quarta-feira, 22 de abril de 2015

EXPRESSO DIÁRIO - 21 DE ABRIL DE 2015

Uma nova via. E as dúvidas‏

Uma nova via. E as dúvidas

 
 
21-04-2015
 
 Grupos, Newsletters
Para: antoniofonseca1940@hotmail.com
Expresso
NEWSLETTER
Nº239
21 de abril de 2015
Nicolau Santos
POR NICOLAU SANTOS
Diretor-Adjunto
Uma nova via. E as dúvidas
As propostas económicas do PS fazem hoje a manchete do Expresso Diário, como não podia deixar de ser.  Ricardo Costa, Henrique Monteiro e Bernardo Ferrão analisam as 95 páginas do documento e tentam responder à questão crucial:  como se paga a dívida, que pode vir a aumentar com estas medidas. 

Uma coisa é certa: há agora dois caminhos claros em matéria económica, o da maioria e o do PS.  Os socialistas querem acelerar a devolução dos salários à Função Pública e acabar com a sobretaxa do IRS bem mais depressa que o Governo. Quanto á Taxa Social Única pretendem reduzir a contribuição dos trabalhadores, o que deixa a maioria com os cabelos em pé, dizendo desde que já que  este caminho só pode culminar com o regresso da troika.   

Incontornável é  Mário Centeno, o economista que coordenou o grupo de trabalho que elaborou as propostas. Traçamos o perfil deste economista liberal, polémico, doutorado em Harvard e quadro do Banco de Portugal. 

O drama dos emigrantes que tentam atingir a costa europeia em busca de um futuro melhor e morrem às centenas no Mediterrâneo está a merecer um conjunto de medidas por parte da União Europeia, que analisamos em detalhe. 

Quem também planos e os vai apresentar é  o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira. Os planos são para  o mercado do Bolhão e visam torná-lo um ponto incontornável de atração da cidade invicta. 

Finalmente, no plano internacional,  o líder do Estado Islâmico foi gravemente ferido, mas desconhece-se se isso pode ter enfraquecido a organização terrorista.
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As medidas para crescer. E a dúvida: como se paga?
PROPOSTAS Acelerar devolução de salários e sobretaxa. Baixar TSU. Aumentar subsídios e abonos. Tudo assente no crescimentoPENSÕES PS admite cortes... em 2027 MÁRIO CENTENO Liberal, polémico, doutorado em Harvard. E ministro? OPINIÃO Ricardo Costa, Henrique Monteiro e Bernardo Ferrão
PORTO
Rui Moreira revela futuro do Bolhão
TRAGÉDIA NO MEDITERRÂNEO
Até onde está a Europa disposta a ir?
ESTADO ISLÂMICO
Líder do grupo terrorista gravemente ferido
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TECNOLOGIA
O walkman está de volta.
GOOGLE
Gigante tecnológico altera algoritmo. Para favorecer o mobile

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ANTÓNIO FONSECA


OBSERVADOR - MACROSCÓPIO - 21 DE ABRIL DE 2015

Macroscópio – Já estamos em tempo de campanha eleitoral. Vai ser longa‏

Macroscópio – Já estamos em tempo de campanha eleitoral. Vai ser longa

Para: antoniofonseca40@sapo.pt



Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!

 
 
Esperou-se, esperou-se, esperou-se, e foi ontem: o PS começou a mostrar alguma coisa do que virá a ser o seu programa eleitoral. Chamou-lhe “Uma década para Portugal” e não foi bem apenas um cenário macro-económico, também incluiu muitas propostas que podem (ou não) ser integradas no programa do partido. O Observador deu-lhe uma cobertura bastante exaustiva, com mais de uma dezena de textos onde se explicaram as medidas e, também, se começou a dar conta das reacções. Se quiser começar por algum deles, talvez por este: PS mexe no IRS, IVA, IMT, IMI. E tributa heranças.
 
