quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

OBSERVADOR - 7 DE JANEIRO DE 2016

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com

360º

Por David Dinis, Diretor
Bom dia!
Enquanto dormia

Todos contra a Coreia do Norte. O Conselho de Segurança da Nações Unidas "condenou firmemente" o novo ensaio nuclear da Coreia do Norte e anunciou que vai preparar "medidas suplementares" contra Pyongyang; os EUA pedem ação "unida e forte".
Se o mundo - China incluída - reagiu com firmeza contra o alegado teste da bomba H, muitos duvidam ainda da capacidade da Coreia do Norte de desenvolver uma bomba de hidrogénio. Aqui no Observador fizemos a pergunta (com as respostas possíveis): Há razões para temer o exército de Kim Jong-Un? Mas explicámos também O poder de uma bomba de hidrogénio, aproveitando para a história de 70 anos de repressão na Coreia, do Grande Líder ao Grande Sucessor.

Na China, continua a derrocada nas bolsas. A sessão de hoje voltou a ser suspensa (ao fim de apenas 15 minutos de negociações), com as quedas a passarem a fasquia dos 7%. O banco central reagiu desvalorizando de novo a moeda - mas começa a ser difícil perceber como se pode parar o ciclo vicioso de desconfiança. E a Europa está a ir abaixo também.

Os preços do petróleo continuam a cair e já estão a negociar abaixo dos 33 dólares por barril, o valor mais baixo desde 2004. Os investidores estão a prestar mais atenção à acumulação de inventário que às tensões no Médio Oriente.

Em Washington, Obama prepara o seu último discurso do Estado da Nação. E preparou o país, com este clip de antevisão. Como atestam estas fotos, este não é um Presidente normal - e nunca deixa a comunicação para segundo plano.

No futebol doméstico, a mão cheia não chegou paraSporting e Benfica (que deram 6 cada um). Para Lopetegui, a mão cheia foi de lenços brancos: o 1-1 caseiro com o Rio Ave foi poucochinho - e pôs o treinador à beira de um "adiós" ao "Oporto", pelas razões que o Tiago Palma aqui explica

A campanha das presidenciaisNão, António Guterres não vai apoiar ninguém - pelo menos para já. E explicou porquê esta noite: “Não quero criar complicações ao meu próprio partido”. Guterres falou também sobre o Governo de esquerda, uma candidatura à ONU, o terrorismo e a crise dos refugiados. A síntese da entrevista à RTP3está aqui.

As novidades dos 3 debates de ontem passaram pela Coreia do Norte, com Marisa Matias a dizer que a Coreia do Norte é uma ditadura - e Edgar Silva a contornar a questão (num debate muito aceso entre supostos parceiros parlamentares). Marcelo defendeu Costa sobre não haver ainda não haver um Orçamento. E Paulo Morais fez mais acusações sobre corrupção - envolvendo Sócrates (tudo isto e mais, para ler aqui). Nem por acaso, o grupo Lena anunciou um processo ao candidato

Aqui no Observador, o entrevistado de ontem foi Edgar Silva - e, confesso, surpreendendo-me. Disse o quê? “Não me parece que tenhamos um Governo de esquerda”; “O Muro de Berlim que se alterou foi no Largo do Rato e não no PCP”; “Marcelo é o conspirador-mor que procurou sempre derrubar tudo e todos”. E é só uma síntese de tudo isto.  

Esta manhã há outras entrevistas, noutros jornais, razão suficiente para lançarmos o liveblog do diaEspreite aqui o que dizem Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém - e mantenha-se atento porque à noite temos o primeiro dos debates mais importantes (ladies and gentleman, Marcelo vs. Sampaio da Nóvoa).

Informação relevante
Centeno gastou “integralmente” o que sobrava da dotação provisional em dezembro, disseram ontem os técnicos que escrutinam o Orçamento na Assembleia. Hoje, o Correio da Manhã diz que a indicação do ministro é para manter a despesa congelada nos ministérios - apesar dos aumentos decretados (e os que estão previstos).

A prova de que a missão será difícil está numa entrevista do novo ministro da Saúde à TVI. Adalberto Campos Fernandes voltou a dizer que houve cortes excessivos na saúde e que não pode haver hospitais a trabalhar "a tempo parcial". É possível resolver isso com a mesma despesa? É a resposta que falta conhecer.

