sexta-feira, 20 de novembro de 2015

OBSERVADOR - 20 DE NOVEMBRO DE 2015

360º - Cavaco: Os argumentos para as (outras) opções

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com

360º

Por David Dinis, Diretor
Bom dia!
Enquanto dormia 

Os terroristas do Estado Islâmico divulgou um vídeo com uma nova ameaça, desta vez com alvos na Casa Branca, Roma e outra vez em Paris. No dia em que se reúnem os ministros europeus para definir novas medidas de segurança (e de coordenação), é do outro lado do Atlântico que vêm as palavras mais afirmativas: Hillary Clinton foi mais longe que Obama e defendeu uma  coligação internacional liderada pelos EUA contra o Estado Islâmico. E há também registo de um ataque terrorista no Mali. Tudo isto está já no nosso liveblog do dia.

Tsipras perdeu dois deputados, mas aprovou mais austeridade. Dois deputados do Syriza recusaram-se a votar a favor de mais medidas de austeridade e demitiram-se. Mas passaram as medidas que deverão garantir à Grécia o dinheiro da Europa.

O Presidente da Guiné-Equatorial disse isto: quem mata duas ou três pessoas “não pode ficar impune com vida”; e aos delinquentes mais perigosos devem “cortar-se os tendões” dos pés, para que possam ser identificados mais facilmente pela população.O Governo português lamentou “veementemente”. O resto da CPLP ainda não reagiu.

Paris de luto
O responsável pelos atentados morreu - mas a França não está aliviada. Ontem confirmou-se a morte do homem que terá organizado os atentados de há uma semana em Paris. O Governo francês celebrou, mas preocupa-se com a forma como o terrorista voltou a território francês sem ter uma só informação das secretas europeias. A história do dia de ontem ficou aqui.

Quem era o cabecilha dos atentados de Paris? Nascido numa família abastada, o cabecilha dos atentados de Paris é responsável pelo recrutamento de dezenas de jovens muçulmanos. O seu irmão de 13 anos, que hoje está na Síria, é um deles. Eis a história dele, no que é possível contar.

E quem foi Hasna Aitboulahcen, a primeira mulher bombista suicida na Europa. Era conhecida como 'cowgirl', bebia álcool, era rebelde. Até se converter ao Estado Islâmico.Prima de Abaaoud, o cabecilha dos atentados, morreu ao detonar o cinto que usava em Saint-Denis.

Para ler e rever, recomendo-lhe este guia das autoridades britânicas sobre o que fazer em caso de atentados; a história da Marselhesa, o hino que se transformou uma homenagem às vítimas e contra o terrorismo; e esta história sobre o captadon, a droga que muitos dizem ser a dos terroristas

Uma semana depois dos atentados, vale a pena ficar atento: temos alguns trabalhos de fundo a terminar - e uma página especial também, para que possa ler e rever os trabalhos que temos feito. A tempo de uma leitura mais pausada nos próximos dias.
O Impasse político
Cavaco tem de assinar de cruz? Os argumentos para as outras opções. O Presidente da República ouve hoje os partidos, sabendo que à esquerda não passa pela cabeça outra opção que não seja a indigitação de António Costa como primeiro-ministro. Será esta uma rua de sentido único? A Liliana Valente ouviuquatro constitucionalistas que reuniram com Passos e Portas, para conhecermos melhor os argumentos para as outras hipóteses que Cavaco tem. São três - e com um fundo comum: o chefe de Estado tem legitimidade para escolher. 

Que avisos ouviu Cavaco e o que fará com eles? Nos últimos dias, o Presidente ouviu patrões, sindicatos, banqueiros e economistas, que lhe deixaram vários recados e preocupações. O Miguel Santos e a Catarina Falcão falaram com alguns e sintetizaram os argumentos - para depois vermos quais o Presidente escolheu para o discurso ao país.

Mais avisos, agora de fiscalistas. As propostas do PS, PCP e BE vão trazer instabilidade fiscal, um sinal negativo para o investimento estrangeiro, diz o ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. E mais impostos para alguns, no IMI e IRS.

E a resposta de Costa: o líder do PS fez ontem um discurso para Cavaco ouvir, acusando Passos de "mentira" e "embuste", e ironizando que "já nem os mercados os ouvem". Foi o corolário de um dia quente na política interna, que passou também pela recusa do PS, PCP e BE em celebrar os 25 de novembro na Assembleia e em que o PS disse 'nin' a uma resolução de apoio ao ao euro.

