Croácia rejeita treinar soldados ucranianos: "Estamos solidários, isso é suficiente"
O Presidente da Croácia informou que não vai aprovar o plano da UE para treinar soldados ucranianos.
O Presidente da Croácia, Zoran Milanovic, opôs-se à possibilidade de o país treinar soldados ucranianos, depois de a União Europeia ter aprovado um plano de formação militar em solo comunitário.
"Eu não apoio essa ideia, pois seria um envolvimento desnecessário da Croácia nesta guerra. Estamos certos e solidários, isso é suficiente. Como Comandante Supremo das Forças Armadas, não vou aprová-lo", disse Milanovic.
Contudo, reconheceu que ainda não há uma proposta oficial do Governo croata para treinar ucranianos.
O jornal croata Jutarnji publicou esta terça-feira, citando "fontes não oficiais", que o Governo conservador croata se ofereceu para participar na missão da UE para treinar até 15.000 militares ucranianos nos próximos dois anos.
De acordo com aquele órgão de comunicação social, os instrutores militares de resgate, engenharia e combate seriam treinados na Croácia.
A Croácia também se terá oferecido para formar várias equipas móveis de instrutores que treinariam soldados de infantaria e artilharia ucranianos "fora" do país, diz o Jutarnji, acrescentado que ainda não há planos concretos.
Milanovic, que era candidato social-democrata nas eleições de 2020, expressou repetidamente posições antigovernamentais sobre a guerra na Ucrânia, a ponto de o primeiro-ministro croata, Andrej Plenkovic, o comparar a um "porta-voz de Putin".
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