Um problema para resolver: o subsídio de férias da função pública vai depender do corte salarial em vigor - fazendo com quequem recebe o subsídio no início do ano acabe a receber menos. A menos que Centeno resolva o caso no Orçamento, explica o Público.
E outro ainda: a forma de calcular mensalmente a sobretaxa vai mudar e tudo indica que vão ser necessárias duas tabelas de retenção em 2016. O DN explica.

Muda o Governo volta o tema dos 'jobs for the boys'. O PSD acusou ontem António Costa de ter feito 154 nomeações em 41 dias, sem as publicar na Internet - e o Governo promete fazê-lo em janeiro. À polémica, a Rita Dinis acrescentou esta notícia: a esquerda quer mudanças nas nomeações de altos dirigentes, mas não é para já.

Pelo meio veio esta história insólita: "esta terça-feira, um homem ligou para o autarca de Vila Nova de Gaia, fazendo-se passar pelo ministro-adjunto de Costa. Queria um emprego para um 'camarada' socialista". O fim? Está aqui.

O que não parece ter fim à vista é a polémica com a bancaCarlos Costa veio dizer que os resgates do BES e do Banif se deveram aos próprios bancos (e não a ele). Isto enquanto, a CMVM pede aos bancos a lista de clientes com obrigações do BES (dia o DN). E enquanto, lá fora, há investidores furiosos com o Banco de Portugal (com registo na imprensa internacional).
E também no momento em que a contribuição dos bancos para o fundo de resolução aumentou 33%.
O outrora aliado do governador, o PSD, quer agora avaliar a atuação de governos e supervisores desde 2008, e perceber que alternativas havia à venda ao Santander

Hoje fique atento à reunião entre António Costa e Pedro Sánchez, em Lisboa. O espanhol parece estar cada vez mais apostado em seguir os passos do amigo português e tentar uma coligação de esquerda aqui ao lado. Talvez Sanchéz não tenha ouvido isto ontem.

Se a caminho passar pela 2ª-Circular, anote que o ACP está furioso com o novo projeto da Câmara de Lisboa. E ameaça recorrer aos tribunais contra uma obra que diz ser "louca" e "faraónica", diz a Renascença.

Os nossos Especiais

Governo do desfaz. O que o novo Executivo já mudou desde que tomou posse. Em pouco mais de um mês, o Governo socialista reduziu a pó várias das medidas do anterior Governo: na saúde, na educação, mas também na justiça, conta-se um anúncio de reversão por cada dois dias de trabalhoA lista está aqui registada - e as próximas batalhas da esquerda também.

Confuso? Glossário para se orientar na discussão política. Por que razão ouvimos tanto a palavra "geringonça"? BFF é uma coisa de miúdos ou faz parte da alta política? Para ajudar a perceber o que se está a discutir, a Elsa Araújo Rodrigues preparou um glossário com 12 expressões.

Thatcher, um ícone do feminismo. Governou com firmeza, combateu o comunismo, comandou uma guerra. E gostava de usar saias, chapéus e roupa de cores vibrantes. A Maria João Marques escreveu assim sobre a nova biografia da Dama de Ferro.

O fim de Pierre Boulez, o último dos vanguardistas. A música clássica nunca mais foi a mesma depois dele - genial e polémico. O seu desaparecimento, ontem, põe fim a uma geração de compositores vanguardistas que, após a Segunda Guerra Mundial, mudaram radicalmente o panorama da música clássica contemporânea, explica a Rita Cipriano.
Notícias surpreendentes

Uma surpresaFoi recuperado um meteorito mais velho do que a própria Terra. Uma equipa de investigadores australianos teve uma véspera de ano novo diferente: andaram num lago cheio de lama à procura de um meteorito com 4,5 mil milhões de anos.

Uma provocação. O escritor João Tordo veio ao nosso Verdade & Consequência responder a uns dilemas morais e disse, entre outras coisas, isto: “Não trocaria sexo por favores. Quer dizer… Não, não faria”

Um insultoUm restaurante do Porto tratou mal Érica Fontes, uma famosa atriz porno. E muito boa gente saiu em defesa dela.