Com o que temos ouvido, impunha-se este texto: “Reviralho”, “gangster”, “manigância”: uma discussão à portuguesa. Não, não são argumentos de uma discussão dos tempos quentes do PREC. São trocas de palavras de agora, motivadas pela indefinição sobre se António Costa será ou não o futuro primeiro-ministro. O ambiente está crispado, dizem, e é verdade. Senão, vejamos.

O liveblog para acompanhar o dia já está aqui, assinalando a desconfiança do embaixador dos EUA face aos novos companheiros do PS (via Renascença), mas também o governo pronto que Costa já tem para levar ao Presidente (via TSF). 
Informação relevante
Um salto rápido às Presidenciais, para que fixe uma data no calendário: 24 de janeiro foi a data escolhida por Cavaco Silva para as eleições que escolherão o seu sucessor.
A data está próxima e Manuela Ferreira Leite agita-se com uma dúvida“De que é que o PSD está à espera para apoiar Marcelo?”

Para hoje está marcado o regresso da agenda fraturante à Assembleia. A Rita Dinis fez este texto oportuno: Adoção, aborto e barrigas de aluguer. O que vai mudar?

O que está para mais tarde é o fecho do dossiê da TAP. Regulador tem até três meses para dar luz verde definitiva à venda da TAP, como explica a Ana Suspiro.

Do mundo da Justiça, atenção para esta pista do caso dos Vistos Gold: os contratos secretos de 300 milhões de euros para rever as leis de Angola, notícia do Luís Rosa.

Já da Operação Marquês, há duas notícias relevantes esta manhã. O semanário Sol conta que José Sócrates já recebia dinheiro de Carlos Santos Silva no tempo em que era primeiro-ministro, o DN que o Fisco está a reclamar milhões não declarados ao ex-PM. Aqui tem a síntese, com links para as notícias dos dois jornais.

E ainda outra, do caso do super-espião. O ex-diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa, Jorge Silva Carvalho, afirmou ontem que o 'modus operandi´ das secretas é "90% ilegal" e confessou ter escutado um jornalista sem autorização nem leis que o permitissem.

Os nossos Especiais
E se a França voltasse ao serviço militar obrigatório para evitar a radicalização dos jovens? A ideia tem apoio da esquerda à direita e é vista como oportunidade de criar "um momento de reencontro entre a nação e a sua juventude". Em Paris, o João Almeida Dias ouviu alguns jovens e um especialista que coloca alguns entraves.James O’Shaughnessy - 25 ações do guru estatístico. O gestor de fortunas afirma que os investidores estão a seguir o indicador errado. O guru estudou várias estratégias ao longo de décadas para descobrir a que mais rende. Descubra as ações certas, anotadas pelo David Almas.
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EXPRESSO CURTO - 20 DE NOVEMBRO DE 2015

Cavacountdown

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com


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Expresso
Bom dia, já leu o Expresso CurtoBom dia, este é o seu Expresso Curto 
Martim Silva
POR MARTIM SILVA
Editor-Executivo
 
20 de Novembro de 2015
 
Cavacountdown
 
Bom dia,
A agitação política nacional e as consequências dos terríveis atentados terroristas de há precisamente uma semana dominam noticiosamente o dia de hoje.
E esta newsletter.

PARTE I. A BOLA COM CAVACO
Começemos pela política. Cavaco Silva, depois de passar dois dias na Madeira, depois de receber os parceiros sociais em Belém, depois de ouvir os banqueiros e vários economistas (mas sem nunca, estranhamente digo eu, consultar aquele que é precisamente o seu órgão de consulta, o Conselho de Estado) chega hoje ao dia em que volta a ouvir os partidos políticos representados no Parlamento (já o fez logo após as eleições e antes de indigitar Passos como primeiro-ministro).
Não é por isso de excluir que ainda hoje Cavaco Silva diga, anuncie, comunique, divulgue o que decidiu: basicamente, se nomeia ou não António Costa primeiro-ministro. E este vai a Belém com a garantia adicional de que já tem um executivo pronto a entrar em funções. As notícias divulgadas apontam maioritariamente no sentido de que Cavaco acabará por dar posse ao governo de esquerda - embora nos últimos dias tenham ganho força outras teses, desde a manutenção de Passos em gestão; até à invenção de um governo de iniciativa presidencial, que, mesmo chumbado no Parlamento, ficaria em gestão até à convocação de eleições lá para o verão. Impedindo Costa de chegar ao poder, que tanto deseja, e aliviando Passos de ficar em gestão até lá, como não deseja nada.

