicos quer ficar na União Europeia, mas receia que, como dizem as sondagens, muitos não cheguem sequer a ir votar no referendo –
ao contrário do que sucede com os mais velhos, e mais favoráveis a uma saída. O Financial Times
descreve o que vai na alma do inquilino do número 10 da Rua Down, em Londres.
Pinto da Costa está em
campanha eleitoral para as eleições de 17 de abril. O FC Porto já não consegue ganhar o campeonato, dificimente ficará em segundo e tem na final da Taça de Portugal a bóia para salvar a época. "
Batemos no fundo", disse ele. Não é a campanha eleitoral ideal, mas Pinto da Costa também não é um presidente normal.
Saiba tudo o que disse, numa entrevista ao Porto Canal, o homem que está há 34 anos à frente do FC Porto.
A Venezuela é uma caixinha de surpresas. Há uns anos, numa sexta-feira à tarde em Caracas, explicaram-me que o dia era conhecida como
"sábado pequeno" - e, como tal, era normal que as poucas lojas abertas fechassem para o fim de semana à hora de almoço. Agora, como se conta
aqui,
Nicolas Maduro, o presidente que soube por um passarinho que ia ganhar eleições, decidiu transformar em feriado todas as sextas-feiras dos próximos dois meses. O objetivo, explicou, é poupar energia. "Teremos fins de semana prolongados", garantiu. Mas
se a sexta é o novo sábado, a quinta passa a ser a nova sexta...
FRASES“A Europa não tem sido capaz de lidar com o problema, porque perdeu identidade. Os refugiados que procuram a Europa vêm também à procura de um modelo político diferente do modelo ditatorial”, Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa
"É difícil aceitar este resultado em função do jogo que fizemos, demonstrámos que coletivamente não somos nada inferiores ao Shakhtar, este golo no final dá-nos esperança", Paulo Fonseca,treinador do Braga após a derrota por 1-2 diante do Shakhtar Donetsk na primeira mão dos quartos de final da Liga Europa
MANCHETESPúblico: "João Soares ameaça colunistas e PS não sai em defesa do ministro"
Diário de Notícias: "Chefe do Estado-Maior do Exército sai em choque com o ministro"
Correio da Manhã: "Faturas provam luvas no dragão"
Jornal de Notícias: "Batemos no fundo mas vamos dar a volta ao que está mal"
i: "O primeiro dia da reforma foi terrível" (entrevista à presidente da APRe!)
O QUE ANDO A LERA
terminação, enquanto não chega a
sorte grande.
Gay Talese - o jornalista americano que entre milhares de outras frases espalhadas por livros e artigos escreveu um dia "Sinatra with a cold is Picasso without paint, Ferrari without fuel -- only worse." - vai ter um
novo livro, lá mais para o fim do ano. Uma enorme reportagem baseada no igualmente volumoso
diário de um homem normal com um hábito invulgar. Esta semana, a revista The New Yorker
publicou os bastidores do trabalho. Esta introdução de Gay Talese ao novo livro de Gay Talese é para ser lida de rajada.
Talese esperou mais de trinta anos para acabar de escrever um artigo que nem queria começar. Não vou revelar muito, apenas o suficiente para que volte umas linhas atrás e clique na ligação.
The Voyeurs Hotel é a história de um homem que compra um motel no final dos anos 60, e que se muda para lá com a mulher, o filho (a filha estava numa clínica por causa de problemas respiratórios) e a sogra. Antes de abrir ao público, o homem decidiu fazer uma série de obras - as mais complexas foram no sótão. Com a ajuda da mulher, que se deitou em todas as camas a olhar para o teto, arranjou forma de conseguir ver tudo o que se passava nos quartos. E tomou notas. Muitas. Durante quatro décadas escreveu uma espécie de
diário com as suas reflexões sobre os hábitos sexuais dos hóspedes.
Em 1980, escreveu a Talese e convidou-o a passar uns dias no motel. Hesitante, o jornalista aceitou. O homem foi buscá-lo ao aeroporto, pediu-lhe que assinasse um termo de confidencialidade e, logo na primeira noite, levou-o ao sótão. Talese foi e
por pouco não foram apanhados por um casal - a gravata do jornalista atravessou a grade de ventilação e esteve alguns segundos pendurada no teto do quarto. Nos anos seguintes, o jornalista e o dono do motel foram mantendo o contacto. Há três anos, na primavera de 2013, o homem normal escreveu a Talese para lhe dizer que tinha
rasgado o termo de confidencialidade e que estava pronto para que a sua história fosse contada. Tinham passado 33 anos.
Milhares de pessoas passaram por aqueles quartos ao longo de quatro décadas e durante todo esse tempo
ninguém percebeu que estava um homem no teto a espreitar cá para baixo.
Às vezes, o mais díficil de ver é aquilo que está mesmo por cima dos nosso olhos.
Não se esqueça disto: há Expresso Diário às seis, Expresso da Meia Noite às 23h00, na SIC Notícias, e Expresso na banca amanhã.
O Panamá começa agora.Tenha um bom fim de semana
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