Umas coisas boas - no Porto. A Sara Otto Coelho passou a trabalhar por lá e escolheu os restaurantes, bares e lambarices que 2015 deu à cidade (e que vontade que me deu de ir lá).

E umas citações para usar - mas atribuídas aos autores verdadeiros, porque há muito boa gente que não sabe do que fala

Nós por aqui, tentamos sempre não errar e guiá-lo pela informação mais importante e deixá-lo com um bom sorriso nos lábios. É por isso que o convido a passar por aqui, ao longo do dia. Como sabe é fácil, basta um clique.

Até já! 
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EL VENTANO - 7 DE JANEIRO DE 2016

Rendidos y derrengados (ellos) en una tarde de compras

Es la temporada reina del consumismo. A las fiestas navideñas les siguen las rebajas, y millones de personas llenan las tiendas buscando un antídoto contra su estupidez y para intentar llenar su vacío personal. En esta frenética actividad, son las mujeres las que más participan, acompañadas a veces de sus parejas, que suelen terminar rendidos ante tanto desasosiego comercial. Estas son algunas escenas colgadas en las redes sociales a modo de sencillo homenaje a los héroes víctimas del consumo impulsivo.

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EXPRESSO DIÁRIO - 7 DE JANEIRO DE 2016


Os editores desaparecidos. O sequestro de Lisboa. E a arte de passar a ferro

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com


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Expresso
Bom dia, já leu o Expresso CurtoBom dia, este é o seu Expresso Curto 
Nicolau Santos
POR NICOLAU SANTOS
Diretor-Adjunto
 
7 de Janeiro de 2016
 
Os editores desaparecidos. O sequestro de Lisboa. E a arte de passar a ferro
 
Bom dia.

Há um ano, dois encapuzados entraram na redação do jornal humorístico Charlie Hebdo, em Paris, dispararam mais de 60 tiros e assassinaram 12 pessoas, entre as quais alguns dos melhores cartunistas franceses. Um ano depois, a morte de Wolinsky e dos seus pares não foi em vão: o Charlie Hebdo, que antes imprimia 50 mil exemplares, hoje vende 90 mil em banca e mais 180 mil para assinantes. E como diz o «Le Monde» (e cito o artigo de Nuno Ramos de Almeida no i), «antigamente liam-no nos cafés para rir; hoje lêem-no também nos ministérios e nas embaixadas, mesmo que não tenham nenhuma vontade de sorrir».

Infelizmente, o mundo não mudou para melhor depois do atentado do Charlie Hebdo. Nem há mais respeito pelo livre pensamento e pela diferença. Como se vê pelo que se conta a seguir.

Há um ditado de origem anglo-saxónica que diz que se nada como um pato, se grasna como um pato e se parece um pato, então provavelmente é um pato. Ora seguindo esta lógica, o que pensará o leitor se uma pessoa ligada a uma editora desaparece, uma segunda pessoa ligada à mesma editora desaparece, uma terceira pessoa ligada à referida editora desaparece, uma quarta pessoa também ligada à tal editora desaparece e uma quinta pessoa igualmente ligada à editora desaparece? Ora, pensa seguramente que deve haver algum problema com a editora.

Bom, e se souber que a tal editora se situa em Hong-Kong e é conhecida por vender obras proibidas na China talvez desconfie que por detrás dos desaparecimentos pode estar a mesma mão. E se souber ainda que a citada editora estaria a preparar um livro sobre a vida amorosa do presidente Xi Jinping e sobre uma sua antiga amante começa a desconfiar seriamente que talvez essa possa ser uma das explicações para os desaparecimentos. É que, como a História demonstra, as palavras continuam a ser muito perigosas nos regimes totalitários.

Até agora, as cinco pessoas que desapareceram ligadas à Mighty Current são o ex-proprietário da livraria, Lam Wing Kei, dois dos seus sócios, Lu Bo e Zhang Zhiping, o editor Gui Minhai, que tem passaporte sueco e deixou de ser localizado a 17 de outubro, quando estava na sua casa em Pattaya, na Tailândia e, desde há uma semana, do livreiro Lee Bo, 65 anos, que segundo a sua mulher saiu de casa na noite de 30 de dezembro, depois de alguém lhe ter encomendado pelo telefone uma série de volumes de um determinado livro e nunca mais foi visto, apesar de ter telefonado a dizer que estava na cidade de Shenzen a colaborar numa investigação sobre outros desaparecimentos (mas a mulher estranhou que tenha falado em mandarim e não em cantonês).

