terça-feira, 9 de dezembro de 2014

OBSERVADOR - HORA DE FECHO - (8-12) - 9 de Dezembro de 2014

Hora de Fecho: Eurogrupo cético sobre meta do défice‏

Hora de Fecho: Eurogrupo cético sobre meta do défice

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Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
ORÇAMENTO DO ESTADO 2015 
Governo persiste no objetivo de baixar o défice público para 2,7% em 2015, mas o Eurogrupo subscreve os receios de Bruxelas de que haja uma derrapagem para 3,3%.
COMISSÃO DE INQUÉRITO AO BES 
Código de conduta do BES proibia prendas a colaboradores relacionadas com atividade profissional. Ofertas acima de 250 euros tinham de ser comunicadas. Relação pessoal justificou 14 milhões a Salgado.
BANCA 
Banco Espírito Santo de Investimento era detido a cem por cento pelo Novo Banco e foi vendido aos investidores chineses por 379 milhões de euros.
CRISE NO GES 
Tribunal indica que procedeu à declaração de falência após a empresa do Grupo Espírito Santo ter reconhecido que cessou os seus pagamentos e que já não tem acesso a crédito.
AVIAÇÃO 
Nunca aterrou em Lisboa e gostava de ver a cidade de cima? Já aterrou várias vezes mas nunca conseguiu ver bem a paisagem? Veja aqui as imagens de uma aterragem na capital portuguesa.
ABRIGOS SUBTERRÂNEOS 
A realidade não é nova, mas são cada vez mais os habitantes de Pequim que vivem em abrigos subterrâneos. Os preços elevados das casas estão na origem da escolha.
FOTOGALERIA 
Partido lembra antigo líder falecido na tragédia de Camarate com arquivo fotográfico digital e pede ajuda aos militantes para reunir mais fotografias do antigo primeiro-ministro.
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS 
Energias renováveis, eficiência energética e políticas climáticas compõe o relatório da Germanwatch apresentado esta segunda-feira. Embora tenha margem para melhorar, Portugal consegue manter 7º lugar
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS 
Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia vai defender, em Lima, no Perú, uma "ação urgente e imediata" para alcançar um protocolo ambiental global que substitua o de Quioto.
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS 
O país registou melhorias gerais nas emissões, apesar de ter piorado nas emissões dos edifícios e na produção de eletricidade, segundo a 10.ª edição do índice das alterações climáticas. 
Opinião

Alexandre Homem Cristo
Podemos achar que é cultural e lamentar-nos dos nossos políticos. Mas não dá para fugir à evidência de que não há incentivos institucionais para que o debate seja rigoroso

Luis Carvalho Rodrigues
A variolação despertou reacções piedosas e violentas. A vacina de Jenner, muito mais segura, desencadeou reacções muito mais vastas, que se prolongaram até hoje e que levantam interessantes questões.

Lucy Pepper
As nossas queixas electrónicas só serviram para gerar uma nova aldrabice publicitária: aqueles anúncios que nos ensinam que nós (seres mortais, normais) também somos pessoas lindas.

Rui Ramos
Custa talvez a reconhecer que o Mário Soares da Fonte Luminosa em 1975 é o mesmo da prisão de Évora em 2014. Mas é. Ele não mudou. E vai entrar na história com tudo isso. 

Helena Matos
Podemos continuar a discutir apaixonadamente a prisão de Sócrates e tudo o que de ilegal ele pode ter feito, mas se não discutirmos o que ele fez legalmente daqui a três anos a troika está cá de novo
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ANTÓNIO FONSECA

