terça-feira, 26 de maio de 2015

OBVIOUS MAGAZINE - 26 DE MAIO DE 2015

OBVIOUS - Escolhas do editor‏

OBVIOUS - Escolhas do editor

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26-05-2015


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obvious, um olhar mais demorado. Escolhas do editor
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minha dívida com a literatura

por Estêvão Reis em 26/05/15  

Após muitos anos carregando a culpa por não ter lido O Pequeno Príncipe, embarquei em uma jornada ao lado de Antoine de Saint-Exupéry.

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carta ao amigo distante

por Thiago Borges em 26/05/15  

Apenas uma carta para brilhar nas horas terríveis do coração de um amigo.

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não tenha pressa, eu te espero

por Nathália Moura em 26/05/15  

As vezes não importa o quanto você tenta acompanhar alguém, há pessoas que sempre estarão a um passo à frente de nós. E nem sempre é por falta de esforço, de tentativa, de querer.

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primo levi em é isto um homem? - uma sensível leitura sobre humanidade

por Marina Ferreira em 26/05/15  

Em "É isto um homem?", considerado um dos mais belos livros publicado sobre o Holocausto, Primo Levi, relata de forma sensível a sua triste, dolorosa e aterradora experiência em Auschwitz, campo de concentração nazista. Não é, no entanto, um testemunho carregado de ódio e vingança, mas sim, uma profunda reflexão acerca do comportamento humano nesse contexto de caos, violência e desumanização. Trata-se de um livro que impressiona nos detalhes e na poeticidade, mostrando que a morte é, por vezes, o menor dos males.

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intelingência múltipla: qual é a sua?

por Lorena Barros em 26/05/15  

Quando ouvimos o termo “Inteligência Múltipla” logo pensamos em várias formas de inteligências, certo? Certo. Então, isso quer dizer que existem várias, e que cada pessoa possui a sua, não é mesmo? Não! O psicologo norte-americano Howard Gardner explica sua teoria e nos faz repensar sobre os antigos (porém ainda muito usados) testes utilizados para medir a inteligência das pessoa.

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luz, câmera, loção - a mídia estereotipando a beleza feminina

por Marcos Martins em 26/05/15  

Tudo começou com a atriz hollywoodiana Marilyn Monroe, vista nos filmes como um “sex symbol”, ou seja, um símbolo sexual. A partir de então, novos padrões de aparência e beleza foram difundidos na sociedade, estereotipando a beleza natural e particularizada de cada indivíduo. A mulher perfeita passou a ser loira, com cintura fina, extremamente magra, com os olhos claros e marcantes, possuir manequim número 36, e, claro, pesar míseros quilos.

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o que a filosofia tem a ver com a sua vida? filosofia x religião

por Paulo Guerra em 26/05/15  

Muita gente acha que filosofar é ficar no mundo das ideias abstratas. Eu já ouvi algumas pessoas comentarem que o filósofo é uma espécie de vagabundo bem intencionado. Tem-se a tendência a acreditar que a filosofia não tem nada a ver com a vida prática. Esse, sem dúvida, é o pensamento do senso comum quando o assunto é filosofia. No entanto, como era de se esperar, a maioria dos [...]

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a corrente do bem e a grandiosidade dos pequenos gestos

por Sílvia Marques em 26/05/15  

Este post estabelece uma relação entre o filme "A corrente do bem" com a importância dos pequenos gestos cotidianos.

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veronica roth e a literatura por segmentação de mercado

por Helena Novais em 26/05/15  

A antiga discussão entre arte e produto cultural industrial ganha novos contornos nos nossos dias.

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maeda@media

por João Ricardo em 26/05/15  

Uma exploração de ideias, formas gráficas e uma vasta experiência e experimentação que levou praticamente uma década para ser finalmente 'controlada', coletada no livro 'Maeda@Media' é a primeira publicação que apresenta a infinita produção artística de John Maeda.

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os arquétipos e a consciência

por Lucas Shiniglia em 26/05/15  

“E durante mais uma de minhas caminhadas matinais sem rumo, um acontecimento, totalmente diferente de qualquer outro que vivenciei durantes essas caminhadas irrelevantes, me influenciou de forma violenta. Vi um verdadeiro ser humano, ele estava acordado e parecia capaz de controlar todos os seus movimentos, todas as suas reações; seu olhar chegava a ser assustador, era profundo e parecia enxergar tudo à sua volta.”

