Pentecostes
Ano | Igreja Católica | Igreja Ortodoxa |
2002 | 19 de Maio | 23 de Junho |
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2004 | 30 de Maio | |
2005 | 15 de Maio | 19 de Junho |
2006 | 4 de Junho | 11 de Junho |
2007 | 27 de Maio | |
2008 | 11 de Maio | 15 de Junho |
2009 | 31 de Maio | 7 de Junho |
2010 | 23 de Maio | |
2011 | 14 de Junho | |
2012 | 27 de Maio | 3 de Junho |
2013 | 19 de Maio | 23 de Junho |
2014 | 8 de Junho | |
2015 | 24 de Maio | 31 de Maio |
2016 | 15 de Maio | 19 de Junho |
2017 | 4 de Junho | |
2018 | 21 de Maio | 27 de Maio |
2019 | 9 de Junho | 16 de Junho |
2020 | 31 de Maio | 7 de Junho |
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2022 | 5 de Junho | 12 de Junho |
2023 | 28 de Maio | 4 de Junho |
2024 | 19 de Maio | 23 de Junho |
2025 | 8 de Junho | |
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2030 | 9 de Junho | 16 de Junho |
Pentecostes ("quinquagésimo" em grego) é uma das celebrações mais importantes do calendário cristão e comemora a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus Cristo, sua mãe Maria e outros seguidores. O Pentecostes é celebrado 50 dias depois do domingo de Páscoa, e ocorre no décimo dia depois da celebração da Ascensão de Jesus. Isto porque ele ficou quarenta dias, após Sua ressurreição, dando os últimos ensinamentos a seus discípulos. E para os cinquenta dias que se completam da Páscoa até o último dia da grande festa de Pentecostes, sobram dez dias[1]. Foram estes os dias em que os discípulos permaneceram no cenáculo até a descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes.
Pentecostes é historicamente e simbolicamente ligado ao festival judaico da colheita (Shavuot), que comemora a entrega dos Dez Mandamentos no Monte Sinai cinquenta dias depois do Êxodo. Para os cristãos, o Pentecostes celebra a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos e seguidores de Cristo, através do dom de línguas, como descrito no Novo Testamento, durante aquela celebração judaica do quinquagésimo dia em Jerusalém. Por esta razão o dia de Pentecostes é, às vezes, considerado o dia do nascimento da igreja cristã. O movimento pentecostal tem seu nome derivado desse evento.
A ocasião (o Domingo de Pentecostes) é o último dia da Festa do Divino Espírito Santo, muito difundida no catolicismo popular brasileiro e de outros países.
Judaísmo
O Pentecostes é uma festa do antigo calendário bíblico.[2] Originalmente, essa festa é referida com vários títulos:
- Festa da Colheita ou Sega (no hebraico: hag haqasir). Por se tratar de uma colheita de grãos (trigo e cevada), essa festa ganhou esse nome.[3]
- Festa das Semanas (no hebraico: hag xabu'ot). A razão desse nome está no período de tempo entre a Páscoa e esta festa, que é de sete semanas. Esta festa acontece cinquenta dias depois da Páscoa, com a colheita da cevada, e o encerramento acontece com a colheita do trigo.[4]
- Dia das Primícias dos Frutos (no hebraico: yom habikurim). Este nome tem sua razão de ser na entrega de uma oferta voluntária, a Deus, dos primeiros frutos da terra colhidos naquela sega.[5] Provavelmente, a oferta das primícias acontecia em cada uma das três tradicionais festas do calendário bíblico. Na primeira (Páscoa) entregava-se uma ovelha nascida naquele ano; na segunda (Colheita ou Semanas) entregava-se uma porção dos primeiros grãos colhidos; e, finalmente, na terceira festa (Tabernáculos ou Cabanas) o povo oferecia os primeiros frutos da colheita de frutas, como uva, tâmara, e especialmente figo.
- Festa de Pentecostes. As razões deste novo nome são várias: nos séculos III-I a.C., os gregos assumiram o controle do mundo, impondo sua língua, que se tornou muito popular entre os judeus. Os nomes hebraicos (hag haqasir e hag xabu'ot) perderam as suas atualidades, e foram substituídos pela denominação Pentecostes, cujo significado é «cinquenta dias depois (da Páscoa)». Como o Império Grego passou a ter hegemonia em 331 a.C., é provável que o nome Pentecostes tenha ganhado popularidade a partir desse período.