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

SALAZAR... NEM TUDO FOI MAU! - (RUI DE CARVALHO - Actor) - 8 de Dezembro de 2014


SÃO 5 MINUTOS A LER, VALE A PENA!!!!!!!!!!!
Através de Rosário Silva

"Senhores Ministros:
Tenho 86 anos, e modéstia à parte, sempre honrei o meu país pela forma como o representei em todos os palcos, portugueses e estrangeiros, sem pedir nada em troca senão respeito, consideração, abertura – sobretudo aos novos talentos – e seriedade na forma como o Estado encara o meu papel como cidadão e como artista.
Vivi a guerra de 38/45 com o mesmo cinto com que todos os portugueses apertaram as ilhargas. Sofri a mordaça de um regime que durante 48 anos reprimiu tudo o que era cultura e liberdade de um povo para o qual sempre tive o maior orgulho em trabalhar. Sofri como todos, os condicionamentos da descolonização. Vivi o 25 de Abril com uma esperança renovada, e alegrei-me pela conquista do voto, como se isso fosse um epítome libertador.
Subi aos palcos centenas, senão milhares de vezes, da forma que melhor sei, porque para tal muito trabalhei.
Continuei a votar, a despeito das mentiras que os políticos utilizaram para me afastar do Teatro Nacional. Contudo, voltei a esse teatro pelo respeito que o meu público me merece, muito embora já coxo pelo desencanto das políticas culturais de todos os partidos, sem excepção, porque todos vós sois cúmplices da acrescida miséria com que se tem pintado o panorama cultural português.
Hoje, para o Fisco, deixei de ser Actor… e comigo, todos os meus colegas Actores e restantes Artistas deste país – colegas que muito prezo e gostava de poder defender.
Tudo isto ao fim de setenta anos de carreira! É fascinante. Francamente, não sei para que servem as comendas, as medalhas e as Ordens, que de vez em quando me penduram ao peito?
Tenho 86 anos, volto a dizer, para que ninguém esqueça o meu direito a não ser incomodado pela raiva miudinha de um Ministério das Finanças, que insiste em afirmar, perante o silêncio do Primeiro-Ministro e os olhos baixos do Presidente da República, de que eu não sou actor, que não tenho direito aos benefícios fiscais, que estão consagrados na lei, e que o meu trabalho não pode ser considerado como propriedade intelectual.
Tenho pena de ter chegado a esta idade para assistir angustiado à rapina com que o fisco está a executar o músculo da cultura portuguesa. Estamos a reduzir tudo a zero… a zeros, dando cobertura a uma gigantesca transferência dos rendimentos de quem nada tem para os que têm cada vez mais.
É lamentável e vergonhoso que não haja um único político com honestidade suficiente para se demarcar desta estúpida cumplicidade entre a incompetência e a maldade de quem foi eleito com toda a boa vontade, para conscientemente delapidar a esperança e o arbítrio de quem, afinal de contas, já nem nas anedotas é o verdadeiro dono de Portugal: nós todos!
É infame que o Direito e a Jurisprudência Comunitárias sirvam só para sustentar pontualmente as mentiras e os joguinhos de poder dos responsáveis governamentais, cujo curriculum, até hoje, tem manifestamente dado pouca relevância ao contexto da evolução sociocultural do nosso povo. A cegueira dos senhores do poder afasta-me do voto, da confiança política, e mais grave ainda, da vontade de conviver com quem não me respeita e tem de mim a imagem de mais um velho, de alguém que se pode abusiva e irresponsavelmente tirar direitos e aumentar deveres.
É lamentável que a senhora Ministra das Finanças, não saiba o que são Direitos Conexos, e não queiram entender que um actor é sempre autor das suas interpretações – com direitos conexos, e que um intérprete e/ou executante não rege a vida dos outros por normas de "excel" ou por ordens “superiores”, nem se esconde atrás de discursos catitas ou tiradas eleitoralistas para justificar o injustificável, institucionalizando o roubo, a falta de respeito como prática dos governos, de todos os governos, que, ao invés de procurarem a cumplicidade dos cidadãos, se servem da frieza tributária para fragilizar as esperanças e a honestidade de quem trabalha, de quem verdadeiramente trabalha.
Acima de tudo, Senhores Ministros, o que mais me agride nem é o facto dos senhores prometerem resolver a coisa, e nada fazer, porque isso já é característica dos governos: o anunciar medidas e depois voltar atrás. Também não é o facto de pôr em dúvida a minha honestidade intelectual, embora isso me magoe de sobremaneira. É sobretudo o nojo pela forma como os seus serviços se dirigem aos contribuintes, tratando-nos como criminosos, ou potenciais delinquentes, sem olharem para trás, com uma arrogância autista que os leva a não verem que há um tempo para tudo, particularmente para serem educados com quem gera riqueza neste país, e naquilo que mais me toca em especial, que já é tempo de serem respeitadores da importância dos artistas, e que devem sê-lo sem medos e invejas desta nossa capacidade de combinar verdade cénica com artifício, que é no fundo esse nosso dom de criar, de ser co-autores, na forma, dos textos que representamos.
Permitam-me do alto dos meus 86 anos deixar-lhes um conselho: aproveitem e aprendam rapidamente, porque não tem muito tempo já. Aprendam que quando um povo se sacrifica pelo seu país, essa gente, é digna do maior respeito… porque quem não consegue respeitar, jamais será merecedor de respeito!
Ruy de Carvalho"
Gosto ·  · 

‎SALAZAR... NEM TUDO FOI MAU! - 8 de Dezembro de 2014


Não gosto ·  · 
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ANTÓNIO FONSECA

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