Esta apresentação ocorreu poucos dias depois da actual maioria ter apresentado o seu Programa de Estabilidade para 2015-2019, um documento que será amanhã discutido na Assembleia da República. Não sendo textos equivalentes, podem, de alguma forma, ser comparados: os programas do PSD e do CDS não deverão contradizer o Plano de Estabilidade; o do PS terá de se enquadrar neste “Uma década para Portugal”. Por isso aqui ficam ligações directas para quem quiser descarregar esses documentos na íntegra.  
É natural que nos próximos dias – logo a começar amanhã mesmo, no Parlamento – a discussão ganhe novas dimensões. Para já deixo-lhe um texto que já antecipava a actual clivagem, no Jornal de Negócios, três primeiras reacções no Observador e uma no Expresso Diário:
  • Helena Garrido, em Sim, PS e PSD são diferentes, defendeu que “Existem de facto duas estratégias para a prosperidade de Portugal, duas grandes alternativas que poderemos escolher nas eleições no Outono. Na Conferência Anual do Negócios "Caminhos do Crescimento" Pedro Passos Coelho e António Costa propuseram duas vias bem distintas. Para nós cidadãos uma escolha racional significa saber alguma coisa de economia e do que pode ser a Europa do euro.
  • Paulo Ferreira constatou isso mesmo já depois da apresentação de hoje, em Os gatos e os ratos: “A maior diferença entre PS e PSD/CDS não está na estratégia orçamental. Está na visão para o desenvolvimento do país e no papel do Estado. É aí que encontramos a maior e mais ideol&oacut e;gica clivagem.”
  • Inês Domingos, a economista da Macrometria, fez uma análise mais técnica das propostas hoje conhecidas emPrograma do PS: despesas atuais e receitas futuras: “Globalmente, com algumas exceções, este programa é parco em detalhes sobre as receitas que podem ser geradas para compensar os aumentos da despesa. Num contexto em que as incertezas sobre o futuro da zona euro são elevadas, aumentar em Portugal a despesa com poucas garantias de compensação do lado da receita poderiam facilmente tornar Portugal um dos elos mais fracos da união monetária”.
  • Finalmente, eu próprio fiz um texto mais crítico, em O Rossio não cabe na rua da Betesga. Nele critico o optimismo das previsões de crescimento, sobretudo quando muitas das medidas anunciadas não são amigas das empresas. Eis um dos pontos em que divirjo da estratégia anunciada: “Estimular o consumo privado num país como Portugal tem como consequência imediata estimular as importações, pois somos uma pequena economia aberta. O equilíbrio das contas externas, um dos maiores sucessos do nosso processo de ajustamento, poderá assim ser facilmente revertido. Nessa altura, a nossa dívida esquecida – a dívida externa, que é bem maior do que a dívida pública – voltaria a agravar-se.”
  • Henrique Monteiro, no Expresso Diário (link para assinantes), em O otimismo do PS e o seu corte com a esquerda, manifesta também algumas dúvidas sobre o optimismo das previsões, não sem se interrogar: “O cenário macroeconómico do PS tem o mérito de ser um estudo sério e conter ideias verdadeiramente importantes e até urgentes. Mas contém um risco que já vivemos no último Governo socialista, que aliás teve dois bons ministros das Finanças, Luís Campos e Cunha e Teixeira dos Santos. O risco pode resumir-se assim: conseguirá o PS manter o caminho traçado se a realidade contrariar as suas previsões?
     
Voltaremos seguramente a estes temas nos próximos dias, pelo que aproveito este Macroscópio para recomendar mais algumas leituras sobre temas de recorrente preocupa& ccedil;ão. Merecida inquietação.
 
Começo pelo Financial Times, de que escolho dois artigos, um sobre o que se está a passar no Mediterrâneo, outro sobre a Grécia (de novo). Gideon Rachman, em The cold reality of Europe’s migrant crisis, refere muitos dos problemas concretos que os líderes europeus terão de enfrentar na próxima quinta-feira, quando se encontrarem para um Conselho Europeu extraordinário:
There will now be calls for greater burden-sharing and a more equitable distribution of refugees across the EU, with all 28 nations taking their share. However, even agreement on this is no certainty. Since politicians do not know the numbers of potential refugees involved, they cannot know what agreeing to take a “fair sh are” might ultimately involve. Free movement of people within the EU means that, even if refugees are settled in Bulgaria or Poland, there is nothing to stop them getting on the bus to Germany or France.
 
Sobre a Grécia o meu destaque vai para um trabalho realizado no terreno, em Atenas, por Kerin Hope and Tony Barber, onde se faz o retrato de algumas figuras proeminentes no governo do Syriza e que são menos conhecidas fora do país. Em Faces behind Greece’s radical government os repórteres debruçam-se sobre as vidas e as ideias de três ministros com grande peso político: Panayotis Lafazanis, Nikos Voutsis e Aristides Baltas. Este último, ministro da Educação, já está a inquietar, e muito, as instituiç&otil de;es do Ensino Superior gregas:
The 72-year-old minister of culture and education and emeritus professor at the prestigious Athens Polytechnic (…) shocked teachers by declaring immediately after his appointment that education in Greece “should not be governed by the principle of excellence . . . it is a warped ambition.” Now his ministry is drafting a new law that will again allow undergraduates to take as many years as they want to complete their first degree, with university entrance exams also being abolished. According to one former colleague, the plans of the Syriza co-founder will “restore an unhealthy system of deeply politicised universities run by students not professors”.
 