Voltamos ao princípio. Se nada como um pato, se grasna como um pato e se parece um pato, então provavelmente é um pato. Perante isto, o grande, o enorme editor que foi Luiz Pacheco, se ainda fosse vivo, em vez de escrever «O caso das criancinhas desaparecidas», escreveria seguramente«O caso dos cinco livreiros desaparecidos». Não estando já entre nós Pacheco e o seu génio, isso seguramente não impede o leitor de tirar as óbvias conclusões. É um pato. Ponto final.

E a bomba que o regime norte-coreano fez explodir e deixou o mundo em geral, e aquela região do planeta em particular, com os nervos em franja? É de hidrogénio ou não? Parece que não. Mas uma coisa é certa: a explosão foi nuclear. Ou seja, o regime de King Jong-um entrou mesmo para o seleto e muito restrito clube dos países que já têm ou conseguem produzir bombas nucleares. A China não foi avisada do teste, o Japão está aterrado e a ONU, seja a bomba de que tipo for, prepara-se para aprovar «mais extensas e significativas sanções» contra Pyongyang.

Ora a propósito deste tema, no frente-a-frente televisivo na RTP que opôs os candidatos do BE e do PCP, Marisa Matias e Edgar Silva, o jornalista João Adelino Faria perguntou-lhes: «A Coreia do Norte é uma ditadura ou uma democracia?» Marisa Matias respondeu prontamente:«Considero a Coreia do Norte uma ditadura.» Já Edgar Silva repetiu a pergunta, contornou-a e só no fim acabou por concordar que a democracia não é um «privilégio» daquele país. Já em 2003, Bernardino Soares, que foi líder parlamentar do PCP e é atualmente presidente da Câmara de Loures, afirmava: «Tenho dúvidas que a Coreia do Norte não seja uma democracia».Decididamente, o PCP tem um problema com a democracia que se vive na Coreia do Norte.

Os múltiplos debates e entrevistas aos dez candidatos têm sido seguramente esclarecedores em muitos pontos e nalguns proporcionam-nos mesmo surpresas sobre assuntos para os quais nunca tínhamos olhado dessa maneira. É o caso de Paulo Morais que diz que Lisboa está sequestrada pela empresa francesa (e capitais americanos) Vinci, pois gere o aeroporto da capital e as duas pontes sobre o rio Tejo. Um assunto que resolverá se for eleito Presidente da República. Mais: o candidato também querexpropriar a ponte Vasco da Gama a custo zero. Justificação: «O Estado tem a obrigação de chegar à ponte e ressarcir o povo do prejuízo que teve», dado que «não tinha 900 milhões» para a construir mas depois «tem 1000 milhões para dar aos privados» que a construíram.

Quanto a Maria de Belém e seus apoiantes, que esperavam que na entrevista que concedeu à RTP António Guterres desse um sinal de que apoiaria a sua ex-ministra da Saúde, saiu-lhes o tiro pela culatra.O antigo primeiro-ministro limitou-se a dizer que apoiará o candidato que o PS apoiar. E sobre esta matéria mais não disse – a não ser que desiludiu os socialistas. Maria de Belém é que disse. Disse que se for eleita Presidente da República poderá levar estadistas estrangeiros a almoçar em lares de terceira idade ou instituições do género, preferindo isso ao que é tradicional (banquetes no Palácio de Queluz, por exemplo). Olha que bela e exequível ideia! Ficam todos a perceber como nós tratamos bem os idosos.

Quanto ao candidato que todas as sondagens dizem que ganha à primeira volta ou à segunda, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu a criação «de uma comissão de ética à luz da ética» para analisar as incompatibilidades dos deputados e composta, por exemplo, «por antigos presidentes da Assembleia da República, como Jaime Gama ou Mota Amaral». Isto porque a atual comissão de ética segue apenas a legislação, quando há casos em que «não há ilegalidade, mas há uma situação que não há ética».

