quinta-feira, 27 de agosto de 2015

EXPRESSO CURTO - 27 DE AGOSTO DE 2015



Expresso
Bom dia, já leu o Expresso Curto Bom dia, este é o seu Expresso Curto

Miguel Cadete
Por Miguel Cadete
Diretor-Adjunto
 
27 de Agosto de 2015
 
Sporting - 0; CSKA - 14
 
Olá!

Ainda estamos em férias
: mas podemos sempre pensar na bolsa de Xangai, nos debates da campanha eleitoral ou até nos candidatos da direita às presidenciais. Vamos até pensar em todas essas coisas mas o que realmente se torna incontornável é a derrota do Sporting, ontem, perante o CSKA de Moscovo. O assunto é, obviamente, desinteressante mas também apaixonante: tratava-se de um jogo de futebol em que se disputavam 14 milhões de euros. Ao qual chegava com mínima vantagem o clube português. Foi tudo por terra: o Sporting perdeu o direito a ganhar a eliminatória, pois levou três golos contra um, e por consequência, perdeu também os 14 milhões de euros que davam acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões.

Nada fora do normal: caso tivesse sido apurado, o Sporting só poderia almejar, na melhor das hipóteses, jogar com o PSV Eidhoven, Manchester City ou Malmoe. Mas essa seria uma hipótese entre cinquenta mil (confesso que não fiz as contas, mas isto só serve para tentar demonstrar que o SCP não tem cabedais para estas cavalarias). Ontem vimos o Sporting a tentar viver, artificialmente, onde afinal não podia viver.

Mas o que não tem remédio, remediado está. Apesar do resultado de 2 – 1, em Alvalade, e apesar também de ter chegado a uma vantagem louca na segunda mão, ao colocar-se a vencer por 1 - 0 em Moscovo, o Sporting foi capaz de deitar fora a eliminatória e esbanjar 14 milhões de euros. Caso fosse jogador de FIFA 2015, o treinador do Sporting saberia quem era Doumbia, OP, ou overpower player. Assim sendo...

Na noite em que foi anunciada a contratação de Jorge Jesus para o Sporting, fui capaz de dizer aqui que se tratava de pura destruição de valor. Hoje, passaram quase três meses, e então já sabemos que é muito mais do que isso. Rui Vitória devia ter ficado no Guimarães. O lugar de Marco Silva era realmente no Sporting – onde mantinha uma folha de resultados invejáveis – e Jorge Jesus havia de ter ficado no Benfica, o clube onde em seis anos havia conquistado três campeonatos nacionais.

Verdade? Mentira. Jesus, depois de uma excelente época de Marco Silva, chegou ao Sporting com fama de ganhador. Venceu os primeiros jogos, nas taças e torneios menores, e ainda abichou a conquita do Troféu Cinco Violinos contra a AS Roma. Conquistou também, a 9 de agosto, a Supertaça contra o Benfica. Tinha montado uma equipa. Ou não? Afinal, o super treinador mudou o onze no jogo da segunda jornada, contra o Paços Ferreira, em casa[MC1] [MC2] , e empatou. Voltou a mudar a equipa no jogo decisivo da segunda mão da eliminatória da Liga dos Campeões, depois de uma esclarecedora vitória na primeira mão, e voltou a perder.

Ou seja, Jesus teve fama e proveito enquanto aplicou o seu proverbial método de jogo, com dois pontas de lança (Slimani e Gutiérez) e falhou em todos os jogos em que tentou mudar esse aparato: ao introduzir Aquilani e, sobretudo, Montero, quando já estava provado que a dupla de avançados que funcionava era com Teo e Slimani.

Com este esquema, e com uma vontade que carece de razão para defender o resultado, o Sporting apresentou-se em Moscovo como em Paços de Ferreira. À espera do que dava como garantido. Nos dois casos, e ontem foi evidente, perdeu a aposta.

Quem fez essa aposta é um treinador que, aparentemente, custa cinco milhões por ano. Mas que se tem mostrado incompetente qb.

Porque não consegue ganhar ao Paços Ferreira em Alvalade? E porque não é capaz de entrar na fase de grupos da Liga dos Campeões?, o que não seria tão importante se não estivessem em causa 14 milhões de euros.

Não entendo nada de futebol, mas nessas duas situações percebi que Jorge Jesus tinha medo. Falo dos jogos com o Paços e com o CSKA, onde não tinha soluções para alterar a situação. Não por culpa do plantel, mas por culpa, provavelmente, da imensa variedade soluções que esse plantel permite.

Depois do jogo com o Paços, e do último, ontem, com o CSKA, ficou patente o desconforto do treinador com a equipa do Sporting. A eliminação da Liga dos Campeões vai permitir resolver alguns assuntos: o salário de Carrillo não irá subir. E até pode sair mais tarde, já desmotivado. William poderá realmente ser transferido. Ou mesmo Adrien, que poderá deixar Alvalade, de maneira a colmatar a ausência dos tais 14 milhões de euros.

Agora, dir-me-ão que o campeonato do Sporting não é a Liga dos Campeões. Que a fama de Jesus vem, e continuará a vir, do campeonato nacional. Ele lá sabe. E a verdade é que sabe.

Mas poderá o Sporting crescer se não ganhar uma competição europeia?

Será Jesus o melhor treinador para o Sporting? E Rui Vitória para o Benfica? As jornadas que se vão completando dizem que não. E a bicada do século pode não ter sido assim tão grande. O Sporting segue para a, mais consentânea, Liga Europa. Caso contrário, e fora os 14 milhões, alguém imaginava que fosse possível sucesso num grupo que miraculosamente não tivesse o PSV Eidhoven. Malmoe ou Manchester City? (Esta é só para quem se lembra).

OUTRAS NOTÍCIAS
“Coligação assume votação acima do PS”. O Jornal de Negócios diz em manchete que PSD e CDS pressupõem maioria absoluta. O que é que isto vale? Vale o que vale.