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ANTÓNIO FONSECA

EXPRESSO DIÁRIO - 26 DE MAIO DE 2015

Lista VIP: relatório arrasador sobre uso de dados do Fisco‏

Lista VIP: relatório arrasador sobre uso de dados do Fisco

 
 
26-05-2015
 
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266
26 MAI 2015
Pedro Santos Guerreiro
POR PEDRO SANTOS GUERREIRO
Diretor Executivo
 
Lista VIP: relatório arrasador sobre uso de dados do Fisco
Correção: A primeira versão desta newsletter incluía erros que agora foram corrigidos 
Três títulos:   IGF confirma que Núncio não sabia; Um  relatório arrasador sobre o funcionamento do fisco;   Base de dados do fisco vulnerável a cópia e ataques. São conclusões que tiramos do relatório da Inspeção-Geral de Finanças sobre o caso da  Lista VIP, que o Expresso Diário revela em primeira mão. Como escreve o jornalista Filipe Santos Costa, tirando Paulo Núncio, que sai ilibado do processo, tudo o resto é mau:  incúria, informalidade, ilegalidade, voluntarismo, falta de controlo, ignorância, reação tardia. 

“É obsceno”, diz Marinho e Pinto, sobre quem também se pode usar o termo "arrasador" - mas sobre a proposta do PSD/CDS para a cobertura jornalística das próximas eleições. Rui Tavares também está frontalmente contra uma proposta "injusta", que afasta os pequenos partidos dos debates.  

"  O estranho caso do taxista em fuga depois da queda mortal de passageiro" é outro tema em destaque. Assim como um trabalho sobre a  nova aplicação para telemóveis que vai ser lançada sobre a depressão. Finalmente, entrevistamos Mariana Duarte Silva, sobre os planos para o  Village Underground, em Lisboa.  

Ricardo Costa e  Daniel Oliveira escrevem sobre as eleições espanholas.  Henrique Raposo opina sobre a inauguração do  Museu dos Coches. E  Henrique Monteiro termina com "  Singularidades de uma ministra loura"...  

São estes os destaques do Expresso Diário de hoje. Para lê-los, ou as demais rubricas do dia, entre e folheie.   Boa leitura!
LER O EXPRESSO DIÁRIO
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Lista VIP: relatório iliba Núncio e arrasa vulnerabilidade do fisco a cópia e ataques
“Obsceno”, “injusto”, “inconstitucional”: pequenos partidos contra exclusão dos debates
CAMPANHAS Marinho e Pinto e Rui Tavares rebelam-se contra a exclusão dos pequenos partidos das legislativas
Caça ao taxista do passageiro morto na 2ª Circular
Caça ao taxista do passageiro morto na 2ª Circular
Ricardo Costa
A única lição de Espanha que nos interessa
 
Daniel Oliveira
Os espanhóis são imunes a vacinas?
 
Henrique Monteiro
Singularidades de uma ministra loura
 
SAÚDE
Nem comprimidos, nem injeções. Uma app para combater a depressão
VILLAGE UNDERGROUND, ANO 2
Mariana, mãe do projeto, faz o balanço de uma iniciativa que “pode ser rentável, mas ainda não é”
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ANTÓNIO FONSECA

OBSERVADOR - MACROSCÓPIO - 26 DE MAIO DE 2015

Macroscópio – Tempos difíceis para os Governos. Na Polónia, em Espanha, também cá por casa‏

Macroscópio – Tempos difícieis para os Governos. Na Polónia, em Espanha, também cá por casa

 
 
26-05-2015
 
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Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!

 
 
Os espanhóis são os nossos vizinhos do lado – são mesmo os únicos vizinhos que temos – e por isso é natural que toda a atenção tenha ido para as eleições autonómicas e municipais deste fim-de-semana. Só que, do outro lado da Europa, um país quase com a mesma dimensão de Espanha, a Polónia também foi a votos e, aí, a surpresa foi total. Primeiro esperou-se que o Presidente Bronislaw Komorowski, de centro-direita, fosse facilmente reeleito na primeira volta. Depois, que ganhasse na segunda volta, derrotando o seu rival conservador, Andrzej Duda, mas foi este que levou a melhor . Sendo um eurocético, a sua eleição, mesmo para um cargo com pouco poder executivo, pode criar um novo foco de instabilidade na União Europeia. E a Espanha ninguém hoje consegue antecipar como será governada no futuro. Que se passa?
 