OUTRAS NOTÍCIAS
É um caso dramático: menino de 11 anos foi encontrado morto na cama ao lado da mãe numa casa na Ponta do Sol, na Madeira.A tese das autoridades é que este será um caso de homicídio seguido de suicídio: a mãe, que padecia de cancro, terá envenenado o menor. O namorado da mãe tinha morrido há dias.

Da anormal noite futebolística (uma jornada da Liga a meio da semana) vieram as goleadas pelos mesmo 6-0 do Sporting em Setúbal e do Benfica na Luz perante o Marítimo – o Setúbal que está a fazer um campeonato muito promissor e que até já viu o seu avançado Suk assinar pelo FC Porto; e o Marítimo que tinha ido ganhar muito recentemente ao Estádio do Dragão por 3-1. Mas nem um nem outro resistiram à arte de bem passar a ferro de Sporting e Benfica. O Porto, em casa, não foi além de um empate a uma bola com o Rio Ave. No final, houve os cada vez mais usuais lenços brancos para Lopetegui. Mas Pinto da Costa não é homem para mudar de treinador a meio da época nem para dar o braço a torcer. Afinal, o basco foi aposta sua. O Sporting lidera com mais quatro pontos que Porto e Benfica.

O Jornal de Negócios foi ouvir economistas a propósito do regresso dos feriados, dois civis e dois religiosos. Desvalorizam o impacto no PIB. Em contrapartida, os empresários argumentam que a reposição dos quatro dias de descanso promovida pelo executivo de Costa vai reduzir a produtividade e fazer disparar os custos energéticos.

E para ficarmos bem dispostos nada como ler e reler o que disseCarlos CostaO governador do Banco de Portugal defende que a estabilidade financeira foi assegurada durante o programa de ajustamento. E o caminho seguido só não foi totalmente bem-sucedido por causa do BES e do Banif, mas a culpa é das próprias instituições. Pois. O Banco de Portugal nada teve a ver com isso. Tirando a implosão do terceiro e do sétimo maiores bancos portugueses, correu tudo bem. E continua a correr.

Entretanto, o vice-presidente da bancada do PSD, Hugo Soares,acusou o Governo de ter feito 154 nomeações em 41 dias, sem as publicitar, e sugeriu que o executivo quer acabar com a comissão de recrutamento na administração pública.

O mesmo Governo que, segundo o Diário de Notíciasdesfez em 40 dias a política de educação do anterior Executivo: só se manteve o Inglês a partir do 3.º ano e a gestão de escolas pelos municípios.

FRASES
"O Presidente da República tem de ser um árbitro. E eu gosto é de jogar à bola". António Guterres explicando porque não se candidatou a Belém, RTP

"Marcelo faz bem em não consentir uma colagem ao PSD".Guilherme Silva, ex-líder parlamentar do PSD, jornal i

"José Sócrates é uma das caras da corrupção em Portugal". Paulo Morais, candidato à Presidência da República

"A redistribuição nunca é um almoço grátis (…) e é feita de forma a aliviar mais rapidamente as classes mais baixas de rendimento".Rocha Andrade, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Jornal de Negócios

"Deixámos de vender equipamentos para lá. Se estivéssemos dependentes de Angola, estávamos lixados". Alberto Cravo, administrador da Metalusa, Jornal de Negócios. A moeda angolana recuou 24% em 2015. Foi o oitavo ano consecutivo de desvalorização. Há uma enorme quebra nas vendas e cada vez há mais dificuldade em receber e transferir dinheiro.

O QUE ANDO A LER
Não é bem o que ando a ler. É o que releio sempre que as palavras estão em perigo. Sempre que quem pronuncia as palavras é silenciado «por maneiras tão sábias, tão subtis e tão peritas, que não podem sequer ser bem descritas», como sentenciou Sophia de Mello Breyner.Nestas ocasiões regresso aos poetas, às palavras dos poetas, aos pensamentos dos poetas. Manuel António Pina é um dos meus poetas preferidos. Não só porque é um enormíssimo poeta. Mas porque, além do mais, fui colega dele no Jornal de Notícias, ele no Porto e eu na filial de Lisboa, numa altura em que não havia colegas nas redações mas camaradas. Depois, porque era uma excelente pessoa, de uma enorme generosidade. E já agora porque também era sportinguista. «Agora que os deuses partiram, / e estamos, se possível, ainda mais sós, / sem forma e vazios, inocentes de nós, / como diremos ainda margens e como diremos rios?». É assim que termina a sua coletânea «Todas as Palavras – poesia reunida», editada pela Assírio & Alvim, uma editora que há muitos anos guarda cuidadosamente todas as palavras e trata cuidadosamente todos os poetas. Ou como, segundo o Germano Silva, uma figura incontornável do Porto, dizia o Pina, quando o Sporting estava a perder: «Que se f… o futebol, Germano, vamos mas é para a poesia». E quando era o contrário, mudava o sentido da frase: «Que se f… a poesia, Germano, o futebol é que é!».