Merkel declara tolerância zero à xenofobia contra migrantes na Alemanha (no Diário Económico). Um grande revés para os que faziam bigodinhos de Hitler na senhora que domina os destinos da Alemanha e da Europa. Afinal, os migrantes podem ser bons e repor os índices de trabalhadores necessários à preservação do sistema de segurança social. Quantos vão entrar em Portugal? O que dizem os nossos governantes ou pretendentes a governantes, sobre isto. Ver tema de capa da Revista do Expresso no próximo sábado.

A esse respeito, a manchete do “Diário de Notícias” diz que já há cinco ministérios em Portugal que estão a tratar da entrada de 1500 migrantes. A Polícia tem um plano de contingência e tudo parece estar a funcionar às mil maravilhas. Merkel perguntaria, provavelmente com toda a razão, se eles vão pagar as nossas pensões de reformas.

Rui Rio não avança em Setembro enquanto candidato presidencial, diz o i. Adiou a decisão e, aparentemente, a salganhada dos candidatos de direita que querem ser presidentes. É um fartote: Marcelo, Rio e Santana. Tudo ao molho e fé em Deus. E todos à espera de um resultado nas legislativas que não permita a Passos dizer quem avança. O PSD tem que perder. Mas também há quem queira o lugar de líder do PSD. Que diz Portas?

A vida não é só filmes destes. Também há fitas: Miguel Gomes, realizador de cinema, conta ao i, e também ao Público, ao Expresso e imagino que ao Diário de Notícias, que o seu filme tinha a “ambição de fazer o retrato do estado de alma do país”. Cobertura mediática transversal ou o verdadeiro choque com o “Pátio das Cantigas”? Leonel Vieira, a não perder, sábado, na página 6 do Expresso, explica o êxito do seu último filme, o mais visto entre todos os estreados por realizadores portugueses.

Sardinha começa a faltar mas restaurantes aguentam preço. É um título do Correio da Manhã que nos interessa, até porque a sardinha, mesmo pequenina, é uma portentosa arma contra várias doenças.

Stieg Larsson morreu e eu já não me estou a sentir lá muito bem. O certo é que o modo de produção escandinavo não dá mostras de parar. Depois de ter falecido, o popular escritor do “dark side” sueco deu origem a um sucessor. Não sabemos se sucedâneo. O mundo ainda não leu mas, à partida, considera que “A Rapariga Apanhada na Teia”, prosa de David Lagercrantz, é digno sucessor dos três primeiros volumes de uma saga que transformou a rapariga Salmander em heroína do século XXI. Quem quer dar uma voltinha?

Sara Sampaio com amigas nas cascatas do Gerês. É só um título do Jornal de Notícias, mas parece bem. Aguardamos aventuras no Pulo do Lobo, Ilha do Pico ou arrecadação da Juve Leo, no Estádio de Alvalade. Portugal perece, aqui ou lá fora.

FRASES
“Fomos nitidamente prejudicados nos dois jogos”, Jorge Jesus

“Sei o que é a sorte. Tive muita”, Keith Richards

“O ideal seria haver um único candidato”, Marques Mendes na Universidade do PSD

“Não fui a Pequim porque o comité não me levou”, Fernanda Ribeiro ao DN

“Futebol mete nojo”, Cláudia Carvalho, mulher de Bruno de Carvalho, presidente do SCP

O QUE EU ANDO A LER
Perdoem-me por não andar a ler os livros que, por estes dias, são publicados. Gasto mais tempo, e dinheiro, em porcarias como “Isabel, filha de D. João I, prolongamento histórico de Joana d’Arc”, coisa que saiu da pena de Alfredo Gândara tendo sido dada à estampa em 1954 (com prefácio de João de Barros), e chancela do Centro Tipográfico Colonial. É irrelevante, como já imaginam, mas preenche uma falta que nem Joaquim Pedro Oliveira Martins, autor dos “Filhos de D. João I” tinha querido preencher. Eça de Queirós, o seu amigo, dizia que ele se fartava de inventar mas nem mesmo assim, nessas epístolas reveladoras, o historiador deu espaço à mulher que havia de casar com o Duque da Borgonha e ser pintada, e logo por duas vezes, por Jan van Eyck, o maior pintor da Flandres.

Ora, Isabel foi sendo esquecida e apenas rememorada episodicamente. Mesmo que tenha sido a mulher mais poderosa na Europa do século XV, mesmo que no mando, na arte ou no sacrifício tenha sido ela a liderar, o certo é que os historiadores não lhe ligaram pevide. Há uma monografia que dizem ser muito boa, mas que também é muito cara, assinada por uma francófona, Monique Sommé, à qual não tive acesso por ser tremendamente cara. E há este livrinho do Gândara, que mesmo produzido sob os vigores do Estado Novo, não deixa de carrear novas ideias sobre a irmã do Infante D. Henrique, Infante D. Fernando e Infante D. Pedro, os que ficaram conhecidos pela Ínclita Geração, até por terem sido armados cavaleiros em Ceuta, na Mesquita que transformaram em templo cristão. Porém, ela é a mulher que muito provavelmente mais do que eles mandou sobre a Europa que, na altura, interessava. Não vos maço mais, mas escutem este pedaço sobre quem até há poucos dias tinha o retrato plasmado na exposição de Rogier van der Weyden, no Museu do Prado, em Madrid: “Por ela foi estadista, diplomata e chefe militar. Por ela - e também pelo desvelo ardente de cruzada – operou o casamento da nossa D. Leonor, filha de D. Duarte, com o imperador da Alemanha, Frederico III, na esperança de que a sobrinha a ajudasse a substituir por complacência o ódio imperial, que, no tempo de Segismundo, impotente e rancoroso, mostrou medonha carranca, e a colocar a coroa real na fronte do marido, e, além disso, movesse o Habsburgo a cumprir o seu dever europeu, perante a cruciante e a cada vez mais terrível ameaça do turco”.

Obviamente, falhou.

Hoje, não deixe de saber tudo o que acontece em www.expresso.pt. Mais logo, lá pelas 18h, conheça o Expresso Diário, a publicação que diz de antemão o que trazem os diários do dia seguinte. E claro, amanhã, pela fresca, há mais um Expresso Curto.