Com a distância própria de quem olha para a Europa a partir do outro lado do Canal da Mancha, o editorial do Telegraph de hoje associava os dois resultados e titulava: All across Europe, the dissatisfaction is clear. É um texto que começa de uma forma muito britânica, mas mesmo assim interessante de considerar: “It is easy, from this island, to think that dissatisfaction with the European Union is a peculiarly British, Right-wing complaint. Only here, it sometimes seems, with all our many centur ies of history charged by efforts to repel invaders from the Continent, do we prize our sovereignty as it deserves to be prized.” Só que, escreve-se um pouco adiante, “In fact the reality is that citizens of other countries on the Continent do have a vote on their relationship with the EU, and are exercising it. In Spain and in Poland this weekend, elections have taken place which signal a dramatic popular disapproval with the status quo. In Poland, (…) Mr Duda’s political platform is one of national pride and traditional, Catholic values. During his campaign he voiced criticisms of the EU.
 
Não vou hoje desenvolver este problema do crescente divórcio entre as opiniões públicas e a burocracia de Bruxelas, ou o directório Berlim-Paris, que parece querer recomeçar a funcionar, porque sinto que é necessário regressar ao que domin go se passou em Espanha e, também, chamar a atenção para algumas reflexões sobre como é difícil governar nos tempos que correm. É bem provável que Espanha se transforme mesmo num exemplo de ingovernabilidade. Tomando as distâncias devidas e reconhecendo que eleições autárquicas e autonómicas não são exactamente a mesma coisa que eleições nacional, o El Pais projetou os resultados e imaginou que estes se repetiriam na eleição do próximo parlamento espanhol. Conclusão? Los resultados dejarían un Congreso casi ingobernable en unas generales. É fácil percebê-lo pelos gráficos elaborados por aquele diário espanhol, sendo interessante seguir o método das simulações e a conclusão fatal: seria um Congresso onde seria muito difícil formar uma maioria, mesmo incluindo vários partidos, nacionais e regionais.
 
Na imprensa portuguesa de hoje só um texto merece referência especial, de novo a análise de Jorge Almeida Fernandes, no Público: Consagração do multipartidarismo força os espanhóis a repensar a maneira de governar nos próximos anos. Um dos pontos para que chama a atenção é para a dificuldade de consensos e para a possibilidade de, após este voto que rompeu com a tradição, os espanhóis regressarem a cenários mais… tradicionais: “O que está na ordem do dia são as coligações e pactos que assegurem a governabilidade e a gestão das autonomias, em profunda crise. Questões como o “modelo territorial”, num sentido federal ou outro, exigem largos consensos e só serão abordadas depois das legislativas. Se, inversamente, se entrar num semestre de instabilidade e turbulência, os dois grandes partidos poderão recuperar terreno e votos.”
 
Ora instabilidade e turbulência é algo a que, muito provavelmente, teremos de nos habituar. Pelo menos é isso que acha Francis Fukuyama, o controverso cientista político do “fim da História”, mas que num debate que teve no Observador com Jaime Gama e Jaime Nogeira Pinto: “Hoje é mais complicado tomar decisões, chegar a consensos&rdq uo;. Como desta vez, além do habitual podcast, publicámos também a transcrição integral da entrevista, julgo que vale a pena citar uma das passagens em que procura fundamentar esta opinião: “há uma crise geral de autoridade. O mundo estava repleto destas estruturas hierárquicas: igrejas, organizações sindicais, corporações, governos; nos quais as pessoas estavam, em grande medida, disponíveis para aceitarem a autoridade de algumas instituições. Agora com a educação, a Internet, as pessoas estarem mais bem informadas, já não estão disponívei s para tal. Num determinado sentido, é excelente. As pessoas pensam por elas mesmas”.
 