Muito curioso é este artigo do Expresso que mostra como oPS fez um acordo à esquerda mas agora anda a tentar sossegar banqueiros, agências de rating... e até alguns dos maiores empresários e empresasnacionais. Empresas e empresários estão a receber “mensagens” vindas dos socialistas, tentando sossegá-los e garantir que não há qualquer risco de radicalização. Ou seja, o acordo é à esquerda mas a governação será mais ao centro. E agora, pergunto eu: que acham PCP e BE disto?
Quem também andou a distribuir mensagens de acalmia, e a dar garantias em Bruxelas de que Portugal vai cumprir o défice, seja qual for o desfecho político, foi… Marcelo Rebelo de Sousa. A fazer de Presidente antes de Presidente ser eleito.
A verdade é que depois do acordo, as declarações e os episódios mostrando divisão não têm parado. Ainda agoraJerónimo de Sousa disse “não nos podemos comprometer com o que não conhecemos”, a propósito da aprovação do OE para 2016.

Este é portanto um momento importante na vida política nacional.

Além disso, vão-se agitando as águas na luta presidencial. Enquanto se vai perguntando aos candidatos ou proto-candidatos o que fariam se estivessem no cadeirão presidencial, Cavaco já marcou as eleições que vão decidir o seu sucessor para 24 de janeiro. Ou seja, quem quer ser candidato tem até à véspera de Natal para oficializar a intenção.
Assim sendo, faltam hoje precisamente 65 dias para e eleição do novo Presidente ocorrer (não se admire se começarem a surgir por estes dias uns "cavacountdowns" para nos ir avisando de quantos dias faltam até Cavaco voltar para a Travessa do Possolo ou para a Praia da Coelha). Tic-tac-tic-tac...

Entretanto, hoje mesmo, o Expresso e a SIC divulgam, pelas seis da tarde, a primeira sondagem da Eurosondagem sobre Presidenciais.
Não posso divulgar desde já os dados, mas posso garantir-lhe que vai valer a pena espreitar as notícias pelo final da tarde.E se julgava que a eleição de Marcelo eram favas contadas (e confesso que eu estou claramente nesse lote) então o melhor é mesmo ir olhar para os resultados porque vai ter uma surpresa… E mais não digo.


PARTE II. GUERRA MUNDIAL?
Vamos aos últimos desenvolvimentos, e são muitos, da nova guerra ao terror que está a ser montada (e as capas de várias publicações hoje mostram como está a ser criada uma grande coligação internacional ou como pode mesmo vir aí umconflito de escala mundial):
Vindo dos EUA, este texto tenta explicar a estratégia de Hillary para combater o Estado Islâmico. Ela não é o “falcão” Bush mas também parece mais agressiva que a “pomba” Obama. E porque é importante saber o que pensa Clinton? Porque é bem provável que ela seja a partir do final do próximo ano a presidente dos EUA. E portanto ainda terá muito que falar e decidir nesta matéria.
Apesar do “no boots ont the ground” de Obama, os americanos, de acordo com uma sondagem, parecem mais dispostos a enviar soldados para combater o EI do que a… acolher refugiados que fogem do conflito.
Ficamos ainda a saber que quatro dos terroristas de Paris estavam já nas listas negras dos EUA.

The Economist explica como as dificuldades do EI na Síria e Iraque podem estar relacionadas com o aumento de ataques terroristas noutros locais do mundo.

Os autores dos atentados de Paris poderão ter estadosob o efeito de drogas quando fizeram aqueles atos bárbaros.

O que significa ao certo o estado de emergência que foi prolongado mais três meses em França?

Ao mesmo tempo, as notícias surgem um pouco de todo o lado e afectam vários países. Num vídeo, o Estado Islâmicoameaça atacar a Casa Branca, nos EUA. No Koweit foidesmantelada uma célula de apoio ao Daesh e houve vários detidos. Em Londres, uma estação de metro foi evacuada.

Agora que foi morto o mentor dos atentados de Paris, no ataque policial de Saint-Denis, surge uma nova questão?Como foi possível que ninguém o tivesse detectado, ele que estava referenciado há dois anos como um elemento jihadista perigoso e que tinha um mandado internacional de captura? E quem era ao certo Abdelhamid AbaaoudAqui fica a saber-se, por exemplo, que Abaaoud estava a planear estes ataques há 11 meses e que o seu nome aparece envolvido vários outros ataques terroristas que foram evitados em França nos últimos meses. E aqui noticia-se como o mentor dos ataques foi visto na própria sexta-feira à noite em Paris. Para memória futura, aqui fica o mapa dos ataques de Paris, entre os atentados de há uma semana e o ataque de Saint Denis que levou à morte de Abdelhamid.