Tenha um bom dia!
 
 
O grupo Impresa pretende oferecer um serviço personalizado de qualidade, 

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ANTÓNIO FONSECA

DAG VULPI - 27 DE AGOSTO DE 2015


Dag Vulpi


Delatores Youssef e Costa mencionam repasse de propina a Guerra e Aécio
Posted: 26 Aug 2015 08:58 AM PDT

Leandro Prazeres Do UOL
Dois dos principais delatores da operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, mencionaram nesta terça-feira (25) que políticos do PSDB receberam recursos desviados de empresas estatais como a Petrobras e Furnas. Entre os beneficiados estariam o ex-presidente nacional partido Sérgio Guerra e o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

As declarações de Costa e Youssef foram feitas durante uma acareação realizada nesta terça-feira na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras na Câmara. Costa e Youssef disseram que Sérgio Guerra recebeu R$ 10 milhões para "abafar" uma CPI no Congresso Nacional para investigar irregularidades na Petrobras em 2009. O dinheiro, segundo a dupla, teria sido pago pela empreiteira. Segundo Youssef, o dinheiro foi pago pela empreiteira Camargo Correa, uma das investigadas pela operação Lava Jato.

Costa disse que foi procurado por Guerra e pelo deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) para que o dinheiro fosse encaminhado ao líder tucano. "De minha parte, posso dizer que eles receberam", afirmou Costa. Sérgio Guerra morreu em março de 2014.

Deputados do PT seguiram questionando os dois delatores sobre suspeitas de pagamento de propina a líderes tucanos. Jorge Sola (PT-BA) perguntou a Youssef se ele tinha conhecimento das informações de que o senador Aécio Neves teria recebido dinheiro de propina relativa a contratos da estatal Furnas. "O senhor confirma que Aécio recebeu dinheiro de corrupção de Furnas?", indagou Sola. Youssef disse ter ouvido sobre isso do ex-deputado José Janene, morto em 2010: "Eu confirmo por conta do que eu escutava do deputado José Janene, que era meu compadre, e eu era operador dele", disse Youssef. Janene é apontado como o responsável pela indicação de Paulo Roberto Costa à direção de Abastecimento da Petrobras.

Em nota oficial, o diretório nacional do PSDB rebateu as afirmações dos delatores. "Como já foi afirmado pelo advogado de Alberto Youssef e, conforme concluiu a Procuradoria Geral da República (PGR) e o Supremo Tribunal Federal (STF), as referências feitas ao senador Aécio Neves são improcedentes e carecem de quaisquer elementos que possam minimamente confirmá-las."

O texto prossegue questionando as motivações de tais declarações: "Não se tratam de informações prestadas, mas sim de ilações inverídicas feitas por terceiros já falecidos, a respeito do então líder do PSDB na Câmara dos Deputados, podendo, inclusive, estar atendendo a algum tipo de interesse político de quem o fez à época."

A partir das menções feitas a Aécio Neves e a Sérgio Guerra, deputados do PT e da oposição travaram uma espécie de "batalha" ao longo da acareação. Em diversos momentos, quando deputados oposicionistas faziam perguntas sobre líderes do PT, deputados governistas gritavam o nome de Aécio. 

Youssef disse ainda que chegou a enviar recursos oriundos de propina a Belo Horizonte, mas negou que fossem direcionados ao senador Antonio Anastasia (PSDB-MG).

"Com referência ao Anastasia, eu mandei, sim, dinheiro para Belo Horizonte, mas não fui que fui entregar. Então, a mim não foi dito que era para o Anastasia. Mas quem foi lá entregar foi o Jayme [Alves de Oliveira Filho], então só ele pode dizer a quem ele entregou. Eu posso dizer que recebi um endereço, um nome, e mandei entregar. Esse nome que eu recebi, me lembro muito bem, não era o Anastasia. Tinha outro nome e tinha outro endereço", afirmou.

Em março deste ano, Aécio negou participação no esquema de Furnas. "A chamada lista de Furnas - relação que contém nomes de mais de 150 políticos brasileiros de diferentes partidos - é uma das mais conhecidas fraudes políticas do País e já foi reconhecida como falsa em 2006 pela CPMI dos Correios", disse o tucano em nota. Segundo a nota, a "lista de Furnas" surgiu em 2005 como "tentativa de dividir atenção da opinião pública" em meio à revelação do mensalão.

Em relação ao PT, Youssef disse que a presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinham conhecimento do esquema de desvios de recursos públicos da Petrobras investigado pela Polícia Federal e pelo MPF (Ministério Público Federal). Ambos negam.

Leia a seguir a íntegra da nota oficial do PSDB sobre os depoimentos dos delatores:

"Como já foi afirmado pelo advogado de Alberto Youssef e, conforme concluiu a Procuradoria Geral da República (PGR) e o Supremo Tribunal Federal (STF), as referências feitas ao senador Aécio Neves são improcedentes e carecem de quaisquer elementos que possam minimamente confirmá-las.

Não se tratam de informações prestadas, mas sim de ilações inverídicas feitas por terceiros já falecidos, a respeito do então líder do PSDB na Câmara dos Deputados, podendo, inclusive, estar atendendo a algum tipo de interesse político de quem o fez à época.

Em seu depoimento à Polícia Federal, conforme a petição da PGR, Youssef afirma que: "Nunca teve contato com Aécio Neves" (página 18) e que "questionado se fez alguma operação para o PSDB, o declarante disse que não" (página 20).

Na declaração feita hoje, diante da pressão de deputados do PT, Yousseff repetiu a afirmativa feita meses atrás: de que nunca teve qualquer contato com o senador Aécio Neves e de que não teve conhecimento pessoal de qualquer ato, tendo apenas ouvido dizer um comentário feito por um terceiro já falecido.