Cerimônia
Enquanto a Páscoa era uma festa caseira, A Festa da Colheita (Festa das Semanas ou Pentecostes) era uma celebração agrícola, originalmente, realizada na roça, no lugar onde se cultivava o trigo e a cevada, entre outros produtos agrícolas. Posteriormente, essa celebração foi levada para os lugares de culto, particularmente, o Templo de Jerusalém. Os muitos relatos bíblicos não revelam, com clareza, a ordem do culto, mas é possível levantar alguns passos dessa liturgia:
- A cerimônia começava quando a foice era lançada contra as espigas.[6] É bom lembrar que era respeitada a recomendação do direito de respigar dos pobres e estrangeiros.[7]
- A cerimônia prosseguia com a peregrinação para o local de culto.[8]
- O terceiro momento da festa era a reunião de todo o povo trabalhador com suas famílias, amigos e os estrangeiros.[9] Essa cerimônia era chamada de Santa Convocação.[10] Ninguém poderia trabalhar durante aqueles dias, pois eram considerados um período de solene alegria e ação de graças pela proteção e cuidado de Deus;[11] portanto, eram dias feriados (e atualmente continuam sendo).
- No local da cerimônia, o feixe de trigo ou cevada era apresentado como oferta a Deus, o Doador da terra e a Fonte de todo bem.[12]
- Os celebrantes alimentavam-se de parte das ofertas trazidas pelos agricultores.
- As sete semanas de festa incluíam outros objetivos, além da ação de graças pelos dons da terra: reforçar a memória da libertação da escravidão no Egito, e o cuidado com a obediência aos estatutos Divinos.[13]
Observação: Era (e continua sendo) ilegal usufruir da nova produção da roça, antes do cerimonial da Festa das Colheitas.[14]
Características da celebração:
- A Festa das Colheitas é alegre e solene.[15]
- A celebração é dedicada exclusivamente a Javé/Jeová.[16]
- É uma festa para os povos que aceitam a crença dos hebreus (a doutrina do Deus Único), aberta para todos os produtores e seus familiares, os pobres, os levitas e os estrangeiros.[17] Enfim, todo o povo apresenta-se diante de Deus. Reconhece-se e afirma-se o compromisso de fraternidade e a responsabilidade de promover os laços comunitários, além do povo hebreu.
- Agradece-se a Deus pelo dom da terra e pelos estatutos divinos.[18]
- É ainda uma Santa Convocação. Ninguém trabalhava antigamente, e hoje também ninguém o faz no mundo hebraico.[19]
- É celebrado o ciclo da vida, reconhecendo que a Palavra de Deus está na origem da vida, da semente, da árvore, do fruto, do alimento...
Cristianismo
Pentecostes é o símbolo do Cenáculo, onde os apóstolos se reuniram, pela primeira vez, à espera do Espírito Santo. O Cenáculo, a partir deste momento, passa a ser considerado um símbolo de sacralidade na ótica cristã, pois até então era considerado pelos judeus como apenas um lugar de reuniões. Atualmente o 50º dia após a Páscoa é considerado pelos cristãos como o dia de Pentecostes, e também foi o dia da descida do Espiríto Santo (Espírito de Deus) sobre os apóstolos. Tal experiência é chamada de batismo no Espírito Santo. Existem movimentos inspirados no Pentecostes em toda a história do cristianismo, sendo enfatizados, especialmente em meados do século XX, com o surgimento das primeiras Igrejas Pentecostais, e o nascimento da Renovação Carismática Católica.
Bibliografia
Referências
- ↑ «Dia de Pentecostes». Calendarr. Consultado em 6 de julho de 2020
- ↑ Êxodo 23:14-17; Êxodo 34:18-23
- ↑ Êxodo 23:16
- ↑ Êxodo 34:22; Números 28:26; Deuteronômio 16:10
- ↑ Números 28:26
- ↑ Deuteronômio 16:9
- ↑ Levítico 23:22; Deuteronômio 16:11
- ↑ Êxodo 23:17
- ↑ Deuteronômio 16:11
- ↑ Levítico 23:21
- ↑ Levítico 23:21
- ↑ Levítico 23:11
- ↑ Deuteronômio 16:12
- ↑ Levítico 23:14
- ↑ Deuteronômio 16:11
- ↑ Deuteronômio 16:10
- ↑ Deuteronômio 16:11
- ↑ Deuteronômio 16:12
- ↑ Levítico 23:21
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