Já foi há uma semana, mas eu ainda não tinha visto umaexplicação tão detalhada, em infografia, sobre o massacre dentro do Bataclan.

Hoje ainda, há reunião dos ministros da Administração Interna da UE, em Bruxelas, para procurar soluções conjuntas para o problema, como o reforço do controlo das fronteiras. Mas já se sabe que os franceses estão muito críticos face à atuação dos seus parceiros e exigem firmeza.

Quanto à Síria, o Público olha para o problema no terreno e afirma que enquanto a solução militar para combater o EI vai avançando, já no campo político as coisas marcam passo.

Em relação a Portugal, duas referências. Uma para a notícia de que Sadjó é o quinto jiadista português abatido. Pertencia ao grupo de Massamá e foi morto num ataque das tropas sírias. A notícia foi avançada pelo DN. A outra para o facto de as autoridades estarem a reforçar a segurança em vários locais e monumentos públicos. Também o Sporting-Benfica deste fim de semana vai ter mais polícia que o normal.

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OUTRAS NOTÍCIAS
Cá dentro,

Este sábado faz precisamente um ano que o Portugal político viveu um dos maiores abalos da história da sua democracia. Pela primeira vez, um antigo primeiro-ministro foi detido. Preso por suspeitas de crimes como branqueamento, fraude fiscal e corrupção. Falo obviamente de José Sócrates.
Sobre este assunto vale muito a pena ver os dois vídeos já disponibilizados pelo Expresso que contam toda a história do caso (hoje ao final da tarde será conhecido o terceiro). Além disso, a SIC fez uma longa reportagem sobre o caso, que pode ver aqui.
O DN de hoje faz manchete com o tema, dizendo que o“Fisco exige 19 milhões a Sócrates”. Trata-se de um relatório da Autoridade Tributária em que se chega à conclusão de que o antigo primeiro-ministro deve aquele valor ao fisco.
E no domingo, finalmente, há o aguardado almoço de apoio/desagravo ao antigo líder do PS. Este vai ser seguramente um dos pontos altos noticiosos do próximo fim de semana.

Jorge Silva Carvalho, o antigo homem forte dos espiões nacionais, está a ser julgado e ontem em tribunal não só atacou forte em Júlio Pereira, o número um dos serviços de informações, como revelou que as secretas têm colaboradores em todas as operadoras telefónicas. Algo totalmente ilegal, escusado será dizer.

Para a semana assinalam-se os 40 anos do 25 de Novembro de 1975. Uma data sem dúvida importante e significativa na nossa história recente. Mas tão acirrados estão os ânimos no Parlamento que até saber o que fazer nesse dia é motivo de divisão entre socialistas e PSD e CDS.

Saliente-se a reação firme do MNE português (de surpreender, dado que falo de Machete) contra aslamentáveis declarações do ditador Obiang da Guiné-Equatorial, que defendeu (de forma não surpreendente) a pena de morte. Para os menos recordados, há poucos anos aceitámos este senhor na CPLP.

prova de avaliação de professores criada por Nuno Crato vai ser eliminada ainda este mês.

Os italianos da ENI vão sair definitivamente do capital da GALP.

O ano passado houve menos greves em Portugal. Mas asua eficácia aumentou.


Lá fora,
Charlie Sheen
, o ator de Hollywood, revelou que tem SIDA. A notícia tem corrido mundo. E agora aparecem relatos de ex-parceiras sexuais do ator que dizem que ele não as avisou de que era portador do HIV.

Johan Cruijff está a lutar contra um cancro do pulmão.

Os neo-zelandeses estão fartos da sua bandeira, por a considerarem demasiado parecida com a da Austrália e estão a votar em referendo para escolher uma nova.

Coreia do Sul aceitou a oferta do seu irmão desavindo a norte e vai iniciar o diálogo com o país liderado por Kim Jong Un.

Quem nunca utilizou o Windows na sua vida que atire a primeira pedra… Todos já lá andámos. Aqui pode saber que o sistema operativo faz 30 anos. E pode viajar pelas várias variantes e evoluções ao longo dos tempos. Imperdível para os saudosistas.