Dessa forma, a tentativa feita pelo deputado do PT Jorge Solla, durante audiência da CPI que investiga desvios na Petrobras, buscou apenas criar um factoide para desviar a atenção de fatos investigados pela Polícia Federal e pela Justiça e que atingem cada vez mais o governo e o PT."

OBSERVADOR - 360º - 27 DE AGOSTO DE 2015


360º

Por João Cândido da Silva, Editor de Economia
Bom dia!
Enquanto dormia 

"Sou, desde há uns tempos, um barril de pólvora humano apenas à espera de fazer 'boom'". As palavras são de Vester Lee Flanagan, o homem que, nesta quarta-feira, alvejou e matou dois jornalistas na Virgínia, Estados Unidos, quando ambos faziam uma entrevista em direto. Um dia depois, do tiroteio, a imprensa tenta compreender o que se passou e quais foram as motivações. Ex-colega das vítimas, na WDBJ TV, Flanagan queixava-se de ter sido alvo de "homofobia" e de declarações "racistas". Duas horas após o crime, a ABC recebeu um fax com 23 páginas, uma espécie de nota de suicídio.

A bolsa de Xangai registou quedas violentas durante o início desta semana. O principal índice deste mercado recuou mais de 8% na segunda-feira, caiu 7,6% no dia seguinte e desceu mais 1,2% na quarta-feira. Nesta quinta-feira, arrancou as transações em subida e os investidores deparam-se com uma volatilidade menor. Mas as tensões na economia chinesa permanecem.

O orçamento para a campanha eleitoral que a coligação Portugal à Frente entregou junto da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos prevê uma subvenção estatal mais elevada do que a prevista pelo PS no seu orçamento. Como o valor estimado pelos partidos para a subvenção é calculado em função do número de votos que acreditam ir ter nas eleições, tal indica que Pedro Passos Coelho e Paulo Portas esperam ter maior número de votos do que António Costa. As contas revelam otimismo na coligação, de acordo com o Jornal de Negócios.

Um tema quente que vai agitar o país durante setembro. O Governo deverá aprovar esta quinta-feira em Conselho de Ministros o novo estatuto da PSP, envolto em polémica e que está a ser contestado pelos sindicatos do setor que já convocaram uma greve à multa e manifestações. Saiba o que está em causa e por que motivos o diploma é contestado.

"Na quarta-feira, o Novo Banco confirmou que mais de 50% dos emigrantes que subscreveram produtos do BES (Banco Espírito Santo) já aceitaram a proposta para o reembolso faseado do capital investido. Isto significa que 3.500 dos 7.000 clientes não residentes aceitaram a proposta que prevê o reembolso da maioria do capital investido num período de seis anos". Mas os problemas não estão todos resolvidos. E um grupo de "lesados" manifesta-se nesta quinta-feira em frente ao Ministério das Finanças, em Lisboa.

Informação relevante
"O Sporting está fora da Liga dos Campeões. Voltou a não vencer na Rússia. Jorge Jesus também não. Os verde e brancos “desperdiçaram” 12 milhões de euros. E logo contra um adversário que não lhes foi superior nos dois jogos que ambos disputaram, que não é melhor que o Sporting com a bola a rolar, mas que o Sporting não soube travar". A crónica do jogo que terminou com um resultado que afasta os leões de uma prova milionária.

Desde 1992, o nível da água do mar subiu perto de oito centímetros, a nível global. “É muito provável que a situação piore no futuro”, alertou Steve Nerem, geofísico da Universidade do Colorado, durante a apresentação de novos dados sobre um fenómeno atribuído ao aquecimento da temperatura. Veja um vídeo preparado pela NASA que mostra a evolução.

A esperança média de vida global subiu em mais de seis anos nas últimas décadas, apesar de também ter aumentado o tempo em que as pessoas convivem com doenças e incapacidades, segundo um estudo publicado esta quinta-feira pela revista The Lancet. O progresso registado cria novos desafios.

São um projeto de Almada que presta homenagem ao Cante Alentejano. Estiveram ao vivo na redação do Observador para partilhar uma visão muito particular desta tradição musical portuguesa. Ora veja e escute.

Os nossos Especiais
No setor das tecnologias da informação, a falta de quadros cria problemas às empresas portuguesas. Muitos profissionais, mesmo tendo emprego em Portugal, preferiram emigrar. Melhores salários são um dos incentivos, mas não são o único. As organizações que recebem estes quadros têm outra atmosfera, uma gestão mais equilibrada entre os recursos humanos e o objetivo de realizar lucros. Conheça as experiências de vários portugueses que optaram por se fixar noutros mercados. Por Ana Pimentel.

Alexis Tsipras aceitou as condições para um terceiro resgate à Grécia, mas perdeu o partido que lidera. No Syriza, aumenta a dissidência, sucedem-se as demissões de deputados desiludidos com o rumo tomado por Atenas e sobem de tom as críticas a Tsipras. A ala mais radical do Syriza já lançou um novo partido, o Unidade Popular, que promete conquistar uma fatia dos eleitores de esquerda. Ainda assim, Alexis Tsipras mantém-se à frente nas sondagens sobre as eleições que decorrerão em setembro. Por Nuno Martins.

Cinco minutos para devorar um bolo, muitos mais para perder as calorias da guloseima. A equação nunca é justa para quem é bom de garfo, é certo. Mas quisemos perceber quão injusta é. Pedimos a duas nutricionistas para nos indicarem o tempo de exercício físico que é preciso despender (caminhar, correr e andar de bicicleta) para queimar as calorias de determinado produto. Por Catarina Marques Rodrigues.

"Estamos, literalmente, rodeados de sofrimento. Mas, na medida em que há algo de essencial que se deixa exprimir no capítulo sob a forma de palavras, não conheço escrito que melhor o faça, de um modo indisfarçadamente humano, do que o Livro de Job". A opinião de Paulo Tunhas.

Notícias surpreendentes
Vincent é um bebé sueco de nove meses que simboliza um laço para três gerações da sua família, diz a BBC. Ele nasceu do útero transplantado da própria avó para a mãe. A história é contada pela Associated Press. Veja aqui.