Mas pensam em que enquadramento? Com que referências? Como João Miguel Tavares recorda hoje num artigo que escreveu para o Público, Prosperidade sem crescimento boa parte dos nosso mal-estar vem do que Tim Jackson escreve num livro chamado, precisamente, Prosperidade sem crescimento: “Num mundo de recursos finitos, constrangido por limites ambientais rígidos, ainda caracterizado por ilhas de prosperidade no meio de oceanos de pobreza, será legítimo que o crescimento perpétuo dos rendimentos daqueles que já são ricos sirva de apoio às nossas esperanças e expectativas?” O autor parte dessa constataç&atil de;o para contestar o optimismo das previsões económicas que sustentam as promessas do Partido Socialista, mas o que queria aqui destacar é a ideia de que o crescimento exponencial não pode continuar infinitamente, e por isso nunca mais teremos os crescimentos hercúleos que criaram as expectativas de uma riqueza cada vez maior, de se encontrar sempre dinheiro para tudo.
 
Isso leva-me a um outro texto, “The economy, stupid”, publicado este domingo no Observador, escrito por Mário Pinto e que tem uma passagem cuja franqueza surpreende, até desconcerta: “Sempre me lembro de mim, ao longo de uma vida inteira, a pedir à economia do nosso País para dar mais ao social. E não é que, desde há algum tempo, m e encontro a reconhecer o inverso: isto é, que o social deve conceder mais ânimo ao económico? Foi preciso uma revolução para reequilibrar a favor do social. Será preciso agora outra revolução para reequilibrar a favor da economia? Não aprendemos nada com a história?” Mário Pinto, deputado constituinte, antigo ministro da República para os Açores, professor universitário, esteve não só ligado ao movimento sindical e à fundação da UGT, como sempre norteou a sua vida pela defesa da doutrina social da Igreja. É um texto que merece ser lido, pois nele também se volta a este tema da escassez de recursos – “O Estado providencialista está arruinando as economias, nos países onde, como no nosso, se conjuga um grande progresso social com um grande atraso da economia.&rdqu o; – e se propõem caminhos que valia a pena discutir.
 
Foi também uma tentativa de contributo para esta discussão aquela que escrevi este fim-de-semana, infelizmente um texto com uma previsão não muito entusiasta: Gostava de ter um programa assim onde votar. Mas não vou ter. Sim, porque o que gostava mesmo era que, neste tempo em que lidamos com recursos limitados, não podemos sonhar com os crescimentos milagrosos de outrora, que tudo resolviam, o país mudasse muito mais do que, julgo, está preparado para mudar: “Gostava de políticos que em vez de prometerem fazer, prometessem deixar fazer. E gostava de um país onde os cidadãos, em vez de pedirem tudo ao Estado, assumissem mais responsabilidades no seu destino .” Como se faz isso? Deixo nesse texto algumas sugestões.
 
Quero contudo terminar este Macroscópio com novo regresso a Espanha e uma sugestão de leitura mais longa e que, por isso, guardei para o fim. Trata-se de uma reportagem muito bem feita e que nos permite enquadrar melhor as dificuldade que Espanha terá de enfrentar, um belo trabalho de fundo do Financial Times: Facing up to Franco: Spain 40 years on. Já foi publicado há algumas semanas, mas estava guardado para vos sugerir numa altura mais oportuna – como esta. É um texto que, tendo como âncora a discussão em relação ao futuro do Valle de los Caídos – o monumental monumento aos mortos da Guerra Civis construído por Francisco Franco e onde o própr io está enterrado –, se retratam bem as profundas clivagens ideológicas, sentimentais, que continuam a atravessar Espanha. Eis como termina:
Wandering amid the acres of grey granite, it is not easy to share Ferrandiz’s hope that change is in the air. All that heavy stone and polished bronze convey an aura of timeless permanence. Who will have the strength to push aside the massive slab of stone that covers Franco’s grave? What ghosts will awake the day that Spain starts looking unflinchingly into the past, and attempts to finally separate perpetrators from victims? No one knows. Perhaps the only certainty is contained in the famous line from William Faulkner cited in Cercas’s latest novel, one that could serve as the summary of Spain’s ever-simmering history wars: “The past is never dead. It’s not even past.”
 
E, por hoje, fico-me por aqui. Amanhã voltamos a en contrar-nos. Bom descanso e boas leituras. 

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ANTÓNIO FONSECA

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