Agora que está a chegar mais um episódio da Guerra das Estrelas, vale a pena ver esta entrevista a George Lucas, em que ele explica porque se fartou de realizar estes filmes e confessa que o personagem que gostaria de ser é… Jar Jar Binks

Há um novo anúncio das bonecas Barbie. A novidade neste caso é que pela primeira vez aparece um menino, e não uma menina, num anúncio do género.

Porque é que os homens não apreciam mulheres com sentido de humor? Não sei se será mesmo assim, mas esta é pelo menos a pergunta de partida deste curioso artigo da Atlantic.

Nem no desporto as ondas de choque do terrorismo deixam de se fazer sentir. Este é fim de semana de Real Madrid-Barcelona. Mas do que se fala é das medidas de segurançaà volta do jogo. Em Itália joga-se um Juventus-Milão mas a conversa é a mesma.

Em Londres está a decorrer o ATP World Tour Finals e Federer e Djokovic são os favoritos nas meias-finais, sendo que hoje será conhecido o último semi-finalista.


NÚMEROS
430

mil euros de comissões é quanto terá recebido o filho de Pinto da Costa, Alexandre Pinto da Costa, através de uma empresa sua, na transferências de jogadores do Dragão. Os documentos a denunciar a situação foram divulgados pelo Futebol Leaks.

20
milhões de dólares é o donativo de Mark Zuckerberg para permitir que a internet chegue a todas as escolas norte-americanas. E o Facebook, claro está…


FRASES
“Não consigo perceber porque é que o PSD não apoia formalmente Marcelo Rebelo de Sousa. De que é que está à espera?”, Manuela Ferreira Leite, antiga líder do PSD, na TVI24, criticando a atuação do seu partido em matéria de presidenciais. Curioso é que o jornal i, na sua capa de hoje, refere precisamente que Passos já disse aos líderes das distritais para apoiarem Marcelo

“Do que a coligação precisa é de um programa e de um método de oposição, de um governo-sombra, de uma maquinaria eficaz (dentro da AR e fora dela) e principalmente de uma política de informação pública (quem fala sobre o quê e onde). O espectáculo que a direita está a dar é o caminho mais curto para uma nova derrota”,Vasco Pulido Valente, no Público

“Governo não vai precisar dos votos do PSD”Ana Catarina Mendes, a nova mulher-forte do aparelho do PS, ao Sol

“Não nos podemos comprometer com o que não conhecemos”Jerónimo de Sousa, líder do PCP, na Antena 1 sobre a aprovação do próximo OE

“Mostra-me os teus amigos, dir-te-ei quem és”Robert Sherman, embaixador dos EUA em Portugal, em entrevista à Rádio Renascença em que se mostra preocupado com as alianças políticas do PS à esquerda

“Rangel recebe pela porta do cavalo”, título do Correio da Manhã na primeira página, referindo-se ao juiz Rui Rangel e a escutas do processo dos vistos gold

“Esperamos conseguir derrotar o Daesh mais rapidamente do que derrotámos a Al-Qaeda”John Kerry, secretário de Estado dos EUA

“Sabemos que existe também um risco do recurso a armas químicas e bacteorológicas”Manuel Valls, primeiro-ministro francês


O QUE EU ANDO A LER
Esta semana comecei “Magnífica e Miserável- Angola desde a Guerra Civil”, de Ricardo Soares Oliveira. O livro, da Tinta da China, é um relato do regime angolano e da forma implacável como José Eduardo dos Santos foi construindo e sedimentando o seu poder no país ao longo destes 36 anos. E como o consegue manter através de uma "informalização" no funcionamento da máquina estatal, em que se divide para reinar e em que o poder, sobretudo o poder económico, está todo concentrado nas mãos de um homem.
Algumas ideias fortes que já li naquelas páginas:
“A Sonangol é a principal ferramenta política do jugo que José Eduardo dos Santos impõe a Angola”

“O cepticismo relativamente à retórica desenvolvimentistas do MPLA está a aumentar e o sonho colectivo da modernização está a deparar-se com um cinismo crescente por parte da maioria dos angolanos”


A seguir, e aproveitando a maré negra do terrorismo que vivemos, vou pegar em “Jihadismo Global das palavras aos actos”, de Filipe Pathé Duarte.

Lançamento muito aguardado é o primeiro mergulho da “pluma caprichosa”, Clara Ferreira Alves, uma histórica das páginas do Expresso, no romance. A envolvente da obra, de nome "Pai Nosso", é precisamente o médio oriente e o terrorismo e a guerra que já está aqui (é impossível deixar de fazer o paralelismo com o lançamento de “Submissão”, de Houellebecq, que em janeiro decorreu precisamente em cima dos atentados ao Charlie Hebdo).
Já amanhã, na Revista E do Expresso, pode ler a entrevista de Ricardo Costa e Cristina Margato a Clara Ferreira Alves.