Vinte e duas mil pessoas, 175 toneladas de tomate, uma batalha. Foi assim que se celebrou o 70.º aniversário da tradicional festa valênciana La Tomatina de Buñol. Todos os anos, no dia 26 de agosto, pessoas de todo o mundo juntam-se para arremessarem tomates, numa festa que tinge de vermelho as ruas de Buñol. Passe uma vista de olhos pela fotogaleria.

Ficar parado a olhar para um quadro do museu é coisa do passado. Pelo menos na nova exposição da Tate Gallery, em Londres. Uma nova experiência digital inclui um filme em que os objetos podem ser sentidos, um jogo de vídeo em que se podem tocar as pessoas e um e-mail que pode ser cheirado.

Sapatilhas da Mike, chapéus da Pimp, calças da Dolce&Banana. A Internet está recheada de imagens hilariantes de objetos que quiseram ser de marca, mas que nem estiveram perto de o conseguir. Só faltam uns óculos de sol da Ferarri.

A criação de carruagens exclusivamente para mulheres está a ser discutida no Reino Unido para reduzir os crimes sexuais e o assédio feminino. A ideia partiu de Jeremy Corbyn, um dos candidatos à liderança do Partido Trabalhista britânico. Quase metade das mulheres queixa-se de ser alvo de assédio nas ruas.

A primeira Super Lua de 2015 vai ocorrer neste sábado. O satélite natural da Terra, em fase de Lua cheia, vai parecer maior do que o habitual quando está próximo do horizonte. Se gosta de olhar para o céu, não se esqueça de o fazer.

Tenha um excelente dia.

Ah! Aprecia música que conjugue folk e pop, tocada em ambiente intimista, apenas com recurso a instrumentos acústicos? A 1 de novembro, no Teatro Tivoli, em Lisboa, tem a oportunidade de ver e ouvir Sam Beam, ou melhor, Iron and Wine. Para aguçar o apetite, aqui fica um das canções deste músico.
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ANTÓNIO FONSECA

EL VENTANO - 27 DE AGOSTO DE 2015


el ventano


El nivel del mar ha subido casi 8 centímetros de media en los últimos 23 años
Posted: 26 Aug 2015 11:46 PM PDT




El nivel del mar ha subido casi 8 centímetros de media en todo el mundo desde 1992 a causa del calentamiento global, según la Agencia Aeroespacial Estadounidense, NASA. El organismo ha alertado de que se trata de una tendencia que se mantendrá en los próximos años y que podría empeorar en el futuro.

El estudio sitúa el incremento en el nivel de los mares en todo el mundo en 7,62 cm por encima de 1992, aunque la situación varía según las diferentes partes del mundo, y en algunos sitios el incremento llegó a superar los 22 centímetros. Las zonas más perjudicadas son la costas del Pacífico de Asia y Oceanía, así como el Mediterráneo Oriental y la costa atlántica de América.

El principal culpable del incremento del nivel de los océanos y los mares es el calentamiento global, causado en gran medida por la actividad humana, y responsable de que se derritan glaciares y grandes masas de hielo en los polos y de que suba la temperatura del agua, lo que hace que se expanda.

Los científicos han avisado de que, incluso si se tomasen acciones para tratar de revertir la situación y se lograse cambiar la tendencia, se tardaría siglos en lograr un retorno a los niveles previos al cambio climático.

La subida del nivel del mar pone en riesgo el futuro de numerosas ciudades y pueblos costeros en todo el mundo, y amenaza con borrar del mapa para siempre multitud de islas, con lo que en algunos casos, especialmente en el Pacífico, desaparecerían países enteros.






Efe


Josefa Hernández, la abuela que tenía una choza descarriada
Posted: 26 Aug 2015 10:20 PM PDT

En un país con decenas de imputados oficiales no se puede estampar a una mujer más contra la cárcel por negarse a vivir en la calle con dos hijos, una de ellas discapacitada, y tres nietos menores. Una honda injusticia que nunca se da del mismo modo cuando se goza de algún recurso (Antonio Lucas)


Josefa Hernández, ante su casa en la isla de Fuerteventura


La presa Josefa Hernández, de 63 años y natural de Fuerteventura, es una delincuente por obra y gracia del Juzgado de lo Penal número 2 de Puerto del Rosario. El delito de esta mujer, con dos hijos y tres nietos a su cargo, es no cumplir la orden de derribo de su infravivienda, levantada en una zona protegida del parque rural de Betancuria y donde penaba con su tribu. El desacato la ha llevado a la cárcel por una sentencia perversa, exagerada y pobre. La eficacísima Justicia es insuperable cuando actúa contra el desplazado, contra el invisible.

Armada con una gafas que lloran solas, a esta presa le concederá Rajoy el indulto este viernes (dios se lo pague). Así que pronto volverá a la calle, a su pollada y a su miseria. Y también a su cielo, pues la soledad es el cielo de los pobres. Toda la trampa electoral se exhibe en este caso plena de vergüenza, con su reventa de promesas que no sirven de nada. A esta mujer se le adivina el drama por los espacios blancos de su biografía. No hay mucho que contar de ella. Sobrevive a la escasez y poco más.

La sentencia, difícil de interpretar, recuerda a aquella otra por la que en 1994 cascaron una multa de un millón de euros a un padre y su hijo por cazar un lagarto verdinegro para poder cenar. A los desgraciados siempre les pillan con la suerte del revés. Cazan un lagarto que no abulta y los zarandean como si escapasen con el último bucardo de estraperlo en el zurrón. Aún no he visto a ninguno de esos absurdos políticos cazadores (o jueces, o fiscales, o reyes) pagar multa por exceso de venados abatidos, perdices de más o por un gran elefante (que es la cabina telefónica de la selva, según Ramón Gómez de la Serna).

A Josefa la sacarán de prisión, pero es que humanamente no tendría que haber entrado. Ahora que los partidos prometen casitas de papel para todo el mundo, el juez encierra a una señora por tener la choza descarriada. En un país con decenas de imputados oficiales no se puede estampar a una mujer más contra la cárcel por negarse a vivir en la calle con dos hijos (una de ellas discapacitada) y tres nietos menores.