A minha última sugestão de hoje vai para um texto de Dominique Moisi, um especialista em relações internacionais, no Project Syndicate e com um título surpreendente: Why We Need “Game of Thrones”. Revelando estar muito à vontade nas várias séries de grande sucesso do momento (reparem neste parágrafo: “Such tools can be used to comprehend, for example, the difference between Israeli Prime Minister Binyamin Netanyahu and US President Barack Obama. Netanyahu is still stuck in the third season of “Homeland” – that is, obsessed with Iran – whereas Obama, having begun to include the renewed Russian threat in his strategic calculus, has already moved into the third season of “House of Cards.”), acaba a elogiar a Guerra dos Tronos, cuja quinta série está agora a passar nas nossas televisões:
On a more philosophical level, the show’s universe – a combination of ancient my thology and the Middle Ages – seems to capture the mixture of fascination and fear that many people nowadays feel. It is a fantastic, unpredictable, and devastatingly painful world – one that is so complex that even the show’s most loyal viewers often are confused. In this sense, it is much like the world in which we live.

Despeço-me por hoje. Muitos dos meus leitores estarão, por certo, muito concentrados no jogo de Munique desta noite, mas mesmo assim, bom descanso e boas leituras. Corram as coisas bem ou mal.
 
Até amanhã.
 
 
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ANTÓNIO FONSECA


OBSERVADOR - HORA DE FECHO - 22 DE ABRIL DE 2015

Hora de Fecho: PS: Medidas dos peritos custam 460 milhões em 2016‏

Hora de Fecho: PS: Medidas dos peritos custam 460 milhões em 2016

 
 
17:05
 
 Grupos
Para: antoniofonseca40@sapo.pt



Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
PS 
Economistas liderados por Mário Centeno calculam que as medidas propostas resultem numa derrapagem de 460 milhões de euros no primeiro Orçamento do Estado da próxima legislatura.
PROGRAMA DE ESTABILIDADE 
Com o programa dos economistas do PS fresco na memória, o Parlamento debate programa que o Governo tem de apresentar em Bruxelas com as medidas para os próximos anos. Acompanhamos em direto.
ECONOMIA 
Como compara o programa do PS com o da coligação? Que país dizem que vamos ter em 2019? Que riscos tem o documento socialista? E que surpresa? Quer saber em cada área o que propõe? Aqui está o guião.
PS 
Congelamento de pensões, apertar a atribuição de apoios sociais e também as regras das pensões públicas. Plano socialista é apertado e só garante não tocar nas pensões a pagamento hoje.
ANTÓNIO PIRES DE LIMA 
Ministro da Economia António Pires de Lima fez "contas rápidas" às medidas propostas no plano macroeconómico do PS e disse que vão custar 2,2 mil milhões de euros aos contribuintes já em 2016.
PS 
António Costa recebeu um programa económico que não vê vantagens numa subida do salário mínimo, um compromisso de há meses do líder socialista.
UMA DÉCADA PARA PORTUGAL 
Primeiro-ministro saudou a iniciativa do PS de apresentar um plano macroeconómico, mas pediu aos socialistas que disponibilizem dados para ser possível fazer contas. Plano é "regresso ao passado", diz
CENÁRIO MACRO-ECONÓMICO 
Ex-deputado do PS e candidato independente a Belém levanta dúvidas sobre programa socialista: como pôr o Estado a inovar e como não desequilibrar a balança comercial?
PARTIDO SOCIALISTA 
A antiga ministra da Cultura diz sobre Manuel Maria Carrilho: "Que morra para a vida pública quem agrida e maltrate a mulher". Deputada quer Carrilho fora do PS.
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA 
Secretário de Estado adjunto da ministra da Administração Interna pediu a demissão. Em causa estão incompatibilidades com a ministra. Oficiais da PSP receiam que esta saída fragilize mais a PSP. 
Opinião

Maria João Marques
No caso da prova de amamentação, indigna-se quem acha que um trabalhador tem o direito de mentir e defraudar o empregador. O direito à aldrabice, como se sabe, foi uma conquista civilizacional do PREC

José Milhazes
É necessário muito pouco tempo para destruir ou provocar danos irreparáveis na TAP e no turismo, mas muitos anos para recuperar a confiança dos mercados. Pois, para viajar, é preciso ir e voltar.

José Manuel Fernandes
Não havia forma de o PS pagar as suas promessas se não operasse uma espécie de "milagre das rosas": prometer um ciclo de crescimento económico em que, realisticamente, não é possível acreditar. 

Paulo Ferreira
A maior diferença entre PS e PSD/CDS não está na estratégia orçamental. Está na visão para o desenvolvimento do país e no papel do Estado. É aí que encontramos a maior e mais ideológica clivagem.

Inês Domingos
Globalmente, com algumas exceções, este programa é parco em detalhes sobre as receitas que podem ser geradas para compensar os aumentos da despesa. 
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