Óscar Carmona
Este artigo cita fontes, mas estas não cobrem todo o conteúdo. (Junho de 2019) |
António Óscar de Fragoso Carmona ComC • ComA • GCA • ComSE (Lisboa, 24 de Novembro de 1869 — Lisboa, Lumiar, 18 de Abril de 1951) foi um militar e governante português, como presidente do Ministério e presidente da República Portuguesa (terceiro da Ditadura e primeiro do Estado Novo). É primo do chefe da Junta Militar de 1930 do Brasil, Augusto Tasso Fragoso.
Biografia
Estudou no Colégio Militar em Lisboa entre 1882 e 1888 e na Escola do Exército entre 1889 e 1892, de onde saiu como oficial de Cavalaria.
Republicano, iniciado na Maçonaria,[1] foi nomeado pelo governo revolucionário republicano, a 15 de Outubro de 1910, membro da Comissão de Reestruturação do Exército.
Foi instrutor da Escola Central de Oficiais (1913–1914); Director da Escola Prática de Cavalaria de Torres Novas (1918–1922); Comandante da IVª Divisão situada em Évora (1922–1925); ministro da Guerra no governo de Ginestal Machado entre 15 de Novembro e 18 de Dezembro de 1923 e e participa como promotor de Justiça em vários julgamentos militares resultantes das múltiplas revoltas que ocorrem na fase final da I República (assim acontece no caso dos implicados na "Noite Sangrenta", de 19 de Outubro de 1921, e com os participantes na Revolta Outubrista).[2]
Um dos líderes do golpe militar de 28 de Maio de 1926, seria Ministro da Guerra entre 9 de Julho e 29 de Novembro, ministro dos Negócios Estrangeiros entre 3 de Junho a 6 de Julho de 1926, pasta que acumulou com a de presidente do Ministério — após o derrube do general Gomes da Costa — a partir de 9 de julho de 1926. Foi nomeado presidente da República interino em 26 de Novembro de 1926. Eleito em 1928, ainda durante a Ditadura Militar, dando início ao período denominado Ditadura Nacional e, já na vigência da Constituição de 1933, em 1935, 1942 e 1949, não concluindo o último mandato por ter falecido no decurso do mesmo. Tendo atingido o posto de General em 1922, foi-lhe atribuído o título honorífico de marechal do exército em 1947.
A 25 de Abril de 1930 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem dos Santos Maurício e Lázaro de Itália.[3]
Faleceu a 18 de abril de 1951,na sua residência no Lumiar, pelas 11 horas e 43 minutos, vitima de broncopneumonia[4] [5], tendo ficado sepultado no Mosteiro dos Jerónimos. Em 1966 o seu corpo fora solenemente trasladado da Sala do Capítulo do Mosteiro dos Jerónimos para o Panteão Nacional da Igreja de Santa Engrácia, Lisboa, por ocasião da sua inauguração.[6] A cerimónia ocorreu no dia 5 de dezembro, conjuntamente com a trasladação de outras ilustres figuras portuguesas.
Foram impressas uma nota de 5 angolares e uma série de notas de 20$00, 50$00, 100$00, 500$00 e 1.000$00 de Angola, bem como selos, com a sua imagem.
Condecorações nacionais
- Comendador da Ordem Militar de Avis (15 de fevereiro de 1919)[7]
- Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (28 de fevereiro de 1919)[7]
- Comendador da Ordem Militar de Cristo (28 de junho de 1919)[7]
- Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis (5 de outubro de 1925)[7]
- Banda das Três Ordens (16 de novembro de 1926 - 18 de abril de 1951)[7]
Notas
- ↑ Foi iniciado no triângulo N.º 1, de Chaves, entre 1894 e 1906, não tendo ultrapassado o grau de aprendiz. Abandonou a maçonaria, tendo, em 1935, assinado a lei que a ilegalizou em Portugal. Cf. MARQUES, A. H. de Oliveira.Dicionário de Maçonaria Portuguesa. Lisboa: Editorial Delta, 1986, vol I, col. 272-273.
- ↑ «Presidentes - Estado novo - Óscar Carmona (Biografia)» (em por). Sítio do Museu da Presidência da República. Consultado em 24 de setembro de 2018. Cópia arquivada em 24 de setembro de 2018.
e participa como promotor de Justiça em vários julgamentos militares resultantes das múltiplas revoltas que ocorrem na fase final da I República. Assim acontece no caso dos implicados na "Noite Sangrenta", de
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