La última relación de alguien así con el mundo es la de una honda injusticia que nunca se da del mismo modo cuando se goza de algún recurso. Nadie entre los que mandan ha tenido la decencia de interesarse desde Madrid por el caso de Josefa hasta que salió en la tele. El juez, muy magnánimo, ordenó el desahucio y pa'lante. La ley es la ley, ya sabemos para quién y de qué modo. Suponemos que esta mujer se multiplica por mil en la asombrosa España del crecimiento y la recuperación. Así que no estaremos tan recuperados, ni tan asombrosos, ni tan crecidos.

A esa clase baja de entresuelo se le aplica una violencia (social) que no entiende de programas ni promesas. Suelen ser siempre los mismos. Si no es un viejo, al que se baja por el hueco de la escalera con la soga del piano, es una mujer que viene con el capacho de la compra sin nada que comprar. Una mujer castigada con desmesura. Una mujer sin más atenuante que el miedo a la intemperie. Una mujer por quien sólo lloran las vecinas. Una mujer perdida en esta democracia. Una mujer que sólo pidió una salida y le aplicaron el ejemplo de una celda.


Antonio Lucas


Íñigo Errejón desmenuza el último editorial de El País sobre Podemos
Posted: 26 Aug 2015 09:32 PM PDT

El País fija los límites de lo tolerable, reivindica de forma naturalizada el derecho a adjudicar posiciones, escribe la historia y la verdad de Podemos y fabrica un espacio marginal en el que recluirnos. Una maniobra de cerco que lleva meses en marcha: hay que encerrar a Podemos a hablar de sí mismo (Íñigo Errejón)




Este editorial de El País ha de ser leído con mucha atención. Representa quizás la versión más inteligente, explícita y acabada de los proyectos tácticos del régimen frente a Podemos y el cambio político. Por eso merece la pena detenerse en él. No para indignarse o tratar de “matar al mensajero”, sino para estudiarlo e intentar sacar conclusiones a partir de lo que quiere el contrario y de dónde nos quiere situar. En este sentido, quería dejar algunos apuntes por si pueden servir para reflexionar y seguir con la discusión:

1) Es claro que el editorial no describe una situación dada, sino que milita y trabaja por ella (la foto no puede ser mejor expresión de esto). No estamos ante la opinión o valoración de un columnista, sino ante la posición oficial del periódico, que ha sido durante tres décadas uno de los más importantes intelectuales colectivos del régimen de 1978, y, en concreto, el que se ha encargado de la integración de los sectores progresistas en él. Su giro marcadamente conservador y su desgaste generacional le han hecho perder esa capacidad hegemónica, pero no el tono de autoridad, ni la voluntad de ser el heraldo del 78.

2) El texto pugna por imponer los nombres y adjudicar posiciones y papeles a los diferentes actores políticos. En ese empeño no puede ser más nítido: Podemos es una formación “a la izquierda” del PSOE, que tiene que coaligarse con otras fuerzas en ese estrecho espacio simbólico, que nunca será de mayorías, y ser, después, un socio subalterno y dócil del Partido Socialista. Ése sería su destino y repetirlo mucho, espera El País, puede contribuir a hacerlo realidad.

Hay toda una batería de debates y preguntas sobre la agenda de “la unidad/confluencia de la izquierda” en la que, por razones diferentes y no comparables, están interesados tanto los medios defensores de lo existente (¿por qué nos interpelan tanto con ello? ¿Qué interés tienen en la unidad de la izquierda? ¿Alguien cree que quieren ayudarnos o contribuir al cambio político en España?) como una parte de la izquierda.

He aquí, de nuevo, la ordenación del tablero de las identidades políticas en España que el 15-M trastocó y demostró que se podía subvertir generando una identidad popular nueva que agrupase y cercase a las élites viejas. Esta maniobra, que el texto refleja, es una manifestación más del intento de restauración del orden simbólico anterior.

3) El editorial fija los límites de lo tolerable, reivindica de forma naturalizada para El País el derecho a adjudicar posiciones —incluida la de “la centralidad”, que descubrieron con Vistalegre—, escribe la historia y la verdad de Podemos y fabrica un espacio marginal en el que recluirnos.

Primero, castiga a Podemos por ser “radicales-populistas” y desata una campaña del miedo que, a menudo, los entornos militantes menosprecian pero que es crucial e inspira constantes preguntas en los trenes o en la calle: “¿Es verdad que vais a quitarle a la gente su segunda casa?”, “¿es verdad que vais a prohibir las fiestas de moros y cristianos de mi pueblo?”. Esta campaña cortocircuita la simpatía y la detrae del apoyo político explícito, que se intenta desincentivar (“yo quizás les vote en la siguiente”) e, incluso, estigmatizar (“Podemos sería el caos”).

Acto seguido, El País castiga por el intento de eludir esa etiqueta. La conclusión es clara: va a haber hostigamiento cada vez que intentéis disputar las posiciones del sentido común de época, las ubicaciones potencialmente de mayorías. Pero puede haber un trato amable, e incluso ciertas dosis de reconocimiento, si os acomodáis al espacio residual de pura y folclórica minoría. Se puede ser radical y recibir elogios por ello.

Lo que no se puede esperar es recibir elogios y, a la vez, pretender construir una mayoría nueva para impugnar en serio el statu quo, asumiendo las dificultades y contradicciones que conlleva. El centro del tablero lo definen ellos, los que se plieguen a sus márgenes pueden ser radicales buenos. Los que no, se encuentran ante “el dilema”.