E pronto. Amanhã estará cá o Miguel Cadete para tirar um forte e robusto Expresso Curto. Eu, que nem sequer bebo café, fico-me por aqui. Tenha um excelente dia.
 
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EL VENTANO - 7 DE JANEIRO DE 2016

El modelo del PP es Marruecos, y lo está consiguiendo

elaboracion de los paquetes de utiles escolares, del programa "UTILES ESCOLARES PARA TODOS", en las instalaciones del recinto ferial. 18 ago 08
El Gobierno del PP se propuso como una meta estratégica que la productividad de la economía nacional se mantuviera a ras de suelo. Y lo ha conseguido. Somos, sí, los primeros productores de empleados-kleenex de la OCDE. Todo un timbre de orgullo(José García Domínguez)

Gran satisfacción del Gobierno y entre los llamados expertos ante las cifras del mercado laboral que clausuran 2015. Razones aparentes no les faltan: a lo largo de esos doce meses se han firmado en España 17 millones de contratos… temporales. El récord mundial del trabajo efímero. Somos, sí, los primeros productores de empleados-kleenex de la OCDE. Todo un timbre de orgullo, según parece. España va bien, que diría el otro.
Si el objetivo era parecernos cada vez más a Marruecos, habrá que rendirse a la clamorosa evidencia de que el Partido Popular va camino de conseguirlo. Aquí, unos quieren ser Dinamarca, los otros Venezuela, los de más allá lo decidirán cuando acaben de matarse entre ellos, y los del PP… Los del PP quieren ser Marruecos.
¿Y cuál es el gran secreto del modelo productivo marroquí, ese que tanto han tratado de imitar durante los últimos cuatro años De Guindos y Rajoy? Pues, amén de la austeridad presupuestaria, la clave de la política económica de Mohamed VI reside en haber logrado que la productividad de su economía no cese de bajar nunca. Ergo, para algún día ya no tan lejano conseguir ser como ellos, los españoles solo tenemos que seguir avanzando por la senda que nos ha marcando el Ejecutivo a lo largo de la legislatura última.
Así, gracias a De Guindos y a su mentor en La Moncloa, la economía española ha obrado un prodigio típico de nuestro ideal africano, a saber, que el país cree muchos empleos pese a crecer poco. Dicho de otro modo, hemos logrado ser tan ineficientes que, para generar el mismo número de bienes y servicios que nuestros vecinos europeos, necesitamos emplear cada vez a muchos más trabajadores que ellos.
Algo que, al parecer, llena de felicidad a nuestro ministro de Economía, quien celebra alborozado que España cree empleo ahora a partir de tasas de crecimiento del 1%. O sea, igualito que lo que ocurre en Marruecos. Otro deslumbrante éxito únicamente equiparable al de los 17 millones de contratos ful. Imposible, como dice siempre Albert Rivera, solo es una opinión.
Y he ahí la prueba: el Gobierno del PP se propuso como una meta estratégica que la productividad de la economía nacional se mantuviera a ras de suelo. Y lo ha conseguido (si algún lector descreído lo duda, consúltense los objetivos oficiales fijados en el llamado Programa de estabilidad 2014-2017). También quería que se generasen muchos puestos de trabajo, cuantos más mejor, que no aportaran casi ningún valor añadido al PIB, e igualmente lo ha conseguido. No por casualidad lo uno resulta ser consecuencia lógica e inevitable de lo otro.
Los dioses, de muy antiguo es sabido, castigan a los hombres concediéndoles lo que les piden. En Marruecos casi no hay paro (andan por el 9% oficial). Eso sí, producen dátiles y para de contar. ¿Queremos eso? Lo tendremos. Apenas será una cuestión de tiempo.

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