Por hoje é tudo. Bem sei que o Curto foi algo longo, mas o peso dos temas justifica-o. Se aqui chegou, espero que concorde. Tenha uma grande sexta-feira.
 
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EL VENTANO - 20 DE NOVEMBRO DE 2015

Aquel rey al que quisimos tanto

0000000 reyyyyyy

La duda es si el rey se estropeó, o fue siempre así. Si lo de sus últimos años es solo que el blindaje aflojó. Si ya en 1975, en 1981 o en 1990 era así, tenía también esas amistades, amantes y negocios, y simplemente no se publicaba. Si ha sido el mayor comisionista de España (Isaac Rosa)

Entre tanto frenesí periodístico, de Cataluña a París, casi se me pasa felicitar al rey emérito, Juan Carlos, que este fin de semana celebra cuarenta años de la primera vez que se colocó la corona. Tal día como hoy de 1975 murió “el anterior jefe de Estado”, se activaron las “previsiones sucesorias”, y 48 horas después el nuevo rey juró ante las Cortes franquistas.
Pocas ganas veo de celebrar la efeméride. Para empezar, porque aquel no fue el primer acto de la democracia, sino uno de los últimos de la dictadura. Pero es que además el ex rey no está hoy para fiestas. O más bien, no lo estamos sus ex súbditos. ¿Queda algún ‘juancarlista’ en la sala?
En una democracia más sólida que la española, algún juez estaría investigando las muchas sombras del rey. En los últimos tiempos, a medida que se resquebrajaba el blindaje informativo que lo protegía, hemos oído hablar de cuentas suizas, millones suizos, testaferros suizos, dúplex suizos, estafas suizas y paraísos fiscales (no solo suizos). Como no se puede investigar, ahí queda. Y muchos tenemos la pegajosa sensación de que eso es solo la puntita, y circulan todo tipo de secretos a voces que apuntan al enriquecimiento del rey.
La versión de los ex juancarlistas es que el rey se echó a perder. Que era un gran rey, un hombre entregado a su país, pero en los últimos años se estropeó, se arrugó, se descompuso. Y por eso lo cambiamos por un rey nuevo, que es lo bueno de la monarquía: te caduca uno, y tienes otro nuevo de recambio. Y a seguir tirando.
La duda es si el rey se estropeó, o fue siempre así. Si lo de sus últimos años es solo que el blindaje aflojó. Si ya en 1975, en 1981 o en 1990 era así, tenía también esas amistades, amantes y negocios, y simplemente no se publicaba. Si como repite Gregorio Morán, el rey ha sido el mayor comisionista de España. Si eso que todos hemos oído alguna vez sobre los barriles de petróleo árabes a porcentaje es cierto o leyenda urbana. En el país de los “secretos a voces”, durante cuatro décadas en las que no se publicaba nada, la manera que algunos periodistas tenían de demostrar que estaban en la pomada era contando en voz baja cosas del rey. Y ninguna buena.
Para responder a esas preguntas, les recomiendo ir al teatro. No se me ocurre mejor manera de “celebrar” estos cuarenta años que con la genial obra de Alberto San Juan, El rey, en el Teatro del Barrio. En hora y media vemos pasar la historia reciente de España, encarnada en la vida del rey, desde su infancia.
Y lo mejor es que la obra se detiene en los ochenta, pasando por alto lo más reciente, Corinna, Botswana, Urdangarin y demás. Todo eso ya lo sabemos, y San Juan ha entendido que la linterna hay que dirigirla a los años anteriores: sus relaciones con la dictadura, su papel en la Transición y ya en democracia. Y sobre el escenario no hay inviolabilidad que valga.
No se pierdan El rey. Aparte de la inteligente puesta en escena y el trabajo asombroso de Luis Bermejo, Guillermo Toledo y el propio San Juan, les garantizo que se reirán. Mucho. A carcajadas. Pero no es una risa liberadora, sino más bien siniestra, chunga, de esas que, sin poder parar de reír, te hacen preguntarte de qué coño te estás riendo: ¿del rey, o de nosotros que lo quisimos tanto?
A la salida del teatro, todavía con las últimas risillas, yo me preguntaba si el actual rey es el que vemos, o tendremos que esperar a que dentro de cuarenta años un autor teatral nos lo cuente.

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