4) Hay —en realidad, ha habido desde que nacimos— un movimiento fundamental por parte de los creadores de opinión del régimen: cortar la transversalidad. Demostrar que es mentira, que no es más que un truco de marketing de politólogos, que “las bases” —que ellos nombran, cuantifican y elevan a categoría— no la quieren, que la ciudadanía no se la cree, que es cosa irremediable del pasado. Sus intelectuales golpean al mismo tiempo diciendo que esto es un proyecto antipolítico o de radicalismo político, de supresión de las ideologías y de ideologización extrema y arcaica. Sus hacedores de preguntas repiten las mismas una y otra vez, para que con independencia de las respuestas se genere el ruido de la duda. Sus hacedores de encuestas intentan enclaustrar, segmentar, fragmentar o redirigir la voluntad de cambio.

La transversalidad no es la renuncia a las ideas fuerza (como en las interpretaciones superficiales que hablan de los “significantes flotantes”), ni mucho menos la disolución del conflicto, que nosotros hemos llevado al primer plano de la política electoral e institucional. Es, por el contrario, la posibilidad de dibujar fronteras alternativas, que atraviesan las lealtades políticas de antes de la crisis.

Tampoco es creer que de golpe, en masa y sin retrocesos, la mayor parte de nuestros conciudadanos se vaya a pasar al campo del cambio, sino la apertura de vías para que la erosión de los partidos viejos y sus apéndices siga su curso y se articule. No es, en absoluto, una renuncia al pasado o al adn militante propio, pero sí una impugnación de la burla que supone que sea el enemigo el que nos cite en los terrenos y los temas sobre los que se siente más cómodo, más arropado y a salvo de sus vergüenzas.

5) El texto sigue en una maniobra de cerco que lleva meses en marcha: en medio de un proceso de agudísima descomposición moral y política del orden del 78, de contradicciones y escándalos en sus aparatos y actores, hay que encerrar a Podemos a hablar de sí mismo. Hay que cortar sus vínculos, acabar con sus posibles guiños e iniciativas para aislar a Podemos del descontento mayoritario, de la voluntad creciente de un país nuevo y más justo. Hay que distinguir ambas cosas como si no tuviesen nada que ver y levantar una muralla de polémica, que enrarezca y separe.

Además, esta maniobra disminuye las fuerzas en el agotamiento cotidiano de tener que estar respondiendo, desmintiendo, contestando, matizando o desactivando. El ideal es que Podemos sólo pueda hablar de lo que ocurre dentro de sus contornos —y ahí nadie va a ganar a los medios del régimen en defender el pluralismo y la democracia— para así asegurarse de que no crece más allá de esos límites.

6) La batalla moral. No ha comenzado aún el curso político, o arranca lentamente, y ya hay un estribillo repetido con tenacidad por los creadores de opinión del régimen: el cambio ya no es posible. Es tan poco posible que algunos trabajan día y noche para que esta idea cunda. Se trata de minar los ánimos del inmenso caudal de mujeres y hombres que militan por el cambio en sus pueblos, barrios, ciudades o centros de trabajo. Y desincentivar a los que simpatizan pero son más proclives a sumarse a las fuerzas ganadoras o en ascenso. Intentar generar una imagen de retroceso para provocar el retroceso.

No es la primera vez que ocurre y, de hecho, estas profecías se han sucedido casi con una regularidad mensual en este año político acelerado. Pero la insistencia, la virulencia y la coordinación de esa maniobra en diferentes sectores mediáticos e ideológicos del régimen pueden ser uno de los mejores indicadores para valorar las posibilidades de cambio político y de ruptura popular aún abiertas en España.

Hay que contar y generalizar nuestra historia, nuestros pasos, e ir advirtiendo de cómo se mueve el escenario. Hay que replicarlo, enviarlo, discutirlo y modificarlo. Que ningún militante o simpatizante del cambio se sienta solo, porque está rodeado por millones de personas que sólo un inmenso despliegue propagandístico podría tratar de hacer aparecer como una minoría. Tenemos inmensas tareas por delante, pero éstas no suelen coincidir con las que nos dictan quienes trabajan por la restauración oligárquica. Seguimos trabajando por el cambio político en España, pero os necesitamos a todos y a todas.


Íñigo Errejón


Las (esperpénticas) campañas antitaurinas que hacen los taurinos
Posted: 26 Aug 2015 04:12 PM PDT





La crónica de este presentador sobre las habilidades de un tal Charpeta en la tarea de poner rejones es para emitirla periódicamente entre los aficionados a los toros. Como, por ejemplo, entre los autores del aviso taurino, 'Si no hay toros, no hay fútbol', llegado al Concello de Lalín, en Galicia. Aquí algunos ejemplos estrambóticos de los defensores del maltrato animal para 'amenizar' el final del verano y que podrían servir para campañas contra estas salvajadas...







Ameazas que me chegan ao Concello. Lédeo, que non ten desperdicio... pic.twitter.com/lRvGKtTaOR
— Rafa Cuiña (@Rafiklalin) agosto 18, 2015






Una buena lección para estos Idiotas. No dejéis de verlo hasta el final... No tiene desperdicio. Estos son los valientes. ¡Bravo por el burro! Mi héroe
Posted by Sonia Azul Suárez on Miércoles, 1 de octubre de 2014








Cargos del PSOE se registraron desde el Congreso en la web de contactos Ashley Madison
Posted: 26 Aug 2015 11:59 AM PDT


Carmen Calvo, exministra de Cultura en el Gobierno de Zapatero


Cuatro diputados y una exministra, militantes todos ellos del PSOE, aparecen como personas registradas con sus correos del Congreso en la web de contactos Ashley Madison, cuya base de datos fue divulgada hace unos días por un grupo de hackers, con los nombres y direcciones de email de miles de sus miembros.

Los datos, a los que cualquier persona puede acceder, muestran cómo estos cinco militantes socialistas han utilizado sus cuentas de correo en el Congreso para acceder a la conocida página de relaciones, una actitud denunciable políticamente.

Sus nombres son Carmen Calvo, exministra de Cultura con Zapatero; Fátima Aburto, diputada por Huelva; José Luis Ábalos, diputado por Valencia; Cándida Martínez López, diputada por Granada, y Jesús Cuadrado, diputado por Zamora.

Las búsquedas también han encontrado que al menos 143 personas se registraron utilizando el correo institucional de la Junta de Andalucía





Fuente


Libros (para leer) de parte de la gente del común (y 2)
Posted: 26 Aug 2015 09:10 AM PDT





Elena Giner, en nombre de la honestidad

Siddharta, de Herman Hesse, o cómo dejar de buscar para encontrar-se.

Los Miserables, de Victor Hugo, por cómo retrata la profunda dignidad de la miseria y el dolor impotente de la injusticia.

Ébano, de Ryszard Kapuscinski, la dureza, pasión e intensidad de un continente que me atraviesa.




Pepe Paz, activista de colores irreverentes

Fracasar mejor, de Jorge Riechmann. Realismo transformador ante el "Ganar" como mantra hueco.

Teoría e Historia de la Revolución Noviolenta, de Jesús Castañar. El conflicto como oportunidad; superando 'urnas o armas' como únicas opciones.

El Convoy, de Denis Lapière. Releer el pasado o repetirlo... Porque el cambio y nosotrxs no nacimos ayer





Guiomar, indignada al final del trayecto

Poesía para los que leen prosa, de Miguel Munárriz.  Selección exquisita de autores contemporáneos. Para acercar la poesía a los no iniciados.

Un matrimonio de provincias, de Marquesa Colombi. Educadas para encontrar novio y casarse. A finales del XIX, allá en Novara, las mujeres también se casan y tienen hijos por los siglos de los siglos.

Las hermanas Bunner, Edith Wharton. Regentan una mercería, rodeadas de prejuicios y ajenas a un mundo exterior en el que se puede adquirir de todo. Hasta un reloj que cambiará dramáticamente sus vidas.




Luzía López, una vida entre animales

Bidas Crebazadas, de Rubén Ramos. Una novela donde se entrecruzan distintas historias de vidas marcadas por el Sida.

O bolito d'as sisellas, de Ánchel Conte. Una historia donde se juntan la defensa de la tierra y la búsqueda de la orientación sexual de dos adolescentes.

Un viejo que leía novelas de amor, de Luis Sepúlveda. Narración que nos adentra en el corazón del Amazonas y nos enseña a respetar a la Naturaleza.






Mariano Mérida, el señor de los galachos

El libro negro, de Omar Pamuk. Una novela que retrata el alma de Estambul,su ciudad natal, sus calles ,comercios, ríos y, por encima de todo, sus gentes.

Papeles, revista de pensamiento. Reflexiones sobre relaciones ecosociales y cambio llenan una de las mejores revistas que se editan en español sobre estos temas.

Nos vemos allá arriba, de Pierre Lemaitre. Un retrato feroz sobre las derivas sociaels tras la gran guerra europea de 1914 a través de la vida de tres personajes impresentables.





Javier Lambán, la socialdemocracia diletante

Dos visiones de España: discursos en las Cortes constituyentes sobre el Estatuto de Cataluña. Manuel Azaña y José Ortega y Gasset. Una lectura interesante para retomar la cuestión.

La sociedad de coste marginal cero, de Jeremy Rifkin. Anuncia la inmediatez de un modelo alternativo al capitalismo:la economía colaborativa

El capital en el siglo XXI, de Thomas Piketty. Un profundo y documentado ensayo sobre la igualdad




Marisol Arqued, un torrente de palabras con sustancia

Hombres sin mujeres, de Haruki Murakami. Su frase es: "cuando pierdes una mujer las pierdes todas"

El silbido del arquero de Irene Vallejo. Su frase es: "..hemos sobrevivido a la guerra, que es la locura de los hombres,y a la tempestad, que es la locura del mar"

Helena o el mar de verano de Julián Ayesta. Su frase (hay tantas...) es: "andando juntos y solos entre el silencio del mundo y del mar y del mundo, andando andando.





 Manuela S. Una jubilada con ganas de incordiar

La chica del tren, de Paula Hawkins. Unos viajes anodinos en tren se convierten en una ventana desde donde descubrir un extraño crimen

El curioso incidente del perro a medianoche, de Mark Haddon. La hipocresía de la sociedad retratada por la mirada lúcida de un muchacho que solo debería pensar en sus cosas.

La hoguera de las vanidades, de Tom Wolfe. Las altas finanzas, la Policía, los tribunales de justicia, las sectas religiosas... Un hilarante e irrepetible fresco, diseccionado con desenvuelta crueldad y acerada ironía.






Un cura detenido en abril en Córdoba por abusos a menores oficia en otra parroquia
Posted: 26 Aug 2015 04:27 AM PDT


La Iglesia mantiene en activo al cura Ignacio Mora, pero en otra parroquia


Ignacio Mora Vilaltella, el sacerdote detenido el pasado mes de abril en Villanueva del Duque (Córdoba) por abusos sexuales a menores y apartado de la parroquia de este municipio, ha sido nombrado por el Obispado párroco de la iglesia de San Sebastián de Espiel, a pesar de las declaraciones de la Iglesia contra estos hechos.

Mora Vilaltella fue arrestado por la Guardia Civil, por un supuesto delito de abusos sexuales, y un juzgado dictó una orden de alejamiento del párroco hacia su supuesta víctima, en Villanueva del Duque. A partir de ahora podrá seguir con sus prácticas, pero en otra parroquia.

El sacerdote ya estuvo en la cárcel condenado por atentado en sus tiempos de juventud, hace ya unas décadas, en una operación contra el grupo ultraderechista 'Milicia Catalana' que en 1989 atentó sin éxito contra el gobernador civil de Barcelona al que remitieron un paquete bomba, que fue interceptado por la Policía, en la que el cura participó.

Tras su detención por abusos sexuales, el Obispado de Córdoba emitió una nota de prensa muy contundente en la que mostraba su "tolerancia cero" con este tipo de delitos. "La Iglesia tiene mucho interés en defender, proteger y salvaguardar todos los derechos de los menores y establece el criterio de tolerancia cero para los casos de abusos", aseguró entonces la Diócesis de Córdoba en un comunicado.


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ANTÓNIO FONSECA

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